Com o avanço da tecnologia e a difusão da metodologia BIM os profissionais estão cada vez mais procurando formar de agilizar o acesso as informações de projeto e nada mais prático do que tê-lo na palma da mão, é por isso que atualmente existem no mercado diversos aplicativos móveis que permitem fazer o uso do BIM através de celulares e tablets.
BIMx
Aplicativo BIMx / Fonte: Graphisoft Brasil
O BIMx é um aplicativo para dispositivos móveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web) permitem a visualização, medição e apresentação do modelo 2D e 3D, foi desenvolvido pela Graphishoft e possui a fluxo de trabalho Open BIM, sendo compatível com o software Archicad.
BIM 360
Aplicativo BIM 360 | Fonte: Cadalyst
Com o objetivo de facilitar a comunicação e agilidade na visualização e gerenciamento dos projetos a Autodesk desenvolveu o BIM 360, um aplicativo móvel disponível tanto para Androide como para IOS. O BIM 360 possui uma interação de forma coletiva com diversos formatos da empresa americana, como Revit, Rhinoceros 3D e outros através dos recursos da nuvem.
BIM Server.Center
BIM Server Center App / Fonte: Server Center
Assim como os anteriores, é possível acessar o BIM Server.Center via dispositivos moveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web), permitindo participação coletiva nas ações de gerenciamento, realidade aumentada, visualização e extração de informação do projeto BIM. O app facilita a comunicação da equipe de obra com a equipe de projeto, fazendo com que ambos façam uso do mesmo modelo – resultando na mitigação de falhas de comunicação.
O mesmo é compatível com arquivos Archicad, da Graphisoft e através de plugin também permite a utilização de arquivos Revit da Autodesk.
Trimble Connect
Fonte: Trimcle Connect | Trimble
O Trimble Connect permite compartilhar e colaborar entre diversos modelos BIM, inclusive do Sketchup e arquivos abertos IFC. Através da plataforma é possível gerenciar, planejar e até mesmo compatibilizar projetos de diversas disciplinas, fazendo com que todos os comentários, observações e evoluções do projeto sejam notificados aos devidos responsáveis. Todas essas funcionalidades podem ser acessadas através de desktop (Windows, macOS e web) e dispositivos móveis (iOS e Android), usando até três servidores na nuvem.
Dalux Field
Apresentação do aplicativo Dalux Field / Fonte: Dalux Field
Com o Dalux Field é possível agilizar a forma de delegar atividades aos colaboradores (seja em obra em escritório), visualização de modelos BIM 2D, 3D e realidade aumentada, acrescentar comentários ao projeto e gerar relatórios em tempo real dos diversos fluxos de informações e trabalhos em andamentos via nuvem. Para inserir modelos Revit, Navisworks e Archicad na plataforma é necessário plugins compatíveis, disponibilizados no site oficial – podendo ser utilizados em dispositivos móveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web).
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM acreditamos que o BIM é uma metodologia que deve está presente em todas as fases de um empreendimento, sendo de suma importância a utilização de aplicativos para aparelhos móveis como forma de facilitar o acesso as informações de forma colaborativa e simultânea.
O TQS é um software brasileiro, desenvolvido em 1986 por engenheiros civis, capaz de fazer dimensionamentos de estruturas em concreto, que proporciona um aumento de produtividade e qualidade às empresas e escritórios que o utilizam.
O software foi elaborado para proporcionar projetos estruturais que atendessem às normas da ABNT de forma otimizada, e atualmente, também conta com uma integração com o BIM.
Fonte: TQS
FUNCIONALIDADES DO TQS
O TQS é capaz de gerar projetos de edificações e apresentar os cálculos dos seguintes elementos:
Vigas
Pilares
Lajes
Blocos de Fundação
Sapatas
Estacas
Cargas
Imagem apresentacao integracao TQS e Revit / Fonte: JKMF e TQS
Porém, existem limitações segundo a versão utilizada. Devido ao alto custo de sua extensão plena, algumas extensões parciais foram desenvolvidas. O TQS conta com assinaturas mensais e contemplam as seguintes extensões:
TQS Pleno LVP&S – Compatível com Estruturas de Grande Porte.
TQS Unipro LLVP&S – Compatível com Estruturas de até 20 pav.
TQS Unipro 12 LVP&S – Compatível com Estruturas de até 12 pav.
Alvest Pleno – Compatível com Alvenaria Estrutural.
Paredes de Concreto – Compatível com Paredes de Concreto.
TQS Preo – Compatível com Estrutura de Grande Porte, Pré-Moldadas e In Loco.
TQS E O BIM
Como dito anteriormente, o TQS possui integração com o BIM, pois com os avanços das softwares BIM, viu-se que se não o fizesse poderia perder espaço para seus concorrentes. Dessa forma, a TQS (Empresa), desenvolveu dentro do próprio TQS (Software) a interface necessária para transformá-lo em um software de BIM 3D.
Sendo assim, a empresa inseriu a modelagem 3D em seu software, a conexão de informações ao modelo e a interoperabilidade entre softwares, sendo essa última a principal característica de um software BIM.
Fluxo de Trabalho para Escritório de Estruturas / Fonte: SpBIMTQS e Tekla Structure / Fonte: TQS
No início de sua implantação BIM, o TQS só conectava-se com o Revit da Autodesk e com o formato IFC, sendo que a primeira conexão dava-se através de um Plug-In. Com a evolução do TQS, ele passou a fazer conexões com os demais softwares BIM (ArchiCAD, Sketchup), também através do IFC, mas com as linguagens próprias de cada software, promovendo um interoperabilidade mais eficiente.
Integracao entre TQS e SketchUp / Fonte: TQS
CONCLUSÃO:
Sendo assim, nós da SpBIM, entendemos que, por todas os pontos apresentados, o TQS entende-se como um software de integração com BIM, pois permite a modelagem 3D conectada com as informações do elemento e a interoperabilidade entre os demais softwares BIM.
TQS e OPEN BIM / Fonte: TQS
Essa interoperabilidade permite que as modelagens sejam executadas em softwares que o usuário tenha uma maior familiaridade, e somente utilize o TQS para os cálculos estruturais, sem a necessidade de retrabalho.
Com a difusão da metodologia BIM na construção civil, todas as formas de projetar tiveram de se remodelar e sistematizar sua realidade a esse atual sistema. Compreendendo a importância de automatizar as análises de desempenho a Autodesk desenvolveu o Insight.
Autodesk Insight 360º / Fonte: Autodesk
Um plug-in integrado ao Revit ou Formit que auxilia nas análises e concepções de projetos com eficiência energética, baseando-se em um mecanismo de simulações vinculados a uma ampla rede de dados sobre desempenho energético. A ferramenta tem ganhado mercado devido sua versão na nuvem, que possui capacidade de simular o desempenho em todo ciclo de vida do edifício com base em escolhas projetuais, em tempo real.
As simulações são baseadas na comparação de Benchmark, uma metodologia adotada nacionalmente e acreditada pelo DEO (Desempenho Energético Operacional em Edificações) e o CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) como indicador e parâmetro de etiquetagem energética na fase operacional dos edifícios de diversas tipologias e com características e usos semelhantes. O insight parametriza a comparação Benchmark a partir de custo de energia sobre indicadores como:
Localização e orientação da construção;
Incidência/controle da iluminação natural (aquecimento/resfriamento) a partir da relação entre área de vidro por área bruta da parede;
Ventilação natural;
Eficiência luminotécnica;
Eficiência de carga de plugs;
Sistema HVAC/AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado);
Sistema fotovoltaico (PV- limite de retorno, eficiência do painel e cobertura de superfície);
Escolha de materiais e ou metodologia construtiva;
Cronograma operacional.
Fomit + Revit + Insight / Fonte: Autodesk
COMO FUNCIONA O INSIGHT DA AUTODESK?
Como dito anteriormente o Insight é um Plug-in e um serviço da Autodesk, e assim como os demais, para utilizá-lo basta instalar o add in geralmente encontrado no site do seu desenvolvedor, no caso o da Autodesk. Após instalação, basta abri-lo no software de sua preferência, seja ele o Revit ou o Formit e começar a verificar seu objetivo de estudo.
Fonte: SpBIM
O plug-in encontra-se na aba “analyse/analisar”, antes do uso, verifique se arquivo está georreferenciado e escolha a ferramenta que melhor atende sua necessidade, dentro do “Insight 360”:
Heating Cooling: analisa temperatura
Lighting: analisa a iluminação
Solar: analisa a insolação
Ambas as opções categorizam o modelo por cores, de forma automatizada baseando-se em análise de parâmetros obtidas a partir da geolocalização, orientação do modelo e Informações vinculadas ao modelo. O gráfico com os índices de eficiência energética é necessário entrar na versão web do add in. E basta clicar no ícone do Insight, que o modelo migrará automaticamente para o site do add in, onde o projeto é analisado sobre os parâmetros de comparação Benchmark.
Exemplo de Insight / Fonte: Autodesk
POR QUE FAZER AS ANÁLISES DE DESEMPENHO NO INSIGHT DA AUTODESK?
Diferente de alguns plug-ins ou softwares do meio, o Insight pode criar qualquer vista categorizada dentro do próprio Revit/Formit, de forma dinâmica e autônoma, em questões de minutos e com apenas alguns cliques. Bastando apenas escolher a tabela de parâmetros que melhor atende sua demanda e esperando que sua vista seja atualizada. Além disso, o Insight ainda possui o diferencial de analisar em nuvem custos e desempenho energético a curto e longo prazo com base em cada decisão projetual e em tempo real.
CONCLUSÃO:
O Insight é um plug-in usado para estudos de desempenho, análises térmicas e simulações de ganhos em iluminação natural. É recomendável o seu uso, devido a facilidade e precisão de resultados, pois o Insight é considerado um grande acelerador de produtividade. Por isso, nós da SpBIM, incentivamos e apoiamos o uso da ferramenta para elaboração e simulação primária de decisões projetuais. O Insight é um fluxo de trabalho indicado para soluções Autodesk.
Atualmente, todo e qualquer campo do mercado, seja empresarial, industrial ou de serviços, têm despendido esforços para otimizar os seus processos, a fim de alcançar o maior lucro em um menor tempo de suas atividades. Com o objetivo de atingir esta otimização, empresas e pesquisadores, buscam desenvolver metodologias e ferramentas que possam proporcionar isso à todos os ramos do mercado.
Percebendo esta demanda, a Autodesk, empresa pioneira em desenvolvimento de softwares, já possui inúmeras ferramentas, desde o seu principal software o Autocad assim como as demais específicas para cada área como o Revit para arquitetos e o Revit MEP para engenheiros. Algumas dessas ferramentas são o BIM 360, um plataforma voltada a projetos em BIM que oferece a seus usuários um ótimo acompanhamento em nuvem das fases do projeto, o FUSION 360, outra plataforma também em nuvem, semelhante ao BIM 360, mas voltada à produtos de manufatura e componentes mecânicos, e por fim o CONFIGURATOR 360, que foi descontinuado, mas oferecia uma conexão entre comprador e vendedor, e proporcionava a criação de produtos com configurações que suprissem as necessidades do comprador.
Fonte: Autodesk FORGE | ETC Brasil
Como demonstrado acima, a Autodesk já proporcionava ao mercado as ferramentas necessárias para sua otimização, porém, como o mercado ainda buscava mais maneiras de otimização, a empresa viu a oportunidade de criar uma nova plataforma, chamando-a de AUTODESK FORGE, que se assemelha às anteriormente citadas mas, que diferente delas, permite a CRIAÇÃO DE MODELOS NA NUVEM, e não somente sua CONSULTA e ANÁLISE. Um dos diferenciais da plataforma do AUTODESK FORGE é permitir uma fácil visualização dos elementos, o que proporciona à alta gestão a verificação dos processos mesmo sem necessitar uma especialização das funções da plataforma.
O principal diferencial da plataforma é a presença de API’s (Application Programming Interface), que em português significa “INTERFACE PROGRAMÁVEL DE APLICATIVOS”, o que permite que os usuários utilizem dos dados fornecidos pelo Forge para criar aplicativos que supram suas necessidades, por exemplo, já existem aplicações ligadas à necessidade de análises de mecânica dos fluidos, análises de estruturas, gerenciamento de projetos, entre outros. Essa possibilidade de criação de aplicações ligadas à plataforma, proporciona a Autodesk um aumento funcional constante e sem barreiras, pois sua gama de funções só tende a aumentar com o seu tempo de vida.
Na imagem a seguir é possível ter uma pequena noção de todas as funcionalidades que foram incorporadas ao Forge e o que impressiona é que está tudo totalmente na nuvem, podendo ser acessado em qualquer lugar, a qualquer momento e com atualização simultânea, o que permite ao projeto uma precisão em cada dado que compõe o projeto.
Autodesk Forge / Fonte: SpBIM
CONCLUSÃO:
O Autodesk Forge é a mais nova plataforma da Autodesk, ainda pouco usada, mas que promete aumentar seus usuários exponencialmente nos próximos anos, graças às funções presentes e a possibilidade de surgimento de novos API’s.
Nós da SpBIM nos interessamos muito por essa nova plataforma e já estamos buscando formas de utilizá-la futuramente em nossos projetos e também acreditamos que será muito utilizada nos próximos anos devido ao Decreto Federal que definiu que as obras públicas, a partir de 2021, deverão utilizar o BIM obrigatoriamente e tornar o processo adaptável no fluxo e com a opção de customização, o Forge da Autodesk será uma revolução na indústria da construção civil.
Considerado o primeiro produto BIM comercial, o Archicad tem chamado a atenção dos arquitetos paulistanos e devido sua vantagem econômica em relação ao dólar, pois sua licença é comercializada em real, tem apresentado um aumento no número de usuários nacionais e com flexibilidade em negociar.
Para atender tal demanda, e na tentativa de “Democratizar o uso BIM no Brasil”, a Graphisoft comercializa o software através de três licenças:
Archicad Solo CAU
Archicad Solo
Archicad Full.
Pensando nos usuários que querem adquirir a licença da ferramenta, mas não sabem quais as limitações ou qual é a melhor opção, nós da SpBIM, explicamos cada uma das licenças e quais são suas limitações, indicações e faixa de preço.
Fonte: Archicad | Graphisoft Brasil
COMO FUNCIONAM AS DUAS LICENÇAS?
Para quem ainda não conhece o Archicad, separamos algumas das funcionalidades vantajosas para adquirir o software, ambos estão disponíveis nas duas versões:
INTEROPERABILIDADE (OPEN BIM): Assim como os demais softwares BIM, populares no mercado, como o Revit, Sketchup, Vectorworks, Solibri ou o Navisworks. O Archicad atende ao pré-suposto de interoperabilidade, que é a capacidade de exportar para demais softwares, através do formato IFC.
FERRAMENTAS ESPECIFÍCAS PARA MODELAGEM: O Archicad possui uma interface intuitiva similar ao SketchUp entretanto, um dos seus maiores diferenciais em relação ao Sketchup são as ferramentas especificas para modelagem, tais como paredes, vigas, pilares, parede cortina, morph, laje e etc.
FERRAMENTAS DE DOCUMENTAÇÃO: Em relação aos demais softwares citados anteriormente o Archicad é uma das principais opções para documentação e possui uma ferramenta específica para função a qual auxilia a documentar de forma rápida o que torna o processo mais produtivo e economiza muitas horas.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO: Pensando no “I” do BIM, o Archicad é capaz de gerar parâmetros e carregar quantitativo líquidos reais, em mapas (tabelas) de áreas, volumes, quantidades, comprimentos entre outros.
BIBLIOTECA DE OBJETOS: Um outro diferencial é a vasta biblioteca parametrizada de componentes já vinculadas ao software, que além de economizar tempo, a busca é vinculada a internet para constante atualizações de objetos acrescidos na internet. Exemplos práticos disso é o Showroom virtual ou Biblioteca BIM.
FERRAMENTAS DE ENGENHARIA MEP: Assim como as ferramentas específicas o Archicad possui os componentes para modelagem e análise de sistemas MEP (Mechanical, electrical, and plumbing/ mecânica, elétrica e hidráulica), semelhante ao seu concorrente o Revit MEP.
LOCALIZAÇÃO NACIONAL (BRASILEIRA): A Graphisoft comercializa o Archicad em PTBR (Português Brasil) e segundo as normas e parâmetros da ABNT, portanto é uma ferramenta que além de intuitiva pode ser autodidata, a facilidade e na capacidade de poder ler as ferramentas e utilizar o “help” já traduzido e vinculado através da internet agiliza o processo de autoaprendizagem.
COMPATIBILIDADE: O Archicad além de “Open BIM” consegue importar em formatos nativos sem grandes perdas para o SketchUp, Família de Revit, DWG e entre diversos outros.
ArchiCAD FULL ou ArchiCAD SOLO?
O Archicad Full possui 4 principais vantagens sobre o SOLO:
IMPORTAÇÃO DE XREF: o Archicad Full possibilita a importação e o gerenciamento de XREF ou XR que é uma formato não editável exportado pelo AutoCAD capaz de ser inserido em um arquivo DWG, como na utilização dos arquivos CAD caracterizado como a utilização de Links CAD, possibilita a edição e atualização simultânea. No Archicad é possível fazer o mesmo processo de referenciamento, o que ajuda quando o usuário costuma receber bases em DWG de outros colaboradores e precisa em boa parte do tempo atualizá-lo.
Em um exemplo prático, a importação de XREF seria usado para referênciar a modelagem de uma topografia, ou referenciar uma pré-existência já documentada em XREF.
TEAMWORK/TRABALHO COLABORATIVO: o Archicad Full possibilita o trabalho colaborativo que é uma ferramenta própria para metodologia de trabalho mútuo, onde diversos usuários modelam em um mesmo arquivo em tempo real e ao mesmo tempo. Aumentando a produtividade, integração e qualidade dos projetos.
Em exemplos práticos, o Teamwork do Full com o auxílio do BIM Cloud possibilitaria ao mesmo tempo que um responsável fizesse arquitetura, enquanto outro realizasse estruturas por exemplo. Outra possibilidade é de diferentes pessoas reservar partes do projeto e alterarem em outros computadores e locais. Um grande diferencial do Teamwork, é a gestão do processo em que o Coordenador BIM (BIM Manager) poderá deixar as frentes de trabalho para os colaboradores resolverem o desenvolvimento do projeto ou por exemplo na compatibilização de projetos.
MÓDULOS ASSOCIADOS: o Archicad Full possui uma ferramenta própria para replicações de partes do modelo, como pavimento tipo, layouts e similares.
Diferente do “copiar”, esses módulos funcionam como uma espécie de grupo ou links que são vinculados. Ao fazer uma alteração em um módulo associado específico, todas as replicações do módulo se ajustariam automaticamente. Esse recurso facilita a gestão, colaboração, automação dos projetos. A utilização de uma EAP e o termo “Modelo Federado” são essenciais para utilização com este recurso. Semelhante ao Vínculo do Revit ou ao XREF do Autocad.
CINERENDER: o Archicad Full possibilita ao usuário a renderização prévia de cenas, ainda dentro do software, facilitando a compreensão da composição geral de um edifício ainda nas fases primárias do projeto.
Em um exemplo prático, o Cinerender seria usado para criar apresentações iniciais do projeto, rapidamente e com uma qualidade primária do que seria aquele projeto pós execução, para que os arquitetos aumentem a qualidade de produto, sem o acréscimo do tempo em pós produção, ainda nos projetos de concepção.
O Cinerender diferente de outros softwares de renderização como Twinmotion ou o Lumion, o Cinerender é nativo do Archicad e utiliza a CPU na renderização.
Caso queira ler mais sobre renderização: OS 7 SOFTWARES DE RENDER MAIS UTILIZADOS NO MUNDO
QUAL LICENÇA ADQUIRIR DE ARCHICAD?
Para responder tal pergunta, primeiro é necessário traçar de forma nítida qual é o principal objetivo de trabalho com o software. Para tal decisão, é necessário pensar em questões como: Quanto estará disposto a pagar? Quantos funcionários utilizarão a licença? É desejável que mais de um funcionário modele um mesmo projeto simultaneamente? O escritório recebe/utiliza XREF (referência externa)? A renderização é essencial no escritório? Trabalhara com projetos de grande escala ou torres?
Se sua resposta for afirmativa na maioria das questões anteriores, e você possui uma quantidade considerável de funcionários, será necessário considerar a licença Full como opção. Entretanto, cabe ressaltar que ambas as licenças são compatíveis, então não necessariamente todas as licenças precisam ser só Full, ou somente o Solo; se a partir da análise primária definir-se que somente os arquitetos de modelagem necessitam de tal licença, pode-se optar por “x” licenças Full e “y” licenças Solo.
Cabe ainda recordar que a Graphisoft disponibiliza licenças testes durante o período de 1 mês, então caso julgue necessário testar a dinâmica ou a sistematização do fluxo ou troca de licenças, poderá entrar no site do software e preencher os termos e se cadastrar para o uso da licença teste.
DIFERENÇAS DE CUSTOS ENTRE O ARCHICAD FULL E O ARCHICAD SOLO?
Ambas as licenças possuem a 2 tipos de compras, a LICENÇA ALUGUEL que visa a compra temporária por um determinado período podendo variar em 1, 3, 6 e 12 meses; e a LICENÇA PERPÉTUA a qual compra-se a propriedade da licença sem prazo de expiração. Vale ressaltar também que a licença do SOLO existe uma sub categoria conhecida como o SOLO CAU que disponibiliza até 40% de desconto no custo da licença para arquitetos conveniados com o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).
A licença Full vitalícia, no dia de publicação do artigo estava pautada a 1.750€+IVA (cerca de R$ 11.112,50+IVA, sendo o IVA o imposto sobre valor agregado) enquanto a licença aluguel (valor referenciado para 12 meses de aluguel) estava 165€+IVA / mês (cerca de R$ 1.047,75+IVA, sendo o IVA o imposto sobre valor agregado). Estes valores foram feitos ajustes sobre o dólar vigente, porém a Graphisoft possui uma sede no Brasil em São Paulo capaz de negociar os valores. Quanto a licença SOLO o custo médio é de R$650,00+IVA/mês, entretanto os valores variam de cordo com a quantidade de tempo do aluguel. Vale destacar ainda que: ao optar pela implantação do software, cabe revisar se somente o uso de tal ferramenta atende as demandas do escritório, ou se será necessário comprar add-on (plugins) para suprir demandas.
Caso queira ver mais sobre biblioteca, template e plugins de Archicad a SPBIM escreveu artigos sobre os assuntos:
Nós da SpBIM acreditamos que não devemos nos limitar por uma ferramenta, mas sim devemos entender e escolher o software que melhor favorece determinado trabalho.
Por isso além de usar softwares BIM, tais como o Archicad, entendemos que é necessário compreender as limitações e possibilidades de cada uso; tornando assim necessário um entendimento mais claro do objetivo antes da compra de determinada posse. A escolha de um software de ModelagemBIM 3D é importante pois impactara no cotidiano do escritório e cultura do BIM internamente.
Atualmente as maquetes eletrônicas são parte fundamental para o desenvolvimento e venda de projetos, tendo a necessidade de resultados mais próximos da realidade da edificação quando for construída. Dentro das diversas etapas para o desenvolvimento de maquete 3D a escolha de texturas impactam diretamente no realismo final da modelagem o que a torna parte fundamental em uma maquete eletrônica. Mesmo na utilização de softwares de renderização como o Twinmotion ou o Lumion por exemplo e softwares de modelagem BIM (BIM 3D) como o Revit, Archicad, Sketchup ou o Vectorworks necessitam de bons materiais e texturas de alta resolução com qualidade.
O maior desafio dos designers 3D de arquitetura é de fato encontrar variedades de texturas em alta qualidade e sem emendas, pensando nisso nós da SPBIM preparamos uma lista de 10 sites de armazenamento de texturas em alta qualidade:
Um dos sites de textura mais indicados pela internet é o Textures, com este site o usuário poderá baixar até 15 texturas de media resolução gratuitas por dia, comprar créditos ou planos de texturas, para quem já trabalha com maquetes 3D é uma ótima opção.
O Sketchup Texture Club também é pioneiro no mundo da internet quando o assunto é textura, possui uma imensa variedade de texturas que também podem ser baixadas gratuitamente, sendo até 15 downloads por dia ou planos anuais, que permite baixar texturas em alta qualidade e sem emendas.
Diferente dos sites mencionados anteriormente o CCO Textures não cobra por disponibilizar suas texturas, que são gratuitas e em alta resolução. O site também não restringe a quantidade de downloads por dia.
Seguindo por sites gratuitos para o download de texturas o FREE PBR, permite baixar imagens e alta resolução e já com configuração PBR (Physically Based Rendering – Renderização baseada em física).
Com imagens e texturas em média e alta resolução é possível fazer o download no site Texturer apenas clicando com o botão direito do mouse sobre a imagem.
Por vezes passamos horas procurando texturas e elementos, como escalas humanas em alta qualidade, objetos e entre outros, o site PNG IMG disponibiliza de forma gratuitas diversas imagens em formado PNG com alta resolução, facilitando assim a qualidade das nossas maquetes.
Por fim, mas não menos importante o 3D Jungle permite o download de diversas texturas em média resolução e de forma gratuita.
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM entendemos a importância da qualidade das renderizações de maquetes eletrônicas e a como as texturas influenciam diretamente no resultado final, é por isso que incentivamos a utilização de renderizações como o Twinmotion e o Lumion que permitem uma maior agilidade no processo de manipulação de texturas, dando resultados de foto realistas em real time. Caso queira saber mais sobre renderização, escrevemos um artigo sobre: Os 7 softwares de render mais utilizados no mundo.
A necessidade de trabalho remoto tem sido importante para pequenas e médias empresas que buscam implantar/implementar o BIM em suas companhias. Surge a necessidade de desenvolver softwares, plataformas e metodologias que possam ser usadas a fim de criar essa adaptação desse novo método de trabalho.
Algumas empresas buscam ferramentas que auxiliassem no gerenciamento de dados, coordenação de atividades, comunicação entre partes, etc, tiveram uma alta procura durante esse período. Uma dessas ferramentas é o ProjectWise 365, um CDE (Ambiente Comum de Dados) criado pela Bentley, uma das principais fornecedoras mundiais de ferramentas para a construção civil.
ProjectWise 365
O ProjectWise365 é uma plataforma online, anunciada no fim de 2019, que permite à seus usuários gerenciarem um projeto em conjunto totalmente pela nuvem, voltado para pequenas e médias equipes, que estejam trabalhando em projetos não muito complexos. A plataforma, sendo considerada um CDE (Common Data Environment), possui suas características, que são:
Capacidade de visualizar problemas/incompatibilidades;
Referenciar anotações espacialmente ao modelo;
Elencar modificações em arquivos, identificando os responsáveis e as versões atuais.
OBS: algumas dessas características acima pertencem ao BCF (BIM Collaboration Format) que está integrado a plataforma.
Além das características que o tornam um CDE (BIM Collaboration Format – Ambiente Comum de Dados), o ProjectWise 365 também possui suas características próprias, que são:
Integração ao Microsoft 365, daí vem o 365 do seu nome, permite que toda e qualquer alteração no modelo e arquivos, seja informada ao responsável, tanto na plataforma quando no Microsoft Teams, caso o projeto utilize-o.
Permite a automação e gerenciamento de revisões contratuais, também através do Microsoft Teams, promovendo agilidade aos processos de aprovação.
ProjectWise 365 e o Modelo SaaS
O ProjectWise por ser uma plataforma em nuvem, é caracterizado como um Software como Serviço, do inglês Software as a Service (SaaS), pois nesse modelo, o usuário paga para a detentora da plataforma, no caso a Bentley, um valor correspondente ao seu uso, mensal ou anual, e pode acessar a plataforma de qualquer aparelho, pois está vinculado à uma conta e não à um dispositivo.
Modelo SaaS / Fonte: SpBIM
Esse modelo gera benefícios para o usuário, sendo:
Não se faz necessário que o cliente crie uma estrutura complexa para suportar o software pois, por ser em nuvem, ao se utilizar da plataforma, o cliente também faz uso dos servidores da detentora, diminuindo os requisitos de hardware em seus equipamentos.
Permite o acesso em qualquer dispositivo, pois uma vez os dados na nuvem, podem ser facilmente acessados pelo usuário, necessitando apenas de acesso à internet.
Por mais que a plataforma proporcione a não necessidade de uma potente estrutura computacional, o ProjectWise não permite a criação de modelos, portanto ainda torna-se necessário a modelagem através de outros softwares, como o Revit, ArchiCAD, Vectorworks, entre outros, que possuem a necessidade de boas máquinas, porém a plataforma possibilita a utilização de arquivos IFC.
CONCLUSÃO:
A SpBIM busca constantemente a inovação e vê a possibilidade de levar à sua equipe, seus clientes e seus alunos, uma vivência de projeto diferente e promissora através do gerenciamento de projetos em nuvem. Dessa forma, ao conhecer o ProjectWise 365 acreditamos que sua utilização tende a aumentar muito nas empresas, pois facilita o gerenciamento de dados e processos, promovendo uma otimização na maioria dos processos e influenciando positivamente nos custos e durações de projetos.
O CDE (Commom Data Enviroment), conhecido no Brasil como Ambiente Comum de Dados, é um repositório digital onde as informações de um projeto como modelos, relatórios, planilhas e cronogramas, são concentradas e gerenciadas, permitindo que todos que compõem o projeto possam acessá-las.
Dessa forma, ao concentrar os dados, os membros da equipe acessam todas as informações necessárias em uma mesma fonte, fazendo com que a comunicação e colaboração entre todas as partes interessadas no projeto seja melhorada e erros/duplicações sejam reduzidos.
COMPONENTES DE UM CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)
Como mencionado anteriormente, um CDE (Commom Data Enviroment), é caracterizado pelo armazenamento de informações (dados), então o que o diferencia das demais de ferramentas de armazenamento, como por exemplo o Google Drive, Dropbox, Mega ou Onedrive é o seu gerenciamento de processos, que permite uma otimização na análise rápida dedos.
– ACESSIBILIDADE: Cada projeto possui uma hierarquia entre seus participantes (colaboradores, diretores, projetistas, etc), portanto, a gestão de dados no CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), deve permitir que essa hierarquia se mantenha dentro do controle de dados, para que pessoas que não façam parte de tal processo, área ou empresa, não altere os dados que não lhe são pertinentes, esse controle é pré-estabelecido no início do projeto e é determinado pelo PEB. Esta medida, além de proporcionar uma segurança ao projeto, permite a restrição de dados entre membros de uma mesma empresa, para que não haja espionagem empresarial.
– RASTREABILIDADE: Por ser um ambiente em que se acompanha um projeto em todo seu desenvolvimento, o CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) deve ser capaz de elencar todas as alterações que ocorreram durante os processos e informar quais pessoas foram responsáveis por essas mudanças, para que não ocorram processos de retrabalho, perda de dados e dados desatualizados.
– FORMATO DE DADOS: O CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) por ser um ambiente colaborativo, permite que diferentes empresas trabalhem em um mesmo projeto, porém, essas empresas podem possuir fluxos de trabalho distintos, o que pode acarretar na utilização de diferentes ferramentas. Sendo assim, o CDE deve suportar e vincular (linkar) os dados dessas diferentes ferramentas, portanto deve ser capaz de ler e armazenar diferentes tipos e formatos de arquivo. Um dos tipos de arquivo relevante de se conhecer e que também é aceito pelo CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), é o BCF, um formato de arquivo aberto que facilita a comunicação entre seus usuários, pois caso haja alguma inconsistência em dados, informações e modelos, o BCF (BIM Collaboration Format) permite a criação de um comentário associado à posição do elem00ento, sendo assim, sempre acompanhando o objeto/dado hospedeiro até a sua solução. Outro formato de arquivo que é obrigatório um CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) é a capacidade de suportar o IFC, um formato de arquivo que permite o intercâmbio de informações entre diferentes plataformas BIM, como por exemplo, um mesmo modelo ser lido tanto em Revit, Archicad, Vectorworks e Sketchup graças ao formato IFC (Industry Foundation Classes). Algumas dessas plataformas permitem visualizar e realizar uma detecção de colisão (Clash Detection).
FASES DE UM PROJETO DENTRO DO CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)
Como o ambiente de um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) condensa muitos dados sobre determinado projeto, faz-se necessário uma organização de fases para que os arquivos possam ser filtrados. Conhecimentos em gerenciamento ou EAP são relevantes, portanto iremos abordar as quatro fases de um dado ao ser inserido em um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT).
FASE – WORK IN PROGRESS (WIP) | TRABALHO EM ANDAMENTO Essa é a fase de entrada de todos os dados. Simboliza que determinado dado ainda está sendo modificado/elaborado, sendo assim, futuramente haverá uma versão mais completa, portanto um arquivo nessa fase demonstra às demais partes que está em seu processo de criação mas não deve-se ser utilizado para as próximas fases.
FASE – COMPARTILHADO Após sair da fase de WIP (Work In Progress), o dado entra na fase de compartilhamento, que informa aos demais usuários do CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) que o arquivo ainda pode sofrer alterações, porém, já contém dados confiáveis o suficiente para ser utilizado em fases posteriores.
FASE – PUBLICADO Fase que pode ser comparada como a fase de “projeto executivo”, pois todos os dados presentes são definitivos e podem ser encaminhados para a próximas etapas, porém, podem ainda sofrer alterações, mas alterações nessa fase não são vistas com bons olhos.
FASE – ARQUIVADO Quando um arquivo já deixou de ser utilizado, porém deve ser mantido por quesitos legais, como por exemplo um projeto em fase de AsBuilt, ele é elencado como “Arquivado’ no CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT). Esta fase pode ser subdividida em 2 partes, o “Arquivado Válido” que identifica que um determinado arquivo está arquivado, porém atualizado e pode ser utilizado para consulta e a fase do “Arquivado Desatualizado”, onde o arquivo já não condiz com a etapa que o projeto se apresenta.
Fonte: SpBIM
CDE’s MAIS UTILIZADOS NO MERCADO
Como podemos observar, um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) é uma ferramenta poderosa para a elaboração de projetos, sendo assim muitas empresas enxergam seu potencial e criam plataformas para fornecer esse serviço, portanto abaixo seguem exemplos de algumas plataformas:
Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: O que é o BIMSync?
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM entendemos e utilizamos o CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT – AMBIENTE COMUM DE DADOS), compreendemos a necessidade de uso do CDE em um determinado projeto, pois promove a maior otimização possível em seus processos, pois todas as áreas em conjunto podem construí-lo, o que possibilita evitar retrabalhos, decisões que influenciam outras áreas negativamente e também perda de informações entre versões/arquivos, tornando o projeto em algo orgânico e contínuo.
Com o advento da tecnologia voltada para construção civil, diversos pesquisadores influenciaram diretamente a forma de trabalho dos engenheiros e arquitetos. A maneira de pensar e projetar na construção civil ao longo dos anos, Charles M. Eastman ou Chuck Eastman é um desses grandes ícones estudiosos que estimulou e difundiu os conhecimentos do BIM em todo o mundo e no Brasil.
Charles M. Eastman nascido no estado da California (Estados Unidos), formado em arquitetura, o jovem arquiteto iniciou sua carreia profissional ainda no estado natal atuando em projetos de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção), como docente nas academias americanas sempre contribuiu com a disseminação da tecnologia e o BIM ao seu processo de trabalho.
Professor aposentado do Instituto de Tecnologia da Geórgia, Chuck (Charles) não era apenas um educador, mas sim um teórico e prático na relação entre a arquitetura e a computação, criando possibilidades de otimizar os resultados com a utilização de ferramentas e metodologia de modelagem de informação da construção, no qual o conhecemos como BIM.
Eastman foi um dos pioneiros no desenvolvimento de projetos utilizando o sistema (CAD), resultando em uma bagagem significativa no qual o direcionou de forma expressiva no desenvolvimento das teorias e nas práticas da modelagem da informação na construção virtual. As experiencias de Chuck e pesquisas estão baseada na forma com que a tecnologia da computação foi avançando ao logo dos tempos, a sua aplicação e capacidade de automatizar processos projetuais, representação gráfica e até associações construtivas.
A partir da década de 1960, começou a atuar no ensino de arquitetura e ciência da computação, na Universidade Carnegie Mellon. Em 1982 fundou a Formative Technology, empresa especializada em CAD e gerenciamento de dados com visões de modelagem paramétrica. Percebendo o pouco interesse do mercado neste tipo de serviço optou em vender a empresa após 5 anos de sua abertura, voltando a dedicação na academia no ano de 1987 na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Livros de BIM – Chuck Eastman / Fonte: ResearchGate
Em 1996 foi convidado a participar do corpo docente em arquitetura do Instituto de Tecnologia da Geórgia, onde mais tarde tornou-se diretor dos programas de doutorado. Neste período desenvolveu com a colaboração de outros pesquisadores (muitos deles seus seguidores), o primeiro sistema de modelagem de sólidos tridimensional CAD, o Building Description System (BDS), ou em português, Sistema de Descrição da Construção, que trata de um sistema de descrição detalhada da construção civil por meio de banco de dados, relacionando o projeto e a construção, sendo então um dos primeiros softwares de modelagem com conceitos do que atualmente chamamos de BIM – a partir disso é dado ao Eastman o título de o “Pai do BIM”.
Uma das suas principais obras literárias e guias utilizados nacionalmente e internacionalmente é o Manual de BIM (BIM Handbook), que visa instruir leigos e pesquisadores na utilização do BIM aplicado a empreendimentos imobiliários. O Manual de BIM (BIM Handbook) menciona o que é o BIM, como aplicar o BIM e como utilizar a metodologia BIM na construção civil além de apresentar resultados obtidos com o a utilização do BIM, sendo a principal referência da área no âmbito internacional. Caso queira saber mais referencias bibliográficas acesse o nosso artigo sobre o assunto: Os 5 livros principais de BIM que todo estudante, arquiteto, e engenheiro precisa conhecer
Livros de BIM – Chuck Eastman – ResearchGate
Ainda no âmbito da educação e propagação dos conceitos e metodologias BIM aplicados a projetos reais, Eastman optou em renúncia ao cargo de diretor na Georgia Tech e fundou no ano de 2009 a Digital Building Lab (DBL), empresa especializada na modelagem da informação pratica ao design e construção. A DBL (Digital Building Lab) se tornou uma das principais empresas do ramo BIM com mais de 11 anos de história, sendo líder no desenvolvimento de padrões de industriais e educação prática profissional.
Ao deixar a liderança da empresa em 2016 Chuck é visto por seu sucessor, Shelden, como um dos um dos fundadores do BIM, desde seu início ao desenvolver desenhos assistidos por computador (CAD) até sua dedicação na propagação de conceitos consolidados através da ACADIA (Association for Computer Aided Design in Architecture).
Em 2018 Charles manteve suas atividades como pesquisador, tento em vista o lançamento de outras obras sobre o assunto, como foi o caso terceira edição do Manual BIM (BIM Handbook).
LEGADO
No dia 12 de novembro de 2020 perdemos o Big Chuck (Charles M. Eastman), faleceu após um legado construído ao longo de mais de 50 anos de carreira, revolucionando a forma como pensamos e trabalhamos na arquitetura, engenharia e construção.
Nos dá SPBIM sentimos a sua perda e agrademos a Chuck Eastman pelos anos dedicados a essa metodologia revolucionária e por acreditar na educação como meio de podermos melhorar a vida dos profissionais e da sociedade envolvidas nesse mercado. Se hoje estamos no BIM, sem dúvidas Chuck teve sua participação. Obrigado Big Chuck.