VCAD: O Poder da Integração BIM e Business Intelligence na Transformação Digital da AEC

VCAD: O Poder da Integração BIM e Business Intelligence na Transformação Digital da AEC

 

O VCAD é uma solução inovadora que conecta modelos BIM (Building Information Modeling) a plataformas de Business Intelligence (BI), permitindo a visualização e análise de dados complexos de maneira intuitiva e eficiente. A integração entre BIM e BI proporciona insights valiosos sobre custos, cronogramas e desempenho de ativos, facilitando a identificação de problemas e incompatibilidades de forma proativa. Neste artigo, exploraremos como o VCAD, aliado ao Power BI, pode transformar a gestão de projetos na indústria AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção).

Fonte: VCAD FOR POWER BI, AUTODESK BIM 360® INTEGRATION (Artigo do Linkedin)

 

 

O que é o VCAD?

 

O VCAD é uma ferramenta de gerenciamento espacial e de ativos que permite transformar arquivos BIM em plataformas de BI. Ele oferece suporte a formatos como IFC, NWD, NWC, RVT, OBJ, STL e DWG, integrando-se a softwares como Revit e Navisworks, além de soluções em nuvem como o Autodesk BIM 360. O VCAD processa os arquivos BIM, extrai os dados e organiza essas informações para uma apresentação visual eficiente no Power BI.

Na prática, o VCAD permite um controle detalhado de todos os aspectos de uma estrutura e dos recursos associados a ela. Isso torna os processos de análise e gerenciamento muito mais ágeis, fornecendo uma base sólida para decisões estratégicas.

 

Como utilizar o VCAD?

 

  1. Carregar o Arquivo IFC:
    Faça login na sua conta através do portal da Autodesk e acesse o VCAD File Manager. Clique em “UPLOAD” e utilize o botão “ESCOLHER ARQUIVO” para selecionar o arquivo IFC desejado em seu computador. Aguarde o processamento do arquivo até que apareça um ícone de visualização ao lado do nome.
  2. Baixar o Modelo para Power BI:
    Após conferir o arquivo, clique no ícone de download e selecione o modelo “Space Asset Theme” (a terceira opção). Baixe o arquivo e, se necessário, o PDF de ajuda disponível no mesmo pop-up.
  3. Abrir no Power BI Desktop:
    Salve o arquivo na pasta desejada e abra-o no Microsoft Power BI Desktop. Lá, você encontrará visualizações pré-configuradas relacionadas a Espaços e Ativos integradas com o VCAD. Você pode salvar o projeto no formato PBIX ou publicá-lo na versão online do Power BI.

 

Fonte: Autodesk – Integração VCAD para BIM 360

Quais são os benefícios de utilizar o VCAD na AEC?

A integração do VCAD com BIM (Building Information Modeling) e BI (Business Intelligence) oferece uma ampla gama de vantagens para a indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). Desde a gestão de projetos mais eficiente até o aumento da produtividade operacional, o VCAD possibilita explorar dados de forma interativa e visual. A seguir, detalhamos os principais benefícios do VCAD relacionados às diferentes dimensões do BIM:

  • BIM 3D – Modelagem
  • Nas etapas iniciais do projeto, o VCAD auxilia na criação e visualização de modelos federados. A plataforma permite combinar os modelos das diversas disciplinas (arquitetura, estrutura, instalações) em um ambiente integrado, facilitando a análise e a identificação de interferências. Isso melhora a colaboração entre as equipes e reduz erros na fase de planejamento.
Fonte: VCAD

 

  • BIM 4D – Cronograma
  • Ao integrar o VCAD com o Navisworks Timeliner, é possível vincular atividades de cronograma ao modelo 3D, criando um ambiente 4D que permite a visualização da sequência construtiva ao longo do tempo. Isso fornece insights valiosos sobre a execução do projeto, facilitando o planejamento, a análise de atrasos e a geração de relatórios dinâmicos.
  • BIM 5D – Orçamento
  • O VCAD possibilita a criação de uma visão integrada entre dados de BIM, cronograma e orçamento. A centralização desses dados permite a interação entre as dimensões 3D, 4D e 5D, garantindo maior precisão e controle financeiro. Para uma integração eficiente, a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) deve estar incorporada no arquivo IFC, assegurando alinhamento entre planejamento, execução e orçamento.
  • BIM 6D – Sustentabilidade
  • O VCAD também facilita análises voltadas para a sustentabilidade. A ferramenta permite integrar dados que auxiliam na tomada de decisões mais ecológicas e eficientes, como análises energéticas, impacto ambiental e uso de materiais sustentáveis. Isso ajuda a alinhar o projeto com metas de sustentabilidade.
  • BIM 7D – Gestão e Manutenção
  • Com o VCAD, é possível integrar dados de projeto e operação em dashboards interativos. Essa visualização facilita a tomada de decisões rápidas e informadas na fase de gestão e manutenção. A equipe de operação pode monitorar o desempenho dos ativos e planejar manutenções de forma proativa.

 

Além de atender às diferentes dimensões do BIM, o VCAD oferece outros benefícios importantes para a indústria AEC:

 

  • Conexão com sensores IoT: Possibilita o monitoramento em tempo real das condições da obra, identificando potenciais problemas antes que ocorram.
  • Análise de riscos: Facilita a identificação de riscos e permite intervenções proativas para mitigar problemas.
  • Monitoramento em tempo real: Garante o acompanhamento dos cronogramas e orçamentos, reduzindo desperdícios e evitando desvios.
  • Gestão de recursos: Organiza dados para otimizar a gestão de prazos, custos e recursos de forma eficiente.

 

A utilização do VCAD permite transformar dados complexos em informações visuais e interativas, facilitando a colaboração, o planejamento e a gestão em projetos AEC.

CONCLUSÃO

 

O VCAD representa um avanço significativo para a transformação digital na indústria AEC, ao unir a precisão dos modelos BIM com o potencial analítico das plataformas de Business Intelligence. A utilização eficiente dessa ferramenta permite aos profissionais um controle mais detalhado sobre seus projetos e ativos, facilitando a tomada de decisões informadas e a otimização de processos. Investir na integração entre BIM e BI por meio do VCAD é, portanto, um passo estratégico para aqueles que buscam evoluir na era digital e aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por essa poderosa combinação tecnológica.

 

Quem é a Building Smart?

Quem é a Building Smart

Quem é a Building Smart?

A indústria da construção civil está passando por uma revolução impulsionada pela tecnologia, e a BuildingSMART emerge como uma figura central nesse cenário. Fundada em 1994, essa organização internacional sem fins lucrativos tem desempenhado um papel fundamental na promoção de padrões abertos e colaborativos para a digitalização da construção civil. Neste artigo você vai entender melhor quem é a Building Smart.

Quem é a Building Smart?
Fonte: World Construction Today

 

História e Missão:

A BuildingSMART foi criada com a visão de desenvolver e promover padrões abertos para a indústria da construção civil, permitindo a interoperabilidade entre diferentes softwares e sistemas utilizados no setor. Seu foco principal é facilitar a troca de informações ao longo do ciclo de vida de um empreendimento, desde a concepção até a operação e manutenção.

A organização começou como um esforço colaborativo entre diversos especialistas em arquitetura, engenharia e construção, que reconheceram a necessidade de criar um ambiente mais eficiente e integrado para o setor. Ao longo dos anos, a BuildingSMART expandiu suas atividades globalmente, estabelecendo capítulos em diferentes países e colaborando com organizações locais para promover suas iniciativas.

Quem é a Building Smart
Fonte: Building Smart

 

Padrões e Tecnologias:

A BuildingSMART é conhecida por desenvolver e manter padrões abertos, sendo o mais proeminente o Industry Foundation Classes (IFC). O IFC é um padrão neutro que permite a troca de informações entre diferentes softwares utilizados em arquitetura, engenharia e construção. Ele desempenha um papel crucial na interoperabilidade, garantindo que os dados possam fluir sem obstáculos entre diferentes estágios de um projeto.

BIM
Fonte: SPBIM

 

Além do IFC, a BuildingSMART está envolvida em diversos outros projetos e iniciativas, como o Building Information Modeling (BIM), que revoluciona a forma como as informações são gerenciadas ao longo do ciclo de vida de uma construção. Essas tecnologias não apenas aumentam a eficiência, mas também melhoram a qualidade e a colaboração entre os diversos stakeholders envolvidos em um projeto.

 

Certificações BIM

A BuildingSMART International é uma organização que desempenha um papel importante na promoção e desenvolvimento de padrões abertos para a indústria AEC, incluindo o BIM. Algumas das certificações BIM oferecidas pela BuildingSMART incluem:

 

Certificação IFC (Industry Foundation Classes):

– O IFC é um padrão aberto para a troca de informações BIM entre diferentes softwares.

– A certificação IFC pode ser obtida para garantir que um software atenda aos requisitos e interoperabilidade definidos pelos padrões IFC.

 

Certificação BIM Collaboration Format (BCF):

– O BCF é um formato de arquivo aberto que visa melhorar a comunicação e colaboração entre diferentes partes envolvidas em um projeto BIM.

– A certificação BCF pode indicar a conformidade de um software com esses padrões.

 

Certificação bSDD (BuildingSMART Data Dictionary):

– O bSDD é uma parte importante da infraestrutura BIM, fornecendo uma base de dados comum para definições de propriedades e atributos.

– A certificação bSDD pode ser relevante para softwares que desejam aderir a esses padrões de dados.

 

Os padrões de classificação para softwares serem considerados BIM, é essencial observar se o software atende a alguns critérios e padrões estabelecidos pela indústria. Alguns dos principais requisitos incluem:

– Modelagem 3D e Informação Integrada: O BIM envolve a criação de modelos 3D que incorporam informações detalhadas sobre os elementos da construção. O software deve suportar essa funcionalidade.

– Colaboração: A capacidade de colaboração entre diferentes partes interessadas no projeto é fundamental. Os softwares BIM devem facilitar a troca de informações entre arquitetos, engenheiros, construtores, etc.

– Padrões de Dados e Classificação: Adesão a padrões de dados comuns, como o IFC, e a capacidade de classificar e gerenciar dados de maneira consistente são aspectos importantes.

– Facilidade de Atualização e Revisão: BIM é um processo iterativo. O software deve permitir atualizações e revisões contínuas ao longo do ciclo de vida do projeto.

 

Quais são os seus principais benefícios?

A utilização da BuildingSMART e seus padrões, como Industry Foundation Classes (IFC) e Building Information Modeling (BIM), proporciona diversos benefícios para a indústria da construção civil. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

 

  • Interoperabilidade: A BuildingSMART promove a interoperabilidade entre diferentes softwares e sistemas utilizados na construção civil. Isso significa que informações podem ser compartilhadas de forma eficiente entre diferentes fases do projeto, desde o design até a construção e operação.

 

  • Colaboração Aprimorada: Ao adotar padrões como IFC e BIM, os profissionais da construção podem colaborar de maneira mais eficiente. Isso resulta em uma comunicação mais clara entre as equipes, reduzindo erros e melhorando a eficiência geral do projeto.
Colaboração Aprimorada
FONTE: Biblus

 

  • Eficiência no Ciclo de Vida do Projeto: A BuildingSMART facilita a gestão de informações ao longo do ciclo de vida do empreendimento, desde a concepção até a operação e manutenção. Isso otimiza a eficiência do projeto, permitindo uma melhor tomada de decisões em todas as fases.

 

  • Redução de Custos e Tempo: A interoperabilidade e colaboração aprimoradas resultam em uma redução significativa de erros e retrabalho. Isso, por sua vez, contribui para a redução de custos e cronogramas mais eficientes.

 

  • Melhoria na Qualidade do Projeto:A utilização de padrões da BuildingSMART, especialmente BIM, permite uma modelagem mais precisa e abrangente do projeto. Isso contribui para a melhoria da qualidade do trabalho, evitando problemas durante a construção e operação.

 

Impacto Global:

A influência da BuildingSMART se estende por todo o mundo, com sua presença em mais de 30 países. A organização colabora com governos, empresas, instituições acadêmicas e profissionais do setor para promover a adoção de padrões abertos e práticas digitais. Seus esforços têm contribuído significativamente para a transformação digital da construção civil em escala global.

Impacto Global
FONTE: FundsPeople

 

Desafios e Futuro:

Apesar dos avanços, a BuildingSMART enfrenta desafios contínuos, como a resistência à mudança e a necessidade de manter seus padrões atualizados em um ambiente tecnológico dinâmico. No entanto, a organização permanece dedicada a impulsionar a inovação na indústria, promovendo a colaboração e a interoperabilidade.

 

No futuro, espera-se que a BuildingSMART continue a liderar a revolução digital na construção civil, adaptando-se às novas tecnologias emergentes, como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e realidade aumentada. Essas inovações têm o potencial de levar a construção civil a novos patamares de eficiência, sustentabilidade e qualidade.

 

Conclusão:

A BuildingSMART é uma peça fundamental no quebra-cabeça da transformação digital na construção civil. Seu compromisso com a colaboração e padrões abertos estabelece as bases para um setor mais eficiente, conectado e adaptável. À medida que a tecnologia continua a evoluir, a BuildingSMART permanece na vanguarda, moldando o futuro da construção civil global.

Boas Práticas para Exportar IFC do Archicad

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Boas Práticas para Exportar IFC do Archicad


O formato Industry Foundation Classes (IFC) é uma norma internacional para a representação de informações sobre a construção e gestão de instalações ao longo de seu ciclo de vida. No contexto da modelagem de informações da construção (BIM), exportar modelos para o formato IFC tornou-se uma prática comum para facilitar a colaboração entre diferentes softwares e partes interessadas em projetos de construção. O Archicad, um software líder em modelagem BIM, oferece recursos avançados para a exportação de modelos para o formato IFC. Neste artigo, exploraremos boas práticas para otimizar o processo de exportação de IFC a partir do Archicad.

 

1. Modelo BIM Coerente

Antes de exportar para o formato IFC, é crucial garantir que o modelo BIM no Archicad esteja coerente e bem-estruturado. Isso inclui a verificação da consistência geométrica, atribuição correta de propriedades e uso adequado de objetos paramétricos. Um modelo BIM bem-preparado resultará em uma exportação IFC mais eficiente e precisa.

 

Boas práticas para exportar IFC do Archicad
Fonte: FreePik

 

2. Padronização de Nomes e Classificações

A padronização de nomes e classificações é fundamental para a interoperabilidade entre diferentes softwares. Certifique-se de que os elementos do modelo tenham nomes claros e consistentes, seguindo convenções de nomenclatura específicas. Além disso, atribuir classificações IFC padronizadas aos objetos do modelo facilita a interpretação correta dos dados durante a exportação.

3. Atribuição de Propriedades

O Archicad permite a atribuição de propriedades específicas a elementos do modelo, contribuindo para uma representação mais rica e precisa no formato IFC. Considere adicionar informações relevantes, como materiais, dimensões, e dados específicos do cliente. A precisão dessas propriedades é crucial para a utilização eficaz dos modelos IFC em outros softwares.

Boas práticas para exportar IFC do Archicad
Fonte: aecweb

4. Coordenação de Sistemas de Coordenadas

Garanta que os sistemas de coordenadas do modelo estejam corretamente configurados antes da exportação para IFC. Isso é vital para garantir a consistência espacial e a correta localização dos elementos no modelo. A coordenação adequada simplifica o processo de integração com outros modelos e a análise colaborativa.

Boas práticas para exportar IFC do Archicad
Fonte: Graphisoft

 

5. Verificação de Conformidade com Padrões IFC

Antes de exportar, verifique se o modelo está em conformidade com os padrões IFC. O Archicad possui configurações específicas para ajustar a exportação de acordo com as normas IFC relevantes. Certifique-se de selecionar a versão apropriada do padrão IFC e ajustar as configurações conforme necessário.

6. Utilização de Templates IFC Personalizados

O Archicad oferece a capacidade de criar e usar templates IFC personalizados. Isso é particularmente útil quando há requisitos específicos de interoperabilidade ou padrões exclusivos definidos pelos stakeholders do projeto. Criar e aplicar templates personalizados simplifica a exportação, garantindo a consistência nos dados exportados.

Boas práticas para exportar IFC do Archicad
Fonte: Graphisoft

Conclusão

Exportar modelos BIM para o formato IFC no Archicad é uma prática essencial para a colaboração eficiente em projetos de construção. Ao seguir as boas práticas mencionadas acima, os profissionais podem garantir uma exportação suave e uma representação precisa dos dados no formato IFC. Essas práticas não apenas facilitam a colaboração entre diferentes plataformas BIM, mas também contribuem para a integridade e a qualidade dos dados ao longo do ciclo de vida do projeto.

Boas práticas para exportar IFC do Revit

Boas Práticas para Exportar IFC do Revit

A colaboração eficiente entre diferentes softwares é essencial no ambiente de Modelagem da Informação da Construção (BIM), e a interoperabilidade é fundamental para o sucesso de projetos complexos. O formato de intercâmbio Industry Foundation Classes (IFC) é amplamente adotado para permitir a troca de informações entre plataformas BIM, e o Autodesk Revit é uma ferramenta popular para criação de modelos 3D.

A exportação adequada de modelos IFC do Revit é crucial para garantir que as informações contidas no modelo sejam transferidas de forma precisa e sem perdas. Aqui estão algumas boas práticas a serem seguidas para otimizar esse processo:

 

1. Modelagem Consistente:

   – Antes da exportação, certifique-se de que o modelo Revit esteja bem organizado e siga as melhores práticas de modelagem.

   – Verifique a consistência das geometrias, evitando sobreposições desnecessárias e elementos mal definidos.

Boas práticas para exportar IFC do Revit
Fonte: FreePik

 

2. Atribuição de Propriedades:

   – Atribua informações corretas e detalhadas às propriedades dos objetos no Revit, como materiais, dimensões e classificações.

   – Use parâmetros compartilhados para garantir consistência e padronização na atribuição de propriedades.

 

3. Categorização Adequada:

   – Classifique corretamente os elementos em categorias apropriadas no Revit para garantir que sejam mapeados corretamente ao serem exportados para o formato IFC.

 

4. Controle de Elementos Não Nativos:

   – Evite o uso excessivo de famílias não nativas do Revit, pois nem todas são totalmente suportadas na exportação IFC.

 

5. Revisão e Validação:

   – Antes da exportação, revise o modelo para identificar possíveis problemas, como geometrias complexas, elementos desnecessários ou falhas na consistência dos dados.

exportar IFC do Revit
Fonte: FreePik

 

6. Configurações de Exportação:

– Crie vistas 3D separadas por disciplinas (Hidráulica, Arquitetura, Estrutura) ocultando elementos indesejados através do comando de Visibilidade e Sobreposição de Gráficos. Dessa forma pode-se configurar a exportação apenas do que está visível na vista específica.

– Personalize as configurações de exportação IFC no Revit conforme necessário. Ajuste a precisão da geometria, defina unidades corretas e escolha as propriedades a serem exportadas.

exportar IFC
Fonte: SPBIM

 

7. Uso de Templates IFC:

   – Utilize templates IFC disponíveis para o Revit, seguindo padrões e configurações específicas para garantir a conformidade com os requisitos IFC.

 

8. Documentação Adequada:

   – Forneça documentação clara sobre as propriedades e parâmetros usados no modelo, facilitando a interpretação dos dados por outras plataformas BIM.

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Fonte: Utilizando BIM

9. Atualizações Frequentes:

   – Mantenha-se atualizado com as versões mais recentes do software Revit e IFC, já que melhorias e correções são frequentemente incorporadas em atualizações.

10. Testes de Interoperabilidade:

   – Realize testes de interoperabilidade com outros softwares BIM para garantir que o modelo IFC seja corretamente interpretado e mantenha a consistência nas diferentes plataformas.

 

Conclusão:

Seguir boas práticas ao exportar modelos IFC do Revit é essencial para garantir a eficácia da colaboração BIM e a integridade das informações. Ao adotar estas diretrizes, os profissionais podem melhorar a qualidade dos dados transferidos entre plataformas, promovendo uma comunicação mais eficiente e transparente em projetos de construção.

QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

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QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

 

 

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A pandemia da COVID-19 revolucionou a forma como trabalhamos, muitas empresas migraram do escritório local para o trabalho remoto, porém alguns ramos de atividade necessitam de mão de obra local, e por isso precisaram se adaptar a nova realidade e garantir o cumprimento dos protocolos de segurança afim de proteger e manter a saúde dos seus colaboradores, neste artigo iremos falar sobre o uso do QR CODE e BIM.

Uma das soluções que garantiu eficiência e segurança dentro desses protocolos foi o QR code (Quick Response Code), que consiste em códigos que armazenam informações, como imagens e textos, e podem ser lidos por aplicativos de celulares e câmeras.

Com o distanciamento social, a ferramenta possibilita fazer uma série de checagens dos trabalhadores sem que haja contato físico, com códigos em capacetes e acessórios. O código também permite que todos tenham acesso a vídeos educativos e treinamentos internos durante o expediente.

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Reprodução SPBIM / Fonte: Do autor

O QR code também auxilia agentes da construção civil como projetistas e fiscais de obras. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo, alinhado com as novas tecnologias do mercado, incluiu em sua Resolução nº 75/2014 do CAU/BR o uso do QR code como recurso para informar os dados dos RRTs correspondentes às atividades realizadas na obra, dispensando que se mantenha no local a via impressa do registro. Da mesma forma, o CREA tem facilitado a disponibilização das Certidões de Acervo Técnico – CAT por códigos QR.

 

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Fonte: CAU/BR

 

Além disso, o acesso ao QR code nas obras pode integrar os projetistas e construtores. É uma forma de aproximar a gestão do canteiro aos diversos usos do BIM. Há formas de compartilhar projetos por meio desses códigos permitindo que as atualizações em plantas e cortes cheguem facilmente na obra, evitando alocação de tempo desnecessário em revisões de projeto. Diminui-se os riscos de projetos desatualizados e o facilita o controle dos processos.

Várias extensões de arquivos podem ser lidas, como IFC, RVT e DWFX, garantindo a integração das informações proposta pelo BIM.

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Exemplo de prancha com QR CODE / Fonte: SPBIM

 

Para o cliente também há vantagens como a possibilidade de acompanhar o andamento da obra e garantir melhor visualização de conceitos de projeto explicitados em 3D (ao invés de vistas técnicas 2D), imagens e filmagens do andamento do canteiro até mesmo feitas com drone.

 

Em obras públicas, a adesão ao Qr code para a troca de informações apresenta vantagens como:

  • Transparência das informações técnicas da obra, como empresa responsável, cronograma, aditivos contratuais;
  • Prestação de informações à população;
  • Fiscalização das normas de segurança do trabalho e saúde do trabalhador;
  • Implantação do BIM em obras públicas.

 

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Uso de QR CODE em obras de infraestrutura

 

Esse uso vai ao encontro do proposto pelo Decreto de Implementação BIM que visa adotá-lo em todo o ciclo da construção, com destaque às obras públicas.

 

Conclusão

A SPBIM acredita na integração entre tecnologias digitais e a construção civil como algo fundamental no desenvolvimento do setor, uma vez que a ampliação do uso de ferramentas que unifiquem as informações, e a gestão de projetos, garantem eficácia e confiabilidade nos produtos entregues. Nós da SPBIM visamos o uso do BIM nas obras de todos os portes e prezamos pela divulgação de novas tecnologias na indústria da construção.

Unreal para Arquitetura, Design e Engenharia

Unreal para arquitetura, design e engenharia

Unreal para arquitetura, Design e Engenharia

Unreal para arquitetura, design e engenharia

 

Inúmeras transformações acontecem no mercado da construção civil nos últimos anos, uma delas é a implementação dos modelos BIM e, principalmente, a revolução 3D na área. Diversos escritórios e construtoras estão utilizando de modelos 3D tanto para criação e representação de maquetes eletrônicas quanto para a construção em si através de desenhos técnicos oriundos destes mesmos modelos tridimensionais, neste artigo iremos abordar o uso do Unreal para arquitetura, design e engenharia!

Quando surgiram as primeiras ferramentas de visualização e projetos em 3D, estas eram caras e pouco acessíveis para a grande maioria dos consumidores de menor porte, porém, hoje temos uma grande mudança graças às ferramentas como a Unreal Engine 4 que se disponibiliza gratuitamente para escritórios de pequeno porte e quando se torna paga é por um preço mais acessível em comparação a outros software

Portanto, hoje falaremos sobre esta ferramenta muito versátil que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de ArchViz (Visualização e representação Arquitetônica) e também no desenvolvimento de projeto.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

A Unreal Engine  foi originalmente lançada em 1998 em um jogo chamado Unreal feito pela Epic Games, que mais tarde se tornaria a desenvolvedora do Twinmotion, ferramenta Archiviz com curva de aprendizado menor.

A UE foi inicialmente utilizada principalmente focada em produção de videogames, portanto, suas primeiras ferramentas não estavam necessariamente focadas no fotorrealismo e sim na otimização de se obter um resultado próximo ao realista que não demandasse muita potência de um computador comum. Entretanto, conforme os anos foram se passando, a UE foi ganhando mais funcionalidades e se diversificando para outros mercados, sendo um deles o mercado da arquitetura e urbanismo, o que trouxe um maior foco em fotorrealismo e maquetes interativas voltadas para área. Por conta de seu início como uma ferramenta de videogames, percebemos que hoje em dia a UE tem recursos que outros softwares não possuem, conseguindo alcançar um resultado realista demandando o menos possível do computador.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

Diante disto, quais são as vantagens de se utilizar a Unreal para arquitetura, design e engenharia em seu workflow?

A economia de tempo por conta da baixa requisição do computador na produção de renders fotorrealistas é uma de suas maiores vantagens, pois dá ao cliente uma visão mais rápida e clara de como o projeto ficará após sua construção. Também é possível criar maquetes interativas que inserem o indivíduo no próprio projeto, tal qual um videogame.

Contudo, tais vantagens também podem se tornar sua principal fraqueza, pois para se manter leve e demandar o menos possível do computador, a UE4 se utiliza de truques que exigem que seu usuário domine bem a ferramenta, solicitando um tempo de aprendizado maior, do contrário há dificuldade em se alcançar um resultado fotorrealista. Porém, superados estes obstáculos, a alta qualidade do resultado e a economia de tempo na produção são vantagens que falam por si só para a utilização do unreal para arquitetura, design e engenharia.

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Fonte: Artstation Tomasz Muszyński

 

Outra grande vantagem do Unreal para arquitetura é sua funcionalidade de tours em realidade virtual e suporte de renderização em tempo real. Através de um óculos VR, podemos inserir os clientes em um modo imersivo realista no projeto em desenvolvimento, possibilitando feedbacks e aprovações mais rápidas. Também os projetistas podem observar e corrigir erros ou tomar decisões no que é essencialmente uma maquete 1:1 do projeto antes que este seja realizado na obra. Tudo isto nos dá a possibilidade de termos um design realmente interativo, independente da localização onde se encontram os projetistas, podendo estes fazer alterações em tempo real no projeto em desenvolvimento, tornando-se uma ferramenta útil e essencial em tempos de lockdown por conta de pandemias globais que nos impossibilitam de sair de casa.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

As limitações advindas da estratégia de baixa demanda do computador para renderização pode ser revertida dentro do UE através da configuração do motor gráfico. Lá, podemos configurar a utilização do Raytracing que é uma simulação de como a luz interage com elementos na sua cena, trazendo assim resultados ainda mais realistas, porém exigindo uma maior taxação do sistema, o que demanda do computador uma capacidade muito elevada.

Vale a pena ressaltar que outras ferramentas como V-ray, Corona Render, entre outras, já se utilizam exclusivamente deste método para renderizar imagens sem oferta de alteração de o quanto o software exige do sistema.

Outro benefício na utilização do UE4  é a fácil integração com outros programas, pois é possível importar e trabalhar com arquivos IFC, cenas inteiras modeladas em Revit, SketchUp, Rhino, além de formatos CAD entre vários outros programas. Isso tudo simplesmente utilizando o plugin Datasmith que importa os dados do modelo para o UE4 preservando todas as informações disponíveis no arquivo.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

Além de todas estas vantagens versáteis da Unreal Engine, seus usuários recebem acesso a uma multiplicidade de recursos disponibilizados pela Epic Games, um deles sendo Quixel Megascans, um site no qual podemos encontrar assets, modelos e materiais em altíssima qualidade produzidos através de múltiplas fotos de objetos reais e processadas para produção de um modelo 3D de utilização em maquetes eletrônicas fotorrealistas, otimizando assim um processo que consome muito tempo no ramo de Archviz.

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Fonte: Quixel Megascans

 

CONCLUSÃO:

Vemos então que a Unreal Engine é uma ferramenta extremamente versátil e útil para as diversas fases de projeto na área da construção civil, sendo esta uma ferramenta que, até o presente momento, está muito a frente de seus concorrentes mesmo tendo um preço nulo ou próximo a isso. Sua utilização traz vantagens enormes tanto em desenvolvimento colaborativo quanto em Archiviz com a fácil criação de maquetes eletrônicas realistas. Uma de suas únicas desvantagens é a curva íngreme de aprendizado que demanda o investimento de múltiplas horas de estudo para o domínio na extração da total capacidade da ferramenta.

TQS é BIM?

O TQS é um software brasileiro, desenvolvido em 1986 por engenheiros civis, capaz de fazer dimensionamentos de estruturas em concreto, que proporciona um aumento de produtividade e qualidade às empresas e escritórios que o utilizam.

O software foi elaborado para proporcionar projetos estruturais que atendessem às normas da ABNT de forma otimizada, e atualmente, também conta com uma integração com o BIM.

Logotipo TQS
Fonte: TQS

FUNCIONALIDADES DO TQS

O TQS é capaz de gerar projetos de edificações e apresentar os cálculos dos seguintes elementos:

  • Vigas
  • Pilares
  • Lajes
  • Blocos de Fundação
  • Sapatas
  • Estacas
  • Cargas
Imagem apresentacao integracao TQS e Revit
Imagem apresentacao integracao TQS e Revit / Fonte: JKMF e TQS

Porém, existem limitações segundo a versão utilizada. Devido ao alto custo de sua extensão plena, algumas extensões parciais foram desenvolvidas. O TQS conta com assinaturas mensais e contemplam as seguintes extensões:

  • TQS Pleno LVP&S – Compatível com Estruturas de Grande Porte.
  • TQS Unipro LLVP&S – Compatível com Estruturas de até 20 pav.
  • TQS Unipro 12 LVP&S – Compatível com Estruturas de até 12 pav.
  • Alvest Pleno – Compatível com Alvenaria Estrutural.
  • Paredes de Concreto – Compatível com Paredes de Concreto.
  • TQS Preo – Compatível com Estrutura de Grande Porte, Pré-Moldadas e In Loco.

TQS E O BIM

Como dito anteriormente, o TQS possui integração com o BIM, pois com os avanços das softwares BIM, viu-se que se não o fizesse poderia perder espaço para seus concorrentes. Dessa forma, a TQS (Empresa), desenvolveu dentro do próprio TQS (Software) a interface necessária para transformá-lo em um software de BIM 3D.

Sendo assim, a empresa inseriu a modelagem 3D em seu software, a conexão de informações ao modelo e a interoperabilidade entre softwares, sendo essa última a principal característica de um software BIM.

Fluxo de Trabalho para escritorio de Estruturas
Fluxo de Trabalho para Escritório de Estruturas / Fonte: SpBIM
TQS e Tekla Structure
TQS e Tekla Structure / Fonte: TQS

No início de sua implantação BIM, o TQS só conectava-se com o Revit da Autodesk e com o formato IFC, sendo que a primeira conexão dava-se através de um Plug-In. Com a evolução do TQS, ele passou a fazer conexões com os demais softwares BIM (ArchiCAD, Sketchup), também através do IFC, mas com as linguagens próprias de cada software, promovendo um interoperabilidade mais eficiente.

Integracao entre TQS e SketchUp
Integracao entre TQS e SketchUp / Fonte: TQS

CONCLUSÃO:

Sendo assim, nós da SpBIM, entendemos que, por todas os pontos apresentados, o TQS entende-se como um software de integração com BIM, pois permite a modelagem 3D conectada com as informações do elemento e a interoperabilidade entre os demais softwares BIM.

TQS e OPEN BIM
TQS e OPEN BIM / Fonte: TQS

Essa interoperabilidade permite que as modelagens sejam executadas em softwares que o usuário tenha uma maior familiaridade, e somente utilize o TQS para os cálculos estruturais, sem a necessidade de retrabalho.

Open BIM, a democracia no BIM

Com toda a fomentação no ambiente nacional no universo BIM derivado do decreto BIM do ano 2021 no qual as instancias publicas irão adentrar de maneira firma e consistente no BIM desde o desenvolvimento de projeto como no BIM 3D e nas demais dimensões BIM 4D e BIM 5D ao longo do plano de execução da implantação BIM no Brasil. Todavia neste quadro de fomentações tem até então pouco exploradas pelo menos a nível nacional tirando o mercado privado, essas conjecturas colidem e divergem para fundamentar um workflow de poucas plataformas disponíveis quando não sendo somente de uma única plataforma.

Esta colisão é oriunda da infinidade de softwares BIM existentes e uma necessidade da comunicação entre estes softwares com plataformas distintas, uma vez que os formatos nativos se comunicam com as plataformas no qual pertence ao mesmo aglomerado monopolizando o processo e não sendo enquadrado no âmbito do BIM como é a proposta do openBIM sendo aberto onde o usuário decide qual é a melhor ferramenta atrelada ao custo benefício e praticidade do cotidiano. A comunicação é necessária para que objetivo do BIM seja alcançado, e surge então, derivando desta necessidade o openBIM tornando o ambiente democrático.

Fonte: Buildingsmart | openBIM
Fonte: Buildingsmart | openBIM

POR QUE O openBIM É IMPORTANTE?

O openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART no qual a instituição define como uma forma de ter uma visão universal para o design colaborativo, realização e operação de construções baseado em padrões e processos de livre utilização.

O openBIM garante que todos os envolvidos possam trabalhar de maneira transparente sem que haja a necessidade de migração de plataforma aumentando a eficiência dos projetos e construções. Utilizando todas as metodologias que o BIM é possível de forma ampla tornar mais eficaz a comunicação e colaboração, um exemplo seria o alinhamento de LOD, são necessários obter mais informações ou um alto nível geométrico dos elementos construtivo.

Geometry and Data using BIM BIM APLICATION
Fonte: Geometry and Data using BIM | BIM APLICATION

Tendo em vista toda essa comunicação é necessário padrões ou standards que permitam que todas as informações sejam organizadas, portanto o conteúdo precisa ser:

  1. ABERTO
  2. ACESSIVEL
  3. ESTRUTURADO
  4. COMPREENSIVEL
  5. CONTROLADO
  6. SEGURO
  7. PADRONIZADO

Outros pontos fundamentais neste processo comunicativo e de desenvolvimento são:

REALIZADO O BACKUP: toda edificação precisa de uma manutenção em algum momento no clico de vida do empreendimento, tendo em vista isto o seu DIGITAL TWIN que faz necessário, pois o mesmo é fundamental para o gerenciamento no futuro.

PROPRIETÁRIO DOS DADOS: tal questão é resolvida por meios contratuais.

ACESSO AS INFORMAÇÕES: todos envolvidos devem ter acesso porem nem todos podem editar. É fundamental ter essa distinção.

O openBIM NÃO É IFC?

O openBIM vai bem além do padrão do IFC, o openBIM compreende um compromisso da BuildingSMART com as empresas de softwares no qual  buscam padrões abertos e o engajamento com todos que estão envolvidos com a vida útil da edificação.

Há um grande debate em torno do IFC (IFC4 atualmente na data deste artigo) devido a perca de dados e a deformação de geometrias, além de limitações paramétricas. Porém o IFC é corrigido e atualizado constantemente.

Portanto pode se afirmar que o openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART com as fabricantes de softwares que buscam atender os seguintes princípios:

  • Não importa quantos softwares a empresa esteja trabalhando o Workflow (Fluxo de Trabalho) deve ser aberto e transparente.
  • O objetivo é que a indústria da construção possa ter uma linguagem comum entre todos setores e que as versões de atualização dos softwares também não poderão intervir a interoperabilidade.
  • Ao utilizar formatos abertos a padronização no OPEN BIM permitirá um maior tempo de uso dos dados pela equipe e permite que outras equipes do mesmo projeto possam utilizar os mesmos dados sem a duplicação dos dados e sem ter a necessidade de se preocupar com o software utilizado.
ifc
Logotipo IFC / Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos na democracia do BIM e o quão fundamental a comunicação e colaboração entre os softwares são essenciais para o desenvolvimento da construção civil e um melhor desempenho das construções e dos projetos. O openBIM dissemina e permite que qualquer profissional possa escolher a ferramenta mais apropriada sem ter vínculos de trabalhar com somente uma indústria ou plataforma, além de possibilitar a contratação justa de acordo com o mercado escolhido sem ser privado de participar de outras oportunidades de negócio.

O que é o IFC?

IFC

Desde arquitetos e engenheiros até empreiteiros e fabricantes, a comunicação e colaboração eficazes são cruciais para o sucesso de um projeto. No entanto, a falta de padrões de comunicação tem sido um desafio histórico para o setor. É aqui que o IFC entra em jogo, oferecendo uma solução que promove a colaboração e a interoperabilidade entre as várias partes envolvidas.

 

O que é o IFC?

O IFC (Industry Foundation Classes) é um padrão de intercâmbio de dados desenvolvido para o setor de construção civil. Ele é utilizado para representar informações relacionadas a um projeto de construção de forma digital, permitindo a troca de informações entre diferentes softwares e sistemas sem perda de dados ou tradução manual. Em outras palavras, o IFC atua como uma linguagem comum que permite que diferentes softwares “conversem” entre si, independentemente de suas origens ou finalidades específicas.

 

A necessidade do IFC na construção civil

Antes de sua introdução, a indústria da construção frequentemente enfrentava problemas de compatibilidade entre os diferentes programas utilizados por arquitetos, engenheiros, e outros profissionais. Isso resultava em lacunas de informação, retrabalho e potenciais erros de comunicação, custando tempo e dinheiro aos projetos. O IFC foi desenvolvido para superar essas barreiras, permitindo que informações detalhadas fossem compartilhadas de forma precisa e eficiente.

 

Relação entre IFC e BIM

Do projeto à realização de um edifício, há o envolvimento de vários profissionais, onde cada um opera dentro da própria área de interesse. Torna-se importante, estratégias interessadas com a possibilidade de troca de informações a fim de colaborar de forma eficaz com a realização de um projeto compartilhado. 

É neste momento que se torna necessário um formato padrão, que permita a interoperabilidade e o intercâmbio de dados, sem erros ou perda de informações, viabilizando a comunicação entre plataformas falando um única “língua” na construção digital.

Imagem
Fonte: Autor

Qual o formato do IFC?

É um formato aberto e neutro, na linguagem .xml e não pode ser controlado pelos fornecedores de software, como Autodesk ou Graphisoft. Foi criado para facilitar a interoperabilidade entre os diferentes profissionais envolvidos no empreendimento, com isso contém informações sobre todo o seu ciclo de vida do projeto, como determinado pelos LODs, por exemplo, desde a análise de viabilidade

Como funciona?

IFC / Fonte: Portal Graphics

 

O IFC, como centralizador,  permite que o Open BIM, sendo responsável por uma abordagem universal e democrática à colaboração para os desenhos e a construção dos empreendimentos baseados em padrões e fluxos de trabalho abertos. A arquitetura IFC baseia a sua estrutura em:

  • SEMÂNTICA
  • RELATÓRIOS
  • ATRIBUTOS

Os elementos são desenvolvidos para descrever os componentes de um edifício, como:

  • INSTALAÇÕES
  • ESPAÇOS
  • ZONAS
  • COMPONENTES
  • ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Incluindo as propriedades específicas de cada objeto. Devido a esta divisão para cada objeto é possível vincular determinadas informações como:

  • DESIGN
  • GEOMÉTRICO
  • ORÇAMENTO
  • MANUTENÇÃO
  • POSIÇÃO
  • DESEMPENHO ENERGÉTICO
  • CONEXÕES COM OUTROS OBJETOS
  • SEGURANÇA
  • CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS

Todos estes dados são geralmente codificados em um dos três formatos disponíveis:

  • .ifc: formato de arquivo padrão baseado na norma ISO-STEP
  • .ifcxml: codificação baseada na linguagem XML
  • ifczip: arquivo comprimido de um destes formatos, que pode conter também material adicional como PDF ou imagens

Problemas de uso

É muito comum escutarmos sobre falhas e dificuldades no uso do IFC, mas muitas das vezes acontecem más interpretações de uso, podendo ser elas:

  • A exportação é realizada de forma incorreta: Não basta apenas pedir para salvar o modelo em IFC, mas se torna necessário conferir as configurações de parâmetros de exportação relacionados com a sua necessidade. 
  • Softwares que não permitem a configuração de exportação IFC ou não fazem isso em conformidade com o padrão oficial.
  • Importação do modelo IFC pelo seu aplicativo: Muitas vezes o próprio aplicativo não interpreta completamente o modelo do arquivo que está sendo lido ou a versão de IFC usada.
  • O IFC não pode ser utilizado com funções para as quais não foi projetado, por exemplo: Editar modelos estáticos da mesma forma que se realiza no formato do software em que foi criado.
  • Dificuldade na captação de detalhes muito específicos: Por se tratar de uma linguagem comum e neutra, detalhes muito específicos nem sempre conseguem ser captados, mas as atualizações e novas versões do IFC estão sempre ampliando a cobertura deste padrão.   

 

Benefícios do uso do IFC

  1. Intercâmbio de informações através de um formato padrão e universal.
  2. Maior qualidade obtida
  3. Redução de erros e custos
  4. Redução de retrabalho
  5. Dados e informações coerentes em fase de desenho, realização e manutenção.
  6. Responsabilidade técnica
  7. Democracia no setor
  8. Melhor a comunicação
  9. Colaboração eficiente com os diferentes profissionais envolvidos
  10. Facilitação de decisões informadas

 

Conclusão

Nos dá SpBIM compreendemos e vivenciamos o IFC no nosso cotidiano e o entendemos como um formato democrático e qualificador de mão de obra, desde o projeto com a probabilidade de uso em todo o ciclo de um empreendimento. Nós apoiamos o OPEN BIM e acreditamos na necessidade de melhoria constante do processo ao requisito de uma padronização nacional para incentivo do uso com o BIM.

 

Caso tenha gostado do artigo, sugerimos a seguinte leitura: O QUE É BIM?