BIM PARA ENGENHEIROS

BIM PARA ENGENHEIROS

O BIM é uma metodologia de trabalho que vem sendo amplamente adotada pela indústria da construção civil nos últimos anos, pois através da utilização de softwares específicos, permite a criação de modelos tridimensionais virtuais, em softwares como Revit e Archicad,que contêm informações sobre as características físicas e funcionais de um empreendimento. Para entender mais sobre o assunto sugerimos a leitura de nosso artigo: O QUE É BIM?

Para os engenheiros, a adoção do BIM representa um grande avanço em termos de qualidade e eficiência na gestão de projetos. Porque, com sua utilização, é possível obter informações precisas e atualizadas sobre cada elemento da obra, desde a estrutura até os acabamentos. Ademais, ele permite a realização de simulações e análises que auxiliam na tomada de decisões e na identificação de problemas antes mesmo do início da construção, a exemplo, o processo de Clash Detection, que identifica conflitos entre projetos de diversas disciplinas.

Fonte: SPBIM

Por conseguinte, enquanto os arquitetos usam o Building Information Modeling para projetar edifícios e avaliar seu desempenho ambiental, os engenheiros o usam para projetar elementos estruturais e sistemas, e garantir que o projeto esteja em conformidade com as normas e regulamentos aplicáveis.

Fonte: SPBIM

Entre as principais vantagem de seu uso para os engenheiros, destacam-se:

⦁ Redução de erros e retrabalhos: A identificação e correção de erros se torna possível ainda na fase de modelagem do projeto, evitando retrabalhos e reduzindo custos.

Fonte: BIM Object

⦁ Melhoria na comunicação entre membros da equipe: O BIM permite que todos os envolvidos no projeto tenham acesso às mesmas informações, o que melhora a comunicação e a coordenação entre os diferentes profissionais envolvidos.

FONTE: SPBIM

⦁ Aumento da eficiência: Com o uso do BIM, é possível planejar e simular a obra antes mesmo do início da construção, o que aumenta a eficiência e reduz o tempo de execução.

Fonte: Autodesk

⦁ Melhoria na gestão de recursos: O gerenciamento dos recursos da obra como materiais e mão de obra, ocorre de forma mais eficiente, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.

Fonte: Livro Manual BIM/Eastman

⦁ Aumento de qualidade e segurança da obra: Com a utilização do BIM, é possível simular as condições de trabalho e identificar possíveis riscos e problemas de segurança antes mesmo do início da construção, o que aumenta a qualidade e segurança da obra.

Conclusão

Para os engenheiros que ainda não usam a modelagem de informação da construção em seus projetos, é importante destacar que sua adoção pode representar um diferencial competitivo em relação aos concorrentes. Além disso, sua utilização é uma tendência mundial na indústria da construção civil, sendo cada vez mais requisitado em licitações públicas e projetos privados.

Portanto, o BIM é uma metodologia de trabalho que oferece aos engenheiros diversas vantagens em termos de qualidade, eficiência e segurança na gestão de projetos. De fato representa um grande avanço em relação aos métodos tradicionais de trabalho, e sua aplicação é uma tendência que veio para ficar na AEC.

BIM PARA PAISAGISMO

BIM PARA PAISAGISMO

O paisagismo é uma arte que transforma espaços em verdadeiras obras de arte. Juntamente com o uso da tecnologia, essa arte é elevada a outro patamar e cria projetos ainda mais incríveis e detalhados. Então, é aí que entra o BIM (Building Information Modeling), a metodologia que vem revolucionando a área da construção civil e agora está conquistando espaço também no paisagismo. Afinal não se trata apenas de uma nova ferramenta, mas também uma nova maneira de criar.

Primordialmente existem pilares essenciais para a criação e desenvolvimento de qualquer projeto de construção, e no paisagismo não é diferente. E o BIM torna cada um desses pontos mais precisos e eficientes. Por isso, para entender melhor sobre o assunto, sugerimos a leitura do nosso artigo: O QUE É BIM?

Essa nova maneira de criar também amplia as possibilidades, é um campo fértil para ideias anteriormente consideradas difíceis. São alguns desses pontos:

1. Integração: o BIM integra informações de todas as disciplinas envolvidas no projeto, incluindo o paisagismo. Por isso garante que todas as informações estejam disponíveis em um único modelo digital.

 

2. Visualização em 3D: o modelo digital permite a visualização em 3D do projeto, possibilitando a visualização precisa da localização e distribuição de elementos naturais, como árvores, arbustos, plantas e corpos d’água.

Fonte: Render Blog

3. Detalhamento: o BIM detalha de forma precisa o projeto de paisagismo, incluindo informações sobre o tipo de solo, condições climáticas, sistemas de irrigação e drenagem, além de informações sobre o ciclo de vida das plantas utilizadas.

Fonte: SPBIM

4. Simulação: a metodologia simula diferentes cenários e condições. Ainda assim permite que os projetistas avaliem diferentes alternativas e tomem decisões mais informadas.

Fonte: SPBIM

5. Redução de erros e retrabalho: a metodologia BIM reduz erros e retrabalho durante a construção, pois identifica possíveis conflitos entre as diferentes disciplinas envolvidas no projeto, além de analisar e corrigir problemas antes da construção. Do mesmo modo, o uso da metodologia BIM no paisagismo permite a criação de projetos mais eficientes, precisos e sustentáveis, trazendo benefícios para os profissionais envolvidos, para os proprietários e para o meio ambiente.

Fonte: SPBIM
Fonte: SPBIM

Quais softwares BIM podemos utilizar para o paisagismo no BIM?

Existem vários softwares BIM que são utilizados para o paisagismo, alguns deles são:

Revit: é um dos softwares mais utilizados em projetos de construção e também é usado para o paisagismo. Ainda mais por possuir uma grande variedade de ferramentas que criam modelos em 3D de paisagens, incluindo superfícies de terreno, plantio de árvores, criação de elementos de água e iluminação.

Fonte: SPBIM

Civil 3D: Cria projetos de engenharia civil, incluindo paisagismo. Do mesmo modo oferece ferramentas para a criação de superfícies de terreno, edição de curvas de nível, modelagem de paisagens e criação de elementos de água.

Fonte: SPBIM

Archicad: é um software BIM de modelagem 3D utilizado na arquitetura, engenharia e construção. Contudo cria modelos detalhados de edifícios e integrar informações de projeto, construção e gerenciamento de projetos em um único ambiente colaborativo. Nesse sentido, inclui recursos para criação de plantas, cortes, elevações, detalhamento construtivo e visualizações em 3D, além de permitir a exportação para outros formatos.

Fonte: SPBIM

Vectorworks: A princípio é um software de desenho técnico que também pode ser usado para projetos de paisagismo. Além disso, oferece recursos para a criação de modelos em 3D de paisagens, incluindo a criação de superfícies de terreno, plantio de árvores e plantas, além de ferramentas para a criação de detalhes construtivos.

Esses são apenas alguns exemplos de softwares BIM que podem ser usados para o paisagismo. Cada um deles possui recursos específicos que podem ser adequados a diferentes projetos e necessidades.

Fonte: SPBIM

Conclusão

Em resumo, a utilização do BIM com o paisagismo traz muitas vantagens para o projeto de construções, desde a fase de projeto até a construção e manutenção, permitindo uma melhor coordenação, eficiência e qualidade no resultado final. Então nesse artigo mostramos como o BIM pode ser utilizado em projetos de paisagismo e suas vantagens. Constantemente nós da SPBIM acreditamos que esse jeito de projetar só tem a crescer.

Luminotécnica no BIM

Luminotécnica no BIM

A luz é um fator essencial para a vida como um todo, e não poderia ser menos importante dentro da arquitetura. O uso inteligente dela transforma ambientes e edificações, e isso vai além do quesito estético. A luminotécnica no BIM é uma grande área de aprendizagem dentro da arquitetura.

A Luminotécnica se dedica ao estudo da iluminação artificial e natural em ambientes internos e externos, visando atender às necessidades funcionais e estéticas de cada projeto. Mas como trabalhá-la no BIM, quais as possibilidades e vantagens?

O BIM (Building Information Modeling) permite a simulação de construções através de modelos virtuais com alta precisão e detalhamento, e essa vantagem também se aplica à Luminotécnica. As ferramentas BIM fornecem um mundo de possibilidades para esse ramo. Para entender mais sobre o tema, sugerimos a leitura do artigo: O QUE É BIM?

1 – O estudo luminotécnico

A luminotécnica no BIM é importante porque permite que os projetistas e arquitetos visualizem como a luz se comportará dentro de um espaço antes que a construção seja realizada. Essas informações são úteis para otimizar a eficiência energética, tema presente no BIM 6D, e a qualidade da iluminação. Além disso, a luminotécnica nesta metodologia permite que os projetistas calculem a quantidade necessária de luminárias e determinem sua localização ideal para atender aos requisitos de iluminação.

 

Showroom de Luminárias
Fonte: SPBIM | Showroom de Luminárias

Fonte: SPBIM

Ao utilizar a luminotécnica no BIM, os projetistas de iluminação podem criar modelos detalhados que incorporem informações como a localização das fontes de luz, sua distribuição, a intensidade luminosa e a cor da luz. Essas informações podem ser integradas com outros aspectos do projeto, como a arquitetura, a estrutura, a hidráulica e a elétrica, para garantir que o projeto seja otimizado e eficiente.

 

Fonte: chiave.com.br

 

2 – Eficiência energética e BIM

As ferramentas de luminotécnica no BIM também permitem a análise de desempenho da iluminação, incluindo sua uniformidade, o fluxo luminoso, consumo de energia e outros parâmetros importantes para garantir a eficiência energética e a conformidade com os regulamentos de iluminação. Dessa maneira o projeto tem a possibilidade de buscar certificações internacionais de sustentabilidade.

Selos LEED / Fonte: U.S Green Building Council

 

Estudo de Insolação Revit / Fonte: SPBIM

 

3 – A integração multidisciplinar

Ao utilizar a luminotécnica no BIM, os projetistas de iluminação podem criar modelos de iluminação detalhados que incorporam informações como a localização das fontes de luz, a distribuição de luz, a intensidade luminosa e a cor da luz. Essas informações podem ser integradas com outros aspectos do projeto, como a arquitetura, a estrutura, a hidráulica e a elétrica, para garantir que o projeto seja otimizado e eficiente.

Compatibilização de iluminação e estrutura
Compatibilização de iluminação e estrutura / Fonte: SPBIM

 

4 – Renderização

Uma parte importante nas resultantes de um modelo de projeto são as imagens, e a iluminação, natural e artificial, cumpre um papel transformador nessas resultantes. Imagens realistas requerem uma boa utilização da iluminação. No BIM isso é otimizado, já que os elementos representam, por exemplo, o facho de luz real emitido por uma luminária e a sombra projetada. Assim, as ferramentas de renderização são otimizadas já que trabalham com um modelo rico em informações, e as imagens geradas enchem os olhos do cliente.

Fonte: casaeconstrucao.org

 

Com uma ampla diversidade de softwares para diversas finalidades é possível realizar estudos Luminotécnicos no Revit, Archicad, Sketchup. E, além disso, através de plugins é possível facilitar a modelagem e a extração de informações de um projeto de iluminação e dos estudos de insolação. São muitas as possibilidades.

 

Conclusão

O BIM abrange tudo o que toca uma construção, e a Luminotécnica não fica de fora, muito pelo contrário, é parte intrínseca de um processo projetual, e é atendida por ferramentas específicas dentro dos softwares possibilitando a análise de todas as variáveis envolvidas. A importância da integração dessa disciplina com a metodologia BIM permitirá projetos cada vez mais precisos, sustentáveis e flexíveis. Cabe aos profissionais especializados no ramo aprofundar-se e preparar-se para um mercado que exigirá o domínio dessas ferramentas.

 

Como alterar unidades no ARCHICAD?

Como alterar unidades no Archicad

Como alterar as unidades no ARCHICAD?

 

Alterar as unidades no ARCHICAD permite que você consiga desenvolver o projeto conforme a unidade necessária de elaboração do projeto ou segundo a sua preferência de trabalho!

O ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft sendo inicialmente um software para arquitetura CAD, para o Macintosh Windows.

Neste tutorial iremos te mostrar de forma fácil e rápida como configurar unidades no Archicad, veja a seguir como realizar essa alteração:

 

1- Clique em “OPÇÕES”

Para configurar as unidades de medidas, localize a barra de tarefas superior do Archicad e clique em “Opções”, veja abaixo onde clicar:

Como alterar as unidades no Archicad
Fonte: SPBIM

 

2- Selecione “Preferências do Projeto”

Após clicar em “opções”  irá aparecer um submenu com algumas configurações, você irá selecionar a opção “Preferências do Projeto” conforme você poderá ver abaixo:

Como alterar as unidades no Archicad
Fonte: SPBIM

 

3- Clique em “Unidades de Trabalho”

Dentre as preferências do projeto, você irá escolher a opção  “Unidades de trabalho” para conseguir alterar as unidades conforme a necessidade ou o método de trabalho, veja a seguir onde clicar:

alterar unidades no archicad
Fonte: SPBIM

 

4- Configure as Unidades de Medida

Após clicar na opção “Unidades de Trabalho” irá abrir uma nova janela como a da imagem abaixo, a partir disto você poderá configurar todas as unidades de medida do seu projeto!

alterar unidades no archicad
Fonte: SPBIM

 

CONCLUSÃO

Alterar as unidades de trabalho no Archicad pode te ajudar muito a projetar com mais facilidade e de forma correta conforme o projeto que você esteja desenvolvendo!

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BIM para projeto vale a pena?

BIM para projeto vale a pena?

 

 

É fato que na atualidade a informação, adquiriu um valor inestimável, já que é a fonte para frutos de grande valor. Por isso, urge no mercado a presença de gestores capacitados a administrar, armazenar e realizar o melhor uso deste bem, contudo BIM para projeto vale a pena? Confira em nosso novo artigo!

O método tradicional de gestão e desenvolvimento de projeto, por exemplo, está baseado em metodologias analógicas e por vezes até manuais, nas quais o profissional deve acompanhar uma série de ferramentas diferentes, para desenvolver projetos em 2D e 3D.

Paralelos a documentos físicos, como manuais e normas, sendo obrigados a solucionar problemas que surgem durante a obra devido a um projeto impreciso, soluções muitas vezes não ideais, se sujeitando a gastos extras, e acarretando prejuízo financeiro, e afetando outros pontos do projeto, um pequeno problema que vira uma grande dor de cabeça.

E para solucionar essas problemáticas surge a metodologia BIM ou MIC (Modelo da Informação da Construção), com ela é possível a otimização de fluxos de trabalho, realizando a integração entre equipe responsável, processos e ambiente a ser construído, garantindo ações mais assertivas e reduzindo custos.

 

QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO BIM?

O BIM está baseado na informação e sua integração com todos os envolvidos, em todas as etapas do ciclo de vida de uma construção, por tratar-se de informações que evoluem juntamente com a edificação.

A utilização do BIM (Building Information Modeling) tem sido incentivada em diversas áreas da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), desde do desenvolvimento de projetos (BIM3D), planejamento e gestão de obras (BIM4D , BIM5D e BIM7D), projeto de fabricação industrial (BIM6D), até a  manutenção e operações de edificações(BIM8D).

Para profissionais que lidam diretamente com o desenvolvimento de projetos de arquitetura, engenharia  e instalações, é necessário entender os principais benefícios do BIM 3D.

Ao utilizar o método tradicional CAD no desenvolvimento de projeto, está apenas representando intenções de projeto, ou seja, representando elementos construtivos através de linhas e formas geométricas, assim como no desenho a mão. No BIM o modelo 3D é dotado de uma série de informações e características. Suas principais vantagens estão relacionadas abaixo:

bim para projeto
Fonte: SPBIM

 

OBJETOS PARAMÉTRICOS

Ao desenvolver projetos em BIM estamos elaborando obras virtuais,  é um simulador de alta precisão, com o objetivo de reproduzir o empreendimento levando em conta todas as condicionantes reais relacionadas a ele.

Para que isso ocorra da melhor forma possível é necessário utilizar as mesmas especificações que serão adquiridas na fase de compras, seguindo o padrão do fornecedor. No ambiente virtual inserimos esses elementos em forma de objetos, na maioria das vezes objetos paramétricos, que são dotadas de informações técnicas como : características físicas, mecânicas e outras.

Os elementos construtivos, conexões, tubulações e tantos outros elementos, devem estar inseridos no modelo através de de objetos BIM, a partir deles que será possível desenvolver  quantitativos precisos, orçamentos mais enxutos e soluções projetuais mais eficientes.

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Fonte: SPBIM

 

TRABALHO COLABORATIVO

Outra vantagem no desenvolvimento de projetos em BIM, está no trabalho colaborativo entre projetistas de uma mesma disciplina e projetistas interdisciplinares, tendo projetos com soluções mais eficazes, eficientes e econômicas, já que foram pensadas de forma simultânea por todos os projetistas envolvidos.

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Fonte: SPBIM

 

MITIGAR FALHAS

Com o trabalho simultâneo entre projetistas a compatibilização também pode ser feita de forma virtual, que no BIM é conhecida como clash detection.

Ele permite que os projetistas analisem os projetos de forma simultânea, prevendo conflitos entre elementos, resultando em uma mitigação expressiva das colisões que seriam encontradas na obra. Com esse processo o projeto passa para a execução muito melhor resolvido e com a garantia de uma execução mais ágil.

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Fonte: BLOG BIM ENGUS

 

SUSTENTABILIDADE

Com as grandes demandas ambientais envolvendo projetos de arquitetura, engenharia e instalações a utilização dos protótipos BIM permitem realizar simulações energéticas, acústicas, estruturais, solares e tantas outras, permitindo ao arquiteto e engenheiro desenvolver projetos mais sustentáveis.

bim para projeto
Fonte: ABC EXPERIENCE

 

BIM PARA PROJETO E O AUMENTO NA PRODUTIVIDADE

Quando desenvolvemos projetos tridimensionais em ferramentas BIM, estamos realizando todos os detalhes projetuais em  um único modelo, permitindo aos responsáveis gerar informações 2D e 3D  de forma automática, assim como a extração de dados de quantitativos e especificações, garantindo que horas  de trabalho sejam evitadas neste processo.

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Livro Manual de BIM / Fonte: Eastman

 

O ato  de projetar em BIM não está apenas na representação gráfica dos elementos construtivos mas sim em como  os mesmo estarão se relacionando e juntos compõem soluções projetuais, garantindo aos projetistas maior credibilidade, assertividade e redução de custo, não limitando a responsabilidade do arquiteto e engenheiro em projetos mas também tomando decisões reais de orçamento, planejamento e gestão de projetos de modo geral.

 

CONCLUSÃO

Por fim, nós da SPBIM acreditamos que a utilização do BIM3D no desenvolvimento de projeto garante maior assertividade, resultando em orçamentos mais enxutos e confiáveis, planejamentos mais precisos e construções mais inteligentes, sendo o presente e futuro das construções.

Modelagem Paramétrica no BIM

Modelagem Paramétrica no BIM

 

Modelagem Paramétrica no BIM: O cenário tecnológico na construção é atualmente repleto de alternativas, e dentro da metodologia BIM  e suas ferramentas, muitos processos se tornaram mais eficientes, ampliaram-se as possibilidades. Isso se deve ao próprio caráter do BIM (Building Information Modeling), o uso da informação.

A informação presente em cada elemento modelado, tornando-se parte de sua característica, o torna inteligente em sua relação com outros elementos, bem como o projeto como um todo. E essa tecnologia é chamada modelagem paramétrica.

Fonte: The Constructor

 

O QUE É MODELAGEM PARAMÉTRICA?

Trata-se da modelagem que permite a atribuição de informação aos objetos, que podem ser compreendidas por ele em suas próprias características, bem como por outros elementos com os quais esse se relaciona de alguma maneira. Tornando possíveis edições apenas nestas informações que automaticamente impactarão no objeto e tudo que está a ele ligado de alguma maneira. Esse método é utilizado, por exemplo, em projetos de análises estruturais, para lidar com formas geométricas curvas e possibilitar sua fabricação.

O parâmetro nada mais é que uma regra elaborada pelo usuário, que impacta todos os associados a essa regra, seja um elemento e/ou o projeto como um todo.

Modelagem paramétrica
Fonte: SPBIM

 

QUAIS AS POSSIBILIDADES COM A MODELAGEM PARAMÉTRICA? (EXEMPLOS DE PROJETOS)

A paramétrica pode alterar características métricas como altura, largura, espessura, sendo compreendida pelo objeto e/ou por todos os seus relacionáveis, dependendo do direcionamento do modelador.

Por exemplo, é possível modelar uma parede ou piso e atrelá-los ao nível, se ocorrer uma mudança na altura desse a parede se adapta automaticamente.

O parâmetro também existe na definição de um material, ou seja, se aplicado a vários elementos o material quando alterado se atualiza em todos eles. São inúmeras as capacidades de um modelo paramétrico, e pode ser aplicado a todas as disciplinas construtivas, inclusive na relação entre elas.

O Modelo Federado, como outra demonstração, que é parte da metodologia BIM, aplica a paramétrica já que é formado por vínculos, de arquivos menores e/ou complementares, que quando alterados são atualizados automaticamente para todo o modelo, evitando trabalhos operacionais repetitivos.

Fonte: Archigraphic

 

Alguns projetos expressivos que utilizaram essa tecnologia, administrados por especialistas, demonstram o alcance dessas ferramentas:

 

BEIJING NATIONAL STADIUM

No emblemático Ninho de Pássaro, estádio utilizado nas olimpíadas na China, com capacidade para 100 mil pessoas, a modelagem paramétrica foi utilizada para criar uma forma eficiente para o uso nas modalidades de atletismo, e posteriormente para partidas de futebol. Através dessa tecnologia foi definido o formato que a edificação teria para atender essas demandas, mostrando quão grande é o impacto dessa metodologia até para a parte criativa dos projetos.

Modelagem paramétrica
Fonte: Gallardo Architects

 

SHANGHAI TOWER

Esse projeto de grande eminência, também é um forte exemplo dos horizontes construtivos possíveis com a paramétrica avançada. A forma deste edifício foi determinada a partir da relação da torre com a rota dos ventos, isso através da ferramenta de modelagem do Grasshopper que se utiliza de algoritmos. Com isso a carga do vento foi reduzida em 24%, algo importante devido às intempéries drásticas na região, possibilitando uma economia de cerca de $58 milhões de dólares.

Modelagem paramétrica
Fonte: Designing Buildings

 

QUAIS AS VANTAGENS?

As principais vantagens da modelagem paramétrica, são a rapidez, economia e precisão na construção e seus processos. As intercorrências com alterações de projetos, redefinições de projetos complementares, orçamentos, se tornam facilmente alteráveis com uma correta modelagem realizada desde o momento inicial. Por isso há uma migração massiva de grandes construtoras ao redor do mundo para se adaptarem a essa nova maneira de construir.

Essa mobilização amplia as possibilidades para arquitetos, engenheiros, designers tanto no âmbito criativo quanto no operacional, se mostram outras maneiras de realizar os processos e até mesmo de criar.

 

CONCLUSÃO

Cabe aos profissionais da construção no Brasil um compromisso mútuo com esse avanço, para que os avanços ocorram de maneira saudável, proporcionando edificações mais seguras, mais baratas, sustentáveis e cada vez mais duradouras. O mercado está se atualizando e é necessário que seus profissionais estejam preparados para os novos desafios apresentados.

Profissional em BIM: Analista, Manager, Consultor e Educador!

PROFISSIONAIS EM BIM

Profissional em BIM: Quais são?

PROFISSIONAIS EM BIM

 

Profissional em BIM: Quais são? O século XXI vem sendo denominado por especialistas como a Era da Informação, isso não está associado apenas a utilização das redes sociais e similares, como muitos acreditam, o uso da informação na construção civil, por exemplo, se fez cada vez mais requisitado. As novas tecnologias se tornaram acessíveis a grandes construtoras e incorporadoras, que na busca de metodologias de trabalho cada vez menos defasadas estão migrando do método tradicional CAD, para a Modelagem da Informação da Construção, o BIM, já bastante difundido neste setor.

 

Com a mudança drástica de método de trabalho a qualificação dos profissionais também foram questionadas, afinal o BIM se trata de um protótipo da edificação no ambiente virtual, o desenhista ou projetista especialista em ferramentas 2D não seria mais suficiente.

Com essa nova forma de construir se torna imprescindível uma equipe mista com amplo conhecimento de projetos de construção, rotinas de gestão de equipes, coordenação e compatibilização de projetos complementares e uma vasta experiência em tecnologia.

E toda essa demanda para a adaptação ao BIM no Brasil foi intensificada após o DECRETO BIM N°10.306 DE 2020, e com isso a procura por especialização e qualificação profissional na área vem aumentando exponencialmente para se enquadrar na nova estrutura hierárquica necessária. Por isso, separamos os principais cargos atualmente requisitados para a utilização do BIM  na AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação).

 

Modelador BIM

O primeiro profissional da nossa lista é o Modelador BIM, que é diferente do cadista ou até mesmo do projetista do método tradicional, esse profissional irá realizar algo além representações gráficas com linhas e texturas, deverá desenvolver projeto em modelos tridimensionais.

Para isso, o mesmo deve estar apto dentro da sua disciplina a desenvolver os elementos a ela pertinentes. Sendo capaz de documentar, detalhar, extrair informações métricas, de custo, planejamento, operação e tudo o que toca o manuseio desta modelagem. Deve também saber prepará-la para uma simulação de realidade virtual e/ou aumentada, além de criar e atualizar templates conforme a necessidade.

Cada disciplina deve ter um modelador com qualificação específica de sua área, e deve utilizar a ferramenta BIM pertinente, entre as mais utilizadas estão REVIT, ARCHICAD, SKETCHUPVECTORWORKS, seguindo o PEB (Plano de Execução BIM) de cada projeto.

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Fonte: SPBIM

 

Analista BIM

Os diversos softwares BIM presentes no mercado nos permitem realizar análises precisas e complexas, com simulações espaciais e climáticas sob as quais a construção poderá estar sujeita. Checagem das cargas nas estruturas, interferências acústicas da edificação no entorno, inconformidades na utilização de certos materiais, e principalmente a compatibilização de disciplinas para a PREVENÇÃO DE ERROS EM OBRAS.

Essa, sem dúvidas, é a principal atividade de um analista BIM, demandando especialização em construção civil e projeto de modo geral, pois com esses conhecimentos e a utilização de tecnologias específicas, como o  NAVISWORKS da AUTODESK, é possível antecipar problemas na obra ainda no canteiro virtual dentro das plataformas BIM.

Outra ferramenta que tem ganhado o  mercado e muito utilizados por analistas é o SOLIBRI, que permite mais do que compatibilizar projetos interdisciplinares com ele é possível realizar a verificação do projeto de acordo com normas e padrões previamente definidos, como é o caso do código de obras, normas de acessibilidade, segurança e muito mais.

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Fonte: Blog BIM Engus

 

BIM Manager ou Gerente BIM

O Gerente BIM será o responsável por realizar a manutenção da aplicabilidade do método BIM nos projetos e na organização, cabe a ele desenvolver e revisar o Plano de Execução BIM (PEB), o BIM Mandate e a definição do Nível de Desenvolvimento (LOD) de trabalho de cada projeto.

Ele também deve estabelecer escopo de trabalho,  coordenar as informações que deverão estar nos modelos contratados de parceiros,  estabelecer padrões e processos BIM específicos para cada fase e entrega de projeto, todos os métodos necessários para atender a demanda do contratante, as quais este deve traduzir em seu planejamento. Para isso é imprescindível que o BIM Manager tenha habilidades de liderança, análise de riscos, e profundo conhecimento dos riscos e benefícios de cada tipo de processo de modelagem.

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Fonte: Spbim

 

Consultor BIM

Diferente das competências anteriores, que de modo geral atuam dentro de uma mesma equipe, o Consultor BIM é um especialista em BIM externo contratado para colaborar na forma de consultoria na implantação, implementação, desenvolvimento de estratégias e planos de ação personalizados para cada segmento do mercado.

Para esse profissional é necessária experiência em diversas fases de projeto, com a finalidade de atender da melhor forma seu contratante. Sua presença por vezes é questionada por empresários que acreditam que poderão realizar tais processos de forma autônoma, extinguindo etapas fundamentais para o sucesso na metodologia e no fluxo de trabalho – sendo também fundamental na escolha do software ideal para cada disciplina e setor, considerando que este esteja sempre atualizado quanto às novas tecnologias e suas vantagens reais, não se limitando a apenas um software específico.

Revit para Paisagismo / Consultoria SPBIM
Revit para Paisagismo / Consultoria SPBIM

 

Educador BIM

O sucesso da metodologia só será obtido quando a equipe estiver treinada, tanto no que diz respeito ao correto uso dos softwares, quanto ao método de trabalho. Por isso, os Educadores BIM são essenciais para que os resultados sejam alcançados da melhor forma.

Os treinamentos fazem parte do processo de implantação da metodologia, sendo realizado normalmente em etapas do básico ao avançado, podendo ser realizado com base em um projeto já realizado no escritório ou um projeto padrão daquele disciplina, dentro da plataforma BIM escolhida, como REVIT LT, REVIT FULL desenvolvidos pela Autodesk , ARCHICAD SOLO, ARCHICAD FULL desenvolvido pela Graphisoft e entre outros.

As competências de cada profissional BIM também estão relacionadas a competências gerais de trabalho em equipe, que são cruciais para um andamento saudável dos processos, e o cumprimento das metas para cada projeto.

Para os cargos técnicos e operacionais é crucial a profunda atenção aos padrões e parâmetros estabelecidos. Já nas competências gerenciais é imprescindível a compreensão das competências de cada setor, para controle e equilíbrio das diversas condições de um trabalho colaborativo.

Turma de REVIT PROFISSIONAL com o Consultor e Educador bim Julio Cesar / Fonte: SPBIM
Turma de REVIT PROFISSIONAL com o Consultor e Educador bim Julio Cesar / Fonte: SPBIM

 

 

CONCLUSÃO

Por fim é possível concluir que o BIM garante diversas áreas de atuação aos profissionais da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação), desde o desenvolvimento de projetos até a implantação da metodologia, tendo uma alta procura por profissionais que acreditam nas novas tecnologias e que buscam inovar na forma de projetar, gerenciar e produzir arquitetura no Brasil e no Mundo.

O BIM está transformando a maneira de projetar, construir e administrar a construção civil, cabe aos profissionais do ramo a constante adaptação e atualização quanto as tecnologias cada vez mais inovadoras dessa metodologia.

Automação no BIM

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Automação no BIM

AUTOMAÇÃO-NO-BIM-SPBIM-ARTIGO

 

Todo setor de produção, desde a revolução industrial, tem como objetivo se tornarem mais eficientes e com produtos de maior qualidade. Esse processo não foi diferente na indústria da construção civil, que apesar de tradicionalmente ser um setor com maior resistência a mudança, vem através dos anos inovando cada vez mais, seja com tecnologia aplicada aos materiais, seja com processos modernos de gestão como o Lean Construction (Construção enxuta) e também através do BIM que possibilita digitalizar o empreendimento e gerar maior previsibilidade da obra e capacidade de controle na execução, neste artigo iremos falar sobre Automação no BIM.

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Fonte : Engetax Elevadores

 

A automação foi uma das grandes revoluções do século XX, aumentando exponencialmente a escala de produção física das indústrias, posteriormente, com a evolução do poder de processamento dos computadores a automação digital trouxe inúmeros avanços na solução de problemas de todos os setores econômicos.

Curso de Revit
Curso de Revit Avançado / Fonte: SpBIM

 

Isso não é diferente quando pensamos no BIM e nas inúmeras possibilidades de manipulação da informação contida nos modelos virtuais. Se no processo tradicional de projeto o profissional cria uma representação gráfica da construção e depois repassa para um orçamentista calcular as quantidades dos materiais e serviços, o modelo virtual por possuir parâmetros geométricos e característicos do elemento da construção que ele representa, gera através de poucos cliques tabelas de quantidade de todas as fases de um empreendimento.

Um outro exemplo prático de como a automação pode nos ajudar a projetar de modo mais eficiente é a capacidade que já encontramos em programas como o Revit de analisarmos as condições físicas de um ambiente como iluminação natural, espaços de circulação, etc, e termos como resultado dessa análise um modelo otimizado para algo específico como um escritório otimizado para que todas as mesas recebam a maior quantidade de luz solar possível.

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Fonte : Cadalyst

 

 

Quais ferramentas podemos utilizar na Automação no BIM?

Bom, hoje, com essa área cada vez mais em foco e sendo mais aprimorada, temos uma série de opções, mas as duas mais populares são:

 

Dynamo:
O Dynamo, que tem uma integração maior com o Revit e que também é open source, ou seja, gratuito e aberto para usuários realizarem melhorias a qualquer momento, e também pode interagir com qualquer modelo BIM (saiba mais sobre nosso curso em Dynamo clicando aqui).

 

Grasshopper
Outro software amplamente utilizado é o Grasshopper que por sua vez é mais integrado com os programas Rhinoceros e ArchiCAD (saiba mais sobre nosso curso completo em ArchiCAD clicando aqui), ambas as ferramentas possuem a capacidade de analisar e alterar modelos BIM com facilidade e com extrema versatilidade, assim tornando mais acessível e fácil a usuários se aproveitarem das vantagens da automação no BIM.

 

CONCLUSÃO:

A tendência de toda indústria é que conforme as tecnologias seguem avançando, iremos deixar que as máquinas realizem o processo repetitivo e que nós façamos a parte que realmente interessa que é pensar de maneira crítica e criativa.

QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

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QR CODE e BIM: Tecnologia na obra

 

 

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A pandemia da COVID-19 revolucionou a forma como trabalhamos, muitas empresas migraram do escritório local para o trabalho remoto, porém alguns ramos de atividade necessitam de mão de obra local, e por isso precisaram se adaptar a nova realidade e garantir o cumprimento dos protocolos de segurança afim de proteger e manter a saúde dos seus colaboradores, neste artigo iremos falar sobre o uso do QR CODE e BIM.

Uma das soluções que garantiu eficiência e segurança dentro desses protocolos foi o QR code (Quick Response Code), que consiste em códigos que armazenam informações, como imagens e textos, e podem ser lidos por aplicativos de celulares e câmeras.

Com o distanciamento social, a ferramenta possibilita fazer uma série de checagens dos trabalhadores sem que haja contato físico, com códigos em capacetes e acessórios. O código também permite que todos tenham acesso a vídeos educativos e treinamentos internos durante o expediente.

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Reprodução SPBIM / Fonte: Do autor

O QR code também auxilia agentes da construção civil como projetistas e fiscais de obras. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo, alinhado com as novas tecnologias do mercado, incluiu em sua Resolução nº 75/2014 do CAU/BR o uso do QR code como recurso para informar os dados dos RRTs correspondentes às atividades realizadas na obra, dispensando que se mantenha no local a via impressa do registro. Da mesma forma, o CREA tem facilitado a disponibilização das Certidões de Acervo Técnico – CAT por códigos QR.

 

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Fonte: CAU/BR

 

Além disso, o acesso ao QR code nas obras pode integrar os projetistas e construtores. É uma forma de aproximar a gestão do canteiro aos diversos usos do BIM. Há formas de compartilhar projetos por meio desses códigos permitindo que as atualizações em plantas e cortes cheguem facilmente na obra, evitando alocação de tempo desnecessário em revisões de projeto. Diminui-se os riscos de projetos desatualizados e o facilita o controle dos processos.

Várias extensões de arquivos podem ser lidas, como IFC, RVT e DWFX, garantindo a integração das informações proposta pelo BIM.

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Exemplo de prancha com QR CODE / Fonte: SPBIM

 

Para o cliente também há vantagens como a possibilidade de acompanhar o andamento da obra e garantir melhor visualização de conceitos de projeto explicitados em 3D (ao invés de vistas técnicas 2D), imagens e filmagens do andamento do canteiro até mesmo feitas com drone.

 

Em obras públicas, a adesão ao Qr code para a troca de informações apresenta vantagens como:

  • Transparência das informações técnicas da obra, como empresa responsável, cronograma, aditivos contratuais;
  • Prestação de informações à população;
  • Fiscalização das normas de segurança do trabalho e saúde do trabalhador;
  • Implantação do BIM em obras públicas.

 

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Uso de QR CODE em obras de infraestrutura

 

Esse uso vai ao encontro do proposto pelo Decreto de Implementação BIM que visa adotá-lo em todo o ciclo da construção, com destaque às obras públicas.

 

Conclusão

A SPBIM acredita na integração entre tecnologias digitais e a construção civil como algo fundamental no desenvolvimento do setor, uma vez que a ampliação do uso de ferramentas que unifiquem as informações, e a gestão de projetos, garantem eficácia e confiabilidade nos produtos entregues. Nós da SPBIM visamos o uso do BIM nas obras de todos os portes e prezamos pela divulgação de novas tecnologias na indústria da construção.

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

 

Se você é do setor da construção civil, com toda certeza já deve ter ouvido falar ao menos uma vez sobre o termo BIM (Building Information Modeling) e suas associações aos diversos softwares BIM que juntos “operam milagres” em questão de planejamento e execução de projetos. Se você ainda está confuso e ainda se pergunta se afinal de contas “o BIM é uma ferramenta?” Nós, da SPBIM, vamos te esclarecer de vez a diferença de conceitos.

Após a aprovação e publicação oficial do Decreto BIM (2020), o assunto “BIM” ganhou o empurrão necessário para para se enraizar de vez na indústria da construção civil. Apesar de a aderência do BIM no Brasil ainda ser baixa, pois segundo o Governo Federal, apenas 5% do PIB da Construção Civil o adotam, o plano estratégico define a implementação completa do sistema BIM até 2028. O baixo apego à metodologia se deve principalmente pela falta de conhecimento do setor sobre seu funcionamento e ganhos, já reconhecidos perante o estado.

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Decreto BIM / Fonte: Diário Oficial

 

Mas afinal de contas, o que é o BIM? Ele é um conceito que abrange todo um sistema de trabalho que usa a modelagem para atrelar informações da construção a um exemplar digital. Em outras palavras, o BIM é o processo que prototipa a construção real em ambiente virtual, isso possibilita não só a representação mas também o domínio de todo o banco de informações multidisciplinares relativas ao ciclo de vida da construção.

Dito isso, é errado limitar o BIM ao termo ferramenta, pois se trata de uma metodologia muito maior que, além de definir diretrizes e regras para a modelagem, viabiliza padrões para processos e trabalhos similares à construção real. Portanto, usar um Software BIM não necessariamente te faz trabalhar em BIM, mas para usar essa metodologia, você sempre precisará de um Software BIM.

 

Por que o BIM não é só uma ferramenta?

Apesar dos modelos BIM serem construídos com auxílio de ferramentas BIM, elas por si só não garantem a fidelidade do modelo à construção real, pois a forma com que se usa a ferramenta pode corromper o modelo. Como dito anteriormente, já sabemos que o modelo BIM é um compilado de informações que referenciam a construção real do edifício, portanto, as negligências e uso incorreto da ferramenta inviabilizam que o modelo seja chamado de BIM.

Um exemplo mais claro seria pensar em um trabalho colaborativo de diferentes disciplinas tais como, luminotécnica e arquitetura. Supondo que toda a arquitetura foi modelada no Archicad seguindo todos os preceitos BIM, e que o projeto de luminotécnica foi feito em Revit, mas de forma negligente sem o uso de modelagem de elementos e utilizando apenas linhas e tramas de forma representativa. Quando o responsável pela compatibilização abrir os dois modelos, o projeto de luminotécnica não terá nenhuma informação agregada e, por mais que as representações tenham se originado em um software BIM, ele não seria um modelo BIM, pois a luminotécnica não foi realizada com os elementos corretos, nomenclaturas, padrões, etc.

 

Principais ferramentas BIM:

Agora que já sabem a diferença entre os conceitos, nós da SPBIM trouxemos um pequeno resumo para entendermos a diferença entre a representação genérica dos modelos em CAD dos modelos BIM. Estes últimos necessariamente contam com as seguintes características:

⦁ ferramentas específicas de modelagens tais como: parede, piso, portas, janelas, pilares, forro, escadas, rampas, telhados e componentes 3D (famílias/objetos);
⦁ Todo elemento inserido no modelo virtual poderá extrair informações de quantidades precisas como: dados de materiais e acabamentos, área, volume, perímetro, o código do produto, nome do fabricante ou até mesmo custos. As possibilidades são diversas;
⦁ Interoperabilidade (OpenBIM): todos os softwares BIM conversam entre si através de IFC’s que possibilitam o trabalho colaborativo.
⦁ Simultaneidade de vistas, ou seja, o modelo se auto ajusta em qualquer vista, independente da vista que ocorra a mudança. Por exemplo, ao mudar o guarda corpo de uma escada, o modelo inteiro atualizará todas as vistas daquele determinado elemento.

 

Para elucidar um pouco mais sobre o assunto e contextualizar vocês quanto ao mercado das ferramentas BIM, a SPBIM separou um top 3 das ferramentas BIM mais comentadas no mercado:

 

1 – REVIT

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MASP / Fonte: SPBIM

Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é o software BIM (Building Information Modeling) mais utilizado no mundo. A ferramenta tem por escopo o desenvolvimento de modelos virtuais tridimensionais (3D) com informações paramétricas, ou seja, o Revit é uma plataforma para construção virtual (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) que é utilizado para planejamento, projeto, construção e gerenciamento. Entretanto, cabe ressaltar a elevada curva de aprendizado da ferramenta, que é extensa se comparada a outras ferramentas disponíveis, como o seu principal concorrente, o Archicad.

 

2- ARCHICAD

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Fonte: SPBIM

O Archicad é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft. Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas à construção. O Archicad, de maneira única, une a construção e o desenvolvimento de um modelo virtual tridimensional (3D) com informações paramétricas dos elementos construtivos, ou seja, é uma simulação virtual da construção (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é possível extrair e utilizar de maneiras eficiente diversas informações do modelo, desde o planejamento, até o projeto, construção e gerenciamento.

 

3 – VECTORWORKS

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Fonte: Vectorworks

O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD cujo foco era na plataforma IOS. Foi posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de Mini CAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos e a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. E hoje é um dos 3 melhores softwares BIM direcionados a arquitetura e tem algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, o que torna possível seu crescimento no mercado. Semelhante a softwares de modelagem orgânica, como Rhinoceros, o Vectorworks é um software com recursos para modelagem complexa, porém em BIM.

 

 

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos a associação das ferramentas BIM ao BIM em si. Tendo em vista a relação entre ambos, percebemos todo o aporte das ferramentas BIM como indispensáveis. Entretanto, achamos relevante salientar que apenas usar uma ferramenta BIM não te faz especialista BIM, pois o termo abrange um leque de assuntos mais amplos do que apenas baixar um software e sair modelando. Portanto, somos a favor da difusão completa sobre a metodologia BIM e fazemos questão de abrir a discussão do “BIM é uma ferramenta?” em todos os nossos cursos.

Ainda criamos um curso com foco em BIM, no qual tratamos o que é a metodologia, como ela funciona e até mesmo como implantá-la em diferentes nichos.