ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BIM

ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BIM

 

À primeira vista, a construção de estádios é uma atividade desafiadora e emocionante que exige uma combinação única de habilidades técnicas, criatividade e coordenação entre equipes multidisciplinares. Contudo, a copa do mundo é um dos eventos esportivos mais aguardados do mundo e, como tal, requer arenas que sejam modernas, funcionais e impressionantes. É é aqui que entra o Building Information Modeling (BIM), uma metodologia que está transformando a forma de se construir na área civil. Assim, para saber mais sobre este método, sugerimos a leitura do nosso artigo: O QUE É BIM?

 

Arquitetura na copa do mundo

De antemão, sabemos que a arquitetura desempenha um papel importante na organização e realização da copa do mundo, desde a construção de estádios até a criação de estruturas temporárias e espaços públicos para eventos relacionados, por isso a construção e reforma dos complexos esportivos é um aspecto crucial da preparação para o mundial de futebol. Também precisam ser projetados para atender às especificações da FIFA em termos de capacidade, segurança, acessibilidade e tecnologia, além de proporcionar uma experiência de jogo agradável para os torcedores. Assim também, alguns dos estádios da copa se tornam marcos arquitetônicos e atrações turísticas em seus próprios direitos. Por exemplo, o Estádio Nacional de Pequim, construído para os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, foi usado para a copa do mundo de futebol feminino de 2007 e é conhecido por sua estrutura futurista, incluindo uma cobertura em forma de ninho de pássaro. Do mesmo modo, a construção de instalações temporárias, como telões gigantes, espaços para torcedores e áreas de convivência, é uma parte importante da infraestrutura. Em suma, essas construções geralmente são projetadas para serem facilmente montadas e desmontadas após o término do evento.

Fonte: Archdaily

Antes de mais nada, o projeto de construção também desempenha um papel importante na criação de uma experiência memorável para os torcedores. E isso pode incluir o design de áreas de hospitalidade, praças públicas e espaços para fãs, todos projetados para proporcionar uma atmosfera animada e emocionante para os espectadores. Em resumo, a arquitetura é uma parte fundamental do planejamento e realização da Copa do Mundo, desde a construção de novos estádios até a criação de espaços públicos e estruturas temporárias que contribuem para a experiência do público.

Os estádios da copa do mundo em BIM

Antecipadamente, a tecnologia BIM tem sido amplamente utilizada na concepção, construção e gerenciamento das edificações do campeonato mundial da FIFA. Do mesmo modo, o BIM é um processo colaborativo baseado em modelos 3D que permitem aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção trabalharem juntos em um ambiente virtual compartilhado para criar um protótipo detalhado e preciso do estádio. As representação digitas detalhadas do estádio, que inclui todas as informações necessárias sobre o projeto, como a geometria do edifício, as especificações dos materiais, as instalações mecânicas e elétricas, a infraestrutura de TI e muito mais. E essas informações são armazenadas em uma base de dados centralizada e podem ser acessadas por todas as partes interessadas no planejamento, incluindo engenheiros, construtores e gerentes de projeto. Também  ajudam a otimizar o processo de construção e gerenciamento do estádio, permitindo que os profissionais identifiquem potenciais problemas antes do início da construção. Ajudando a reduzir os custos, evitar retrabalhos e aumentar a eficiência geral do projeto. Ainda mais, os modelos BIM podem ser usados no gerenciamento das arenas após sua conclusão. As informações armazenadas no modelo podem ser usadas para criar planos de manutenção e gerenciamento de ativos, ajudando os gerentes a manter o espaço em ótimo estado de funcionamento.

Exemplos

Existem vários exemplos de estádios da copa do mundo em que a tecnologia BIM foi utilizada durante o processo de construção. Alguns deles incluem:

Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Brasil (Copa de 2014): foi projetado e construído usando BIM, o que ajudou a melhorar a eficiência do projeto e a identificar e resolver problemas de construção antes do início da obra.

Fonte: Futdados

Estádio Krestovsky, Rússia (Copa de 2018): foi projetado e construído usando BIM, o que ajudou a melhorar a colaboração entre as equipes de design e construção, reduzir os custos e evitar atrasos na construção.

Fonte: Engenharia 360

Estádio Al Wakrah, Qatar (Copa de 2022): foi projetado e construído usando BIM, o que permitiu a colaboração em tempo real entre as equipes de projeto e construção, bem como o gerenciamento de informações detalhadas sobre o projeto.

Fonte: Guia do Qatar

Estádio Luzhniki, Rússia (Copa de 2018): o estádio passou por uma reforma completa antes da sua utilização, que incluiu o uso da metodologia para projetar e gerenciar a construção. O modelo BIM ajudou a melhorar a coordenação entre as equipes de projeto e construção, o que ajudou a reduzir custos e a evitar atrasos na obra.

Fonte: Folha PE

Esses são apenas alguns exemplos de instalações esportivas em que a tecnologia de modelo de informação da construção foi utilizada para melhorar a eficiência, reduzir custos e evitar atrasos na construção.

Conclusão

Em resumo, o BIM tem sido fundamental na concepção, desenvolvimento e construção de estádios de copa do mundo, garantindo que essas estruturas tenham segurança, eficiência e precisão. Os modelos tridimensionais detalhados e as análises de desempenho fornecem informações precisas e úteis para todos os profissionais envolvidos no processo, melhorando a comunicação e reduzindo erros. A implementação do BIM na indústria da construção civil é uma tendência crescente, e o sucesso do uso dessa tecnologia em grandes projetos, como os citados acima, só reforçam sua importância e eficiência.

A importância do EAD para a área AEC

A importância do EAD para a área AEC

No atual cenário pós pandêmico, criamos mais e diferentes formas de integrar a tecnologia em nosso dia a dia, e no campo acadêmico não poderia ser diferente. O formato presencial perdeu espaço para o digital, inicialmente de forma brusca e por uma necessidade de saúde, mas nos dias atuais percebe-se a importância do EAD e como ele pode ser vantajoso para a área da arquitetura, engenharia e construção, leia neste artigo a Importância do EAD para a área AEC.

Nos últimos anos o processo de inserção da tecnologia na sociedade ocorreu de forma mais acelerada em todos os setores, em decorrência do distanciamento social. Desta forma foram sendo criadas novas formas de interação, sendo o EAD uma das principais. Este modelo permite que a informação chegue a lugares remotos e a pessoas de qualquer faixa etária, além de trazer uma experiência mais rica em defluência do dinamismo e interação que o ensino digital necessita.

 

Fonte: SPBIM

 

Principais benefícios do EAD para o AEC

  • A dinâmica das relações de ensino

As plataformas digitais permitem flexibilidade de horário, local e quantidade de acesso sobre o mesmo material. Tudo isso contribui para que o ensino tenha foco nos estudos, um fator positivo para aqueles que ainda apresentam dificuldade com o EAD, já que essas condescências geram facilidade, consequentemente aumentando o engajamento do aluno com o material.

  • Mais chances de recolocação no mercado

O EAD vem conquistando espaço, trazendo os profissionais da área de AEC a se atualizarem no trabalho em relação a novas metodologias e ferramentas. Além de esse modelo de ensino ser útil pelo networking ampliado, já que existe a facilidade de conhecer pessoas de diferentes lugares e ótimos professores.

  • Disponibilidade de recursos

É possível disponibilizar aos estudantes recursos modernos como realidade virtual, realidade mista e realidade aumentada. Isso possibilita que uma turma inteira visite uma versão digital do Taj Mahal e analise a parte arquitetônica sem precisar investir milhares de reais e horas nisso.

 

Aula de Revit EAD// Fonte: EAD Plataforma SPBIM

 

O uso de plataformas EAD em empresas

Pensando no campo empresarial, o ensino à distância traz vantagens para a capacitação e equalização do conhecimento dos colaboradores, por isso vem sendo adotado por empresas de todos os ramos. Viabiliza que os treinamentos dos funcionários ocorra com maior frequência e que fiquem sempre disponíveis para serem revisados quando necessário. Na SpBIM já ministramos aulas EAD para empresas através de nosso portal, viabilizando o ensino dos profissionais de organizações como Bamboo Arquitetura e Cury Construtora.

 

Exemplo de curso para empresas EAD// Fonte: EAD Plataforma SPBIM

 

  • Padronização de processos da empresa

Para se obter um serviço de qualidade, processos são necessários de serem implementados com objetivo de minimizar esforços e aumentar resultados simultaneamente. O processo de padronização leva tempo até que todos os funcionários entendam os métodos e práticas a serem realizados, por isso uma plataforma EAD permite que esses processos sejam absorvidos por todos, facilitando assim o dia a dia de trabalho.

  • Treinamento personalizado

Um dos fatores mais determinantes de um negócio é a qualidade do serviço prestado pelos colaboradores, por isso treinamentos personalizados são necessários a fim de aprimorar conhecimentos técnicos, padronizar condutas e desenvolver soft skills e assim maximizar os resultados da sua equipe. Com o ensino a distância esse treinamento ocorre com mais flexibilidade de horário, data e utilizando um maior número de ferramentas.

Aula de Compatibilização em BIM EAD

 

Principais benefícios do treinamento EAD

  • Engajamento da equipe

O envolvimento da equipe no processo, desde o aprendizado a aplicação é um dos pontos benéficos do treinamento, mas quando ele acontece de forma digital permite que o colaboradores engajem entre si, o que não acontece todos os dias na empresa devido a alta demanda de trabalho.

  • Foco nas suas demandas específicas

É possível utilizar diversos tipos de ferramentas e métodos específicos para as necessidades da sua empresa/time que nem sempre são viáveis no formato presencial.

  • Conteúdo mais completo

É possível disponibilizar materiais de estudo em paralelo à explicação do professor, além de também poder atualizar a plataforma com informações/notas sobre o conteúdo.    

  • Melhor desempenho a longo prazo

Por ficarem salvas as aulas, o colaborador pode acessar o material sempre que sentir necessidade, facilitando a fixação do conteúdo.

  • Certificação válida

Ao finalizar o curso os certificados são emitidos de forma online e têm a mesma validade que um físico teria. Traz como vantagem a possibilidade de encaminhar a certificação diretamente para o LinkedIn, podendo fazer uma postagem ou adicionar ao currículo instantaneamente.

 

Exemplo de certificação em plataforma EAD// Fonte: EAD Plataforma SPBIM

 

Após analisar todos os benefícios oferecidos ao se utilizar o treinamento EAD, se torna perceptível que a produtividade da equipe cresce em função do engajamento que é aumentado com este sistema de ensino e o foco na demanda específica, além de permitir que o conteúdo seja melhor absorvido, minimiza o tempo que seria gasto com treinamento sem perder qualidade. O conteúdo mais completo e o  desempenho a longo prazo garantem a efetividade do curso, por isso ele é bem absorvido e mantido na memória dos colaboradores, já que existe a possibilidade de revisar tudo que foi aprendido sempre que desejado.

 

Conclusão

O EAD é um facilitador na vida acadêmica, tendo relação com o profissional ou não. Seus inúmeros benefícios vêm aumentando sua popularidade e trazendo um maior número de adeptos e como a área da AEC cresce e inova constantemente, ter uma plataforma EAD que possa auxiliar a renovar esses conhecimentos é extremamente importante para maximizar lucros e resultados.

Como exportar do Revit para o Navisworks?

Como exportar do Revit para o Navisworks?

 

Aprenda como exportar do Revit para o Naviwsorks!

 

COMO EXPORTAR DO REVIT PARA O NAVISWORKS:

PASSO 1:

Acesse uma vista 3D

Como exportar do Revit para o Navisworks

 

 

PASSO 2: 

Clique em Arquivo > Exportar > NWC

 

IMPORTANTE: 

LEMBRAR DE INSTALAR O EXPORTADOR DO NAVISWORKS:

Clique aqui para ir para página de instalação ou acesse: https://www.autodesk.com.br/products/navisworks/3d-viewers

 

PASSO 3: 

Ao selecionar a opção NWC, irá surgir uma nova janela, selecione a opção Navisworks settings

 

PASSO 4: 

Selecione as opções conforme a imagem abaixo

Como exportar do Revit para o Navisworks

 

LEIA MAIS:

O que é o Navisworks?

O que é o Revit? 

Arquitetura paramétrica no BIM

Arquitetura paramétrica no BIM

 

A modelagem paramétrica tem ganhado cada vez mais espaço entre os arquitetos brasileiros devido aos seus resultados de rupturas com o formalismo tradicional, seus altos índices de ganhos com edifícios de alto desempenho e velocidade de produção projetual. Por isso a parametrização está sendo cada vez mais procurada e implementada nos escritórios de concepção, neste artigo iremos abordar sobre a arquitetura paramétrica no BIM!

Contudo, cabe lembrar que a construção civil só tem alcançado essa ruptura de concepção por mérito do BIM (Building Information Modeling, ou em português Modelagem da Informação Construída) .

Este tem viabilizado a prototipação do construído a partir de políticas, processos e tecnologias (Succar, 2009), proporcionando diversos benefícios em toda a cadeia produtiva com aspectos que auxiliam desde o desenvolvimento de projetos ao planejamento, orçamentação e manutenção das construções.

Certo é que a revolução está a cada dia mais ligada diretamente aos softwares BIM e seus plugins que auxiliam o arquiteto no seu processo criativo e o ajudam a tomar melhores decisões a partir de análise de parâmetros. Mas o que são esses parâmetros e como eles têm sido empregados?

Análise algorítmica do estádio de Hangzhou || Fonte: Nathan Miller

 

ARQUITETURA PARAMÉTRICA: O QUE É?

A arquitetura paramétrica é uma construção que tem por base de concepção determinado por dados e parâmetros complexos que definem sua forma a partir de informações como carga estrutural, funções, cargas de vento, dimensionamento de tensões, clima, materiais, carta solar, rota dos ventos predominantes entre outros elementos de análise que possam gerar parâmetros informacionais.

Uma vez que esses parâmetros são computadorizados, torna-se possível que esses elementos sejam levados em consideração para o desenvolvimento de elementos marcantes do projeto por meio de algoritmos.

Os algoritmos gerados são os padrões de análise responsáveis por direcionar as decisões e procedimentos necessários para modelagens que resultam na criação de diferentes formas geométricas por meio de iterações e cálculos computacionais, criando desenhos que obedecem às leis matemáticas.

Sunrise Tower por Zaha Hadid

 

Diante disso, o controle sobre a construção geométrica por parte do projetista poderá ser feito através do monitoramento das variáveis dentro de suas respectivas funções como, por exemplo, a determinação de brises para a fachada ou então um resultado plástico da totalidade que preveja uma massa sem necessidade de uma segunda pele.

Entretanto, é importante ter consciência que os algoritmos não dão a solução para a arquitetura, eles apenas simulam caminhos para melhores soluções. Essas soluções são resultados dos algoritmos que geram geometrias a partir de valores, ou seja, após a leitura de todas as informações e parâmetros, os softwares traduzem essas condicionantes e as apresentam em forma de geometria. Esse processo é denominado de algoritmo generativo.

Em uma aplicação prática de um sistema gerativo, imaginemos uma implantação de um dado empreendimento em um lote x. Atendendo aos seus índices urbanísticos como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, índice de adensamento, área de permeabilidade do solo entre outros.

O algoritmo generativo poderia produzir diferentes soluções que estejam de acordo com as regras pré-estabelecidas e o arquiteto ainda poderia estudar diferentes alternativas volumétricas em poucos minutos.

 

SOFTWARES BIM PARA A PARAMETRIA

Sobre a parte do desenvolvimento computacional, o projetista tem seu processo produtivo um pouco diferente.

No lugar de desenvolver uma volumetria embasada no contexto criativo, ele deve desenvolver novas competências ligadas a programação, seja a textual, como Python, C#, e outras ou mesmo de programação visual. Atualmente o Python tem sido a programação textual mais escolhida para implementação em escritórios de civil por se tratar de uma linguagem de programação  mais fácil de ser aprendida.

Contudo, o mercado dos softwares tem mostrado novos recursos de programação visual que trata a programação a partir da intuição e simplicidade lógica.

Nessas ferramentas o desenvolvedor utiliza nodes que executam certas funções e quando interligados e ordenados segundo uma lógica, produzem uma função algorítmica para realizar alguma tarefa específica para conceber determinada volumetria a partir de parâmetros pré determinados.

O Grasshopper é um exemplo de uma destas plataformas. Ele roda dentro de um software de modelagem 3D chamado Rhinoceros, mas pode se conectar a softwares de autoria BIM, como o Archicad e o REVIT, por meio de plugins específicos.

Além dele existe o Dynamo que é um outro exemplo de lógica de uso e que já vem diretamente instalado ao Revit e também pode ser associado ao Archicad através de plug-in.

Processo de análise algorítmica || Fonte: SpBIM

 

 

VANTAGENS DA ARQUITETURA PARAMÉTRICA

1 – ECONOMIA DE TEMPO

Uma mesma programação consegue gerar milhões de hipóteses diferentes a partir de vários parâmetros que mudam de acordo com seu contexto de inserção projetual, cada vertente de escolha do algoritmo pode gerar um novo ativo que em questões de minutos pode ser testado de diferentes formas para estudar múltiplas possibilidades de projeto dentro das premissas condicionadas na programação.

 

2- IMPULSIONAMENTO DA CRIATIVIDADE

O design generativo oferece novas oportunidades para que arquitetos e engenheiros saiam do comum e explorem designs que não teriam imaginado sozinhos, pois o algoritmo não tem influência das vertentes arquitetônicas. Então, por exemplo, ele não reproduziria uma arquitetura simplesmente pelo efeito estético, diferente disso, ele calcula a melhor resposta volumétrica para a função gerando uma plasticidade única, mostrando ao projetista novas formas de resolução problemática.

 

3- SINGULARIDADE FUNCIONAL

Diferente da simplicidade que permite a replicabilidade técnica amplamente usada na arquitetura do pós guerra que reproduz as mesmas formas em diferentes contextos, a arquitetura paramétrica tem por premissas variáveis contextuais, então o mesmo algoritmo vai responder de forma única à interação com determinado local, gerando um projeto único como resposta aos parâmetros do lugar que será verdadeiro apenas no seu contexto de aplicação.

 

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO NA ARQUITETURA

 

1.WALT DISNEY CONCERT HALL por Frank O. Gehry & Partners – Los Angeles, EUA.

Um projeto que ficou marcado pelo design exuberante e sua estrutura de $274 milhões de dólares que não possui nenhum ângulos ou dimensões padrões é uma sala de concertos que foi encomendada como uma homenagem de Lillian B. Disney ao seu falecido marido Walt Disney.

Modelo BIM e maquete || Fonte: Walt Disney Concert Hall

 

2.BEIJING NATIONAL STADIUM por Herzog & de Meuron – Beijing, China.

Construído paras as olimpíadas de 2008, o estádio foi um projeto que  marcou recordes de maior volume bruto construído e a maior estrutura de aço do mundo. Sua área interna possui três milhões de metros cúbicos, o que o consagrou como o maior espaço fechado do mundo. Ele também é considerado a maior estrutura de aço do mundo, com 26km em aço desembrulhado.

Estádio Ninho de Pássaro || Fonte: http://www.china.org.cn

 

3.GUANGZHOU OPERA por Zaha Hadid Architects – Guangzhou, China.

O projeto tem por diferencial a construção da plasticidade a partir do contexto de paisagem natural, geologia e topografia. a plasticidade também impulsionou que a luz natural fosse valorizada no projeto, então mesmo os ambientes mais próximos ao núcleo do edifício possuem farta incidência solar.

Guangzhou Opera || Fonte: Archdaily

 

4. MUSEU DO LOUVRE ABU DHABI por Atelier Jean Nouvel – Anu Dhabi, Emirados Árabes.

O projeto tem por partido conciliar as questões climáticas extremas e o conforto climático do visitante. Então os arquitetos usaram algoritmos para encontrar “serenamente a luz e a sombra, a reflexão e a calma que refletisse o pertencimento a um país, sua história, sua geografia, sem tornar-se uma tradução plana, o pleonasmo que é traduzido na monotonia e convenção”. Além da plasticidade, sua cobertura é automatizada e se move de acordo com as variações climáticas.

Vistas de apresentação do projeto || Fonte: Archdaily

 

APLICAÇÕES DE ARQUITETURA PARAMÉTRICA EM INTERIORES

Além da plasticidade externa, o algoritmo também pode ser usado em projetos de interiores como condicionante de conforto de uma maneira mais precisa e sob diversas variações e aplicações, como as de refletores acústico, distribuidores de luz e ventilação, absorção térmica e até desempenho dos materiais sobre cada um dos pontos anteriores. Como exemplificado pelos seguintes projetos:

 

1. AUDITÓRIO DA ESCOLA DE MÚSICA VOXMAN DA UNIVERISDADE DE IOWA por LMN Architects  – Seattle, EUA.

Foto interna do auditório
Foto interna do auditório || Fonte: LMN

 

2.WALT DISNEY CONCERT HALL por Frank O. Gehry  – Los Angeles, EUA.

Auditório visto da seção de assentos do balcão
Auditório visto da seção de assentos do balcão || Fonte: Walt Disney Concert Hall

 

3.SALA DE DANÇA DO GUANGZHOU OPERA por Zaha Hadid Architects  – Guangzhou, China.

Sala de dança Guangzhou Opera
Sala de dança Guangzhou Opera || Fonte Archdaily

 

CONCLUSÃO

O desafio e a necessidade de visualizar formas complexas surgiu com o aparecimento de plugins e softwares paramétricos. Hoje, no cenário mundial, o projeto paramétrico é de longe um dos processos de modelagem mais utilizados e tem gerado uma grande variedade de padrões geométricos para testes em tempo recorde.

Mediante isso, nós da SPBIM reconhecemos a importância em incorporar processos paramétricos desde a concepção do projeto ao ganho de tempo no desenvolvimento do modelo e, por isso, nós usamos, ensinamos e incentivamos o uso dos softwares e plugins capazes de executar tamanha funcionalidade.

BIM para projeto vale a pena?

BIM para projeto vale a pena?

 

 

É fato que na atualidade a informação, adquiriu um valor inestimável, já que é a fonte para frutos de grande valor. Por isso, urge no mercado a presença de gestores capacitados a administrar, armazenar e realizar o melhor uso deste bem, contudo BIM para projeto vale a pena? Confira em nosso novo artigo!

O método tradicional de gestão e desenvolvimento de projeto, por exemplo, está baseado em metodologias analógicas e por vezes até manuais, nas quais o profissional deve acompanhar uma série de ferramentas diferentes, para desenvolver projetos em 2D e 3D.

Paralelos a documentos físicos, como manuais e normas, sendo obrigados a solucionar problemas que surgem durante a obra devido a um projeto impreciso, soluções muitas vezes não ideais, se sujeitando a gastos extras, e acarretando prejuízo financeiro, e afetando outros pontos do projeto, um pequeno problema que vira uma grande dor de cabeça.

E para solucionar essas problemáticas surge a metodologia BIM ou MIC (Modelo da Informação da Construção), com ela é possível a otimização de fluxos de trabalho, realizando a integração entre equipe responsável, processos e ambiente a ser construído, garantindo ações mais assertivas e reduzindo custos.

 

QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO BIM?

O BIM está baseado na informação e sua integração com todos os envolvidos, em todas as etapas do ciclo de vida de uma construção, por tratar-se de informações que evoluem juntamente com a edificação.

A utilização do BIM (Building Information Modeling) tem sido incentivada em diversas áreas da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), desde do desenvolvimento de projetos (BIM3D), planejamento e gestão de obras (BIM4D , BIM5D e BIM7D), projeto de fabricação industrial (BIM6D), até a  manutenção e operações de edificações(BIM8D).

Para profissionais que lidam diretamente com o desenvolvimento de projetos de arquitetura, engenharia  e instalações, é necessário entender os principais benefícios do BIM 3D.

Ao utilizar o método tradicional CAD no desenvolvimento de projeto, está apenas representando intenções de projeto, ou seja, representando elementos construtivos através de linhas e formas geométricas, assim como no desenho a mão. No BIM o modelo 3D é dotado de uma série de informações e características. Suas principais vantagens estão relacionadas abaixo:

bim para projeto
Fonte: SPBIM

 

OBJETOS PARAMÉTRICOS

Ao desenvolver projetos em BIM estamos elaborando obras virtuais,  é um simulador de alta precisão, com o objetivo de reproduzir o empreendimento levando em conta todas as condicionantes reais relacionadas a ele.

Para que isso ocorra da melhor forma possível é necessário utilizar as mesmas especificações que serão adquiridas na fase de compras, seguindo o padrão do fornecedor. No ambiente virtual inserimos esses elementos em forma de objetos, na maioria das vezes objetos paramétricos, que são dotadas de informações técnicas como : características físicas, mecânicas e outras.

Os elementos construtivos, conexões, tubulações e tantos outros elementos, devem estar inseridos no modelo através de de objetos BIM, a partir deles que será possível desenvolver  quantitativos precisos, orçamentos mais enxutos e soluções projetuais mais eficientes.

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Fonte: SPBIM

 

TRABALHO COLABORATIVO

Outra vantagem no desenvolvimento de projetos em BIM, está no trabalho colaborativo entre projetistas de uma mesma disciplina e projetistas interdisciplinares, tendo projetos com soluções mais eficazes, eficientes e econômicas, já que foram pensadas de forma simultânea por todos os projetistas envolvidos.

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Fonte: SPBIM

 

MITIGAR FALHAS

Com o trabalho simultâneo entre projetistas a compatibilização também pode ser feita de forma virtual, que no BIM é conhecida como clash detection.

Ele permite que os projetistas analisem os projetos de forma simultânea, prevendo conflitos entre elementos, resultando em uma mitigação expressiva das colisões que seriam encontradas na obra. Com esse processo o projeto passa para a execução muito melhor resolvido e com a garantia de uma execução mais ágil.

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Fonte: BLOG BIM ENGUS

 

SUSTENTABILIDADE

Com as grandes demandas ambientais envolvendo projetos de arquitetura, engenharia e instalações a utilização dos protótipos BIM permitem realizar simulações energéticas, acústicas, estruturais, solares e tantas outras, permitindo ao arquiteto e engenheiro desenvolver projetos mais sustentáveis.

bim para projeto
Fonte: ABC EXPERIENCE

 

BIM PARA PROJETO E O AUMENTO NA PRODUTIVIDADE

Quando desenvolvemos projetos tridimensionais em ferramentas BIM, estamos realizando todos os detalhes projetuais em  um único modelo, permitindo aos responsáveis gerar informações 2D e 3D  de forma automática, assim como a extração de dados de quantitativos e especificações, garantindo que horas  de trabalho sejam evitadas neste processo.

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Livro Manual de BIM / Fonte: Eastman

 

O ato  de projetar em BIM não está apenas na representação gráfica dos elementos construtivos mas sim em como  os mesmo estarão se relacionando e juntos compõem soluções projetuais, garantindo aos projetistas maior credibilidade, assertividade e redução de custo, não limitando a responsabilidade do arquiteto e engenheiro em projetos mas também tomando decisões reais de orçamento, planejamento e gestão de projetos de modo geral.

 

CONCLUSÃO

Por fim, nós da SPBIM acreditamos que a utilização do BIM3D no desenvolvimento de projeto garante maior assertividade, resultando em orçamentos mais enxutos e confiáveis, planejamentos mais precisos e construções mais inteligentes, sendo o presente e futuro das construções.

Modelagem Paramétrica no BIM

Modelagem Paramétrica no BIM

 

Modelagem Paramétrica no BIM: O cenário tecnológico na construção é atualmente repleto de alternativas, e dentro da metodologia BIM  e suas ferramentas, muitos processos se tornaram mais eficientes, ampliaram-se as possibilidades. Isso se deve ao próprio caráter do BIM (Building Information Modeling), o uso da informação.

A informação presente em cada elemento modelado, tornando-se parte de sua característica, o torna inteligente em sua relação com outros elementos, bem como o projeto como um todo. E essa tecnologia é chamada modelagem paramétrica.

Fonte: The Constructor

 

O QUE É MODELAGEM PARAMÉTRICA?

Trata-se da modelagem que permite a atribuição de informação aos objetos, que podem ser compreendidas por ele em suas próprias características, bem como por outros elementos com os quais esse se relaciona de alguma maneira. Tornando possíveis edições apenas nestas informações que automaticamente impactarão no objeto e tudo que está a ele ligado de alguma maneira. Esse método é utilizado, por exemplo, em projetos de análises estruturais, para lidar com formas geométricas curvas e possibilitar sua fabricação.

O parâmetro nada mais é que uma regra elaborada pelo usuário, que impacta todos os associados a essa regra, seja um elemento e/ou o projeto como um todo.

Modelagem paramétrica
Fonte: SPBIM

 

QUAIS AS POSSIBILIDADES COM A MODELAGEM PARAMÉTRICA? (EXEMPLOS DE PROJETOS)

A paramétrica pode alterar características métricas como altura, largura, espessura, sendo compreendida pelo objeto e/ou por todos os seus relacionáveis, dependendo do direcionamento do modelador.

Por exemplo, é possível modelar uma parede ou piso e atrelá-los ao nível, se ocorrer uma mudança na altura desse a parede se adapta automaticamente.

O parâmetro também existe na definição de um material, ou seja, se aplicado a vários elementos o material quando alterado se atualiza em todos eles. São inúmeras as capacidades de um modelo paramétrico, e pode ser aplicado a todas as disciplinas construtivas, inclusive na relação entre elas.

O Modelo Federado, como outra demonstração, que é parte da metodologia BIM, aplica a paramétrica já que é formado por vínculos, de arquivos menores e/ou complementares, que quando alterados são atualizados automaticamente para todo o modelo, evitando trabalhos operacionais repetitivos.

Fonte: Archigraphic

 

Alguns projetos expressivos que utilizaram essa tecnologia, administrados por especialistas, demonstram o alcance dessas ferramentas:

 

BEIJING NATIONAL STADIUM

No emblemático Ninho de Pássaro, estádio utilizado nas olimpíadas na China, com capacidade para 100 mil pessoas, a modelagem paramétrica foi utilizada para criar uma forma eficiente para o uso nas modalidades de atletismo, e posteriormente para partidas de futebol. Através dessa tecnologia foi definido o formato que a edificação teria para atender essas demandas, mostrando quão grande é o impacto dessa metodologia até para a parte criativa dos projetos.

Modelagem paramétrica
Fonte: Gallardo Architects

 

SHANGHAI TOWER

Esse projeto de grande eminência, também é um forte exemplo dos horizontes construtivos possíveis com a paramétrica avançada. A forma deste edifício foi determinada a partir da relação da torre com a rota dos ventos, isso através da ferramenta de modelagem do Grasshopper que se utiliza de algoritmos. Com isso a carga do vento foi reduzida em 24%, algo importante devido às intempéries drásticas na região, possibilitando uma economia de cerca de $58 milhões de dólares.

Modelagem paramétrica
Fonte: Designing Buildings

 

QUAIS AS VANTAGENS?

As principais vantagens da modelagem paramétrica, são a rapidez, economia e precisão na construção e seus processos. As intercorrências com alterações de projetos, redefinições de projetos complementares, orçamentos, se tornam facilmente alteráveis com uma correta modelagem realizada desde o momento inicial. Por isso há uma migração massiva de grandes construtoras ao redor do mundo para se adaptarem a essa nova maneira de construir.

Essa mobilização amplia as possibilidades para arquitetos, engenheiros, designers tanto no âmbito criativo quanto no operacional, se mostram outras maneiras de realizar os processos e até mesmo de criar.

 

CONCLUSÃO

Cabe aos profissionais da construção no Brasil um compromisso mútuo com esse avanço, para que os avanços ocorram de maneira saudável, proporcionando edificações mais seguras, mais baratas, sustentáveis e cada vez mais duradouras. O mercado está se atualizando e é necessário que seus profissionais estejam preparados para os novos desafios apresentados.

Illustrator para arquitetos e designers

Illustrator para arquitetos e designers

 

O Adobe illustrator é um software gráfico desenvolvido pela empresa Adobe com foco em edição de imagens visuais. Essa ferramenta pode ser utilizada na construção de ilustrações, logotipos, tipografias e muito mais. Ele é utilizado nos sistemas Windows e Mac. C, confira nesse artigo como podemos utilizar o Illustrator para arquitetos e designers.

Como os demais softwares da Adobe, o illustrator possui uma versão de teste gratuito e uma versão paga, esta última vale muito a pena para aqueles que precisam constantemente de imagens bem elaboradas e “tratadas” para que não haja perda de resolução e qualidade.

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Adobe Illustrator / Fonte: Divulgação/Adobe

 

Se você já utilizou ou conhece algum outro programa da Adobe, não terá dificuldade em manuseá-lo, já que ele possui uma interface bem parecida com a dos demais softwares da empresa. Por meio do illustrator é possível inclusive editar objetos tridimensionais e aplicar os mesmos efeitos oferecidos pelo Photoshop.

Claro que isso não quer dizer que os dois programas sejam equivalentes pois ambos possuem características próprias.

Como utilizar o illustrator em arquitetura?

O principal fator na utilização deste software seria a criação de plantas humanizadas que permitem trazer mais realidade e compreensão do projeto do que plantas baixas comuns, sendo ideal para a apresentação aos seus clientes em toda a fase de concepção do projeto arquitetônico.

Com o Illustrator você poderá realizar diagramações de pranchas e finalizar sua entrega de forma mais fácil e de boa qualidade. Várias equipes o software para conceber e criar pranchas apresentações de concursos de projetos, pois estas geralmente possuem uma natureza mais artística e comunicativa que meras plantas técnicas executivas e também carregam o intuito de “encantar” e “vender a ideia”

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A ferramenta possui uma ótima comunicação com outros formatos de arquivos, permitindo que extensões .dwg do AutoCad, .skp do SketchUp, ou PDF para serem utilizados no Revit, por exemplo, ou no Archicad, portanto, ele se comunica facilmente com softwares que leem vetores, que possibilita realizar retoques de desenho básico.

 

E por que utilizá-lo no design?

Por ele ser uma ferramenta que permite desenvolver ilustrações do zero a partir de vetores, não há perda de qualidade no resultado da imagem. Além disso, ele permite que haja total liberdade e flexibilidade na criação, algo excelente para o designer que o possibilita desenvolver de logotipos simples a ilustrações complexas incríveis.

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Diferença entre vetor e raster / Fonte: Webnial

 

Conclusão:

Nós da SPBIM incentivamos a utilização do Adobe Illustrator, entendemos a importância de um bom resultado na montagem e apresentação de pranchas arquitetônicas e na construção de desenhos e ilustrações de vetores para designers. Também seu uso traz vantagens em todas as etapas do projeto, do desenvolvimento até a finalização com a criação das imagens, otimizando e aumentando a produtividade em projetos de maneira clara e trazendo um excelente resultado para o seu cliente. O Illustrator é parte de um fluxo de trabalho entre diversas ferramentas e é um colaborador BIM de qualidade no processo de projeto.

QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

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QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

 

 

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A pandemia da COVID-19 revolucionou a forma como trabalhamos, muitas empresas migraram do escritório local para o trabalho remoto, porém alguns ramos de atividade necessitam de mão de obra local, e por isso precisaram se adaptar a nova realidade e garantir o cumprimento dos protocolos de segurança afim de proteger e manter a saúde dos seus colaboradores, neste artigo iremos falar sobre o uso do QR CODE e BIM.

Uma das soluções que garantiu eficiência e segurança dentro desses protocolos foi o QR code (Quick Response Code), que consiste em códigos que armazenam informações, como imagens e textos, e podem ser lidos por aplicativos de celulares e câmeras.

Com o distanciamento social, a ferramenta possibilita fazer uma série de checagens dos trabalhadores sem que haja contato físico, com códigos em capacetes e acessórios. O código também permite que todos tenham acesso a vídeos educativos e treinamentos internos durante o expediente.

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Reprodução SPBIM / Fonte: Do autor

O QR code também auxilia agentes da construção civil como projetistas e fiscais de obras. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo, alinhado com as novas tecnologias do mercado, incluiu em sua Resolução nº 75/2014 do CAU/BR o uso do QR code como recurso para informar os dados dos RRTs correspondentes às atividades realizadas na obra, dispensando que se mantenha no local a via impressa do registro. Da mesma forma, o CREA tem facilitado a disponibilização das Certidões de Acervo Técnico – CAT por códigos QR.

 

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Fonte: CAU/BR

 

Além disso, o acesso ao QR code nas obras pode integrar os projetistas e construtores. É uma forma de aproximar a gestão do canteiro aos diversos usos do BIM. Há formas de compartilhar projetos por meio desses códigos permitindo que as atualizações em plantas e cortes cheguem facilmente na obra, evitando alocação de tempo desnecessário em revisões de projeto. Diminui-se os riscos de projetos desatualizados e o facilita o controle dos processos.

Várias extensões de arquivos podem ser lidas, como IFC, RVT e DWFX, garantindo a integração das informações proposta pelo BIM.

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Exemplo de prancha com QR CODE / Fonte: SPBIM

 

Para o cliente também há vantagens como a possibilidade de acompanhar o andamento da obra e garantir melhor visualização de conceitos de projeto explicitados em 3D (ao invés de vistas técnicas 2D), imagens e filmagens do andamento do canteiro até mesmo feitas com drone.

 

Em obras públicas, a adesão ao Qr code para a troca de informações apresenta vantagens como:

  • Transparência das informações técnicas da obra, como empresa responsável, cronograma, aditivos contratuais;
  • Prestação de informações à população;
  • Fiscalização das normas de segurança do trabalho e saúde do trabalhador;
  • Implantação do BIM em obras públicas.

 

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Uso de QR CODE em obras de infraestrutura

 

Esse uso vai ao encontro do proposto pelo Decreto de Implementação BIM que visa adotá-lo em todo o ciclo da construção, com destaque às obras públicas.

 

Conclusão

A SPBIM acredita na integração entre tecnologias digitais e a construção civil como algo fundamental no desenvolvimento do setor, uma vez que a ampliação do uso de ferramentas que unifiquem as informações, e a gestão de projetos, garantem eficácia e confiabilidade nos produtos entregues. Nós da SPBIM visamos o uso do BIM nas obras de todos os portes e prezamos pela divulgação de novas tecnologias na indústria da construção.

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

 

Se você é do setor da construção civil, com toda certeza já deve ter ouvido falar ao menos uma vez sobre o termo BIM (Building Information Modeling) e suas associações aos diversos softwares BIM que juntos “operam milagres” em questão de planejamento e execução de projetos. Se você ainda está confuso e ainda se pergunta se afinal de contas “o BIM é uma ferramenta?” Nós, da SPBIM, vamos te esclarecer de vez a diferença de conceitos.

Após a aprovação e publicação oficial do Decreto BIM (2020), o assunto “BIM” ganhou o empurrão necessário para para se enraizar de vez na indústria da construção civil. Apesar de a aderência do BIM no Brasil ainda ser baixa, pois segundo o Governo Federal, apenas 5% do PIB da Construção Civil o adotam, o plano estratégico define a implementação completa do sistema BIM até 2028. O baixo apego à metodologia se deve principalmente pela falta de conhecimento do setor sobre seu funcionamento e ganhos, já reconhecidos perante o estado.

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Decreto BIM / Fonte: Diário Oficial

 

Mas afinal de contas, o que é o BIM? Ele é um conceito que abrange todo um sistema de trabalho que usa a modelagem para atrelar informações da construção a um exemplar digital. Em outras palavras, o BIM é o processo que prototipa a construção real em ambiente virtual, isso possibilita não só a representação mas também o domínio de todo o banco de informações multidisciplinares relativas ao ciclo de vida da construção.

Dito isso, é errado limitar o BIM ao termo ferramenta, pois se trata de uma metodologia muito maior que, além de definir diretrizes e regras para a modelagem, viabiliza padrões para processos e trabalhos similares à construção real. Portanto, usar um Software BIM não necessariamente te faz trabalhar em BIM, mas para usar essa metodologia, você sempre precisará de um Software BIM.

 

Por que o BIM não é só uma ferramenta?

Apesar dos modelos BIM serem construídos com auxílio de ferramentas BIM, elas por si só não garantem a fidelidade do modelo à construção real, pois a forma com que se usa a ferramenta pode corromper o modelo. Como dito anteriormente, já sabemos que o modelo BIM é um compilado de informações que referenciam a construção real do edifício, portanto, as negligências e uso incorreto da ferramenta inviabilizam que o modelo seja chamado de BIM.

Um exemplo mais claro seria pensar em um trabalho colaborativo de diferentes disciplinas tais como, luminotécnica e arquitetura. Supondo que toda a arquitetura foi modelada no Archicad seguindo todos os preceitos BIM, e que o projeto de luminotécnica foi feito em Revit, mas de forma negligente sem o uso de modelagem de elementos e utilizando apenas linhas e tramas de forma representativa. Quando o responsável pela compatibilização abrir os dois modelos, o projeto de luminotécnica não terá nenhuma informação agregada e, por mais que as representações tenham se originado em um software BIM, ele não seria um modelo BIM, pois a luminotécnica não foi realizada com os elementos corretos, nomenclaturas, padrões, etc.

 

Principais ferramentas BIM:

Agora que já sabem a diferença entre os conceitos, nós da SPBIM trouxemos um pequeno resumo para entendermos a diferença entre a representação genérica dos modelos em CAD dos modelos BIM. Estes últimos necessariamente contam com as seguintes características:

⦁ ferramentas específicas de modelagens tais como: parede, piso, portas, janelas, pilares, forro, escadas, rampas, telhados e componentes 3D (famílias/objetos);
⦁ Todo elemento inserido no modelo virtual poderá extrair informações de quantidades precisas como: dados de materiais e acabamentos, área, volume, perímetro, o código do produto, nome do fabricante ou até mesmo custos. As possibilidades são diversas;
⦁ Interoperabilidade (OpenBIM): todos os softwares BIM conversam entre si através de IFC’s que possibilitam o trabalho colaborativo.
⦁ Simultaneidade de vistas, ou seja, o modelo se auto ajusta em qualquer vista, independente da vista que ocorra a mudança. Por exemplo, ao mudar o guarda corpo de uma escada, o modelo inteiro atualizará todas as vistas daquele determinado elemento.

 

Para elucidar um pouco mais sobre o assunto e contextualizar vocês quanto ao mercado das ferramentas BIM, a SPBIM separou um top 3 das ferramentas BIM mais comentadas no mercado:

 

1 – REVIT

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MASP / Fonte: SPBIM

Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é o software BIM (Building Information Modeling) mais utilizado no mundo. A ferramenta tem por escopo o desenvolvimento de modelos virtuais tridimensionais (3D) com informações paramétricas, ou seja, o Revit é uma plataforma para construção virtual (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) que é utilizado para planejamento, projeto, construção e gerenciamento. Entretanto, cabe ressaltar a elevada curva de aprendizado da ferramenta, que é extensa se comparada a outras ferramentas disponíveis, como o seu principal concorrente, o Archicad.

 

2- ARCHICAD

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Fonte: SPBIM

O Archicad é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft. Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas à construção. O Archicad, de maneira única, une a construção e o desenvolvimento de um modelo virtual tridimensional (3D) com informações paramétricas dos elementos construtivos, ou seja, é uma simulação virtual da construção (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é possível extrair e utilizar de maneiras eficiente diversas informações do modelo, desde o planejamento, até o projeto, construção e gerenciamento.

 

3 – VECTORWORKS

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Fonte: Vectorworks

O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD cujo foco era na plataforma IOS. Foi posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de Mini CAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos e a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. E hoje é um dos 3 melhores softwares BIM direcionados a arquitetura e tem algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, o que torna possível seu crescimento no mercado. Semelhante a softwares de modelagem orgânica, como Rhinoceros, o Vectorworks é um software com recursos para modelagem complexa, porém em BIM.

 

 

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos a associação das ferramentas BIM ao BIM em si. Tendo em vista a relação entre ambos, percebemos todo o aporte das ferramentas BIM como indispensáveis. Entretanto, achamos relevante salientar que apenas usar uma ferramenta BIM não te faz especialista BIM, pois o termo abrange um leque de assuntos mais amplos do que apenas baixar um software e sair modelando. Portanto, somos a favor da difusão completa sobre a metodologia BIM e fazemos questão de abrir a discussão do “BIM é uma ferramenta?” em todos os nossos cursos.

Ainda criamos um curso com foco em BIM, no qual tratamos o que é a metodologia, como ela funciona e até mesmo como implantá-la em diferentes nichos.

Artisan no SketchUp: Modelagem Orgânica

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Modelagem Orgânica com Artisan no SketchUp

 

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Artisan é uma poderosa extensão do SketchUp. Essencial para quem deseja desenvolver e criar modelagens orgânicas, com curvas e de modo suave, comum em mobiliários, estofados, tecidos, almofadas, objetos decorativos e abstratos, plantas e pedras, topografias ou até personagens em 3D.

Baseado no seu popular Smooth & Subdivision, o Artisan é perfeito para modelar formas orgânicas e relevos de terreno. Ele possui um conjunto de ferramentas de “alterações” que permitem esculpir, suavizar, comprimir e aplicar diversas texturas da mesma maneira que você aplicaria em uma pintura.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Com o Artisan é possível aumentar ou reduzir a complexidade de polígonos em seu modelo, permitindo assim que escolhamos se ele terá mais detalhes ou não. Há também um conjunto de ferramentas de vértices que permite usar uma modelagem baseada no controle desses pontos

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Ao instalar o Artisan, você encontrará um menu bem definido com basicamente quatro ferramentas. Estas são denominadas como:

  • SDS (Smooth & Subdivision);
  • Escultura;
  • Edição de Vertex;
  • Redução de polígonos.

Tendo as mesmas opções de sua versão anterior, mas conhecido apenas como plugin Smooth & Subdivision, o Artisan incorpora estas opções da mesma forma, porém com melhorias em processamento de extensão e velocidade. Através da técnica de modelar elementos em low-poly, que consiste em manter o mínimo de faces possível no alcance de um devido resultado, alcançamos uma modelagem orgânica com um arquivo mais fácil de trabalhar por ser mais leve.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Como funciona o Artisan no Sketchup 

A ferramenta funciona basicamente subdividindo a face em questão e suavizando-a em seguida. Este é um processo que pode ser repetido em até quatro interações, cada uma com um resultado mais suave e com mais polígonos.

Outra de suas funcionalidades é a Sculpt Brush, possuindo cinco modos de uso – Sculp, Inflate, Flatten, Pinch e Smooth. Você altera entre os modos através do clique com o botão direito do mouse ou da utilização da tecla TAB. Tal facilidade torna a ferramenta intuitiva, dinâmica e de fácil manuseio.

Adicionalmente encontramos um ótimo recurso chamado Brush Mirror Plane que basicamente permite que você espelhe algo modelado, garantindo total simetria no modelo.

Também encontraremos o Select Brush, ferramenta que permitirá a texturização de uma seleção de faces através do controle preciso e fácil da área de seleção, tornando algo que geralmente é complexo, como pintar uma malha subdividida e suavizada, em algo fácil e intuitivo.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Outro conjunto de ferramentas é a adição de vértices subdividido em quatro opções – Vertex Select, Vertex Move, Vertex Rotate e Make Planar.

 Por fim, outra de suas poderosas funções é o Poly Reduce, que reduz facilmente os polígonos de uma modelagem de malha com um simples botão.

 

CONCLUSÃO:

Artisan se tornou um dos plugins para SketchUp mais populares e úteis entre seus usuários, pois permite que as limitações de modelagem do Software sejam superadas, abrangendo um mundo maior na criação de modelos, pois seu vigoroso algoritmo de subdivisão pode alcançar formas muito complexas e orgânicas com modelos relativamente leves, permitindo que o software seja usado para criação de geometrias que vão além das primitivas euclidianas do cubo, esfera e pirâmide.