Livros de Construção para Arquitetos

Lista: 7 Livros de Construção para Arquitetos

Nesta lista iremos indicar 7 Livros de Construção para Arquitetos, para começar a projetar através de plataformas BIM, como o Archicad ou Revit, é necessário entender como projetar espaços, seus sistemas construtivos e como os elementos estruturais relacionam-se entre si, é por isso que nós da SPBIM preparamos um curadoria de livros mundialmente conhecidos para te ajudar a entender como projeta-se arquitetura e construção.

Entre as obras descritas abaixo você não encontrará apenas livros de arquitetura, mas sim manuais de como se construir arquitetura, desde pré-dimensionamento de ambientes como salas de estar, galpões, circulações até a compreensão de qual sistema construtivo escolher de acordo do seu projeto.

01. NEUFERT: ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA por Ernst Neufert

Neufert
Livros de Construção para Arquitetos

É considerado a bíblia para arquitetos, engenheiros, professores e estudantes pois aborda temas como: dimensionamento de espaços, circulações, normativas para economia energética, sistemas construtivos e entre outros assuntos que como representação gráfica para arquitetura.

É um livro mundialmente conhecido, de autoria do arquiteto alemão Ernst Neufert. Teve sua primeira publicação em 1936 e desde então é um dos livros mais consultados para projetos de construção de espaços em diversas escalas, desde da arquitetura de interiores até grandes projetos urbanos.

 

02. CASA, APARTAMENTO, JARDIM por Peter Neufert e Lugwig Neff

Casa apartamento e jardim
Livros de Construção para Arquitetos

Esta obra é de autoria de Peter Neufert arquiteto e filho de Ernst Neufert, em parceria com ilustrador Lugwig Neff. É continuação do livro Arte de Projetar Em Arquitetura de Ernst Neufert, abortando temas voltados para construções de pequeno porte, tanto para profissionais como para leigos que desejam entender melhor os termos e conceitos de arquitetura, principalmente quando o assunto é reforma.

O livro Casa, Apartamento, Jardim apresenta de forma clara e didatica atraves de ilustrações diversos temas, como casas pré-fabricadas, adaptação de espaços e entre outros assunto. Além de abordar mais de 500 termos tecnicos facilitando então o dialogo entre profissinais da arquitetura e construção com leigos que desejam realizar ampliações e reformas em seus espaços.

03. DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM CONCRETO por David Phillips e Megumi Yamashita

DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM CONCRETO
Livros de Construção para Arquitetos

Que o concreto é um dos materiais mais utilizados na arquitetura grande parte das pessoas já sabem, mas o que poucas pessoas entendem é como esse material pode ser explorado e aplicado em projetos de arquitetura, é por isso que a obra de David Phillips e Megumi Yamashita está nessa lista.

O livro Detalhes Construtivos da Arquitetura Contemporânea com Concreto aborda mais de 40 projetos de arquitetos conhecidos mundialmente, apresentando não só imagens da construção, mas projetos como plantas e detalhes construtivos além de localização, principais construtores, fornecedores e descrição da obra. Uma das obras descritas e detalhada neste livro é a Academia Evelyn Grace em Londres, projeto do escritório Zaha Hadid Architects.

04. DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM VIDRO por Virginia McLeod

DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM VIDRO
Livros de Construção para Arquitetos

Assim como a obra anterior, Detalhes Construtivos da Arquitetura Contemporânea com Vidro é mundialmente conhecido por apresentar de forma prática projetos que fazem uso do vidro em diversas escalas, tipologias e formas.

Por tratar-se de um material intitulado frágil, a autora Virginia McLeod, arquiteta australiana e editora executiva da Phaidon Press, apresenta diversos projeto que fazem o uso do vidro como é o caso da Ópera de Oslo na Noruega. Mostrando as potencialidades do mesmo e como pode ser aplicado de forma variadas de acordo com a necessidade de cada edificação.

 

05.ATLAS DE DETALHES CONSTRUTIVOS por Peter Beinhauer

ATLAS DE DETALHES CONSTRUTIVOS
Livros de Construção para Arquitetos

Peter Beinhauer é um arquiteto conhecido por ser especialista em pormenores na construção e utilização de materiais, tornando então o ATLAS DE DETALHES CONSTRUTIVO um dos principais materiais de consulta quando o assunto é detalhamento de PROJETO EXECUTIVO.

O livro aborda assuntos voltados para os detalhes necessários em um projeto executivo de arquitetura em forma de fichas, com desenhos na escada 1:10 ou 1:5, dessa forma o leitor consegue compreender como os elementos construtivos relacionando-se entre si, como os materiais devem ser aplicado e representados de forma técnica, resultando então em um projeto mais completo e com o maior número de informações possível para ser executado da forma esperada.

 

06. SISTEMA ESTRUTURAS por Heino Engel

SISTEMA ESTRUTURAS
Livros de Construção para Arquitetos

Muitas vezes a arquitetura é vista apenas como uma volumetria suntuosa do ponto de vista das artes plásticas, mais a arquitetura vai muito além de estética e está diretamente ligada a função de uma construção, é por isso que a obra de Heino Engel se destaca quando o assunto é SISTEMAS ESTRUTURAS.

O mesmo aborda assuntos tipicamente ligados a engenharia, que muitas vezes são descrito de forma técnica o que acaba atrapalha a interpretação do leitor,  Heino Engel procura aborda o diversos assunto de forma didática, exemplificando os diversos sistemas estruturais através de ilustrações e textos descritivos , permitindo ao leitor uma compreensão rápida e intuitiva da função de cada estrutura, dos esforços submetidos a mesma e sua relação com a forma da edificação.

 

07. BASES PARA PROJETO ESTRUTURAL NA ARQUITETURA por Yopanan Rebello

BASES PARA PROJETO ESTRUTURAL NA ARQUITETURA
Livros para Arquitetos

Podemos considerar esta obra como uma das mais técnicas e especificas da nossa seleção, de autoria de Yopanan Rebello que é um famoso engenheiro e mestre em arquitetura.

O autor procura abordar assuntos como materiais estruturais, esforços, pré-dimensionamento– através de ábacos e cálculos, até a aplicação dos mesmos na arquitetura, com base nas percepções de custo e mão de obra disponível de forma clara e didática, sendo então uma das principais referência tanto para arquitetos, engenheiros e estudantes que desejam se aprofundar no estudo sobre estruturas, principalmente em aço, madeira e concreto armado.

CONFIRA OS PRINCIPAIS LIVROS DE BIM CLICANDO AQUI

CONCLUSÃO

Ao realizar a consulta destas obras percebera como um projeto de arquitetura vai muito além de estética, sendo uma composição de elementos, que variam desde definição das dimensões de espaços, escolha de materiais, sistemas construtivos e uma constante busca por desempenho aliado composição plástica da volumetria.

A leitura é uma importante ferramenta de estudo, por isso nós da SPBIM incentivamos a prática e indicamos as obras descritas acima, com essa vasta bibliografia é possível propor projetos mais funcionais e que atendem melhor as necessidades desejadas.

Por fim, para realizar projeto em BIM é de suma importância entender o que deseja projetar, o nível desenvolvimento (LOD) , a fase de projeto e entre outras características que envolvem a construção de uma edificação. Caso queira entender melhor como o os projetos de arquitetura relacionam-se com o BIM, leia nosso artigo sobre  O que é BIM? e Os 5 Livros Principais de BIM.

Nosso conselho para todos profissionais da área da construção civil é entender que o BIM exige conhecimento unificado de projeto + obra, ambos devem se complementar para se obter um BIM de qualidade e com resultado para obra.

10 add-ins (plugins) para o Archicad

O Archicad é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft sendo inicialmente um software somente para arquitetura CAD para Macintosh e Windows.

Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas a construção de um edifício virtual (BIM 3D) e soluções de engenharia estrutural durante o desenvolvimento do projeto em um ambiente construído virtualmente sendo possível utilizar em todos os tipos de projeto para arquitetura como: edificação, interiores, iluminação, paisagismo, urbanismo, mobiliário, construção e compatibilização.

Caso tenha interesse em saber mais sobre o Archicad fizemos um artigo técnico sobre o assunto: O que é o Archicad?”.

Pensando na produtividade e na variedade de add-ins (plugins) que facilitam o processo de desenvolvimento, nós da SpBIM criamos uma lista com os top 10 plugins (add-ins) para Archicad:

  1. MODELPORT

O ModelPort é um editor avançado de objetos de biblioteca e um importador de modelos 3D para o GRAPHISOFT ARCHICAD, o Modelport oferece ferramentas especializadas para usuários que desejam enriquecer o modelo do ARCHICAD com seus objetos personalizados como é o caso do uso com Sketchup, 3D Max ou Rhino por exemplo.

O ModelPort utiliza o Autodesk FBX SDK, que é o mesmo código usado pela Autodesk para criar uma ponte entre seus populares softwares 3D: Maya, Softimage XSI, 3DStudio MAX, etc. O uso do FBX SDK significa que podemos fornecer uma conexão confiável com estes e para muitos outros programas 3D.

Resumidamente o ModelPort é um complemento importador de modelos 3D para o Graphisoft ArchiCad.

Com a nova versão do ModelPort 2.0, os usuários podem visualizar modelos antes da importação, além de editar o material, textura, posicionamento da textura, peso da caneta, cor de preenchimento e muito mais com as poderosas  ferramentas de edição paramétrica.

ModelPort / Fonte: Archvista
ModelPort / Fonte: Archvista

CARACTERÍSTICAS: 

  • Visualizador e Editor de Objetos para ARCHICAD
  • Editar propriedades
  • Selecionar materiais de objeto
  • Definir vistas da cena
  • Zoom para seleção
  • Melhorar gráficos 2D e 3D
  • Definir pesos da caneta de plano
  • Reduzir a contagem de polígonos de objetos
  • Reduzir o tamanho do arquivo com o novo formato ModelPort
  • Organizar objetos com o navegador ModelPort
  • Editar materiais de um objeto importado

Link: https://archvista.com/product/model-port-2-0-subscription/

  1. ARCHITERRA

O ArchiTerra foi concebido e foi desenvolvido para fornecer ao designer uma ferramenta rápida para representar o contexto, o planejamento ambiental e urbano e o gerenciamento de modelos 3D.

ArchiTerra
ArchiTerra / Fonte: Graphisoft Noruega

O fluxo de trabalho solicita que primeiramente você precisará definis quais serão os pontos que representarão as bordas da malha que o ArchiTerra criará. Esses pontos também podem ser exportados no formato .txt (importados de ferramentas de topografia), facilitando a transferência das modificações feitas no projeto.

O Architerra oferece diversas funcionalidades para controlar a definição da área em processamento 3D (que a massa de pontos importados não são necessariamente todos realmente interessantes). Este add in é muito importante para traçar viários de projetos, realizar urbanismo, paisagismo e até mesmo estudos macros de projetos atrelando o BIM predial com o BIM infraestrutura urbana. Essencial para quem for desse ramo.

Link: http://www.cigraph.it/node/269

  1. ARCHITIME

Outro plugin interessante da empresa Cigraph (Responsável pelo Architerra) é o Architime, esse software possibilita calcular quanto tempo o arquiteto desenvolve um projeto. O Architime ativara todas vez que um novo projeto é iniciado, funciona em um segundo plano e envia um relatório com gráficos sobre a sessão de trabalho.

Architime
ArchiTime / Fonte: Cigraph

O ArchiTime, é iniciado automaticamente cada vez que você desenvolve um novo projeto, controla as operações realizadas com base no tipo de elemento e função executada. Também rastreia o tempo gasto em cada sessão de projeto em cada dia de trabalho. Quando o projeto é concluído, o ArchiTime fornece um relatório resumido detalhado dos dados coletados que podem ser impressos ou salvos em formato de texto para posterior processamento em planilhas ou por programas dedicados.
Nenhum esforço é necessário por parte do usuário; O ArchiTime passa despercebido, trabalhando discretamente em segundo plano e sem necessidade de interação, a menos que você solicite informações. Já pensou quanto custa o seu tempo arquiteto?

Link: http://www.cigraph.it/en/node/307

  1. GOODIES

Desta lista, consideramos os goodies como um dos principais complementos gratuitos desenvolvidos pela Graphisoft para completar o Archicad com habilidades e recursos específicos.

Esse plugin possui diversas ferramentas que permite expandir as possibilidades de modelagem dentro do Archicad indo muito além dos acessórios de cobertura.

As principais fermentas são:

O add in já está disponível para todas as versões inclusive Português Brasil.

  1. DATASMITH EXPORTER

O Datasmith é uma coleção de ferramentas e plugins que trazem cenas pré-construídas inteiras e complexos criados em uma variedade de aplicativos de design padrão do setor para o Unreal Engine.

Fonte: Unreal Engine
Fonte: Unreal Engine

 

Fonte: Unreal Engine
Fonte: Unreal Engine

O Datasmith foi desenvolvido para solucionar os desafios específicos enfrentados por pessoas de fora da indústria de jogos que desejam usar o Unreal Engine para renderização e visualização em tempo real (como em arquitetura, engenharia, construção, design de interiores e muito mais).

  1. RHINO – GRASSHOPPER

Rhinoceros e Grasshopper foram desenvolvidos por  Robert McNeel & Associados que são considerados líderes no mercado em modelagem de design industrial e design algorítmico.
Agora, existem diversas opções para conectar o ambiente de trabalho profissional BIM do Archicad ao poder de modelagem do Rhino e do Grasshopper.

Rhino – Grasshopper – ARCHICAD Toolset conecta as melhores ferramentas para as diferentes etapas de design nas plataformas de Mac e Windows.

Fonte: Archicad Graphisoft | Grasshopper connection

Eles oferecem soluções para a transferência de geometria bidirecional sem interrupção, bem como uma maneira de traduzir formas geométricas básicas em elementos BIM completos, enquanto adiciona funcionalidade de edição algorítmica.
Com este recurso podemos parametrizar praticamente todo tido de trabalho, além de otimizar produtividades do uso cotidiano como denominamos o PROJETO GENERATIVO, o grasshopper ajudara em soluções e a criar projetos mais inteligentes em um curto espaço de tempo.

  1. IFC – INTEROPERABILIDADE

O formato de arquivo IFC é certificado pela ISO e desenvolvido pelo IAI (BuildingSMART). O IFC é o único formato de intercâmbio orientado a objetos 3D aberto e usado pelo BIM (Modelagem de Informações da Construção). A IFC está disponível gratuitamente para todos os fornecedores de software.

Logotipo IFC
Logotipo IFC

O IFC fornece representação em geometria 3D para todos os elementos do projeto e armazena dados padrão e personalizados sobre cada elemento, como materiais, perfis e funções. Os aplicativos usados ​​pelas diferentes disciplinas podem filtrar e identificar com facilidade e rapidez as informações relevantes e específicas da disciplina no banco de dados da IFC.

  1. MEP MODELER

O Graphisoft MEP Modeler é um complemento para o Archicad. O MEP Modeler melhora a importação do Archicad de modelos IFC com conteúdo MEP e a modelagem de engenharia de instalações. A detecção de colisão (Clash Detection) pode ser feita entre os elementos do sistema MEP importados e os elementos do projeto arquitetônico.

As práticas arquitetônicas e os departamentos de arquitetura de empresas que usam o ArchiCAD podem usá-lo para criar, editar ou importar modelos 3D MEP (tubos e bandeja de cabos por exemplo) e coordene-os no ArchiCAD.

O MEP utiliza ferramentas e interface familiares ao Revit MEP seu adversário, a falta de coordenação entre as disciplinas é talvez a maior razão para exceder o orçamento e o tempo nos edifícios. O MEP Modeler é a melhor solução para arquitetos para ajudar a obter maior eficiência no processo de construção.

  1. AUGIN

Lançado em 2019 na Construtech (evento de tecnologia para a construção), o Augin é um aplicativo gratuito para Android e iOS capaz de trazer modelos e projetos 3D para a realidade aumentada de forma rápida e precisa.

O aplicativo utiliza a tecnologia de realidade aumentada na área de construção civil. Com ele, é possível visualizar em 3D plantas de apartamentos, mover paredes de lugar para experimentar opções de planta em um apartamento, ou conhecer detalhes técnicos sobre os materiais utilizados em uma obra.

Com o aplicativo você consegue exportar seus projetos e vê-los pela tela do seu smartphone ou tablet nas proporções reais.

Augin
Fonte: Augin

A proposta do Augin é trazer facilidade para os usuários e ajudá-los a utilizar a realidade aumentada na construção civil.

Além de modelos 3D simples, projetos e modelos BIM também podem ser visualizados no Augin. A interação é feita por meio de plugins para softwares BIM, como o Revit, ArchiCAD e Tekla. Dessa forma, o aplicativo permite o acesso as disciplinas existentes nos projetos e visualizá-las no espaço real.

  1. LABPP GENPLAN

Com o LaBPP_GenPlan é possível acomodar o substrato e dimensioná-los no espaço do projeto. Imagem exibida com precisão simultaneamente nas janelas 2D e 3D (opcional). O brilho é ajustável no substrato para linhas e elementos mais visíveis do projeto. Há uma função que transforma muitos elementos do projeto (malhas 3D, polilinhas, etc.) para ajustar sua forma e localização.
Você pode definir o retângulo e transformar os elementos do movimento livre de seus vértices ou usar um ponto de referência para uma transformação por métodos de mínimos quadrados médios.

LabPP
Fonte: LabPP

CONCLUSÃO

Sabemos que os softwares possuem limitações e restrições com relação a arquitetura e engenharia principalmente quando queremos inovar ou criar formas não tão convencionais, com isso, o desenvolvimento de APIs, ADD-ins, ADD-ons nos ou como chamamos de plugins (complementos) são essenciais para o desenvolvimento customizado e personalizado de projetos. O Plugin tem finalidade otimizar o processo de trabalho principalmente em trabalhos demasiados e repetitivos. Nós da SPBIM apoiamos o uso de add ins, porém recomendamos após uma maturidade do software ARCHICAD para enfim utilizar mecanismos mais direcionados a necessidade pontual e projetual.

A importância da pós produção com o Photoshop para renderização

O tratamento digital das imagens fotográfica usando softwares de edição é indispensável nos dias atuais.

Para entender melhor como funciona uma pós-produção, explicaremos como funciona o Photoshop (Adobe) e qual a sua importância para arquitetos, designers e projetistas.

Criar um render e ajustar todos os detalhes de iluminação, nem sempre é o suficiente para ter um resultado realista, mas quando se tem uma pós-produção, é possível transformar um render em uma excelente imagem/fotografia.

MAS AFINAL, O QUE É O PHOTOSHOP?

O Photoshop (Adobe) é um software de edição e criação de imagens, desenvolvido pela Adobe Systems. Considerado o líder no mercado de editores de imagem profissionais, designer gráficos e produtores de imagens e de pré-impressão.

O Photoshop possui grandes recursos para a arquitetura, pode-se melhorar o contraste, nitidez, iluminação, sombras, luzes, filtros de cores, matiz e muito mais.

Photoshop CC 2020 / Fonte: SpBIM
Photoshop CC 2020 / Fonte: SpBIM

A etapa de pós-produção de uma imagem muitas vezes não é tão valorizada pelos profissionais, mas pode agregar um grande diferencial para apresentação de realização do projeto e até mesmo economizar tempo quando não é necessário modelar um contexto urbano por exemplo porém inseri-lo no google Earth fara toda a diferença no projeto de arquitetura.

COMO VOCÊ PODE UTILIZAR O PHOTOSHOP NO SEU PROJETO?

O principal fator que irá te motivar a usar o Photoshop para arquitetos é a possibilidade de humanização das cenas renderizadas.

Sem Pós Produção e Com Pós Produção, Por Alex Hogrefe / Fonte: Visualing Architecture
Sem Pós Produção e Com Pós Produção, Por Alex Hogrefe / Fonte: Visualing Architecture

Através das camadas (layers) podemos humanizar renders, com adição de escalas humanas, vegetação, veículos, materiais, reflexos e sombras que permitem uma foto de seu projeto final.

Com a utilização dos canais que o Lumion produz e que ampliam ainda mais o controle de qualquer elemento da imagem de forma isolada.

No Photoshop podemos tratar detalhes de renderização de seu modelo, alterar definições de cores, luzes e por aí vai. Otimizando imensamente seu tempo e evitando mais renderizações desnecessárias.

QUAL O DIFERENCIAL DO PHOTOSHOP PARA ARQUITETURA?

Por ser o mais utilizado no mercado para tratamento de imagens, o Photoshop é de longe o mais acessível e prático. O software a cada versão traz consigo ferramentas sempre aprimoradas e corrigidas caso necessário.

Com este editor, qualquer renderização vinda de qualquer software de modelagem tridimensional poderá ser tratada e melhorada.

O Photoshop suporta imagens em qualquer formato e também exporta imagens para diferentes fins, como por exemplos arquivos .png ou .tiff que deixam a imagem com o fundo transparente.

Tela de ajuste do Photoshop CC / Fonte: SpBIM
Tela de ajuste do Photoshop CC / Fonte: SpBIM

Sua plataforma flexível trabalha muito bem com qualquer outro software além dos desenvolvidos pela própria Adobe, como o InDesign (melhor diagramador do mercado) ou Illustrator (melhor vetorizador do mercado) e com isso mostra sua força ao longo de tantos anos.

Illustrator CC e InDesign CC / Fontes: Graphic Design e Medium
Illustrator CC e InDesign CC / Fontes: Graphic Design e Medium

Outro diferencial é a possibilidade de valorizar seus desenhos técnicos de projeto.
Esta valorização ajuda também a trazer mais vida a suas plantas, cortes e elevações.

Os desenhos passarão a ter um compreendimento ainda melhor, sendo a sua representação aprimorada e levando sempre em questão a plástica, o peso gráfico, as entradas de luz e sombras, e também a adição de paisagismo tendo um diferencial impressionante em seus projetos.

Podemos dizer que sem o Photoshop para arquitetos não existiria o conceito de
pós-produção nas imagens de nossos projetos de arquitetura e design de interiores.
Sendo inúmeros os diferenciais de qualquer outro editor que possa existir no mercado.

Sempre se mostrando inovador em suas atualizações, esta ferramenta é essencial para nossos projetos terem um resultado impressionante!

Se você quer elevar o nível de qualidade dos seus projetos e renders e gostaria de deixá-los com aspecto profissional o Photoshop o auxiliara a chegar nesse resultado.

Nós fazemos isso porque resolver tudo no próprio renderizador tomaria um tempo absurdamente maior e o resultado ainda não seria tão bom, sabemos a necessidade e um bom fluxo de trabalho, pois não é um único software que fara tudo.

Para conseguir um resultado final ainda mais bacana, a imagem renderizada pelo Twinmotion ou Lumion por exemplo, e que é tratada e editada no Photoshop permite agregar inúmeros elementos que humanizam seu projeto.

Com esta poderosa ferramenta, as imagens do seu projeto estarão ainda mais fáceis de ser compreendidas pelo cliente, dando uma agradável sensação de estar dentro dos ambientes juntamente com outras pessoas que irão usufruir de tal maneira no espaço projetado.

CONCLUSÃO:

Nos dá SpBIM incentivamos na utilização do Adobe Photoshop, entendemos a importância de um bom resultado na renderização de imagens, uma vez que buscamos otimizar todo o processo e resultado de forma concreta. Sabemos a necessidade do investimento de uma ferramenta deste porte principalmente por ser paga diferente do seu concorrente o GIMP.

Todas as etapas do desenvolvimento e finalização na criação das imagens, para otimizar e aumentar a produtividade em projetos de maneira clara, trazendo um excelente resultado para seu cliente, tornando adaptável a cada empreendimento e sendo possível ser utilizada em todas as fases e conclusões no projeto.

O que é Design Generativo?

Com o surgimento do CAD (Computer-Aided Design) a forma como projetamos foi aprimorada, trocamos a interface do papel vegetal e a lapiseira, por uma interface mais rígida, porém revolucionária e digital. Este processo na época do seu lançamento transformou a construção civil, o setor um tanto conservador começou a da passos largos em direção a um futuro promissor para época, todavia a construção civil não mudou a forma de criar e desenvolver projetos, permaneceu com o mesmo fluxo de trabalho porem com a evolução tecnológica passou a tornar o processo menos árduo. Apesar do termo BIM ser um termo de origem tão antiga como o CAD, o BIM somente conseguiu assumir relevância e ter atenção da indústria da construção civil nos tempos atuais após o ano de 2010 aproximadamente. O futuro tão almejado começou a ser possível de visualizar (a industrialização do setor da construção civil) entre estes avanços surge a Industria 4.0 denominado como Design Generativo onde a tecnologia avançou ao ponto de tornar possível o uso da tecnologia com automação, conexão, integração e gestão de dados em tempo real.

Industry 4.0 / Fonte: SpBIM
Industry 4.0 / Fonte: SpBIM

MAS O QUE É DESIGN GENERATIVO?

No método tradicional temos o Arquiteto/Engenheiro que por meio dos seus conhecimentos desenvolvem todas as perspectivas de um determinado projeto ou empreendimento com o auxílio da tecnologia na expressão gráfica. No BIM o processo de auxílio evolui de tal maneira que parte dos desenhos são desenvolvido pela tecnologia e não somente desenhos bidimensionais 2D, como cálculos e análises. Com esta constante evolução, adentra-se em uma nova etapa.

Esta etapa altera a forma do relacionamento dos profissionais com a tecnologia, no qual a mesma passa a ser cocriadora do projeto, desta maneira expandido potencial de concepção dos profissionais em seus respectivos projetos.

O modo novo / Fonte: SpBIM
O modo novo / Fonte: SpBIM

O Arquiteto/Engenheiro recebe determinados dados “informações”, principais características e funções do produto a ser desenvolvido. Como seus materiais, funções que será destinado o uso, análise de desempenho, eficiência e etc. Uma vez levantado todas as informações o software irá apresentar  uma infinidade de opções de design e repostas que venham atender os dados levantados. O Grande uso deste recurso esta no auxilio e parametrização de otimizações através de programação para gerar resultados em um espaço curto de tempo com imputs dos profissionais. Esta resposta vem por meio um algoritmo de inteligência artificial e que desenvolve calculo em nuvem.

Principais vantagens:

  1. GANHO DE TEMPO

Com isto o profissional ganha tempo de produção, sendo que suas atividades são compartilhadas com algoritmos de inteligência artificial.

  1. AUMENTA A CRIATIVIDADE

Atividades são compartilhadas junto aos algoritmos sua capacidade de criação é expandida.

  1. NOVAS POSSIBILIDADES

Uma vez que a capacidade de criação é expandida, o profissional adentra em uma nova perspectiva de possibilidade sendo esta perspectiva um campo infinito de opções e atrelados a custo e design por exemplo.

PROJETOS DESENVOLVIDOS COM DESIGN GENERATIVO

Em 2017 a Autodesk apresentou a uma cadeira concebida pelo Design Generativo no qual a mesma serviu como base para o projeto Dreamcatcher, uma pesquisa do Autodesk que busca auxiliar  a plataforma do Design generativo da empresa, Plataforma esta que já está no Revit 2021.

Fonte: Blog Autodesk | Cadeira com Design Generativo
Fonte: Blog Autodesk | Cadeira com Design Generativo

Outro grande exemplo aconteceu na Holanda onde a startup MX3D uniu esforço junto a outras empresas para criar uma ponte de pedestre criada com design generativo produzida por aço e impresso em 3D.

Fonte: Archdaily | Design Generativo deve impactar a arquitetura
Fonte: Archdaily | Design Generativo deve impactar a arquitetura

CONCLUSÃO

Nós da SpBIM estamos entusiasmados com as infinitas possibilidades que esta revolução que toda esta união da tecnologia e profissionais poderão trazer a indústria da construção civil, sabemos que a inovação e tecnologias atreladas buscam impactar positivamente o mercado e a história da AEC. Compreendemos o quão fundamental o Design Generativo é para a arquitetura e engenharia possibilitando criar design e peças com plasticidade + soluções inteligentes atreladas ao profissional, o ingresso dessa tecnologia com o conhecimento e expertise de profissionais da construção deverão produzir soluções inteligentes e inovadoras. A SpBIM apoia e acredita no Design generativo como uma nova forma de ver os projetos de arquitetura e engenharia.

O que é Digital Twin?

Digital Twin
Fonte: SpBIM

Com o advento do universo BIM na construção civil, damos um salto no tempo de uma etapa de projetos, execuções e análises com necessidades de alterações pontuais ou até mesmo cirúrgicas. Este processo tem adentrado em dimensões mais profundas no ciclo de vida do empreendimento e com execuções cada vez mais precisas. Todavia não somente a execução tem tomado proeminência, mas a pós execução tem se destacado nesse contexto, e assumindo a sua posição com métodos a serem adotados no qual chegamos à dimensão do BIM 7D.

DIMENSÕES DO BIM

É notório que desde processo de concepção do empreendimento até a sua entrega há diversas dimensões (BIM3D, BIM4D, BIM5D ) do BIM que compreende todo este processo até sua entrega, porém a pós entrega  da edificação, existem dimensões que compreendem entre estas se destaca o BIM 7D,  dimensão responsável pela gestão da construção e no qual conecta com o conceito do Digital Twin (Gemeo Digital).

bim d
BIM 7D / Fonte: SpBIM

AFINAL O QUE É O DIGITAL TWIN?

O Digital Twin significa um conjunto de componentes digitais (modelos, documentos e conjuntos de dados) que refletem todo o ciclo de vida dos componentes de componentes físicos, ou seja, corresponde a uma réplica digital de um elemento físico.

Na indústria da construção, um Digital Twin normalmente se refere a um modelo 3D com grande riqueza em dados de um empreendimento, um ótimo exemplo seria que TWIN digital, reage e pode causar alterações, no edifício real (TWIN físico).
Por meio de uma ligação entre os dois podendo ser unidirecional ou bidirecional, síncrona ou assíncrona, dependendo do seu nível de ligação.
A ligação é maior quando a conexão é bidirecional do BIM Model com sensores, câmeras, scanners e sistema de gerenciamento de edifícios que permite que um gêmeo (TWIN) se ajuste de acordo com as informações recebidas do outro como um espelhamento.

Exemplo seria o processo de interligar o hardware (parte física) ao software (parte digital), fizemos um artigo bem interessante sobre o Arduino e como interliga-lo ao BIM: O que é o Arduino e como integra-lo ao BIM?

Exemplos mais úteis incluem a capacidade de utilizar o Digital Twin para monitorar e controlar o desempenho mecânico e ambiental do seu Twin Físico podendo a sincronização do digital ser em tempo real. Por exemplo os brises de uma edificação serem virtualizados em um modelo digital.

O DIGITAL TWIN SUBSTITUI O BIM?

Digital Twin substitui o BIM Prancheta
Fonte: SpBIM

Muitas pessoas confundem a tecnologia como substituições de outras tecnologias ou atividades humanas, porém não é o caso do BIM e Digital Twin. Eles são tecnologia comunicativas que se complementam em um processo destinando a indústria da construção civil a um novo futuro.

Cujo o direcionamento permite uma melhor gestão de todos os ciclos da vida de um empreendimento e até mesmo monitorar o projetado + realizado + pós ocupado.

CONCLUSÃO

Nós da SpBIM compreendemos todos ciclos da vida de uma edificação devem ser geridos de maneira uniforme e consistente onde é possível extrair o melhor da edificação e prolongar a vida útil da mesma antes de entrar nas dimensões seguintes. Portanto nós da SpBIM acreditamos e apoiamos o desenvolvimento e uso do Digital Twin.

O que é BIM 7D?

O que é BIM 7D?

O Building Information Modeling (BIM), é uma metodologia da criação de modelos de informação no qual contempla todo o ciclo de vida de uma edificação.
O BIM é responsável por partilhar todas as informações referente ao empreendimento com dados (informações) associados ao seu Nível de Desenvolvimento / Detalhe (LOD) desde uma simples planta até informações de funcionamento com todo este conjunto de dados agrupado em “Dimensões” no qual cada dimensão demonstrará um grau nível de informação pertinente a um empreendimento.

DIMENSÕES DO BIM
Dimensões do BIM / Fonte: SpBIM

O BIM já não é mais uma promessa distante, mas uma realidade consolidada, especialmente desde 2021, quando sua aplicação se tornou mais efetiva e frequente no dia a dia de escritórios, empresas e profissionais da construção civil. Esse avanço foi impulsionado pelo Decreto BIM, que estabelece a obrigatoriedade do uso da metodologia em projetos de obras públicas. Com isso, o BIM passou a desenvolver um papel fundamental em diversas etapas da construção. Neste artigo, vamos explorar a forma mais aprofundada como o BIM 7D pode auxiliar na gestão pós-obra, trazendo benefícios significativos para a operação e manutenção de edificações, garantindo eficiência e longevidade aos empreendimentos.

BIM 7D: Gestão e manutenção ao longo da vida útil do edifício

O BIM 7D refere-se à dimensão que integra a operação e manutenção de um edifício, proporcionando uma visão abrangente e detalhada ao longo de toda a sua vida útil. Essa extensão do modelo digital inclui informações completas e precisas sobre todos os ativos do edifício, como sistemas mecânicos, elétricos, hidráulicos, materiais de acabamento e equipamentos. Cada ativo está documentado em termos de especificações, localização, condições de manutenção e ciclo de vida esperado.

Com o BIM 7D, a gestão de manutenção preventiva e corretiva torna-se mais eficiente. O acesso a dados detalhados facilita o agendamento de intervenções regulares e a identificação de possíveis falhas antes que ocorram, o que contribui para a redução de custos com reparos emergenciais e aumenta a confiabilidade dos sistemas do edifício. Esse processo integrado melhorou a alocação de recursos, desde a mão de obra até o uso de materiais adequados, além de minimizar atrasos nas operações diárias. 

Além da manutenção, o BIM 7D permite uma gestão eficaz dos ativos, fornecendo uma base de dados estruturada para substituições e atualizações planejadas. Os gestores conseguem prever a necessidade de trocas de equipamentos ou materiais com base em dados precisos sobre o ciclo de vida dos componentes, facilitando uma abordagem proativa, garantindo que atualizações e melhorias sejam realizadas de maneira controlada, mantendo o edifício tecnologicamente atualizado e operacional com eficiência máxima.

PADRÃO COBIe

O COBie (Construction Operations Building Information Exchange), em português “Troca de Informações para Operações de Construção”, é um padrão focado na gestão eficiente de dados ao longo do ciclo de vida das edificações. Ele permite a organização e a troca de informações relevantes para a operação e manutenção de instalações, incluindo dados sobre ativos, equipamentos, manutenção preventiva, garantias, manuais e outros aspectos essenciais para a gestão das instalações. O COBie visa melhorar a eficiência ao substituir os métodos tradicionais de transferência de informações, como planilhas e documentos dispersos, por um formato digital padronizado. Isso facilita o fluxo de dados entre as diferentes etapas de um projeto, desde o design até a operação, garantindo que as informações sobre os ativos sejam facilmente acessíveis e precisas.

SpBIM
Fonte: SpBIM

Esse padrão, homologado pela BuildingSMART , faz parte de um esforço global para promover a interoperabilidade e melhorar os processos construtivos através da criação e adoção de padrões abertos e soluções tecnológicas para edifícios e infraestrutura. Com o COBie, é possível otimizar a gestão do patrimônio ao longo da vida útil da edificação, resultando em maior eficiência operacional e redução de custos com manutenção.

Exemplo de uma COBie de dados em formato Excel – Fonte: BibLus

Aplicativos de Operação e Manutenção que Utilizam Modelos BIM

Ao integrar informações integradas e precisas sobre os sistemas do edifício, esses aplicativos desempenham um papel fundamental na simplificação e aprimoramento da gestão de dados ao longo do ciclo de vida dos ativos. Abaixo, destaque-se alguns dos principais aplicativos que utilizam essa tecnologia:

 

  • ARCHIBUS : Uma plataforma integrada de gerenciamento de instalações, o ARCHIBUS oferece soluções abrangentes para otimização do uso de espaços, gerenciamento ativo, controle de atividades de manutenção e aumento da eficiência operacional. Com a integração de modelos BIM, a plataforma permite uma gestão mais precisa e informada.

 

Uso do Archibus para gerenciamento do espaço das salas de aula – Youtube The Building People

 

  • IBM Maximo : Voltado para o gerenciamento de investimentos empresariais, o IBM Maximo é uma ferramenta poderosa que se integra com modelos BIM. Ele permite o monitoramento e a manutenção de equipamentos, facilitando a gestão de ativos e a execução de manutenções preventivas e corretivas.

 

Uso do IBM Maximo para gerenciamento de ativos – Youtube Falando de TI
  • Archidata : Este software é amplamente utilizado para gerenciamento de informações planejadas de edifícios, com foco em ações de manutenção preventiva e corretiva. Utilizando dados BIM e o padrão COBie, o Archidata melhorou a eficiência da operação, garantindo que os ativos sejam monitorados e mantidos de acordo com as especificações de seus ciclos de vida.

 

Uso do Archidata para organização de dados de maneira mais visual – Youtube Building Transformations
  • Planon : Oferecendo uma solução integrada de software, o Planon utiliza dados BIM e COBie para gerenciar com eficiência ativos, espaços e operações de manutenção. Uma plataforma foi projetada para melhorar o controle e a gestão de edifícios ao longo de seu ciclo de vida, promovendo uma abordagem mais eficaz para a manutenção de instalações.

 

Uso do Planon para organização de dados de ocupação – Youtube Planon

 

Esses aplicativos são essenciais para transformar a maneira como as informações dos modelos BIM são utilizadas, proporcionando uma gestão mais eficiente e uma integração perfeita entre as fases de projeto, construção e operação dos edifícios.

GERÊNCIA DE DADOS

A gerência de dados ocorre por um processo de importação dos dados de um software BIM e o gerenciamento dos dados como ativos, este processo ainda está em processo de aceitação no qual o mesmo se encaixa de forma sólida com a norma de desempenho 15575, a norma alinha a expectativa de vida da edificação e as preocupações com a expectativa de vida útil, o desempenho, a eficiência, a sustentabilidade e a manutenção dessas edificações. Tendo esse conceito a seguinte sigla como CCV (Custo do Ciclo de Vida).

Um dos principais benefícios do uso dessa dimensão: consiste na substituição simplificada e simples de peças e reparos a qualquer momento durante toda a vida útil de um edifício; processo de manutenção simplificado para empreiteiros e subcontratados, tendo conexão com Digital Twin (Gêmeo Digital).

CONCLUSÃO

Concluímos que a aplicação do BIM 7D é essencial para a gestão e manutenção eficaz dos edifícios, permitindo a verificação precisa da necessidade de substituição de ativos como materiais e equipamentos. Essa metodologia ajuda os prédios a manter seu valor patrimonial e a sustentabilidade a longo prazo, pois possibilita um planejamento detalhado de manutenções e substituições, reduzindo o impacto ambiental associado a descartes e desperdícios desnecessários. Portanto, pensamos que, após a afirmação das demais dimensões, o BIM 7D passará a ser uma realidade nos escritórios e construtores.

O que é o Revit MEP?

Revit MEP
Revit MEP / Fonte: Autodesk

Como o uso do BIM tem crescido a cada ano, há mudanças em todos processos da construção no BIM e a forma de projetar de todas as disciplinas tem mudado, pensando nessa nova “realidade” os softwares exigem uma necessidade de reformular e compreender a importância da Interoperabilidade e com isso o software Revit adquirido pela Autodesk desenvolver soluções para Engenharia de instalações. Mas afinal sabemos o que é o Revit e que muitos utilizam para Arquitetura e Estrutura, mas o que significa o MEP?

O MEP é um termo designado aos projetos de instalações e isto indica que são conjuntos de ferramentas que permitem a elaboração de modelos BIM que contemplam as instalações sendo o termo subdivido em 3 letras:

  • M – Mechanical (para instalações mecânicas, como ar condicionado);
  • E – Eletrical (para o projeto de instalação elétrica de uma construção);
  • P – Pumbling e Piping (para tubulações hidráulicas e de esgoto).

TENHO QUE INSTALAR OUTRO REVIT?

Os softwares de arquitetura em geral necessitam de um add-in (plugin) ou outra instalação para complementar o software, porém como o Revit é uma ferramenta completa possui todas as disciplinas, diferente da versão Revit LT (este destinado somente aos projetos de arquitetura e estrutural). Caso queira entender melhor entre as versões veja esta artigo sobre Revit que escrevemos.

COMO UTILIZAR O REVIT MEP?

Ao inicializar o Revit você poderá escolher um template “Modelo” que deseja iniciar a modelagem BIM. Caso não saiba o que é um template ou Biblioteca deixaremos links com artigos a seguir para consulta.

Inicialização Revit 2021
Inicialização Revit 2021 / Fonte: SpBIM

PORQUE DESENVOLVER AS INSTALAÇÕES NO REVIT MEP? 

Como parte do universo BIM o MEP atende todas as premissas, desde a integração de vistas, levantamento de quantitativos a orçamentação.
O Revit MEP permite maior integração entre Arquitetura e Estrutura, possibilita a utilização de análise e verificação de interferência como o Clash Detection por exemplo. Além de uma maior velocidade no desenvolvimento e maior integridade nas informações projetuais.

É necessário lembrar que no processo da construção das instalações tem um desperdício em torno de 18% do orçamento do empreendimento, com a metodologia tradicional, com o advento do BIM e utilização Revit MEP ajudara a mitigar e diminuir esta perca do orçamento, chegando próximo a zero.
O Revit MEP ajudará em:

  • Eliminação em média de até 38% das mudanças de orçamentos não previstos.
  • Estimativas de custo com imprecisões em média de até 3,2%.
  • É possível reduzir em média 80% o tempo gasto na elaboração de estimativas de custo e até 7% de redução no tempo de projeto

CONCLUSÃO:

Nos dá SPBIM apoiamos o uso do REVIT MEP e compreendemos a necessidade de um projeto integrado, onde não poderão somente participar a arquitetura e estrutura. Para o sucesso de uma implantação/implementação BIM no âmbito 3D (Projetos), é essencial que os projetistas de engenharia de instalações se adaptem para esse novo método de trabalho, do contrário poderão perder a oportunidade de continuar no mercado que está em transformação digital.

O que é o Trimble Connect?

O que é o Trimble Connect?

 

O que é o Trimble Connect?
Fonte: SPBIM

E se fosse possível conectar todas as pontas entre projeto e construção com uma solução amigável e acessível a todos que fazem parte do processo?

O Trimble connect é um serviço que possui o suporte para o trabalho colaborativo no BIM e permite a hospedagem em nuvem com possibilidades de trabalho simultâneo. Sendo mesmo desenvolvido e mantido pela empresa Trimble (Proprietária do Sketchup e Tekla Structure).

A Base do Trimble Connect veio da origem de um serviço denominado Gteam da Gehry Technologies. Fundada pelo arquiteto Frank Gehry no qual a empresa oferece diversas soluções de inovação de TI para projetos na indústria da construção civil.

A plataforma permite a colaboração e o compartilhamento entre os arquivos BIM 3D de diversos softwares que estão presente no mercado como : Revit, Archicad Sketchup e o Vectoworks, porém o software é capaz de ler arquivos no formato IFC e SKP, totalmente direcionado ao OPENBIM.

Portanto o Trimble Connect permite a utilização sem que se tenha a necessidade da instalação de um software na máquina, funciona 100% na núvem ou via desktop, ambas as versões são capazes de verificar interferências (O que é Chash Detection?) entre as disciplinas (arquitetura, estrutura, elétrica, hidráulica, ar-condicionado), é possível solicitar  alterações e atribuir tarefas com metas durante todas as fases de projeto bem como na fase de construção durante o acompanhamento da execução ou como uma solução futura de pós construção como manutenção e operação.

Trimble Connect
Fonte: Trimble Connect

COMO FUNCIONA O TRIMBLE CONNECT?

O Trimble connect atua de forma semelhante ao software da Autodesk Navisworks trabalhando com gerenciamento, planejamento e compatibilização do projeto por meio da atribuição de atividade e verificação das interferências. Sendo necessário que os projetistas façam upgrade dos arquivos das respectivas disciplinas e à medida que o gestor criar as verificações levantadas os mesmos devem fazer o processo de correção e atualização das versões dos arquivos de maneira a diminuir a quantidade de inconsistências nos modelos.
Um dos pontos positivos do Trimble Connect é a possibilidade de integração e trabalho simultâneo e possui uma versão gratuita com espaço para trabalho em até 3 servidores mundiais.

Veja vídeo a segui que demostra a utilização do software.

QUAIS PROFISSIONAIS DEVEM UTILIZAR O TRIMBLE CONNECT?

Destinado a todos os profissionais projetistas e principalmente aos gestores de projeto sendo os mesmos responsáveis pela verificação e atribuição de correções dos respectivos projetos. Profissionais como:

  • Bim Manager
  • Coordenadores BIM
  • Compatibilização
  • Projetistas: Arquiteto, Engenheiro e Designer BIM
  • Modeladores em geral
  • Orçamentistas e profissionais de planejamento

No Geral é um recuso que deve ser utilizado durante a modelagem e pós modelagem para o gerenciamento a fim de manter a integridade dos dados e a saúde do modelo.

Quebre os silos
Armazene, vincule e visualize dados ao longo de cada fase do ciclo de vida do empreendimento.

Acesse de qualquer dispositivo
Informações acessada pelo desktops, navegadores, dispositivos móveis (iOS e Android) e realidade mista (VR/VA).

Permissão avançada
Você escolhe o nível de permissão do jeito que você precisa, afinal, você sabe o que é importante.

Segurança
A infraestrutura é construída na plataforma Amazon Web Services (AWS), um ambiente seguro que oferece os mais altos padrões de proteção física e cibernética.

Colaboração
Compile feedback, atribua tarefas e compartilhe informações críticas em todas as fases do empreendimento. Acesse mais de 60 formatos de arquivo.

Sem limite de storage
Oferta de armazenamento em nuvem seguro e ilimitado com controle total de versão.

 

Visualização de Projetos

2D, 3D, Nuvem de Pontos e Geoespacial

Oferece uma experiência de visualização de mais de 40 tipos de formatos de arquivos diferentes, exemplo para extensões 3D:

O que é o Trimble Connect
Fonte: SPBIM

Veja todas as extensões suportadas neste link

O que é o Trimble Connect

 

 

CONCLUSÃO:

Nos dá SpBIM apoiamos e utilizamos o Trimble Connect devido a sua capacidade de gestão de dados e análise projetos.

Um ponto que recomendamos de melhoria da ferramenta é a dificuldade de atuar com projetos médio e grande porte, fizemos um teste com projetos de 1 torre com 8 disciplinas, o software demonstrou muitas vezes instabilidade durante o seu desenvolvimento, porém acreditamos que essa tecnologia deve ser aperfeiçoada com o tempo.

Outro ponto relevante é a impossibilidade de integração com softwares BIM de hospedagem como o BIMSYNC, AUTODOC4BIM, BIM COLLAB, BIM 360 entre outros com o uso do BCF por exemplo. Portanto recomendamos e incentivamos o uso do Trimble Connect principalmente por trabalhar com o OPENBIM, porém acreditamos que o alinhamento entre um BIM MANDATE, LOD e PLANO DE EXECUÇÃO BIM são essenciais durante o fluxo de trabalho e a definição do uso desses documentos durante de trocas de dados e geometria é vital para o processo.

Quem é Lina Bo Bardi?

Lina Bo Bardi
Lina Bo Bardi / Fonte: Archdaily

Achillina Bo Bardi, conhecida como Lina Bo Bardi, nasceu em 5 de dezembro de 1914 na Itália com poucos recursos financeiros. Estudou desenho no Liceu Artístico e se formou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma em 1940. Lina não concordava com o diretor da Faculdade Marcello Piacentini, que tinha uma visão histórico-classicizante que era predominante em toda Roma.

Por esse motivo Lina se mudou para Milão onde foi trabalhar com o Arquiteto Gió Ponti, que era líder no movimento pela valorização do artesanato italiano e diretor da revista Domus, que em pouco tempo Lina começou a dirigir e em seguida fundou sua própria revista chamada “A Cultura della vita”.

Quando alcançou o sucesso, Lina decidiu seguir carreira solo, abrindo seu próprio escritório em Milão. Porém, todos os planos e projetos para o futuro foram adiados devido a causa da segunda grande guerra.

Lina Bo Bardi tinha preocupações em como a arquitetura influenciaria no convívio e cotidiano das pessoas.

Lina juntamente com o marido Pietro Maria Bardi, vieram morar no Brasil em busca de uma vida nova. Inicialmente o casal se instalou no Rio de Janeiro e Lina vê a possibilidade de criar os seus projetos dentro do movimento modernista, com novas tecnologias e materiais como o aço e o concreto armado.

Croqui Lina Masp
Croqui Lina Masp / Fonte: Folha UOL

“Me senti num país inimaginável, onde tudo era possível”. Lina sobre chegar ao Brasil” – Lina Bo Bardi

ESTILO ARQUITETÔNICO?

Lina Bo Bardi foi considerada uma arquiteta modernista, sempre valorizou a simplicidade e o convívio social entre as pessoas. Muitas dessas características são visíveis no projetos do MASP, SESC POMPEIA, CASA DE VIDRO entre outros.
Outro ponto essencial de sua arquitetura era a integração de ambientes internos e externos.

O uso de materiais como o concreto e vidro são evidentes em seus projetos, onde é possível identificar a arquitetura de fora para dentro.

Lina Bo Bardi é considerada uma grande influência na arquitetura brasileira e nós da SpBIM nos inspiramos por suas lindas obras e forma de ver a arquitetura e o mundo.
Lina foi considerada uma mulher do futuro, estava muito além do seu tempo.

TOP 5 PRINCIPAIS OBRAS

  1. Masp – Paraíso, São Paulo (BRASIL)
    O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand (1892-1968), tornando-se o primeiro museu moderno no país. Chateaubriand convidou o crítico italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999) para dirigir o MASP, e Lina Bo Bardi (1914-1992) para desenvolver o projeto arquitetônico e expográfico. Mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul, hoje a coleção do MASP reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.
    Além de ser um ícone na cidade de São Paulo o utilizamos como inspiração no Curso de Archicad da SpBIM.

    Fotografia MASP
    Fotografia MASP / Fonte: Folha UOL

     

  2. Casa de Vidro – Morumbi, São Paulo (BRASIL)
    Outro ícone na cidade de São Paulo é a Casa de Vidro, fundada pelo casal Bardi como Instituto Quadrante em maio de 1990, a instituição tem como objetivos o incentivo da cultura e das artes, sendo abrigada na antiga residência do casal Pietro Bardi e Lina Bo Bardi, que hoje é chamada de a ‘’Casa de Vidro’’.

    Instituto Bardi
    Fonte: Instituto Bardi

     

  3. SESC POMPÉIA – Pompéia, São Paulo (BRASIL)
    O Sesc Pompéia foi construído onde funcionava uma antiga fábrica de tambores, o que lhe deram o nome de Fábrica da Pompeia. O Sesc Pompeia foi projetado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi cuja obra iniciou em 1977 e durou cerca de 9 anos.
    A primeira etapa, que compreendia o centro onde funcionava a antiga fábrica no qual foi inaugurada em 1982; e em 1986, o Conjunto Esportivo foi aberto ao público.

    Sesc Pompeia
    Sesc Pompeia / Fonte: SpBIM

     

  4. TEATRO OFICINA – Bela Vista, São Paulo (BRASIL)
    O Teatro Oficina Uzyna Uzona, popularmente conhecido como Teatro Oficina, localizado, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, foi um projeto memorável de Lina Bo Bardi. Fundado na década de 1960, mais especificamente em 1958 por José Celso Martinez Correa, agindo como um teatro manifesto, marcado por grandes espetáculos entre expressões teatrais, apresentações de música, dança e performances. O Projeto do Teatro foi eleito o melhor do mundo pelo The Guardian.

    Teatro Oficina
    Teatro Oficina / Fonte: Archdaily

     

  5. CASA DO BENIN – Salvador, Bahia (BRASIL)
    Inaugurada em 1988, a Casa do Benin resultou do intercâmbio mantido entre a Bahia e o país africano Benin, através da cidade de Cotonou. Após uma reforma executada pela arquiteta Lina Bo Bardi, que manteve as linhas externas do casario secular, mas modernizou os espaços, a casa abriga uma rica coleção de objetos e obras de arte da região do Golfo do Benin, de onde veio a maioria dos negros que povoaram o Recôncavo Baiano.
    A maior parte do acervo foi colecionada pelo antropólogo e fotógrafo francês Pierre Verger em suas andanças pelo continente africano. O espaço abriga também exposições temporárias e oficinas artísticas.

    Museu Cultura
    Fonte: Museu Cultura

CONCLUSÃO:

Lina Bo Bardi, considerada uma das maiores arquitetas do mundo. Como Lina dizia:
“No fundo, vejo a arquitetura como serviço coletivo e como poesia. Alguma coisa que nada tem a ver com arte, uma espécie de aliança entre dever e prática científica.” Lina Bo Bardi.
Acreditamos que a arquitetura de Lina era evidente que se tornava aberta e democrática.
Mesmo com pensamentos além do seu tempo, Lina tinha um viés de utilizar os materiais e traços com grande personalidade arquitetônica para demonstrar a sua bela arquitetura e forma de enxergar o mundo. Os trabalhos foram considerados notáveis e até hoje são ícones e referencias em escolas de arquitetura pelo Brasil.

O que é Modelo Federado?

BIM em seu vasto universo tem alterado o cotidiano e a realidade de muitos profissionais e empresas da construção civil, alguns termos possuem uma ampla relevância no contexto com o BIM podendo até alterar a maneira de como desenvolvemos projetos e executamos as obras, o que impactara no planejamento, coordenação e na realização de contratos.

Argumentos como: BIM3D, BIM4D, BIM5D, BIM mandate, LOD, PEB, EAP, Decreto BIM, Template, Showroom, Parede Cebola e Composta são normais no cotidiano de escritórios de arquitetura e engenharia que trabalham em BIM e todos sobrepõe um dos principais termos: “Modelo Federado” onde tem alterado o processo de troca de informação, visualização entre as disciplinas e como são realizados os entregáveis BIM.

Afinal o que significa modelo federado?

O termo modelo federado é a união de todos os modelos das disciplinas realizada pelos projetistas unificados em um único ambiente virtual no qual compõem um empreendimento. O fluxo de trabalho deverá ser conectado de maneira a permitir a interoperabilidade entre as disciplinas agilizando a comunicação e o desenvolvimento durante o projeto.

Para funcionar a federação recomendamos a segmentação alinhada entre as partes e a utilização das mesmas bases de coordenadas geográficas e bases cadastrais com modelos nativos e IFC. Por exemplo, a arquitetura poderá fazer o EP (estudo preliminar) e disponibilizar as bases de modelo em .rvt (Revit), .pln (Archicad) ou em IFC para que os demais projetistas como estrutura de concreto, metálica, elétrica, hidráulica entre outros possam desenvolver o modelo posicionados corretamente. Outro ponto relevante é o uso do CAD demasiado durante a modelagem, nós recomendamos trabalhar com formatos BIM, pensamento contrário praticado pelo mercado acostumado com o método “tradicional cad” onde dificulta o processo de interoperabilidade e troca de informação.

A federação do modelo ocorre em softwares de análise e gestão como (Navisworks, Solibri, Trimble Connect, Tekla BIMsight). A utilização da federação ocorre com foco nos Usos do BIM como: compatibilização, quantificação, planejamento, orçamento e apresentação como exemplo.

Este processo permite a detecção de colisão o famoso “clash detection”, outro ponto fundamental é que podemos fazer uma distinção interna no modelo federado em: Modelo Federado da disciplina e o modelo federado do empreendimento. Podemos compreender com o seguinte exemplo: imaginem  um modelo de arquitetura de uma torre em LOD 300(o que é LOD?) com a atual tecnologia de hardware e software não há como compor uma torre em apenas um arquivo em uma única maquina, portando o modelo é unificado em uma única torre por meio arquivos referenciados aos pavimentos sendo um arquivo para o térreo, um para cobertura, um para o pavimento tipo e etc. todavia não adianta a arquitetura elaborar os seus arquivos com um processo diferente da elétrica ou estrutura por exemplo, com isso, é necessário um apoio profissional ou em conjunto com experiencias em planejamento e coordenação de projetos para elaboração de uma EAP de Projeto, onde a partição será determinada e em seguida unificadas com os pontos mais relevantes de uma edificação como no exemplo a seguir:

Modelo Federado do Empreendimento
Modelo Federado do Empreendimento / Fonte: SpBIM
modelo federado curso de archicad spbim
Modelo Federado Curso de Archicad SPBIM / Fonte: SpBIM

 

Modelo
Fonte: SpBIM

A importância do modelo federado no BIM?

Como vimos anteriormente podemos considerar o modelo federado como a personificação  da interoperabilidade no qual é responsável pela comunicação entre as disciplinas, a importância do modelo federado se dá na necessidade de obras com maior qualidade e ao mesmo tempo atender as maquinas utilizadas em campo “obra”, otimizando o processo e tornando mais condizente com a realidade.  Outro ponto relevante, durante o ciclo de vida do empreendimento desde sua concepção até seu retrofit, passando até mesmo pelo BIM 7D (Gestão e Manutenção dos equipamentos; (Digital Twin) com todas as informações pertinentes aos empreendimentos que serão retiradas e retroalimentadas do Modelo Federado.

CONCLUSÃO:

O modelo convencional de contrato clássico x contrato de consumo não contempla a atuação do modelo BIM atual, portanto o mesmo contempla com maior proximidade o contrato IPD ou contrato chamado de “aliança de projeto”.
Nós da SpBIM como consultores e profissionais entendemos e compreendemos as realidades tanto dos projetistas quanto das construtoras, onde é necessário compreender ambas as partes para formalizar um Plano de Execução BIM condizente com a escala de projeto e fluxo de trabalho necessário para o sucesso do empreendimento. Portanto recomendamos e incentivamos a utilização do Modelo Federado de maneira controlada e orquestrada de forma que o desenvolvimento dos projetos ocorra de maneira fluida em suas multidisciplinaridades e na integração no workflow dos projetos.

Contrato Plano de Execução BIM São Paulo
Contrato Plano de Execução BIM / Fonte: SpBIM