O que é um ambiente comum de dados (CDE)?

O CDE (Commom Data Enviroment), conhecido no Brasil como Ambiente Comum de Dados, é um repositório digital onde as informações de um projeto como modelos, relatórios, planilhas e cronogramas, são concentradas e gerenciadas, permitindo que todos que compõem o projeto possam acessá-las.
Dessa forma, ao concentrar os dados, os membros da equipe acessam todas as informações necessárias em uma mesma fonte, fazendo com que a comunicação e colaboração entre todas as partes interessadas no projeto seja melhorada e erros/duplicações sejam reduzidos.

COMPONENTES DE UM CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)

Como mencionado anteriormente, um CDE (Commom Data Enviroment), é caracterizado pelo armazenamento de informações (dados), então o que o diferencia das demais de ferramentas de armazenamento, como por exemplo o Google Drive, Dropbox, Mega ou Onedrive é o seu gerenciamento de processos, que permite uma otimização na análise rápida dedos.

– ACESSIBILIDADE: Cada projeto possui uma hierarquia entre seus participantes (colaboradores, diretores, projetistas, etc), portanto, a gestão de dados no CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), deve permitir que essa hierarquia se mantenha dentro do controle de dados, para que pessoas que não façam parte de tal processo, área ou empresa, não altere os dados que não lhe são pertinentes, esse controle é pré-estabelecido no início do projeto e é determinado pelo PEB. Esta medida, além de proporcionar uma segurança ao projeto, permite a restrição de dados entre membros de uma mesma empresa, para que não haja espionagem empresarial.

– RASTREABILIDADE: Por ser um ambiente em que se acompanha um projeto em todo seu desenvolvimento, o CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) deve ser capaz de elencar todas as alterações que ocorreram durante os processos e informar quais pessoas foram responsáveis por essas mudanças, para que não ocorram processos de retrabalho, perda de dados e dados desatualizados.

– FORMATO DE DADOS: O CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) por ser um ambiente colaborativo, permite que diferentes empresas trabalhem em um mesmo projeto, porém, essas empresas podem possuir fluxos de trabalho distintos, o que pode acarretar na utilização de diferentes ferramentas. Sendo assim, o CDE deve suportar e vincular (linkar) os dados dessas diferentes ferramentas, portanto deve ser capaz de ler e armazenar diferentes tipos e formatos de arquivo. Um dos tipos de arquivo relevante de se conhecer e que também é aceito pelo CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), é o BCF, um formato de arquivo aberto que facilita a comunicação entre seus usuários, pois caso haja alguma inconsistência em dados, informações e modelos, o BCF (BIM Collaboration Format) permite a criação de um comentário associado à posição do elem00ento, sendo assim, sempre acompanhando o objeto/dado hospedeiro até a sua solução. Outro formato de arquivo que é obrigatório um CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) é a capacidade de suportar o IFC, um formato de arquivo que permite o intercâmbio de informações entre diferentes plataformas BIM, como por exemplo, um mesmo modelo ser lido tanto em Revit, Archicad, Vectorworks e Sketchup graças ao formato IFC (Industry Foundation Classes). Algumas dessas plataformas permitem visualizar e realizar uma detecção de colisão (Clash Detection).

FASES DE UM PROJETO DENTRO DO CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)

Como o ambiente de um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) condensa muitos dados sobre determinado projeto, faz-se necessário uma organização de fases para que os arquivos possam ser filtrados. Conhecimentos em gerenciamento ou EAP são relevantes, portanto iremos abordar as quatro fases de um dado ao ser inserido em um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT).

  1. FASE – WORK IN PROGRESS (WIP) | TRABALHO EM ANDAMENTO
    Essa é a fase de entrada de todos os dados. Simboliza que determinado dado ainda está sendo modificado/elaborado, sendo assim, futuramente haverá uma versão mais completa, portanto um arquivo nessa fase demonstra às demais partes que está em seu processo de criação mas não deve-se ser utilizado para as próximas fases.
  2. FASE – COMPARTILHADO
    Após sair da fase de WIP (Work In Progress), o dado entra na fase de compartilhamento, que informa aos demais usuários do CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) que o arquivo ainda pode sofrer alterações, porém, já contém dados confiáveis o suficiente para ser utilizado em fases posteriores.
  3. FASE – PUBLICADO
    Fase que pode ser comparada como a fase de “projeto executivo”, pois todos os dados presentes são definitivos e podem ser encaminhados para a próximas etapas, porém, podem ainda sofrer alterações, mas alterações nessa fase não são vistas com bons olhos.
  4. FASE – ARQUIVADO
    Quando um arquivo já deixou de ser utilizado, porém deve ser mantido por quesitos legais, como por exemplo um projeto em fase de AsBuilt, ele é elencado como “Arquivado’ no CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT). Esta fase pode ser subdividida em 2 partes, o “Arquivado Válido” que identifica que um determinado arquivo está arquivado, porém atualizado e pode ser utilizado para consulta e a fase do “Arquivado Desatualizado”, onde o arquivo já não condiz com a etapa que o projeto se apresenta.
SpBIM CDE
Fonte: SpBIM

CDE’s MAIS UTILIZADOS NO MERCADO

Como podemos observar, um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) é uma ferramenta poderosa para a elaboração de projetos, sendo assim muitas empresas enxergam seu potencial e criam plataformas para fornecer esse serviço, portanto abaixo seguem exemplos de algumas plataformas:

BIM AEC SCENE
Fonte: BIM 360 | AEC SCENE

Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: O que é o BIM 360?

Trimcle Connect
Fonte: Trimcle Connect | Trimble

Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: que é o Trimble Connect?

BIMSYNC
Fonte: BIMSYNC

Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: O que é o BIMSync?

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos e utilizamos o CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT – AMBIENTE COMUM DE DADOS), compreendemos a necessidade de uso do CDE em um determinado projeto, pois promove a maior otimização possível em seus processos, pois todas as áreas em conjunto podem construí-lo, o que possibilita evitar retrabalhos, decisões que influenciam outras áreas negativamente e também perda de informações entre versões/arquivos, tornando o projeto em algo orgânico e contínuo.

O que é o Param-O?

Desenvolvido pela GRAPHISOFT o PARAM-O é uma ferramenta lançada em julho de 2020, que possibilita a criação de objetos paramétricos sem precisar escrever em GDL (Linguagem textual especifica de Programação do Archicad, similiar ao basic), e por isso a plataforma foi elencada como uma das ferramentas mais aguardadas para atualização do ARCHICAD24.

Embora o PARAM-O ainda esteja em uma versão “nova”, disponível apenas para Windows, o add-in já demonstra uma estabilidade e inúmeras possibilidades para criação de diversos objetos.

Releitura: Cavalete de Cristal da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM
Releitura: Cavalete de Cristal da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM

COMO FUNCIONA O PARAM-O?

Similar ao Dynamo e o Grasshopper no sentido de codificação e programação visual. O PARAM-O desenvolve conteúdos paramétricos baseados somente em nodes “nós”, com a visualização em tempo real “ao vivo” o resultado do objeto final, ainda durante o estágio de criação.

Esse Plug-in é uma janela que ao ser inicializada sobrepõe a área de trabalho do Archicad, portanto você passa a trabalhar em um novo local. Para acessa-lo basta obter o plug-in e a abrir o seguinte caminho dentro do Archcad:

ARQUIVO/FILE>BIBLIOTECA E OBJETOS/LIBRARIES AND OBJECTS>PARAM-O

Param O
Param-O / Fonte: SpBIM

O PARAM-O funciona basicamente em três funções: Parameters (Parametros), Shapes (Formas) e Inputs (Entradas). O primeiro é referente aos parâmetros de dimensões do elemento. O segundo configura a geometria/forma dos elementos envolvidos. E o último, possibilita definições dessas entradas, e pode-se pré-estabelecer algumas informações tais como a quantidades, angulações, parâmetros globais e valores.

Além dos campos de ferramentas, o PARAM-O apresenta duas áreas de trabalho padrão: Programação e Visualização. Na primeira é programado através dos nós e suas relações ou parâmetros, enquanto na outra se observa o produto em função de cada amarração ou informação preenchidas nos nós.

Interface Param O
Interface Param-O / Fonte: SpBIM

POR QUE VOCÊ DEVE USAR O PARAM-O?

Qual a razão para utilizar programação no cotidiano em escritório de projetos? Ganhos em produtividade resultando em ganhar tempo e economizar custos, afinal, tempo é dinheiro. A parametrização tem ingressado intensamente no setor da construção civil, por se tratar de uma ferramenta de programação intuitiva o PARAM-O tornou-se muito comum nos escritórios que além de trabalhar como o  Archicad buscam diminuir essas operações. Pensando nos benefícios que esses escritórios adquiriram com tal ferramenta, nós da SPBIM, elencamos 3 MOTIVOS PARA SE COMEÇAR A USAR O PARAM-O:

  1. AUTOMAÇÃO DE MODELAGENS REPETITIVAS

Ao lidar com modelagem existem inúmeras operações que precisamos fazer que além de demandar muito tempo, se tornam exaustiva pela quantidade de repetições podendo passar diversos erros. E quando se trata de incorporar ou detalhar objetos, parece ser quase um trabalho interminável! E o PARAM-O pode mitigar e ajudar a diminuir esses processos através da parametrização de objetos.

Existem centenas de tarefas na elaboração de um objeto que você pode parametrizar com o PARAM-O. Ao traduzir essas operações vamos pensar na marcenaria por exemplo, quanto tempo é necessário para modelar e detalhar uma marcenaria? Ou quanto tempo seria o suficiente procurando uma modelagem desse componente já pronto ou pré-definido? E como fazer quando uma marcenaria é autoral e específica para aquele projeto? O ideal neste ponto é otimizar o tempo e até mesmo a diminuir os insumos que seriam gastos com desperdícios de peças por exemplo ou excesso de material.

O PARAM-O não possui limites de variáveis/nós, e em uma única programação é possível otimizar a elaboração de todas as possibilidades como em pedras e marcenarias por exemplo. Seria possível em uma única sequência desenvolver parâmetros que criariam qualquer marcenaria em minutos. Mesmo que todas fossem diferentes em dimensões, tipologia, formas, espaçamentos, existências ou não de aberturas e suas diferentes formas de fechamentos, ou materiais.

  1. EXPLORAÇÃO PLÁSTICA DE DESIGNER

Melhor que automatizar a modelagem é poder verificar suas diversas possibilidades plástica através de formas para o design, com o mínimo de esforços ou gasto de tempo possível. Quanto tempo você demoraria para testar um sistema de abertura ou criar mobiliários como Waffle Structure por exemplo como na imagem a seguir.

Mobiliário
Mobiliário / Fonte: Zvonko Vugreshek

Ou para aumentar o número de gavetas? Ou até mesmo para recriar uma nova tipologia para mostrar opções ao seu cliente?

O PARAM-O possibilita criações de designes paramétrico que tornam o projeto editável e adaptar as mudanças, a partir da codificação de regras na estrutura de programação pré definida.

Furniture
Furniture / Fonte: Tu Taller Design studio
  1. SISTEMATIZAÇÃO DE TRABALHO

Ao utilizar o PARAM-O como uma ferramenta de modelagem de objetos, é necessário um pré investimento de tempo para transformar a rotina de trabalho, em parâmetros de modelo. Portanto seria necessário criar uma sistematização de como funciona a modelagem da empresa, o que resultaria em um maior entendimento técnico sobre execução e diminuir o fluxo de futuros trabalhos e no fim ainda resultaria em um grande ganho de tempo.
Além disso, seria possível utilizar para criar modelagens especificas de projeto como coberturas, escadas nada convencionais, qualquer ideia que vier a mente. Exemplo na imagem a seguir.

Waffle Urbanism
Waffle Urbanism / Fonte: Domus Web

COMO OBTER O PARAM-O?

O PARAM-O ainda não vem automaticamente na instalação do Archicad, entretanto sua primeira demonstração já pode ser instalada pelo site da Graphisoft.
Basta fazer o download do arquivo apx e colocar o arquivo na pasta de complementos do Archicad.

CONCLUSÃO:

O PARAM-O é uma ferramenta de programação visual intuitiva no qual seu diálogo com o Archicad que permite a modelagem parametrizada de objetos BIM, com maior praticidade e velocidade do que escrever GDL. Por isso, nós da SpBIM acreditamos na consolidação da ferramenta junto ao Archicad e já estamos a utilizando em nossas modelagens de projetos e aulas. Acreditamos que a programação é o futuro da arquitetura.

Quem foi Chuck M. Eastman?

Chuck Eastman
Chuck Eastman / Fonte: SpBIM

Com o advento da tecnologia voltada para construção civil, diversos pesquisadores influenciaram diretamente a forma de trabalho dos engenheiros e arquitetos. A maneira de pensar e projetar na construção civil ao longo dos anos, Charles M. Eastman ou Chuck Eastman é um desses grandes ícones estudiosos que estimulou e difundiu os conhecimentos do BIM em todo o mundo e no Brasil.

Charles M. Eastman nascido no estado da California (Estados Unidos), formado em arquitetura, o jovem arquiteto iniciou sua carreia profissional ainda no estado natal atuando em projetos de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção), como docente nas academias americanas sempre contribuiu com a disseminação da tecnologia e o BIM ao seu processo de trabalho.

Professor aposentado do Instituto de Tecnologia da Geórgia, Chuck (Charles) não era apenas um educador, mas sim um teórico e prático na relação entre a arquitetura e a computação, criando possibilidades de otimizar os resultados com a utilização de ferramentas e metodologia de modelagem de informação da construção, no qual o conhecemos como BIM.

Eastman foi um dos pioneiros no desenvolvimento de projetos utilizando o sistema (CAD), resultando em uma bagagem significativa no qual o direcionou de forma expressiva no desenvolvimento das teorias e nas práticas da modelagem da informação na construção virtual. As experiencias de Chuck e pesquisas estão baseada na forma com que a tecnologia da computação foi avançando ao logo dos tempos, a sua aplicação e capacidade de automatizar processos projetuais, representação gráfica e até associações construtivas.

A partir da década de 1960, começou a atuar no ensino de arquitetura e ciência da computação, na Universidade Carnegie Mellon. Em 1982 fundou a Formative Technology, empresa especializada em CAD e gerenciamento de dados com visões de modelagem paramétrica. Percebendo o pouco interesse do mercado neste tipo de serviço optou em vender a empresa após 5 anos de sua abertura, voltando a dedicação na academia no ano de 1987 na Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Livros de BIM Chuck Eastman
Livros de BIM – Chuck Eastman / Fonte: ResearchGate

Em 1996 foi convidado a participar do corpo docente em arquitetura do Instituto de Tecnologia da Geórgia, onde mais tarde tornou-se diretor dos programas de doutorado.  Neste período desenvolveu com a colaboração de outros pesquisadores (muitos deles seus seguidores), o primeiro sistema de modelagem de sólidos tridimensional CAD, o Building Description System (BDS), ou em português, Sistema de Descrição da Construção, que trata de um sistema de descrição detalhada da construção civil por meio de banco de dados, relacionando o projeto e a construção, sendo então um dos primeiros softwares de modelagem com conceitos do que atualmente chamamos de BIM – a partir disso é dado ao Eastman o título de o “Pai do BIM”.

Uma das suas principais obras literárias e guias utilizados nacionalmente e internacionalmente é o Manual de BIM (BIM Handbook), que visa instruir leigos e pesquisadores na utilização do BIM aplicado a empreendimentos imobiliários. O Manual de BIM (BIM Handbook) menciona o que é o BIM, como aplicar o BIM e como utilizar a metodologia BIM na construção civil além de apresentar resultados obtidos com o a utilização do BIM, sendo a principal referência da área no âmbito internacional. Caso queira saber mais referencias bibliográficas acesse o nosso artigo sobre o assunto: Os 5 livros principais de BIM que todo estudante, arquiteto, e engenheiro precisa conhecer

Livros de BIM Chuck Eastman
Livros de BIM – Chuck Eastman – ResearchGate

Ainda no âmbito da educação e propagação dos conceitos e metodologias BIM aplicados a projetos reais, Eastman optou em renúncia ao cargo de diretor na Georgia Tech e fundou no ano de 2009 a Digital Building Lab (DBL), empresa especializada na modelagem da informação pratica ao design e construção. A DBL (Digital Building Lab) se tornou uma das principais empresas do ramo BIM com mais de 11 anos de história, sendo líder no desenvolvimento de padrões de industriais e educação prática profissional.

Ao deixar a liderança da empresa em 2016 Chuck é visto por seu sucessor, Shelden, como um dos um dos fundadores do BIM, desde seu início ao desenvolver desenhos assistidos por computador (CAD) até sua dedicação na propagação de conceitos consolidados através da ACADIA (Association for Computer Aided Design in Architecture).

Em 2018 Charles manteve suas atividades como pesquisador, tento em vista o lançamento de outras obras sobre o assunto, como foi o caso terceira edição do Manual BIM (BIM Handbook).

LEGADO

No dia 12 de novembro de 2020 perdemos o Big Chuck (Charles M. Eastman), faleceu após um legado construído ao longo de mais de 50 anos de carreira, revolucionando a forma como pensamos e trabalhamos na arquitetura, engenharia e construção.

Nos dá SPBIM sentimos a sua perda e agrademos a Chuck Eastman pelos anos dedicados a essa metodologia revolucionária e por acreditar na educação como meio de podermos melhorar a vida dos profissionais e da sociedade envolvidas nesse mercado. Se hoje estamos no BIM, sem dúvidas Chuck teve sua participação. Obrigado Big Chuck.

O que é Nuvem de Pontos (Point Clouds)?

A nuvem de pontos (Point Clouds) é o produto mais conhecido e o mapeamento é obtido através de um equipamento de Laser Scanner 3D, trata-se de um compilado de pontos que são recriados através de uma nuvem em um determinado espaço físico real. A devida utilização deste mapeamento permite anexar a softwares BIM como o ArchCAD, Vectorworks, Sketchup ou o Revit, este levantamento possibilita a elaboração de vistas e cortes de qualquer parte da nuvem, podendo ser usada como base de desenhos e modelagem,  para exemplificar melhor esse processo, nós da SPBIM, separamos uma modelagem nossa, executada dessa forma como exemplo:

Modelagem BIM Residencia
Modelagem BIM Residencia / SpBIM

Dependendo do tamanho do levantamento, será necessário criar mais de uma nuvem de pontos, como foi o caso do exemplo citado acima, quando isso acontecer, nós da SPBIM, aconselhamos a dividir as nuvens por sequência lógica de modelagem e construção, no projeto em questão, foram necessários ao menos três nuvens, das quais dividimos em: fundação, interior e exterior. Assim, ao criarmos o
MODELO FEDERADO podemos vincular (linkar/referenciar) apenas as nuvens correspondentes, deixando o arquivo mais leve.

NUVEM DE PONTOS ESQUERDA GERADA PELO DRONE E DIREITA LASER SCANNER
NUVEM DE PONTOS ESQUERDA GERADA PELO DRONE E DIREITA LASER SCANNER / Fonte: SpBIM

Ficou curioso? Quer saber mais sobre nuvem de pontos? Nós da SPBIM, preparamos um vídeo para te ensinar mais sobre o assunto, e te explicar como importar e como usar a nuvem de pontos no Revit. Confira:

QUAIS SOFTWARES UTILIZAM PROCESSAMENTO DE NUVEM DE PONTOS?

Os scaners operam através de mosaico fotográficos ou scan por laser transformadas em nuvens de pontos, entretanto é necessário unir nuvens e georreferenciar seu posicionamento através da criação de um modelo tal como o real, para esse fim é necessário limpar, verificar, organizar o levantamento e até mesmo tratar um ponto de varredura ou outro através de softwares como:

  • RECAP: Desenvolvido pela Autodesk o Recap é usado para edição de nuvens em escala predial gerada através de Drone e Scanner 3D.
  • AGISOFT: Desenvolvido pela Metashape, o AGISOFT é usado para edição de nuvens em escala macro, como o mapeamento rural através de Drones.
  • DRONE DEPLOY – Desenvolvido pela empresa com mesmo nome do software, o DRONE DEPLOY, foi desenvolvido para dar suporte a mapeamento feito por drone, e é usado para edições de nuvens em escala macro, como o mapeamento rural
  • PIX 4D MAPPER– Desenvolvido pela PIX 4D, o PIX 4D MAPPER é usado para edição de mapeamento fotométrico geralmente com tipologia estrutural e/ou topográfica.

Para usar esses softwares recomenda-se um PC com processador mínimo de 8 núcleos, 16GB (RAM) DDR4, Placa de vídeo com 4GB, SSHD (arquivos), SSD M2 (480gb) para os programas. Configuração apresentada é o mínimo recomendável.

FOTO MATTERPORT

Devido ao seu custo benefício o sistema de nuvens a Matterport é uma das soluções utilizada da construção civil pois apresenta duas opções de escolha de laser e um sistema capaz de gerar modelo fotográfico de leitura óptica com parâmetros similares a realidade.

A partir dessa capacidade a foto Matterport tem sido bastante explorada para tours virtuais ou fotografias 360, tanto para registro de promoções/vendas, ou para montagem de portfólio ou até mesmo para varreduras de estragos tais como o mapeamento de danos ao fogo.

Mas afinal, como funciona a foto Matterport? Esse modelo pode ser visto tanto em tour como em plantas ou esquemas volumétricos, em ambos você verá no chão diversos círculos que são os pontos onde foi colocado o equipamento Matterport para a captura dos pontos daquela nuvem. Ao entrar no modelo o usuário se encontra um quadro de navegação onde pode optar por navegar automaticamente ou apenas visualizar em slides as imagens já fixadas.

Sede SpBIM em São Paulo
Sede SpBIM em São Paulo / Fonte: SpBIM

Além disso, esse modelo de fotografia nos permite, ainda em edição, inserir tag’s com informações de objetos/espaço, ou ainda inserir textos, links de sites, fotos ou vídeos complementares. Outro grande facilitador do modelo é sua possibilidade de extrair medidas rápidas, pois ao apertar no ícone de “régua” ele abre um campo no qual você consegue extrair qualquer medida com distorções mínimas comparado ao ambiente real.

Ficou curioso? Quer ver o resultado de um levantamento Matterport? O tour em 360º do nosso escritório foi feito com essa tecnologia! Aproveite para conhecer o nosso espaço:

https://my.matterport.com/show/?m=EMg7K8s4zHv

Caso queira saber mais sobre a Matterport fizemos um artigo na integra sobre os produtos que a empresa oferece.
Quem é a Matterport?

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM utilizamos, apoiamos e incentivamos o mapeamento de nuvem de pontos, pois reconhecemos a sua importância e sua capacidade de agilizar tanto o levantamento quanto a Modelagem BIM de As Built ou sua importância em projetos de Retrofit, Patrimônios Históricos ou reformas. Entendemos a necessidade prática de ter em mãos um mapeamento capaz de inferir qualquer medida em tempo real, ou levantamento apto a abstrair qualquer informação pertinente a materiais, nos possibilitando gerar modelos 3D com maior precisão.
Acreditamos que o seu uso através das soluções disponíveis no mercado tem sido um grande diferencial na construção civil e apostamos na sua capacidade de realismo como forma de melhorar a qualidade dos projetos sem retrabalhos ou aditivos devido à falta de informação para desenvolvimento e acompanhamento de projetos.

O que é Virtual Design Construction (VDC)?

O VDC (Virtual Design and Construction) surgiu por volta de 2001, na Universidade de Stanford pelo CIFE – Center for Integrated Facility Engineering, um grupo de pesquisa que busca desenvolver métodos que possam tornar mais eficientes a gestão de processos dentro da Arquitetura, Engenharia e Construção.

Entendendo a Idea por trás do CIFE, já podemos imaginar o objetivo final do VDC, mas agora iremos abordar, o que de fato é essa metodologia, sua estrutura e quais são os efeitos provocados em um projeto ao utilizá-la.

O QUE É O VDC?

VDC
Fonte: SpBIM

O VDC é uma metodologia de gerenciamento que conforme foi evoluindo ao longo do tempo, reuniu um conjunto de ferramentas e técnicas que proporcionam a seus agentes uma maior otimização entre as etapas e processos do projeto. Seus princípios de aplicação podem ser sintetizados em:

– Uma estrutura de integração entre áreas, que disponha de ferramentas que facilitem e acelerem a solução de possíveis conflitos;

– Uma forma de alinhamento de objetivos, para que as áreas saibam suas interdependências e possam determinar marcos em comum no decorrer do projeto;

– Ferramentas de criação de Digital Twin, que promovam uma melhor visualização das disciplinas que compõem o projeto, que facilitem o diálogo com o cliente e que proporcionem um objeto final anterior ao Twin Físico.

ESTRUTURA DO VDC

O VDC possui 3 principais sistemas que estão diretamente ligados aos princípios comentados anteriormente.

1º PRIMEIRO: ICE (Integrated Concurrent Engineering), um sistema desenvolvido pela NASA, que busca evitar o tradicional formato de projeto, onde as disciplinas detinham certa sequência de atuação, e só passavam a seguir seus produtos, e não seus processos.
O ICE busca conduzir projetos de forma Integrada e Simultânea, a fim de proporcionar a rápida solução de conflitos e tomadas de decisões. Esse sistema é implementado logo no início do projeto, pois permite que todas as disciplinas idealizem em conjunto, o que facilita a comunicação entre áreas.

2° SEGUNDO: PPM (Product Production Management), uma metodologia de gerenciamento de processos que surgiu durante a primeira Revolução Industrial e que visa entender todo e qualquer projeto como um processo de manufatura, sendo assim, define seus produtos finais, suas matérias primas, informações e mão-de-obra necessária para sua sequência de operação. Dessa forma, o PPM ao ser aplicado em um projeto, define com clareza seus objetivos, quais dados são necessários para seu início, qual o caminho crítico de acordo com seus processos e durações e quais aspectos de produtividade devem ser verificados no decorrer do projeto, assim proporcionando à seus idealizadores uma ampla visão de todo o projeto e quais atividades necessitam de uma maior atenção.

3° TERCEIRO: O processo que compõe as bases do VDC é o BIM (Building Information Modeling). Ao criar-se o Digital Twin, a depender de seu LOD (Level of Development), pode-se obter facilmente quantitativos, conflitos entre disciplinas e também auxilia no processo de planejamento. Sendo assim, ele pode ser considerado como o principal sistema do VDC, interliga aos demais processos, dados precisos para suas respectivas tomadas de decisão e também possibilita previamente a apresentação do produto final, o que facilita as discussões entre as equipes e proporciona ao cliente a visualização de seu produto.

Bases do VDC
Bases do VDC / Fonte: SpBIM

BENEFÍCIOS DO USO DE VDC

A partir dos pontos apresentados acima sobre a estruturação do VDC e o que de fato esse método de gestão proporciona, podemos perceber a real capacidade de otimização que a metodologia oferece.  Ao fazer seu uso, uma equipe pode observar a otimização de todos seus processos, pois ao utilizar-se do ICE a comunicação entre áreas aumenta significativamente, evitando o atraso de processos devido a integração entre setores. Outro fator a ser observado é o planejamento estratégico, que por fazer uso do PPM, entrega ao projeto suas diretrizes e marcos, para que sua evolução seja de forma contínua e seus processos possam ser otimizados. E por fim, o uso do BIM proporciona a todo o processo do VDC ferramentas base para as demais, pois ao fornecer um modelo virtual fiel, permite que todas as áreas possam visualizar com clareza, facilidade e rapidez o projeto como um todo, promovendo o encontro de divergências entre projetos e oferecendo a oportunidade de experimentação de soluções, evitando soluções emergenciais e muitas vezes com custos elevados.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos que a utilização da metodologia VDC traz enormes vantagens para a gestão de um projeto, pois necessita de um comprometimento contínuo de toda equipe, o que proporciona uma otimização a todas suas etapas e processos e possui total ligação com o BIM.

Quem é Le Corbusier?

“Eu prefiro desenhar do que falar. O desenho é mais rápido, e deixa menos espaço para mentiras.”

– Le Corbusier

Entre os diversos ícones da arquitetura mundial, uma das figuras mais conhecidas é Le Corbusier que se destaca pelos pensamentos críticos de arquitetura, técnicas inovadoras e é um dos principais percursores da Arquitetura e do Urbanismo Moderno do século XX.

Assinatura Le Corbusier
Assinatura Le Corbusier / Fonte: Archdaily

Arquiteto por oficio Charles Edouard Jeanneret, verdadeiro nome de Le Corbusier, nascido em 6 de outubro de 1887 na cidade Chaux-de-Fonds, no noroeste da Suíça próximo da fronteira com a França, desde muito novo teve influência artística e industrial através dos incentivos de seus pais – seu pai era mestre relojoeiro e de sua mãe professora de piano.

Le Corbusier CTVM
Le Corbusier / Fonte: CTVM

Aos 13 anos abandonou os estudos fundamentais para se dedicar aos estudos da indústria relojoeira, principal fonte de renda de sua cidade natal, foi com essa experiencia que o jovem teve a oportunidade de conhecer e entender o design e  a funcionalidade de uma máquina, sendo então um dos momentos pilotos que resultaria mais tarde na conhecida frase de Le Corbusier, ‘a casa é uma máquina de morar”. Com alguns anos de dedicação e estudo já se destacava na escola de artes decorativas onde era influenciado por seu mestre e professor, Charles L’Eplattenier a estudar a arquitetura, seguimentos que o encantava e se tornaria sua paixão e principal vocação.

Aos 17 anos realizou seu primeiro projeto de arquitetura, a casa de um importante relojoeiro de sua cidade, a residência estava longe dos parâmetros da arquitetura moderna da qual o arquiteto é mundialmente conhecido, mas já carregava características únicas e fora dos padrões de seu tempo, como a geometria e a simplicidade.

Villa Fallet La Of Houses
Villa Fallet La / Fonte: Of Houses

Com o objetivo de se dedicar a arquitetura Charles Edouard decide realizar uma longa viagem para aprender a arquitetura na prática, estudando grandes construções pela Itália e mais tarde pela Grécia, Budapeste, Munique, Viena, Paris e outras cidades, pois acreditava que aprenderia mais sozinho do que nas academias.

Neste período passou a questionar diversas construções, incluindo a forma de viver de alguns monges na Toscana e a grande construção de seus mosteiros, resultando na indignação pela quantidade de espaço disponível, fazendo com o mesmo a partir daí buscou compreender a habitação com a finalidade de encontrar uma “célula mínima” para se habitar.

O fruto de suas viagens mais tarde se tornaria uma importante publicação, que marcaria sua carreira como escritor e crítico de arquitetura, o livro “A Viagens do Oriente”.

Em 1908 foi contratado pelo importante arquiteto francês August Perret, um dos percursores do concreto armado, onde teve a oportunidade de conhecer novas técnicas construtivas – que mais tarde tornaria o concreto armado sua marca registrada.
Em 1910, viajou para Alemanha onde trabalhou com Peter Behrens, também pioneiro na arquitetura moderna.

Com o conhecimento e experiencia decidiu voltar para sua cidade natal e abrir o seu próprio escritório no ano de 1912, infelizmente não obteve grandes feitos neste novo negócio, realizando apenas 3 projetos em 5 anos de trabalho. Paralelamente aos negócios do escritório, ministrou aulas ao lado de seu professor L’Eplattenier na escola que havia estudado ainda muito jovem.

Seu primeiro projeto nos parâmetros do modernismo foi uma casa desenvolvida em 1914, conhecida pelo sistema construtivo desenvolvido pelo arquiteto o Dom-Ino, já apresentava lajes plana, pilares e fundação em concreto armado, além de uma racionalidade de elementos, baseado no empilhamento, logo poderia ser resumida em uma estrutura de pilar e viga independente, sem relação com as vedações.

História da Arquitetura Histarq
História da Arquitetura / Fonte: Histarq

A partir deste projeto “Os Cinco Princípios Arquitetônicos” passaram a ser utilizados nas criações de sua autoria, princípios que são utilizados até os dias de hoje sendo eles:

  1. Planta Livre: visa maior flexibilidade na organização dos espaços internos – muito utilizado em projetos contemporâneos;
  2. Fachada Livre: por não ter um vínculo direto com a estrutura a fachada possui maior flexibilidade;
  3. Janela em Fita: com a ausência da função estrutural da fachada a edificação ganha grandes aberturas para entrada do sol e ventilação natural;
  4. Pilotis: é uma forma de evitar o bloqueio da paisagem elevando a edificação através da estrutura;
  5. Terraço-Jardim: Le Corbusier acreditava que as coberturas são apenas para proteção da edificação e era um desperdício, por isso tornou esses espaços em área útil para lazer;

Com uma vasta experiência e uma bagagem crítica de arquitetura, Le Corbusier decidiu se mudar para Paris em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, onde enfrentou grandes dificuldades nos primeiros anos.
Ao ter contato com outras artes e seus diversos movimentos Corbu (Le Corbusier) conhece o pintor Amédé Ozenfant, juntos realizam um manifesto em crítica ao cubismo, cobrando o retorno dos rigorosos desenhos de objetos, pois acreditava que o desenho era a melhor forma de ser expressar. Foi neste período, 1918, que passou a assinar suas obras – arquitetura, pinturas, design e urbanismo como Le Corbusier (referência ao nome de seu avô) e não mais como Charles Edouard Jeanneret.

Ainda em parceria com Ozenfant lançou a “L’Esprit Nouveau”, uma revista lançada em meio a crise gerada pela guerra e que acabou se tornando o principal trabalho dos artistas, pois a demanda de projetos estava em baixa. Com a revista a visibilidade de Le Corbusier foi crescendo, se tornando referência para os vanguardistas parisienses – mesmo com poucos projetos executados.

Além da arquitetura Corbu foi um grande influente do urbanismo moderno, sendo convidado para escrever a síntese das discussões sobre as cidades modernas na “Carta de Atenas em 1933 no Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM)”.

Por ser tratar de uma referência mundial, Le Corbusier foi convidado para vir ao Brasil, o convite surgiu do arquiteto e urbanista Lucio Costa para prestar consultoria ao projeto do Palácio Capanema, logo foi uma forte influência da arquitetura e urbanismo moderno no mercado brasileiro.

Após muitos anos de dedicação Charles Edouard Jeanneret faleceu em um afogamento no litoral francês, deixando um legado que até os dias de hoje é aplicado e estudado.

A SEGUIR AS PRINCIPAIS OBRAS DE LE CORBUSIER EM SUAS DIVERSAS FRENTES DE TRABALHO:

  1. VILLA SAVOYE
Vila Savoye Clique Arquitetura
Vila Savoye / Fonte: Clique Arquitetura

É um dos projetos mais famosos de Le Corbusier pois é o símbolo dos Cinco Princípios Arquitetônicos além de ser toda em concreto armado. Um fato interessante por ser uma grande referencia da Arquitetura Moderna, fizemos uma releitura para o Curso de Revit na SPBIM.

  1. PROJETO URBANO DE CHANDIGARH, ÍNDIA
Master Plan Chandigarh ArchDaily Brasil
Master Plan Chandigarh / Fonte: ArchDaily Brasil

O arquiteto realizou projetos dos mais diversos segmentos, desde residências até projetos urbanos em diversas escalas.
O urbanismo de Le Corbusier era pautado na setorização, acreditava-se que as cidades precisavam ser divididas em áreas de acordo com um uso específico, a ideia era obter uma organização dentro de uma malha ortogonal bem definida.

  1. UNITÉ D’HABITATION – MARSELHA

Foi o primeiro grande projeto do arquiteto em larga escala, um conjunto habitacional em concreto armado que visava colaborar com a necessidade de habitação causada pela Segunda Guerra Mundial. Este conjunto busca suprir diversas necessidades dos moradores, desde compras, lazer e questões sociais do cotidiano, foi conhecido como “cidade-jardim vertical”.

Outra curiosidade é que este projeto a Unidade de Habitação de Marselha também faz parte do quadro de treinamentos da SPBIM, onde ensinamos a projetar em BIM arquitetura de grande escala utilizando o Revit. Clique neste link caso queira saber mais sobre o Curso de Revit Avançado.

UNITÉ D’HABITATION – MARSELHA Archdaily
UNITÉ D’HABITATION – MARSELHA Fonte: Archdaily
  1. SOFÁ E POLTRONA LC3
Sofá e Poltrona LC / Fonte: Essência dos Móveis

Le Corbusier esteve presente não somente na arquitetura e urbanismo, contribuiu produzindo mobiliário, que fazem parte da categoria intitulada por Corbu como equipamentos” da máquina de morar. A Linha de Corbu de mobiliário foi desenvolvida para uma casa pré-fabricada, seguindo os princípios das linhas de montagem dos automóveis.

  1. MULHER LENDO
Explore a mente de Le Corbusier ArchDaily Brasil
Explore a mente de Le Corbusier Fonte: ArchDaily Brasil

Trata-se de uma obra de 1936, que mescla pintura e colagem. Le Corbusier demonstrou ser um profissional que vivenciou e permeou por diversos segmentos da arte.

CONCLUSÃO:

Le Corbusier demonstrou em suas obras uma grande preocupação com a utilização dos elementos de forma racional, tanto dos elementos construtivos como os decorativos, resultando em princípios utilizados até os dias de hoje, em todas as frentes de atuações do arquiteto. Sem dúvidas uma grande inspiração para jovens arquitetos. Nós da SPBIM entendemos que o uso racional de materiais, elementos construtivos e outros são de suma importância para um projeto que atenda  a melhor forma e as necessidades a serem projetadas, é por isso que fazemos o uso do BIM para otimização destes recursos, como no planejamento de obras e a virtualização dos princípios no projeto,  pois acreditamos assim como Le Corbusier que uma edificação deve atender forma e função, e com o advento das tecnologias disponíveis podemos prever possíveis falhas antes mesmo da execução e realizar projetos inteligentes e incríveis.

O que é o BIMSync?

Com a 4 revolução industrial ocorrendo em diversos setores, a construção civil demonstrou também ter adentrado este processo de transformação. E este start tem ocorrido devido o uso da metodologia BIM, isso significa que o  desenvolvimento de um modelo com informação para construção. Uma vez que o eixo deste modelo é a informação gerada nele conclui-se que esta informação deve ser comunicada, todavia a comunicação é obstruída pelos formatos nativos e com isso a BuildingSMART desenvolveu formatos com o foco no OPENBIM (BCF, IFC entre outros) e estes formatos necessitavam de um meio onde fosse possível trocar dados entre os arquivos e a união deles formando um Modelo federado. Esta comunicação possui uma base de softwares concisa ou seja um Ambiente Comum de Dados (CDE), uma dessas ferramentas é o BIMSYNC.

BIMSync
Logotipo BIMSync / Fonte: BIMSync

POR QUE O BIMSYNC?

É uma ferramenta de comunicação entre projetos multidisciplinares com o objetivo de compatibilização e entre disciplinas, a comunicação ocorre por meio do formato de arquivo IFC e esta Compatibilização BIM ocorre por meio do BCF.
Nós da SPBIM já utilizamos diversas ferramentas para colaboração como o BIM TRACK, Trimble Connect e o BIM 360 da Autodesk entre diversos outros, o Bimsync é instalado como Autodesk Revit no qual você exporta o modelo no formato IFC para servidor da BIMSYNC. Algumas das principais características são:

  • Acessar a todos os seus projetos Bimsync
  • Filtrar e gerenciar problemas nos painéis de problemas
  • Criar novos problemas diretamente do Revit.
  • Localizar problemas em seu modelo Revit
  • Criar uma nova visualização 3D para cada comentário
  • Adicionar fotos aos seus problemas e realizar anotações
  • Atribuir questões a outros membros do projeto
  • Alterar o status do problema e outras propriedades
  • Carregar o modelo de Revit como o IFC para Bimsync

O BIMSYNC possui 2 versões Bimsync Boost e Bimsync Arena no qual cada uma possui uma utilidade.

BIMSYNC BOOST: permite que você hospede projetos BIM na plataforma e acesse seus dados por meio de qualquer uma das APIS. No qual é possível verificar quando o arquivo foi alterado e quem o alterou.

BIMSYNC ARENA: é uma ferramenta de colaboração BIM com suporte a todos os formatos padrões da BuilfingSMART (IFC. BCF, COBie), mesmo sem necessidades de instalação podendo ser acessado pelo navegador do modelo 2D, 3D e 4D.

RELAÇÃO COM OS SEUS CONCORRENTES?

O Bimsync possui alguns concorrentes com relevância no mercado e entre eles, está BIM TRACK e BIMCOLLAB. A seguir as comparações:

BIM TRACK: visa à coordenação e a construção de projetos de infraestruturas/edifícios. Ele se encaixa no kit de ferramentas de gestão de projetos de BIM para reduzir tarefas não produtivas.

Iterface BIMSync
Iterface BIMSync / Fonte: BIMSync

APLICAÇÕES:

  • Pode ser executado em nuvem e é instalado no hardware como aplicativo tendo somente suporte a Windows.
  • Não é suportado em celular.
  • Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
  • Assistência somente em horário comercial e online.

BIMSYNC: Conecta todos os membros das equipes de projeto da construção – incluindo proprietários, gerentes de BIM, arquitetos, engenheiros civis, empreiteiros gerais e subcontratados.

APLICAÇÕES:

  • Pode ser executado em nuvem.
  • É suportado em plataforma em mobile como Android e IOS.
  • Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
  • Assistência: 24horas por dia, horário comercial e conectados.

BIMCOLLAB: conecta os membros de todas equipes de multidisciplinar do projeto no qual é possível compartilha os arquivos de BCF e gerenciar esse compartilhamento.

APLICAÇÕES:

  • Pode ser executado em nuvem e é instalado no hardware como aplicativo tendo somente suporte a Windows.
  • Não é suportado em celular.
  • Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
  • Assistência somente em horário comercial e online.
Plugin Bimsync Revit
Plugin Bimsync Revit / Fonte: Revit Add-Ons

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos quão fundamental é no universo no BIM a comunicação e troca de informação, a utilização de plataformas como o BIMSYNC para comunicação e colaboração é vital para o desenvolvimento do projeto no BIM e pode ser utilizado não somente em projeto como durante a execução da obra. A SpBIM acredita e incentiva o uso das plataformas de comunicação e gestão.

Open BIM, a democracia no BIM

Com toda a fomentação no ambiente nacional no universo BIM derivado do decreto BIM do ano 2021 no qual as instancias publicas irão adentrar de maneira firma e consistente no BIM desde o desenvolvimento de projeto como no BIM 3D e nas demais dimensões BIM 4D e BIM 5D ao longo do plano de execução da implantação BIM no Brasil. Todavia neste quadro de fomentações tem até então pouco exploradas pelo menos a nível nacional tirando o mercado privado, essas conjecturas colidem e divergem para fundamentar um workflow de poucas plataformas disponíveis quando não sendo somente de uma única plataforma.

Esta colisão é oriunda da infinidade de softwares BIM existentes e uma necessidade da comunicação entre estes softwares com plataformas distintas, uma vez que os formatos nativos se comunicam com as plataformas no qual pertence ao mesmo aglomerado monopolizando o processo e não sendo enquadrado no âmbito do BIM como é a proposta do openBIM sendo aberto onde o usuário decide qual é a melhor ferramenta atrelada ao custo benefício e praticidade do cotidiano. A comunicação é necessária para que objetivo do BIM seja alcançado, e surge então, derivando desta necessidade o openBIM tornando o ambiente democrático.

Fonte: Buildingsmart | openBIM
Fonte: Buildingsmart | openBIM

POR QUE O openBIM É IMPORTANTE?

O openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART no qual a instituição define como uma forma de ter uma visão universal para o design colaborativo, realização e operação de construções baseado em padrões e processos de livre utilização.

O openBIM garante que todos os envolvidos possam trabalhar de maneira transparente sem que haja a necessidade de migração de plataforma aumentando a eficiência dos projetos e construções. Utilizando todas as metodologias que o BIM é possível de forma ampla tornar mais eficaz a comunicação e colaboração, um exemplo seria o alinhamento de LOD, são necessários obter mais informações ou um alto nível geométrico dos elementos construtivo.

Geometry and Data using BIM BIM APLICATION
Fonte: Geometry and Data using BIM | BIM APLICATION

Tendo em vista toda essa comunicação é necessário padrões ou standards que permitam que todas as informações sejam organizadas, portanto o conteúdo precisa ser:

  1. ABERTO
  2. ACESSIVEL
  3. ESTRUTURADO
  4. COMPREENSIVEL
  5. CONTROLADO
  6. SEGURO
  7. PADRONIZADO

Outros pontos fundamentais neste processo comunicativo e de desenvolvimento são:

REALIZADO O BACKUP: toda edificação precisa de uma manutenção em algum momento no clico de vida do empreendimento, tendo em vista isto o seu DIGITAL TWIN que faz necessário, pois o mesmo é fundamental para o gerenciamento no futuro.

PROPRIETÁRIO DOS DADOS: tal questão é resolvida por meios contratuais.

ACESSO AS INFORMAÇÕES: todos envolvidos devem ter acesso porem nem todos podem editar. É fundamental ter essa distinção.

O openBIM NÃO É IFC?

O openBIM vai bem além do padrão do IFC, o openBIM compreende um compromisso da BuildingSMART com as empresas de softwares no qual  buscam padrões abertos e o engajamento com todos que estão envolvidos com a vida útil da edificação.

Há um grande debate em torno do IFC (IFC4 atualmente na data deste artigo) devido a perca de dados e a deformação de geometrias, além de limitações paramétricas. Porém o IFC é corrigido e atualizado constantemente.

Portanto pode se afirmar que o openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART com as fabricantes de softwares que buscam atender os seguintes princípios:

  • Não importa quantos softwares a empresa esteja trabalhando o Workflow (Fluxo de Trabalho) deve ser aberto e transparente.
  • O objetivo é que a indústria da construção possa ter uma linguagem comum entre todos setores e que as versões de atualização dos softwares também não poderão intervir a interoperabilidade.
  • Ao utilizar formatos abertos a padronização no OPEN BIM permitirá um maior tempo de uso dos dados pela equipe e permite que outras equipes do mesmo projeto possam utilizar os mesmos dados sem a duplicação dos dados e sem ter a necessidade de se preocupar com o software utilizado.
ifc
Logotipo IFC / Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos na democracia do BIM e o quão fundamental a comunicação e colaboração entre os softwares são essenciais para o desenvolvimento da construção civil e um melhor desempenho das construções e dos projetos. O openBIM dissemina e permite que qualquer profissional possa escolher a ferramenta mais apropriada sem ter vínculos de trabalhar com somente uma indústria ou plataforma, além de possibilitar a contratação justa de acordo com o mercado escolhido sem ser privado de participar de outras oportunidades de negócio.

O que é o dRofus?

O BIM tem direcionado com maestria o futuro da indústria da construção e tem modificado a maneira e o fluxo de trabalho (Workflow).  Com essa diversidade de ferramentas disponíveis surgem softwares inovadores a cada dia e devido a demanda ser tão alta existe a necessidade da comunicação de ferramentas para gerenciamento dos modelos gerados. Com essa demanda surge o dRofus.

Logotipo dRofus / Fonte: Nemetschek Company
Logotipo dRofus / Fonte: Nemetschek Company

O dRofus é um add-in que tem como finalidade o planejamento, gerenciamento de dados e colaboração BIM fornecendo acesso a todos os interessados e um grandes suportes ao fluxo de trabalho à informação de construção em todo ciclo de vida do edifício. Os demais softwares de gerenciamento e planejamento que estão no mercado o dRofus não foi desenvolvido para os colaboradores e sim para os proprietários de edifícios públicos.

QUAL A DIFERENÇA DO DROFUS E OS DEMAIS SOFTWARES DE COLABORAÇÃO?

O dRofus tem como perspectivas adjacentes que os demais softwares não comportam. Essas diferenças são:

  • Captura de requisitos do cliente (EIR).
  • A validação de soluções de design (BIM) em relação aos requisitos dos clientes.
  • O gerenciamento dos padrões públicos.
  • Planejamento de equipamentos são os principais de recurso do software.
  • Integração com o Revit, ArchiCAD e IFC, sendo bidirecional.

O outro ponto fundamental é sua capacidade de capturar modelos de cada disciplina, juntamente com os dados de planejamento, os dados não geométricos e documentos capaz de juntar em um banco de dados. Pode ser acessível pelo desktop e via Web.

Checagem do Modelo
Checagem do Modelo / Fonte: Drofus

POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO

O DRofus permite estruturar as salas (ambientes) no projeto de maneira clara e objetiva. O dRofus permite que todas as partes envolvidas acessem visões gerais da sala e da área.Tendo sido aplicado no Hospital universitário Público Sunshine Coast para num total de 450 leitos, devido ser um projeto de alta complexidade alguns critérios foram levantados para escolher software de gerenciamento, tais como:

  • Capacidade de alinhar os resultados de informados e projetados.
  • Mudança na capacidade de rastreamento.
  • Possibilidade de atribuir direitos a usuários de forma diferentes.
  • Acessibilidade remota.
  • Interface intuitiva.
  • Fácil integração com o modelo BIM.
  • Relatórios com fácil utilização e fácil manipulação.
  • Economia de tempo porte da coordenação.

Após esse levamento de necessidades verificou-se que o único software de gerenciamento com tal aplicabilidade era dRofus. E após essa escolha uma grande facilidade na hora de comparar o projetado e com o que foi alcançado.

Como utilizar o YULIO para conquistar clientes?

O YULIO é um plugin (add-in) de REALIDADE VIRTUAL para arquitetos, engenheiros e designers. A realidade virtual está começando a entrar no vocabulário da nossa população. Ainda que bastante restrita para cientistas e acadêmicos, a tecnologia já começou a dar indícios de que pode sair do campo de pesquisas para entrar no nosso cotidiano.

Realidade Aumentada em tempo real spbim
Fonte: SpBIM

MAS AFINAL, O QUE É REALIDADE VIRTUAL?

A Realidade Virtual, nada mais é do que uma tecnologia de interface que permite que o usuário, navegue em um ambiente virtual, elaborado a partir de um sistema computacional. Ou seja, um ambiente virtual onde o usuário pode inserir de forma realista, como se realmente estivesse ali, no qual tudo não passa apenas de um sistema computacional. A tecnologia induz efeitos visuais e sonoros, permitindo total imersão em um ambiente simulado virtualmente. O usuário pode interagir ou não com o que está ao seu redor, dependendo das possibilidades do sistema utilizado.

Yulio logotipo
Logotipo Yulio VR / Fonte: Yulio

Ao longo dos anos e com a evolução da tecnologia, a realidade virtual ganhou nuances diferentes. Hoje, por exemplo, ela tem como base displays estereoscópios. A realidade virtual, funciona através de estímulos visuais e auditivos. É comum o uso de headsets que cobrem completamente olhos e orelhas, privando o usuário de ouvir e ver estímulos externos, que servem como o meio pelo qual o usuário se conecta com o mundo virtual.

E O QUE É O YULIO?

Como dito anteriormente, o Yulio é um plugin de realidade virtual para arquitetos, engenheiros e designers. O Yulio oferece uma diversidade de ferramentas que permitem converter simples modelagens 3D em apresentações incríveis de realidade virtual.

Com o Yulio os usuários são capazes de utilizar em planta baixa para orientação em seu projeto e navegar pelos ambientes do Yulio.
Além disso o Yulio também possui compatibilidade com o V-Ray que deixará suas renderizações ainda mais realistas.

POR QUE UTILIZAR UM PLUGIN DE REALIDADE VIRTUAL EM SEUS PROJETOS?

  1. Através de aparelhos móveis como smartphones e tabletes, você pode levar consigo suas apresentações de realidade virtual a assim demonstrar aos seus clientes e parceiros.
  2. Com o Yulio é possível ter grandes experiencias de realidades virtuais prontas em minutos.
  3. Insira seus projetos em diversos canais de mídias, compartilhando-o com diversos clientes.
  4. Seus clientes podem ser inseridos dentro dos ambientes virtuais com tecnologia de ponta sem que haja complicações.
  5. Tenha relatórios e informações completas das experiencias que os seus clientes mais tenham tido interesse.
  6. Acesse de onde e quando quiser sua conta no Yulio.

Com o Yulio você poderá fazer grandes apresentações aos seus clientes, levando-os de projetos renderizados a uma grande experiencia em realidade virtual, inserindo-os nos seus ambientes de projetos.

Vincule cenas, adicione uma planta baixa, imagens, áudio e vídeo tudo em minutos. Em seguida, apresente através de alguns cliques para “convencer” seus clientes através da Realidade Virtual.

De maneira simples e convincente, insira seus clientes dentro do ambiente projetado. Vincule cenas incríveis, reproduza sons e deixe seus clientes satisfeitos e surpreendidos com tamanha experiencia. Integre o Yulio ao seu fluxo de trabalho em diversos softwares.  Basta baixar o plug-in gratuito desenvolvido para o software que você já utiliza. Disponível para SketchUp, Revit, V-ray, 3DS Max, Rhinoceros entre outros.

Yulio SpBIM
Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Nos dá SpBIM incentivamos na utilização do Yulio, entendemos a importância de um bom resultado e apresentação impecável aos nossos clientes e como utiliza-lo se torna um diferencial para eles.