ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BIM

ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BIM

 

À primeira vista, a construção de estádios é uma atividade desafiadora e emocionante que exige uma combinação única de habilidades técnicas, criatividade e coordenação entre equipes multidisciplinares. Contudo, a copa do mundo é um dos eventos esportivos mais aguardados do mundo e, como tal, requer arenas que sejam modernas, funcionais e impressionantes. É é aqui que entra o Building Information Modeling (BIM), uma metodologia que está transformando a forma de se construir na área civil. Assim, para saber mais sobre este método, sugerimos a leitura do nosso artigo: O QUE É BIM?

 

Arquitetura na copa do mundo

De antemão, sabemos que a arquitetura desempenha um papel importante na organização e realização da copa do mundo, desde a construção de estádios até a criação de estruturas temporárias e espaços públicos para eventos relacionados, por isso a construção e reforma dos complexos esportivos é um aspecto crucial da preparação para o mundial de futebol. Também precisam ser projetados para atender às especificações da FIFA em termos de capacidade, segurança, acessibilidade e tecnologia, além de proporcionar uma experiência de jogo agradável para os torcedores. Assim também, alguns dos estádios da copa se tornam marcos arquitetônicos e atrações turísticas em seus próprios direitos. Por exemplo, o Estádio Nacional de Pequim, construído para os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, foi usado para a copa do mundo de futebol feminino de 2007 e é conhecido por sua estrutura futurista, incluindo uma cobertura em forma de ninho de pássaro. Do mesmo modo, a construção de instalações temporárias, como telões gigantes, espaços para torcedores e áreas de convivência, é uma parte importante da infraestrutura. Em suma, essas construções geralmente são projetadas para serem facilmente montadas e desmontadas após o término do evento.

Fonte: Archdaily

Antes de mais nada, o projeto de construção também desempenha um papel importante na criação de uma experiência memorável para os torcedores. E isso pode incluir o design de áreas de hospitalidade, praças públicas e espaços para fãs, todos projetados para proporcionar uma atmosfera animada e emocionante para os espectadores. Em resumo, a arquitetura é uma parte fundamental do planejamento e realização da Copa do Mundo, desde a construção de novos estádios até a criação de espaços públicos e estruturas temporárias que contribuem para a experiência do público.

Os estádios da copa do mundo em BIM

Antecipadamente, a tecnologia BIM tem sido amplamente utilizada na concepção, construção e gerenciamento das edificações do campeonato mundial da FIFA. Do mesmo modo, o BIM é um processo colaborativo baseado em modelos 3D que permitem aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção trabalharem juntos em um ambiente virtual compartilhado para criar um protótipo detalhado e preciso do estádio. As representação digitas detalhadas do estádio, que inclui todas as informações necessárias sobre o projeto, como a geometria do edifício, as especificações dos materiais, as instalações mecânicas e elétricas, a infraestrutura de TI e muito mais. E essas informações são armazenadas em uma base de dados centralizada e podem ser acessadas por todas as partes interessadas no planejamento, incluindo engenheiros, construtores e gerentes de projeto. Também  ajudam a otimizar o processo de construção e gerenciamento do estádio, permitindo que os profissionais identifiquem potenciais problemas antes do início da construção. Ajudando a reduzir os custos, evitar retrabalhos e aumentar a eficiência geral do projeto. Ainda mais, os modelos BIM podem ser usados no gerenciamento das arenas após sua conclusão. As informações armazenadas no modelo podem ser usadas para criar planos de manutenção e gerenciamento de ativos, ajudando os gerentes a manter o espaço em ótimo estado de funcionamento.

Exemplos

Existem vários exemplos de estádios da copa do mundo em que a tecnologia BIM foi utilizada durante o processo de construção. Alguns deles incluem:

Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Brasil (Copa de 2014): foi projetado e construído usando BIM, o que ajudou a melhorar a eficiência do projeto e a identificar e resolver problemas de construção antes do início da obra.

Fonte: Futdados

Estádio Krestovsky, Rússia (Copa de 2018): foi projetado e construído usando BIM, o que ajudou a melhorar a colaboração entre as equipes de design e construção, reduzir os custos e evitar atrasos na construção.

Fonte: Engenharia 360

Estádio Al Wakrah, Qatar (Copa de 2022): foi projetado e construído usando BIM, o que permitiu a colaboração em tempo real entre as equipes de projeto e construção, bem como o gerenciamento de informações detalhadas sobre o projeto.

Fonte: Guia do Qatar

Estádio Luzhniki, Rússia (Copa de 2018): o estádio passou por uma reforma completa antes da sua utilização, que incluiu o uso da metodologia para projetar e gerenciar a construção. O modelo BIM ajudou a melhorar a coordenação entre as equipes de projeto e construção, o que ajudou a reduzir custos e a evitar atrasos na obra.

Fonte: Folha PE

Esses são apenas alguns exemplos de instalações esportivas em que a tecnologia de modelo de informação da construção foi utilizada para melhorar a eficiência, reduzir custos e evitar atrasos na construção.

Conclusão

Em resumo, o BIM tem sido fundamental na concepção, desenvolvimento e construção de estádios de copa do mundo, garantindo que essas estruturas tenham segurança, eficiência e precisão. Os modelos tridimensionais detalhados e as análises de desempenho fornecem informações precisas e úteis para todos os profissionais envolvidos no processo, melhorando a comunicação e reduzindo erros. A implementação do BIM na indústria da construção civil é uma tendência crescente, e o sucesso do uso dessa tecnologia em grandes projetos, como os citados acima, só reforçam sua importância e eficiência.

Como exportar do Revit para o Navisworks?

Como exportar do Revit para o Navisworks?

 

Aprenda como exportar do Revit para o Naviwsorks!

 

COMO EXPORTAR DO REVIT PARA O NAVISWORKS:

PASSO 1:

Acesse uma vista 3D

Como exportar do Revit para o Navisworks

 

 

PASSO 2: 

Clique em Arquivo > Exportar > NWC

 

IMPORTANTE: 

LEMBRAR DE INSTALAR O EXPORTADOR DO NAVISWORKS:

Clique aqui para ir para página de instalação ou acesse: https://www.autodesk.com.br/products/navisworks/3d-viewers

 

PASSO 3: 

Ao selecionar a opção NWC, irá surgir uma nova janela, selecione a opção Navisworks settings

 

PASSO 4: 

Selecione as opções conforme a imagem abaixo

Como exportar do Revit para o Navisworks

 

LEIA MAIS:

O que é o Navisworks?

O que é o Revit? 

Realidade Aumentada e Virtual no BIM!

Realidade Aumentada e Virtual no BIM

 

 

A indústria automobilística e de produção usam intensamente a prototipagem como ferramenta para testar e analisar seus projetos e assim otimizar os produtos antes de serem colocados em produção, além de tudo há um cuidadoso gerenciamento de etapas que incorporam muitos participantes em seu complexo processo. Diferentemente, a indústria construtiva explora pouco este método, tornando isso um ponto significativo de diferenciação entre essas indústrias. Confira nesse artigo sobre a Realidade Aumentada e Virtual no BIM!

Apesar da indústria construtiva ter recursos para a construção de réplicas, não é viável que esses protótipos cheguem a uma reprodução de 1:1 apenas para realização de testes e análises. O mais próximo que se chega disso é o famoso “decorado” que tanto nos convidam a visitar para sentirmos como seria morar em um determinado apartamento.

Mas o avanço das tecnologias de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) estão sendo usadas para alcançarmos tal finalidade através da possibilidade de criação de protótipos virtuais, ainda na fase de planejamento, que simulem um espaço em 1:1

Realidade Virtual e Aumentada no BIM
Arquiteta usando um óculos VR para visualização de modelo // Fonte: freepik

 

Tal propósito só foi alcançado graças a uma série de softwares desenvolvidos especificamente para a modelagem no BIM, tais como o Revit, o Archicad, o Vectorworks e o QiBuilder. Estas são ferramentas com as quais profissionais criam protótipos virtuais tais quais seriam seus modelos reais. Tal nova tecnologia desencadeou uma mudança no processo de projetar e os modelos deixaram de ser meramente representativos e passaram a desempenhar a função de protótipos

informacionais que podem ser testados, analisados e otimizados a fim de gerar informações para planejamento, suprimento, construção e operação.

Ciclo-BIM
Ciclo BIM // Fonte: SPBIM

 

Embora a indústria da construção tenha sido relativamente lenta na adoção completa deste processo, a pandemia de COVID-19 forçou uma rápida reestruturação e revisão imediata das metodologias e suas vertentes no trabalho, tornando a tecnologia e seus controles a distância um dos principais aliados, tendo ocorrido um foco em sua implementação, possibilitando assim a difusão de diversas tecnologias, incluindo a AR e VR que devem ter um impacto crescente nos próximos anos.

 

O QUE É A REALIDADE VIRTUAL (VR) E A REALIDADE AUMENTADA (AR)?

 

Realidade Virtual (VR) é um termo usado para definir um ambiente virtual no qual o usuário pode se inserir/interagir/simular como se em realidade estivesse mesmo ali, entretanto não passa de uma simulação computacional.

Tal tecnologia, além da possibilidade de interação com o auxílio de fones de ouvidos e óculos, pode induzir efeitos visuais e/ou sonoros visando a imersão e sensação de realidade nos usuários que se sentem “dentro” da simulação computacional.

Em contraste com a VR, a Realidade Aumentada (AR) é definida como a visão de um cenário real com certos elementos da VR por entradas do mundo real extraídas por computador. Muitas vezes há confusões entre as duas tecnologias.

No entanto, a principal diferença é que o VR cria um ambiente totalmente simulado, enquanto o AR sobrepõe imagens e informações geradas por computadores sobre o mundo real, a famosa simulação em AR já na escala do 1:1. Um grande exemplo de Realidade Aumentada (AR) foi o jogo PokémonGo que projetava os personagens no ambiente filmado pelas câmeras do celular.

Resumidamente, e para acabar com as dúvidas, pensem que: a realidade virtual (VR) seria uma simulação digital enquanto a Realidade Aumentada (AR) seria a simulação que combina o real e o digital em um ambiente imersivo.

Uso de óculos VR para visualização de modelos BIM
Uso de óculos VR para visualização de modelos BIM // Fonte: SPBIM

 

APLICAÇÕES DO RV/AR:

 

1. APRIMORAMENTO DE DESIGN:

Após a execução dos projetos de sistemas prediais, é normal que o projeto de arquitetura seja influenciado. Entretanto, quando se realiza os desenhos em CAD não se nota tal influência ou suas possibilidades de adequação a partir do sistema. A realidade virtual colaborativa é usada para facilitar a compreensão e dinamizar as melhorias projetuais antes de execução de tal projeto.

 

2. ECONOMIA DE TEMPO E DINHEIRO:

A realidade virtual é usada de modo que, através da construção virtual, entendamos todas as falhas e possibilidades de melhoramentos antes do projeto ir para execução, evitando assim recompras ou retrabalhos por revisões que aconteceriam em CAD.

 

3. PONTUALIDADE NOS PRAZOS:

Ao se construir em realidade virtual é possível entender qual a lógica dos processos facilitando e aumentando a assertividade do dimensionamento real de prazos ou custos.

 

4. MAIS TRANSPARÊNCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

Com tais tecnologias é possível compreender todo o quantitativo para execução do projeto e toda a sua lógica, já que ao construir o modelo em BIM no nível 4D é possível extrair os quantitativos líquidos fiéis e também mostrar o modelo como manual de execução de qualquer processo pré-desenhado.

 

 

REALIDADE AUMENTADA E VIRTUAL NO BIM: VANTAGENS

 

1. COMPATIBILIZAÇÃO:

Ao se trabalhar com realidade virtual na modelagem BIM, a compatibilização se torna quase empírica, pois é mais fácil encontrar erros ao vê-los em três dimensões e/ou em tamanho real. Além desse facilitador, alguns softwares BIM realizam o famoso Clash Detection (Detecção de Conflitos) de forma automatizada, desta forma reduzimos o tempo manual “braçal” e “intelectual” necessário para verificação de modelos e também custos na construção.

Com esse fluxo, associado aos Overviews (checagem visual), é possível medir o avanço financeiro e garantir que não ocorram atrasos desnecessários antes da fabricação ou imprevistos em execução. Em suma, o uso da realidade virtual BIM para Clash resulta em menos tempo, o que é igual a menos gasto e desperdícios de material em obra.

Compatibilização de obra em 3D
Compatibilização de obra em 3D // Fonte: Adaptação SPBIM

 

2. CANTEIRO DE OBRAS:

Alguns projetos não conseguem passar por uma revisão bem densa antes de começar a ser construído, muitas vezes porque o arquiteto não se atentou ao contexto de inserção. Ao se trabalhar com a realidade virtual na modelagem BIM 5D, pode-se descobrir essas limitações e entender melhor projeções de custos e tempo para execução ainda nos estudos preliminares. Em uma aplicação dessa metodologia pode-se descobrir interferências externas, tal como a impossibilidade de chegada de peças grandes ao local devido ao fluxo de carga ou descarga desse material em relação ao dimensionamento ou trânsito da via.

 

3. TREINAMENTO DE MÃO-DE-OBRA:

Um dos maiores desafios da construção civil é o entendimento e execução da construção tal como o projeto, pois muitos funcionários não entendem os desenhos técnicos. Ao se trabalhar com VR/AR é possível ampliar determinada parte do modelo “in-loco” e através da imersão, pode-se ensinar o profissional de forma mais objetiva e clara.

Em um exemplo claro é de que é possível ensinar como será passado determinado sistema ou como seria determinado encaixe estrutural através de inserção destes elementos em 3D em uma filmagem do ambiente.

Visualização de sistemas em 3D projetados in loco
Visualização de sistemas em 3D projetados in loco // Fonte: Trimble Connected Construction

 

4. EXPERIÊNCIA DO CLIENTE:

Muitas obras demoram anos para serem construídas e, no atual formato do mercado, os clientes só possuem acesso a uma determinada cena renderizada. Essa limitação pode ser ilusória e passar uma sensação falha ao cliente. Ao se trabalhar com AR/VR é possível imergir o cliente no seu protótipo, possibilitando uma experiência real de ver tudo e em qualquer ângulo antes da execução, o que evitaria futuros descontentamentos.

Além das vantagens na fase de pré-construção, os clientes ainda podem usar tais meios para possíveis intervenções. Em um exemplo claro, a realidade aumentada poderia ser usada pelo cliente para checar se seria possível quebrar determinada parede ou saber onde estão passando as instalações prediais para não acabar danificando uma tubulação ao fixar algum móvel.

 

5. ESTUDOS DE VIABILIDADES:

É comum um profissional ser obrigado a desistir de ideias por não seguir um padrão já conhecido ou por não possuir um respaldo bibliográfico. Com o VR/AR é possível vislumbrar qualquer ideia e já verificar sua eficiência ou limitação. Em um exemplo claro, basta pensar se seria possível e como se comportam as estruturas de um projeto da Zaha Hadid, como o Centro Heydar Aliyev em Baku, capital do Azerbaijão, se tivesse sido desenhado e calculado na mão na década de 80.

Centro Heydar Aliyev por Zaha Hadid // Fonte: Archidaily

 

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos que o avanço tecnológico é a chave para o controle de falhas e otimização de custos, por isso incentivamos e apoiamos o uso da Realidade Virtual e Aumentada atreladas ao BIM, pois seu uso é um plus de modelagem necessária para completa satisfação/compreensão dos clientes e rapidamente paga seu custo de investimento, tanto em tempo quanto em qualidade de trabalho e precisão de análises e escolhas.

Arquitetura paramétrica no BIM

Arquitetura paramétrica no BIM

 

A modelagem paramétrica tem ganhado cada vez mais espaço entre os arquitetos brasileiros devido aos seus resultados de rupturas com o formalismo tradicional, seus altos índices de ganhos com edifícios de alto desempenho e velocidade de produção projetual. Por isso a parametrização está sendo cada vez mais procurada e implementada nos escritórios de concepção, neste artigo iremos abordar sobre a arquitetura paramétrica no BIM!

Contudo, cabe lembrar que a construção civil só tem alcançado essa ruptura de concepção por mérito do BIM (Building Information Modeling, ou em português Modelagem da Informação Construída) .

Este tem viabilizado a prototipação do construído a partir de políticas, processos e tecnologias (Succar, 2009), proporcionando diversos benefícios em toda a cadeia produtiva com aspectos que auxiliam desde o desenvolvimento de projetos ao planejamento, orçamentação e manutenção das construções.

Certo é que a revolução está a cada dia mais ligada diretamente aos softwares BIM e seus plugins que auxiliam o arquiteto no seu processo criativo e o ajudam a tomar melhores decisões a partir de análise de parâmetros. Mas o que são esses parâmetros e como eles têm sido empregados?

Análise algorítmica do estádio de Hangzhou || Fonte: Nathan Miller

 

ARQUITETURA PARAMÉTRICA: O QUE É?

A arquitetura paramétrica é uma construção que tem por base de concepção determinado por dados e parâmetros complexos que definem sua forma a partir de informações como carga estrutural, funções, cargas de vento, dimensionamento de tensões, clima, materiais, carta solar, rota dos ventos predominantes entre outros elementos de análise que possam gerar parâmetros informacionais.

Uma vez que esses parâmetros são computadorizados, torna-se possível que esses elementos sejam levados em consideração para o desenvolvimento de elementos marcantes do projeto por meio de algoritmos.

Os algoritmos gerados são os padrões de análise responsáveis por direcionar as decisões e procedimentos necessários para modelagens que resultam na criação de diferentes formas geométricas por meio de iterações e cálculos computacionais, criando desenhos que obedecem às leis matemáticas.

Sunrise Tower por Zaha Hadid

 

Diante disso, o controle sobre a construção geométrica por parte do projetista poderá ser feito através do monitoramento das variáveis dentro de suas respectivas funções como, por exemplo, a determinação de brises para a fachada ou então um resultado plástico da totalidade que preveja uma massa sem necessidade de uma segunda pele.

Entretanto, é importante ter consciência que os algoritmos não dão a solução para a arquitetura, eles apenas simulam caminhos para melhores soluções. Essas soluções são resultados dos algoritmos que geram geometrias a partir de valores, ou seja, após a leitura de todas as informações e parâmetros, os softwares traduzem essas condicionantes e as apresentam em forma de geometria. Esse processo é denominado de algoritmo generativo.

Em uma aplicação prática de um sistema gerativo, imaginemos uma implantação de um dado empreendimento em um lote x. Atendendo aos seus índices urbanísticos como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, índice de adensamento, área de permeabilidade do solo entre outros.

O algoritmo generativo poderia produzir diferentes soluções que estejam de acordo com as regras pré-estabelecidas e o arquiteto ainda poderia estudar diferentes alternativas volumétricas em poucos minutos.

 

SOFTWARES BIM PARA A PARAMETRIA

Sobre a parte do desenvolvimento computacional, o projetista tem seu processo produtivo um pouco diferente.

No lugar de desenvolver uma volumetria embasada no contexto criativo, ele deve desenvolver novas competências ligadas a programação, seja a textual, como Python, C#, e outras ou mesmo de programação visual. Atualmente o Python tem sido a programação textual mais escolhida para implementação em escritórios de civil por se tratar de uma linguagem de programação  mais fácil de ser aprendida.

Contudo, o mercado dos softwares tem mostrado novos recursos de programação visual que trata a programação a partir da intuição e simplicidade lógica.

Nessas ferramentas o desenvolvedor utiliza nodes que executam certas funções e quando interligados e ordenados segundo uma lógica, produzem uma função algorítmica para realizar alguma tarefa específica para conceber determinada volumetria a partir de parâmetros pré determinados.

O Grasshopper é um exemplo de uma destas plataformas. Ele roda dentro de um software de modelagem 3D chamado Rhinoceros, mas pode se conectar a softwares de autoria BIM, como o Archicad e o REVIT, por meio de plugins específicos.

Além dele existe o Dynamo que é um outro exemplo de lógica de uso e que já vem diretamente instalado ao Revit e também pode ser associado ao Archicad através de plug-in.

Processo de análise algorítmica || Fonte: SpBIM

 

 

VANTAGENS DA ARQUITETURA PARAMÉTRICA

1 – ECONOMIA DE TEMPO

Uma mesma programação consegue gerar milhões de hipóteses diferentes a partir de vários parâmetros que mudam de acordo com seu contexto de inserção projetual, cada vertente de escolha do algoritmo pode gerar um novo ativo que em questões de minutos pode ser testado de diferentes formas para estudar múltiplas possibilidades de projeto dentro das premissas condicionadas na programação.

 

2- IMPULSIONAMENTO DA CRIATIVIDADE

O design generativo oferece novas oportunidades para que arquitetos e engenheiros saiam do comum e explorem designs que não teriam imaginado sozinhos, pois o algoritmo não tem influência das vertentes arquitetônicas. Então, por exemplo, ele não reproduziria uma arquitetura simplesmente pelo efeito estético, diferente disso, ele calcula a melhor resposta volumétrica para a função gerando uma plasticidade única, mostrando ao projetista novas formas de resolução problemática.

 

3- SINGULARIDADE FUNCIONAL

Diferente da simplicidade que permite a replicabilidade técnica amplamente usada na arquitetura do pós guerra que reproduz as mesmas formas em diferentes contextos, a arquitetura paramétrica tem por premissas variáveis contextuais, então o mesmo algoritmo vai responder de forma única à interação com determinado local, gerando um projeto único como resposta aos parâmetros do lugar que será verdadeiro apenas no seu contexto de aplicação.

 

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO NA ARQUITETURA

 

1.WALT DISNEY CONCERT HALL por Frank O. Gehry & Partners – Los Angeles, EUA.

Um projeto que ficou marcado pelo design exuberante e sua estrutura de $274 milhões de dólares que não possui nenhum ângulos ou dimensões padrões é uma sala de concertos que foi encomendada como uma homenagem de Lillian B. Disney ao seu falecido marido Walt Disney.

Modelo BIM e maquete || Fonte: Walt Disney Concert Hall

 

2.BEIJING NATIONAL STADIUM por Herzog & de Meuron – Beijing, China.

Construído paras as olimpíadas de 2008, o estádio foi um projeto que  marcou recordes de maior volume bruto construído e a maior estrutura de aço do mundo. Sua área interna possui três milhões de metros cúbicos, o que o consagrou como o maior espaço fechado do mundo. Ele também é considerado a maior estrutura de aço do mundo, com 26km em aço desembrulhado.

Estádio Ninho de Pássaro || Fonte: http://www.china.org.cn

 

3.GUANGZHOU OPERA por Zaha Hadid Architects – Guangzhou, China.

O projeto tem por diferencial a construção da plasticidade a partir do contexto de paisagem natural, geologia e topografia. a plasticidade também impulsionou que a luz natural fosse valorizada no projeto, então mesmo os ambientes mais próximos ao núcleo do edifício possuem farta incidência solar.

Guangzhou Opera || Fonte: Archdaily

 

4. MUSEU DO LOUVRE ABU DHABI por Atelier Jean Nouvel – Anu Dhabi, Emirados Árabes.

O projeto tem por partido conciliar as questões climáticas extremas e o conforto climático do visitante. Então os arquitetos usaram algoritmos para encontrar “serenamente a luz e a sombra, a reflexão e a calma que refletisse o pertencimento a um país, sua história, sua geografia, sem tornar-se uma tradução plana, o pleonasmo que é traduzido na monotonia e convenção”. Além da plasticidade, sua cobertura é automatizada e se move de acordo com as variações climáticas.

Vistas de apresentação do projeto || Fonte: Archdaily

 

APLICAÇÕES DE ARQUITETURA PARAMÉTRICA EM INTERIORES

Além da plasticidade externa, o algoritmo também pode ser usado em projetos de interiores como condicionante de conforto de uma maneira mais precisa e sob diversas variações e aplicações, como as de refletores acústico, distribuidores de luz e ventilação, absorção térmica e até desempenho dos materiais sobre cada um dos pontos anteriores. Como exemplificado pelos seguintes projetos:

 

1. AUDITÓRIO DA ESCOLA DE MÚSICA VOXMAN DA UNIVERISDADE DE IOWA por LMN Architects  – Seattle, EUA.

Foto interna do auditório
Foto interna do auditório || Fonte: LMN

 

2.WALT DISNEY CONCERT HALL por Frank O. Gehry  – Los Angeles, EUA.

Auditório visto da seção de assentos do balcão
Auditório visto da seção de assentos do balcão || Fonte: Walt Disney Concert Hall

 

3.SALA DE DANÇA DO GUANGZHOU OPERA por Zaha Hadid Architects  – Guangzhou, China.

Sala de dança Guangzhou Opera
Sala de dança Guangzhou Opera || Fonte Archdaily

 

CONCLUSÃO

O desafio e a necessidade de visualizar formas complexas surgiu com o aparecimento de plugins e softwares paramétricos. Hoje, no cenário mundial, o projeto paramétrico é de longe um dos processos de modelagem mais utilizados e tem gerado uma grande variedade de padrões geométricos para testes em tempo recorde.

Mediante isso, nós da SPBIM reconhecemos a importância em incorporar processos paramétricos desde a concepção do projeto ao ganho de tempo no desenvolvimento do modelo e, por isso, nós usamos, ensinamos e incentivamos o uso dos softwares e plugins capazes de executar tamanha funcionalidade.

Illustrator para arquitetos e designers

Illustrator para arquitetos e designers

 

O Adobe illustrator é um software gráfico desenvolvido pela empresa Adobe com foco em edição de imagens visuais. Essa ferramenta pode ser utilizada na construção de ilustrações, logotipos, tipografias e muito mais. Ele é utilizado nos sistemas Windows e Mac. C, confira nesse artigo como podemos utilizar o Illustrator para arquitetos e designers.

Como os demais softwares da Adobe, o illustrator possui uma versão de teste gratuito e uma versão paga, esta última vale muito a pena para aqueles que precisam constantemente de imagens bem elaboradas e “tratadas” para que não haja perda de resolução e qualidade.

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Adobe Illustrator / Fonte: Divulgação/Adobe

 

Se você já utilizou ou conhece algum outro programa da Adobe, não terá dificuldade em manuseá-lo, já que ele possui uma interface bem parecida com a dos demais softwares da empresa. Por meio do illustrator é possível inclusive editar objetos tridimensionais e aplicar os mesmos efeitos oferecidos pelo Photoshop.

Claro que isso não quer dizer que os dois programas sejam equivalentes pois ambos possuem características próprias.

Como utilizar o illustrator em arquitetura?

O principal fator na utilização deste software seria a criação de plantas humanizadas que permitem trazer mais realidade e compreensão do projeto do que plantas baixas comuns, sendo ideal para a apresentação aos seus clientes em toda a fase de concepção do projeto arquitetônico.

Com o Illustrator você poderá realizar diagramações de pranchas e finalizar sua entrega de forma mais fácil e de boa qualidade. Várias equipes o software para conceber e criar pranchas apresentações de concursos de projetos, pois estas geralmente possuem uma natureza mais artística e comunicativa que meras plantas técnicas executivas e também carregam o intuito de “encantar” e “vender a ideia”

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A ferramenta possui uma ótima comunicação com outros formatos de arquivos, permitindo que extensões .dwg do AutoCad, .skp do SketchUp, ou PDF para serem utilizados no Revit, por exemplo, ou no Archicad, portanto, ele se comunica facilmente com softwares que leem vetores, que possibilita realizar retoques de desenho básico.

 

E por que utilizá-lo no design?

Por ele ser uma ferramenta que permite desenvolver ilustrações do zero a partir de vetores, não há perda de qualidade no resultado da imagem. Além disso, ele permite que haja total liberdade e flexibilidade na criação, algo excelente para o designer que o possibilita desenvolver de logotipos simples a ilustrações complexas incríveis.

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Diferença entre vetor e raster / Fonte: Webnial

 

Conclusão:

Nós da SPBIM incentivamos a utilização do Adobe Illustrator, entendemos a importância de um bom resultado na montagem e apresentação de pranchas arquitetônicas e na construção de desenhos e ilustrações de vetores para designers. Também seu uso traz vantagens em todas as etapas do projeto, do desenvolvimento até a finalização com a criação das imagens, otimizando e aumentando a produtividade em projetos de maneira clara e trazendo um excelente resultado para o seu cliente. O Illustrator é parte de um fluxo de trabalho entre diversas ferramentas e é um colaborador BIM de qualidade no processo de projeto.

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

O BIM é uma ferramenta?

 

Se você é do setor da construção civil, com toda certeza já deve ter ouvido falar ao menos uma vez sobre o termo BIM (Building Information Modeling) e suas associações aos diversos softwares BIM que juntos “operam milagres” em questão de planejamento e execução de projetos. Se você ainda está confuso e ainda se pergunta se afinal de contas “o BIM é uma ferramenta?” Nós, da SPBIM, vamos te esclarecer de vez a diferença de conceitos.

Após a aprovação e publicação oficial do Decreto BIM (2020), o assunto “BIM” ganhou o empurrão necessário para para se enraizar de vez na indústria da construção civil. Apesar de a aderência do BIM no Brasil ainda ser baixa, pois segundo o Governo Federal, apenas 5% do PIB da Construção Civil o adotam, o plano estratégico define a implementação completa do sistema BIM até 2028. O baixo apego à metodologia se deve principalmente pela falta de conhecimento do setor sobre seu funcionamento e ganhos, já reconhecidos perante o estado.

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Decreto BIM / Fonte: Diário Oficial

 

Mas afinal de contas, o que é o BIM? Ele é um conceito que abrange todo um sistema de trabalho que usa a modelagem para atrelar informações da construção a um exemplar digital. Em outras palavras, o BIM é o processo que prototipa a construção real em ambiente virtual, isso possibilita não só a representação mas também o domínio de todo o banco de informações multidisciplinares relativas ao ciclo de vida da construção.

Dito isso, é errado limitar o BIM ao termo ferramenta, pois se trata de uma metodologia muito maior que, além de definir diretrizes e regras para a modelagem, viabiliza padrões para processos e trabalhos similares à construção real. Portanto, usar um Software BIM não necessariamente te faz trabalhar em BIM, mas para usar essa metodologia, você sempre precisará de um Software BIM.

 

Por que o BIM não é só uma ferramenta?

Apesar dos modelos BIM serem construídos com auxílio de ferramentas BIM, elas por si só não garantem a fidelidade do modelo à construção real, pois a forma com que se usa a ferramenta pode corromper o modelo. Como dito anteriormente, já sabemos que o modelo BIM é um compilado de informações que referenciam a construção real do edifício, portanto, as negligências e uso incorreto da ferramenta inviabilizam que o modelo seja chamado de BIM.

Um exemplo mais claro seria pensar em um trabalho colaborativo de diferentes disciplinas tais como, luminotécnica e arquitetura. Supondo que toda a arquitetura foi modelada no Archicad seguindo todos os preceitos BIM, e que o projeto de luminotécnica foi feito em Revit, mas de forma negligente sem o uso de modelagem de elementos e utilizando apenas linhas e tramas de forma representativa. Quando o responsável pela compatibilização abrir os dois modelos, o projeto de luminotécnica não terá nenhuma informação agregada e, por mais que as representações tenham se originado em um software BIM, ele não seria um modelo BIM, pois a luminotécnica não foi realizada com os elementos corretos, nomenclaturas, padrões, etc.

 

Principais ferramentas BIM:

Agora que já sabem a diferença entre os conceitos, nós da SPBIM trouxemos um pequeno resumo para entendermos a diferença entre a representação genérica dos modelos em CAD dos modelos BIM. Estes últimos necessariamente contam com as seguintes características:

⦁ ferramentas específicas de modelagens tais como: parede, piso, portas, janelas, pilares, forro, escadas, rampas, telhados e componentes 3D (famílias/objetos);
⦁ Todo elemento inserido no modelo virtual poderá extrair informações de quantidades precisas como: dados de materiais e acabamentos, área, volume, perímetro, o código do produto, nome do fabricante ou até mesmo custos. As possibilidades são diversas;
⦁ Interoperabilidade (OpenBIM): todos os softwares BIM conversam entre si através de IFC’s que possibilitam o trabalho colaborativo.
⦁ Simultaneidade de vistas, ou seja, o modelo se auto ajusta em qualquer vista, independente da vista que ocorra a mudança. Por exemplo, ao mudar o guarda corpo de uma escada, o modelo inteiro atualizará todas as vistas daquele determinado elemento.

 

Para elucidar um pouco mais sobre o assunto e contextualizar vocês quanto ao mercado das ferramentas BIM, a SPBIM separou um top 3 das ferramentas BIM mais comentadas no mercado:

 

1 – REVIT

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MASP / Fonte: SPBIM

Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é o software BIM (Building Information Modeling) mais utilizado no mundo. A ferramenta tem por escopo o desenvolvimento de modelos virtuais tridimensionais (3D) com informações paramétricas, ou seja, o Revit é uma plataforma para construção virtual (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) que é utilizado para planejamento, projeto, construção e gerenciamento. Entretanto, cabe ressaltar a elevada curva de aprendizado da ferramenta, que é extensa se comparada a outras ferramentas disponíveis, como o seu principal concorrente, o Archicad.

 

2- ARCHICAD

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Fonte: SPBIM

O Archicad é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft. Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas à construção. O Archicad, de maneira única, une a construção e o desenvolvimento de um modelo virtual tridimensional (3D) com informações paramétricas dos elementos construtivos, ou seja, é uma simulação virtual da construção (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é possível extrair e utilizar de maneiras eficiente diversas informações do modelo, desde o planejamento, até o projeto, construção e gerenciamento.

 

3 – VECTORWORKS

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Fonte: Vectorworks

O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD cujo foco era na plataforma IOS. Foi posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de Mini CAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos e a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. E hoje é um dos 3 melhores softwares BIM direcionados a arquitetura e tem algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, o que torna possível seu crescimento no mercado. Semelhante a softwares de modelagem orgânica, como Rhinoceros, o Vectorworks é um software com recursos para modelagem complexa, porém em BIM.

 

 

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos a associação das ferramentas BIM ao BIM em si. Tendo em vista a relação entre ambos, percebemos todo o aporte das ferramentas BIM como indispensáveis. Entretanto, achamos relevante salientar que apenas usar uma ferramenta BIM não te faz especialista BIM, pois o termo abrange um leque de assuntos mais amplos do que apenas baixar um software e sair modelando. Portanto, somos a favor da difusão completa sobre a metodologia BIM e fazemos questão de abrir a discussão do “BIM é uma ferramenta?” em todos os nossos cursos.

Ainda criamos um curso com foco em BIM, no qual tratamos o que é a metodologia, como ela funciona e até mesmo como implantá-la em diferentes nichos.

Artisan no SketchUp: Modelagem Orgânica

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Modelagem Orgânica com Artisan no SketchUp

 

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Artisan é uma poderosa extensão do SketchUp. Essencial para quem deseja desenvolver e criar modelagens orgânicas, com curvas e de modo suave, comum em mobiliários, estofados, tecidos, almofadas, objetos decorativos e abstratos, plantas e pedras, topografias ou até personagens em 3D.

Baseado no seu popular Smooth & Subdivision, o Artisan é perfeito para modelar formas orgânicas e relevos de terreno. Ele possui um conjunto de ferramentas de “alterações” que permitem esculpir, suavizar, comprimir e aplicar diversas texturas da mesma maneira que você aplicaria em uma pintura.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Com o Artisan é possível aumentar ou reduzir a complexidade de polígonos em seu modelo, permitindo assim que escolhamos se ele terá mais detalhes ou não. Há também um conjunto de ferramentas de vértices que permite usar uma modelagem baseada no controle desses pontos

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Ao instalar o Artisan, você encontrará um menu bem definido com basicamente quatro ferramentas. Estas são denominadas como:

  • SDS (Smooth & Subdivision);
  • Escultura;
  • Edição de Vertex;
  • Redução de polígonos.

Tendo as mesmas opções de sua versão anterior, mas conhecido apenas como plugin Smooth & Subdivision, o Artisan incorpora estas opções da mesma forma, porém com melhorias em processamento de extensão e velocidade. Através da técnica de modelar elementos em low-poly, que consiste em manter o mínimo de faces possível no alcance de um devido resultado, alcançamos uma modelagem orgânica com um arquivo mais fácil de trabalhar por ser mais leve.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Como funciona o Artisan no Sketchup 

A ferramenta funciona basicamente subdividindo a face em questão e suavizando-a em seguida. Este é um processo que pode ser repetido em até quatro interações, cada uma com um resultado mais suave e com mais polígonos.

Outra de suas funcionalidades é a Sculpt Brush, possuindo cinco modos de uso – Sculp, Inflate, Flatten, Pinch e Smooth. Você altera entre os modos através do clique com o botão direito do mouse ou da utilização da tecla TAB. Tal facilidade torna a ferramenta intuitiva, dinâmica e de fácil manuseio.

Adicionalmente encontramos um ótimo recurso chamado Brush Mirror Plane que basicamente permite que você espelhe algo modelado, garantindo total simetria no modelo.

Também encontraremos o Select Brush, ferramenta que permitirá a texturização de uma seleção de faces através do controle preciso e fácil da área de seleção, tornando algo que geralmente é complexo, como pintar uma malha subdividida e suavizada, em algo fácil e intuitivo.

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FONTE: extensions.sketchup.com

 

Outro conjunto de ferramentas é a adição de vértices subdividido em quatro opções – Vertex Select, Vertex Move, Vertex Rotate e Make Planar.

 Por fim, outra de suas poderosas funções é o Poly Reduce, que reduz facilmente os polígonos de uma modelagem de malha com um simples botão.

 

CONCLUSÃO:

Artisan se tornou um dos plugins para SketchUp mais populares e úteis entre seus usuários, pois permite que as limitações de modelagem do Software sejam superadas, abrangendo um mundo maior na criação de modelos, pois seu vigoroso algoritmo de subdivisão pode alcançar formas muito complexas e orgânicas com modelos relativamente leves, permitindo que o software seja usado para criação de geometrias que vão além das primitivas euclidianas do cubo, esfera e pirâmide.

Unreal e o BIM

Unreal e o BIM

 

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A área de visualização arquitetônica, conhecida como Archviz, tem sofrido uma das revoluções mais significativas e intensas nos últimos anos. Neste processo, encontramos uma demanda enorme pela produção de imagens realistas a partir de modelos 3D, aumentando a procura pelo acesso às ferramentas que as produzem.

Vários softwares de renderização são lançados no mercado, porém um deles tem se destacado por seu processo e resultado, o Unreal Engine desenvolvido pela Epic Games, empresa que teve início com foco predominantemente no nicho de jogos eletrônicos mas agora tem suas ferramentas usadas amplamente pela indústria da construção, o que a levou a desenvolver produtos específicos para o ArchViz e até mesmo para o desenvolvimento de projetos através do Unreal Engine, portanto, neste artigo vamos entender como esta ferramenta poderosíssima está se inserindo no mercado de Arquitetura e Urbanismo.

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Fonte: AEC Magazine

 

Um dos principais motivos do Unreal Engine ter sido adotado amplamente no mercado da construção é o fato da Epic Games ter focado na interoperabilidade de seu software com outros programas comumente utilizados na arquitetura, principalmente programas BIM por podermos exportar modelos 3D em diversos formatos com informações embutidas neles.

Neste processo, a Epic Games desenvolve e lança o Datasmith, um plug-in capaz de importar e exportar arquivos entre o Unreal Engine e os principais softwares BIM que já conhecemos, preservando informações, incluindo materiais, termo resistência e outras características sem perda de informações e com possibilidade de atualizações.

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Fonte : UNREAL ENGINE

 

Uma das principais funcionalidades do sistema BIM é a capacidade de colaboração de uma equipe no mesmo projeto através da criação de um modelo central no qual vários projetistas podem trabalhar simultaneamente com atualizações instantâneas. O Unreal Engine avança nesta direção dando também a possibilidade de uma equipe trabalhar na visualização de cenas discutindo e alterando a mesma. A equipe de produção da série Game of Thrones utilizou o software da Epic Games para desenvolver suas cenas que exigiam complexidade de modelagem através de uma grande equipe.

Há a possibilidade de imersão nos modelos 3D através de óculos VR, possibilitando a visualização de um modelo 1:1 com admissão de alterações em tempo real que também renovam as informações no modelo BIM. Um famoso escritório que utiliza a ferramenta desta maneira é o Zaha Hadid Architects, que aplica este método em todos seus projetos, o que é extremamente útil, pois a inserção no ambiente em escala real de forma realista nos abre a possibilidade de vermos e corrigirmos erros que não seriam percebidos com o uso de outras ferramentas.

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Fonte : Zaha Hadid Architects

 

Outra curiosidade pouco conhecida é que a Epic Games também é desenvolvedora do Twinmotion, tendo sido este uma derivação do Unreal Engine com maior facilidade de aprendizado e uso mas também com poderosas ferramentas. Logo, a Unreal Engine é como se fosse um Twinmotion em esteróides, com super potência, funcionalidades e liberdade criativa, capaz de produzir cenas incríveis com domínio na alteração de mínimos detalhes

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Fonte: Archdaily

 

Uma das principais funcionalidades do sistema BIM é a capacidade de colaboração de uma equipe no mesmo projeto através da criação de um modelo central no qual vários projetistas podem trabalhar simultaneamente com atualizações instantâneas. O Unreal Engine avança nesta direção dando também a possibilidade de uma equipe trabalhar na visualização de cenas discutindo e alterando a mesma. A equipe de produção da série Game of Thrones utilizou o software da Epic Games para desenvolver suas cenas que exigiam complexidade de modelagem através de uma grande equipe.

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Fonte : Unreal Engine

 

Conclusão

Concluímos que o Unreal Engine é uma grande ferramenta com um futuro promissor em sua relação com o BIM e toda a indústria de arquitetura e urbanismo, sendo explorado por diversos escritórios tanto pela sua capacidade gráfica quanto pelo seu auxílio criativo no desenvolvimento de projetos.

Unreal para Arquitetura, Design e Engenharia

Unreal para arquitetura, design e engenharia

Unreal para arquitetura, Design e Engenharia

Unreal para arquitetura, design e engenharia

 

Inúmeras transformações acontecem no mercado da construção civil nos últimos anos, uma delas é a implementação dos modelos BIM e, principalmente, a revolução 3D na área. Diversos escritórios e construtoras estão utilizando de modelos 3D tanto para criação e representação de maquetes eletrônicas quanto para a construção em si através de desenhos técnicos oriundos destes mesmos modelos tridimensionais, neste artigo iremos abordar o uso do Unreal para arquitetura, design e engenharia!

Quando surgiram as primeiras ferramentas de visualização e projetos em 3D, estas eram caras e pouco acessíveis para a grande maioria dos consumidores de menor porte, porém, hoje temos uma grande mudança graças às ferramentas como a Unreal Engine 4 que se disponibiliza gratuitamente para escritórios de pequeno porte e quando se torna paga é por um preço mais acessível em comparação a outros software

Portanto, hoje falaremos sobre esta ferramenta muito versátil que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de ArchViz (Visualização e representação Arquitetônica) e também no desenvolvimento de projeto.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

A Unreal Engine  foi originalmente lançada em 1998 em um jogo chamado Unreal feito pela Epic Games, que mais tarde se tornaria a desenvolvedora do Twinmotion, ferramenta Archiviz com curva de aprendizado menor.

A UE foi inicialmente utilizada principalmente focada em produção de videogames, portanto, suas primeiras ferramentas não estavam necessariamente focadas no fotorrealismo e sim na otimização de se obter um resultado próximo ao realista que não demandasse muita potência de um computador comum. Entretanto, conforme os anos foram se passando, a UE foi ganhando mais funcionalidades e se diversificando para outros mercados, sendo um deles o mercado da arquitetura e urbanismo, o que trouxe um maior foco em fotorrealismo e maquetes interativas voltadas para área. Por conta de seu início como uma ferramenta de videogames, percebemos que hoje em dia a UE tem recursos que outros softwares não possuem, conseguindo alcançar um resultado realista demandando o menos possível do computador.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

Diante disto, quais são as vantagens de se utilizar a Unreal para arquitetura, design e engenharia em seu workflow?

A economia de tempo por conta da baixa requisição do computador na produção de renders fotorrealistas é uma de suas maiores vantagens, pois dá ao cliente uma visão mais rápida e clara de como o projeto ficará após sua construção. Também é possível criar maquetes interativas que inserem o indivíduo no próprio projeto, tal qual um videogame.

Contudo, tais vantagens também podem se tornar sua principal fraqueza, pois para se manter leve e demandar o menos possível do computador, a UE4 se utiliza de truques que exigem que seu usuário domine bem a ferramenta, solicitando um tempo de aprendizado maior, do contrário há dificuldade em se alcançar um resultado fotorrealista. Porém, superados estes obstáculos, a alta qualidade do resultado e a economia de tempo na produção são vantagens que falam por si só para a utilização do unreal para arquitetura, design e engenharia.

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Fonte: Artstation Tomasz Muszyński

 

Outra grande vantagem do Unreal para arquitetura é sua funcionalidade de tours em realidade virtual e suporte de renderização em tempo real. Através de um óculos VR, podemos inserir os clientes em um modo imersivo realista no projeto em desenvolvimento, possibilitando feedbacks e aprovações mais rápidas. Também os projetistas podem observar e corrigir erros ou tomar decisões no que é essencialmente uma maquete 1:1 do projeto antes que este seja realizado na obra. Tudo isto nos dá a possibilidade de termos um design realmente interativo, independente da localização onde se encontram os projetistas, podendo estes fazer alterações em tempo real no projeto em desenvolvimento, tornando-se uma ferramenta útil e essencial em tempos de lockdown por conta de pandemias globais que nos impossibilitam de sair de casa.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

As limitações advindas da estratégia de baixa demanda do computador para renderização pode ser revertida dentro do UE através da configuração do motor gráfico. Lá, podemos configurar a utilização do Raytracing que é uma simulação de como a luz interage com elementos na sua cena, trazendo assim resultados ainda mais realistas, porém exigindo uma maior taxação do sistema, o que demanda do computador uma capacidade muito elevada.

Vale a pena ressaltar que outras ferramentas como V-ray, Corona Render, entre outras, já se utilizam exclusivamente deste método para renderizar imagens sem oferta de alteração de o quanto o software exige do sistema.

Outro benefício na utilização do UE4  é a fácil integração com outros programas, pois é possível importar e trabalhar com arquivos IFC, cenas inteiras modeladas em Revit, SketchUp, Rhino, além de formatos CAD entre vários outros programas. Isso tudo simplesmente utilizando o plugin Datasmith que importa os dados do modelo para o UE4 preservando todas as informações disponíveis no arquivo.

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Fonte: Unreal Engine 4

 

Além de todas estas vantagens versáteis da Unreal Engine, seus usuários recebem acesso a uma multiplicidade de recursos disponibilizados pela Epic Games, um deles sendo Quixel Megascans, um site no qual podemos encontrar assets, modelos e materiais em altíssima qualidade produzidos através de múltiplas fotos de objetos reais e processadas para produção de um modelo 3D de utilização em maquetes eletrônicas fotorrealistas, otimizando assim um processo que consome muito tempo no ramo de Archviz.

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Fonte: Quixel Megascans

 

CONCLUSÃO:

Vemos então que a Unreal Engine é uma ferramenta extremamente versátil e útil para as diversas fases de projeto na área da construção civil, sendo esta uma ferramenta que, até o presente momento, está muito a frente de seus concorrentes mesmo tendo um preço nulo ou próximo a isso. Sua utilização traz vantagens enormes tanto em desenvolvimento colaborativo quanto em Archiviz com a fácil criação de maquetes eletrônicas realistas. Uma de suas únicas desvantagens é a curva íngreme de aprendizado que demanda o investimento de múltiplas horas de estudo para o domínio na extração da total capacidade da ferramenta.