O que são Smart Cities?

SMART CITIES (CIDADES INTELIGENTES)

Você já parou para pensar como as cidades estão cada vez mais sobrecarregadas e que não atendem as necessidades dos moradores de forma efetiva? O déficit habitacional, sucateamento da educação, problemas com ambientes, defasagem dos sistemas público de transporte, espaços públicos pouco atrativos logo subutilizados e entre tantos outros pontos negativos que envolvem nossas cidades e que devem solucionar cujo objetivo é melhorar a economia e a qualidade de vida dos moradores.

Smart Cities SpBIM
Fonte: SpBIM

Tento em vista esses objetivos um novo conceito de cidade vem sendo desenvolvido e aplicado em diversas cidades do mundo, Smart City, ou Cidade Inteligente, trata-se de uma nova forma de olhar os ambientes urbanos.
Mas afinal, o que são Cidades Inteligentes? Trata-se de um termo utilizado para designar cidades mais sustentáveis e tecnológicas, cujo inovações do mercado direcionam suas ações de melhoria, como, por exemplo, monitoramento em tempo real de vias de trânsito, possibilitando o redirecionamento dos fluxos, revitalização de espaços urbanos e entre outras soluções.

O conceito de cidade inteligente (Smart City) é a essência no planejamento urbanos contemporâneo, estando presentes tanto nas novas cidades que veem sendo projetadas no mundo todo, como foi o caso de Dubai nos Emirados Árabes, como por cidades já consolidadas que passam por modernização, assim como aconteceu na cidade de Copenhagen na Dinamarca. Existem cidades no qual o BIM está avançando com as metodologias e necessidades sendo obrigatórias, desde manuais bim a planos de execução bim. Essas cidades recebem o título de Smart Cities por fazerem uso das novas tecnologias tanto para entender as necessidades dos habitantes, como para desenvolver estratégias de melhorias, aplicação de soluções, manutenção de infraestruturas e ainda a constante troca de feedbacks com a população.

As melhorias são obtidas a partir da integração de informações e o trabalho colaborativo entre as diversas empresas responsáveis pelo planejamento, construção e manutenção da cidade, fazendo com que muitos teóricos rotulem essa nova forma de pensar o urbanismo como Cidades Conectadas, afinal trata-se de uma série de soluções que devem estar sendo constantemente atualizadas, discutidas e verificadas pelos responsáveis técnicos, poder públicos e a própria população de forma conjunta.

Os avanços de aperfeiçoamento do ambiente urbano são desenvolvidos a partir de uma série de estudos desenvolvidos em parcerias com os próprios habitantes, através de coleta de informações do cotidiano, obtidas através do TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), fazendo a ponte de comunicação entre os habitantes com a rede gestora da cidade, viabilizando a implantação e promoção de práticas mais sustentáveis e rentáveis para os meios urbanos.

Cidade Inteligente
Cidade Inteligente / Fonte: SpBIM

5 CARACTERISTICAS DAS CIDADES INTELIGENTES

Algumas características são essenciais para se definir uma cidade como Smart City, quanto melhores tais características forem trabalhadas e geridas nos meios urbanos mais inteligentes será considerado o município e mais benefícios estarão disponíveis a população. Entenda as 5 características das cidades inteligentes a seguir:

POPULAÇÃO

Promover uma cidade pensada para a necessidade de seus habitantes é primordial para uma cidade inteligente. Somente com a participação da população é possível realizar discussões e decisões sobre como melhorar problemas urbanos.

QUALIDADE DE VIDA

Trata-se do objetivo esperado com a aplicação do novo conceito de cidade, fazer com que o município seja pensado para trazer melhorias no dia a dia das pessoas e na economia local, como por exemplo a requalificação de espaços livres subutilizados.

SUSTENTABILIDADE

Garantir a existência de recursos para próximas gerações sem impactar de forma negativa na qualidade de vida dos atuais moradores, é uma das principais preocupações das cidades inteligentes. Fazendo uso de iniciativas que estimulam tais práticas, como educação da importância da natureza, preservação da cultura e entre outros. No interior do Ceará foram realizados iniciativas de conscientização com os moradores da Smart City Laguna, fazendo com que a comunidade fosse incentivada a plantar árvores com seu nome nos espaços livres, gerando assim uma conscientização através do sentimento de pertencimento da população com a vegetação ali plantada.

GOVERNO

O poder público é o principal organizador da cidade e gestor de todas as atividades, sendo necessário aproximar a população, facilitando a comunicação entre gestores públicos e moradores, equilibrando necessidades e a forma com que as soluções serão feitas e vistas por todos. É por isso que a utilização das tecnologias como aplicativos gratuitos para smartphone vem sendo empregadas por muitos municípios, como é caso da cidade de Barcelona que desenvolveu o Bústia Ciutadana, uma forma dos moradores comunicarem aos órgãos públicos os incidentes que ocorrem em toda a cidade pelo próprio celular.

MOBILIDADE

O planejamento e gestão da mobilidade urbana é feita a partir de uma série de informações em tempo real, obtidas através de sensores de trânsito indicando a intensidade do tráfego pelas vias ou aplicativos onde os próprios moradores podem indicar problemas nas vias, possibilitando o direcionamento dos fluxos e manutenção.

O novo conceito de cidade vem sendo aplicada em todo o mundo, inclusive no Brasil. Por tratar-se de uma noção contemporânea de urbanismo e que as cidades estão em constante mudanças não é possível definir uma cidade que atenda 100% as diretrizes de uma Smart City, mas é possível identificar diversos municípios que se destacam ao fazer uma boa gestão com base nos seus critérios. O Ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas) é uma forma de classificar as cidades que melhor utilizam os critérios de Cidades Inteligentes, sendo desenvolvido pela parceria da Urban Systems + Necta, que visa compartilhar conhecido sobre o tema no Brasil e ainda desenvolve o ranking a partir de uma série de parâmetros analisados por técnicos da área, sendo possível acessar aos resultados CLICANDO AQUI.

Nos último Ranking CSC 20, São Paulo – SP é considerado o município mais inteligente do Brasil, assim como a cidade de Ipojuca – PE leva o título de principal cidade inteligente quando o assunto é segurança pública.

O BIM É UTILIZADO NA SMART CITIES?

O Building Information Modeling (BIM) está pautado principalmente na elaboração de projeto de forma colaborativa, ou seja, manter todos os projetistas conectados e em constante comunicação do modelo bim desenvolvido a partir da modelagem BIM3D. Logo, esse modelo federado, vem sendo utilizado de forma essencial no projeto, planejamento BIM4D, orçamento BIM5D, construção, manutenção BIM7D e adequação dos ambientes construídos para realização dos famosos Gêmeos Digitais BIM das cidades inteligentes.

A utilização de tecnologias na construção civil vem revolucionando a forma como fazemos construção e reforma, evitando desperdício, otimizando tempo e custo final das construções além de viabilizar soluções que antes não eram empregadas, pois possuíam muitas complicações que ainda não eram possíveis serem executadas.

Ao fazer uso de softwares de projeto em BIM é possível utilizar outras inovações disponíveis no mercado, como é o caso da Nuvem De Pontos da Matterport, por exemplo, para escaneamento de edificações, bairros e até mesmo cidades inteiras, permitindo maior precisão e agilidade aos projetistas ao desenvolverem projetos de infraestrutura, como a construção de uma estação de trem ou até mesmo a revitalização de prédios históricos, facilitando a elaboração de vistas e corte de qualquer parte do levantamento escaneado.

No BIM e nas Smart Cities nada deve ser analisado de forma isolada, devemos observar como um todo, seja na relação de um prédio ao seu entorno ou até mesmo disciplinas como abastecimento de água e a mobilidade urbana, mesmo tratando-se de disciplinas diferentes é de suma importância analisar as interferências e a relação das mesmas com o objetivo de evitar falhas e desperdícios, reduzindo o tempo de projeto e de obra ao final do projeto, é possível atualizar de acordo com o que foi construído, fazendo com o que o As Builts (LOD) seja sempre atualizado conforme as necessidades de manutenção e operação dos empreendimentos.

Ativo
Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Por tanto é possível concluir como a utilização de novos conceitos, como o Smart Cities, podem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento das cidades e melhoria da qualidade de vida população, tendo o BIM como principal aliado para as obras de melhoria das infraestruturas públicas. Não será uma novidade no futuro quando o Decreto BIM estiver consolidado no Brasil.
Nós da SPBIM acreditamos que o uso das tecnologias devem estar cada vez mais presente no planejamento das cidades, resultando em ganhos positivos tanto para a economia local como ao uso diário dos habitantes que residem naquele espaço.

O que é um GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos)?

GED
Fonte: SpBIM

Do inglês ECM (Enterprise Content Management) ou Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) ou Gestão Eletrônica de Documentos (GED) trata-se de softwares de administração, que foram potencializados com o avanço da tecnologia de armazenamento de dados via nuvem, tendo por objetivo gerar, processar, armazenar, compartilhas e recuperar informações a partir de um banco digital de dados. A partir desses objetivos é assegurado o acesso aos documentos de forma mais prática e com menor custo, através de ações automatizadas mitigando falhas.

Ao realizar uma atividade diversos documentos são emitidos, sejam através de e-mails, contratos, recibos, análises, listas e entre outros.
Você já parou para pensar em como o armazenamento busca e valida as informações que impactam diretamente nos resultados obtidos pelas empresas? Como os prazos são afetados diretamente pela organização dessas informações?

Seja na construção civil ou em qualquer outra área, a má gestão de informações geradas todos os dias impactam diretamente nos ganhos finais, gerando depreciação do fluxo de trabalho e até mesmo altos custos não previstos. Administrar a forma com que tais informações devem ser armazenadas, categorizadas, filtradas e até mesmo priorizadas não é tarefas fácil, representando um dos principais desafios enfrentados por gestores de departamentos de baixa, média e alta complexidade.

GED
Fonte: SpBIM

Diversas estratégias são traçadas com o objetivo de amenizar e até mesmo sanar tais dificuldades, é por isso que grandes feitos vêm sendo realizados através da utilização da tecnologia realizando o processamento e gerenciamento dos documentos emitidos em diversas fases do ciclo de vida de uma construção e na própria gestão da empresa.

Todas as informações passam a estar disponíveis a um clique, ou seja, passam do meio físico para o meio digital, resultando em maior economia de papel, espaço de armazenamento e tempo. Para que o GED seja implantado de forma eficiente, é necessário a que os softwares sejam compatíveis com os mais variados formatos digitais, tais como áudios, imagem, PDF e tantos outros. Desta forma será possível realizar consultas e controles de dados garantindo agilidade nos processos, nas informações passadas e na verificação de dados.

Com isso torna-se essencial a utilização deste tipo de gestão em todas esferas da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), principalmente considerando a dinâmica de atualizações de dados envolvendo um empreendimento perante a construtora, por exemplo.

A adoração de processos bem definidos e práticas controladas para o desenvolvimento, verificação, liberação e acessos as informações fazem com que se obtenha total controle dos documentos da construção, logo da construção como um todo.

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA

Antes de achar que a tecnologia da informação irá resolver todos os problemas na gestão de documentos é necessário compreender que antes dos novos processos e práticas será essencial entender de forma crítica as necessidades e prioridades  a serem resolvidas, pois trata-se de uma transição que demanda alto conhecidos do fluxo de trabalho atual  para chegar a um fluxo de trabalha ideal, com padrões eficientes e eficazes sendo aplicados em todas as fases do fluxo de trabalho e áreas da empresa com seus respectivos parceiros, fazendo uso de processos automatizados, reduzindo demandas manuais e tornando as ações mais precisas.

Todas essas ações devem ser assistidas e entendidas juntamente com a equipe contratada para o desenvolvimento do sistema. Nesta integração entre a empresa contratada para implantação e entre a contratante são discutidas novas metodologias de organização, nova forma de realizar o planejamento interno, planejamento de projetos e gestão de todas as demandas externas, resultando em um Plano de Implantação que delineará todas as etapas de transição, respondendo perguntas como essas: “como e quando o sistema piloto será implantado”, “quais áreas iniciaram o processo e quais seram incluidas em cada nova fase de implantação” e “ quais serão os resultados obtidos em cada fase”. Após a estruturação do plano a implantação é iniciada.

GED
Fonte: SpBIM

É por isso é necessário realizar constantes adequações dos processos, sendo essencial a participação da equipe como um todo e ainda a presença de um responsável pelo GED na empresa, que ficará encarregado por realizar a gestão dos processos, atualização e melhoria das atividades de gerenciamento.

POR QUE UTILIZAR O GED?

Ao final desse processo a empresa passará a ter:

  • Rotinas administrativas facilitadas: recebimento automatizados através da nomenclatura padronizada até o compartilhamento de dados;
  • Otimização dos processos: tornando-os mais práticos, precisos e seguros (mitigando falhas manuais);
  • Controle de processos: maior domínio sobre as ações em desenvolvimentos, seus respectivos responsáveis e controle de acesso, assegurando a proteção de informações sigilosas – além de manter as versões de cada documento e projeto registradas de forma automatizada;
  • Diminuição de gastos: ao reduzir a utilização de papel, espaço e esforço manual;
  • Redução de retrabalho e ganho de produtividade: ao realizar processos bem definidos a equipe passa a ter mais tempo para atividades mais lucrativas;
  • Mais responsabilidade ambiental: com a redução de papel, a quantidade de lixo produzido em decorrência de seus processos internos também será reduzida.
Gerenciamento Eletronico de Dados
Gerenciamento Eletronico de Dados / Fonte: SpBIM

GED + BIM?

O GED (Gerenciamento Eletrônico de Dados) está diretamente relacionado na forma com que as empresas realizam seus processos internos, sua forma de contratação de mão de obra, materiais e tanto outros serviços e ações que envolvem a gestão empresarial. A realização de projetos em BIM está diretamente relacionada com esse tipo de sistema, mesmo que não sejam desenvolvidos para fins projetais e de compatibilização, pois será a partir dele que os padrões BIM serão desenvolvidos e aplicados desde o Plano de Execução BIM (PEB) como o uso do BIM Mandate e EAP da construtora, sendo seguidos tanto para o desenvolvimento de projetos  complementares como os desenvolvidos pela própria equipe interna.

Para gestão de projeto em BIM é utilizado sistemas CDE (Commom Data Environment – Ambiente Comum De Dados) onde os arquivos são hospedados e gerenciados os modelos desenvolvidos no BIM3D, BIM4D, BIM5D, BIM6D  e BIM7D nos softwares de modelagem BIM Revit, Archicad, Vectorworks e Sketchup por exemplo de maneira nativa ou até mesmo através do IFC (Formato BIM). Existem diversas plataformas para utilização como ou parte de um CDE como é o caso do Trimble Connect, BIMSync, BIM 360, Navisworks, Solibri entre diversos outros.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos que a utilização softwares de gestão de Gerenciamento Eletrônico de Dados é de suma importância para o desenvolvimento e credibilidade de uma empresa, tendo interferências diretas no relacionamento entre parceiros e resultado finais de projetos em BIM.
A partir deste ano será importante devido ao incentivo do Decreto BIM onde serão fomentados o BIM e pensar em sistemas de Gerenciamento Eletrônicos de Dados será relevante na democracia do BIM para o nosso país.

GeoSampa e o BIM

GeoSampa
GeoSampa / Fonte: Gestão Urbana SP

O GeoSampa é um portal digital, aberto e gratuito, que contém uma enorme quantidade de informações urbanas georreferenciadas da cidade de São Paulo, foi implantado em dezembro de 2014, para uso da Prefeitura, mas que posteriormente, abriu seu uso para toda a população.

A plataforma nasceu com base no Mapa Digital da Cidade (MDC), que é o suporte cartográfico do Sistema de Informações Geográficas do Município de São Paulo (SIG-SP). O Mapa Digital da Cidade (MDC) foi criado a partir do levantamento aerofotogramétrico realizado em 2004 no município de São Paulo, produzindo uma base cartográfica digital na escala de 1:1.000 nas regiões urbanas e de 1:5.000 nas regiões rurais.

Após os levantamentos realizados em 2004, o MDC contou com uma série de atualizações através de uma nova cobertura aerofotogramétrica colorida, apoio de campo planialtimétrico, aerotriangulação, modelo digital do terreno, ortofotos digitais, construção de uma base de dados cadastrais de imóveis e logradouros, entre outras melhorias e atualizações.

Com todas as informações coletadas para a criação e atualização do Mapa Digital da Cidade (MDC), juntamente com a base de dados de imóveis e logradouros, a conexão desses dados proporcionou a criação de um grande banco de dados georreferenciado, que além de fornecer dados, fornece mapas com esses dados linkados. Dessa forma, com o cruzamento desses dados, surgiu o GeoSampa, que proporciona à população o acesso a todas as informações produzidas por esses levantamentos.

O QUE O GEOSAMPA OFERECE

A plataforma do GeoSampa oferece, a partir do mapa do Município de São Paulo, a possibilidade de realizar medições de distâncias, exportação de imagens e download dos arquivos georreferenciados que estão organizados por temas, e contam com mais de 200 camadas de dados, todos esses dados podem ser obtidos nos formatos SHP (utilizado em softwares Gis), KMZ (utilizado por exemplo no Google Earth), DXF (utilizado em softwares CAD) e também em PDF, esses arquivos podem ser utilizados no BIM em softwares como Revit, Archicad e Sketchup.

Essas camadas incluem dados como a localização de cerca de 650.000 árvores que fazem parte do sistema viário de São Paulo, os perímetros do Zoneamento da Cidade, a localização dos equipamentos públicos, localização e situação de áreas de riscos, entre muitos outros dados.

Abaixo podemos ver a interface da plataforma e como são as divisões dos dados em suas temáticas.

Interface do GeoSampa

Interface GeoSampa
Interface GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

Divisões das Dados e Suas Temáticas

Tematicas GeoSampa
Tematicas GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

BENEFÍCIOS GERADOS PELO GEOSAMPA

Ao ofertar essa grande quantidade de dados à população, o GeoSampa proporciona uma fonte de informação confiável e que pode ser utilizada para pesquisas científicas, órgãos públicos, empresas, ONG’s e para o mercado imobiliário. Imagine o potencial para Estudos de Viabilidade no BIM por exemplo para arquitetura e engenheiros. Atualmente, levando os benefícios apresentados pelo GeoSampa para o mundo BIM, os modelos executados na cidade de São Paulo podem possuir uma maior fidelidade ao real, por exemplo, caso seja necessário as dimensões de seu lote, para um estudo de viabilidade, ou saber a qual zoneamento o lote pertence, essa informação pode ser facilmente obtida pelo GeoSampa, o que fortalece o “I” dentro BIM.

NOVIDADES NO GEOSAMPA

Em 2017, a prefeitura realizou um aerolevantamento que produziu, além de ortofotos e um mapeamento detalhado da vegetação, a cobertura de toda cidade por dados a laser, através da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), que, ao produzir uma nuvem de pontos, não apresenta somente uma imagem de satélite, mas sim uma representação geométrica de toda a cidade. Exemplos semelhantes é a utilização de Drones para Geração de Nuvem de Pontos.

Todos os dados da nuvem, foram disponibilizados a partir do fim de 2019, e podem ser facilmente acessados pela funcionalidade LiDAR 3D, localizada na plataforma, e após selecionar a área de interesse, seleciona-se a opção desejada, entre visualizar o Modelo Digital da Cidade (MDC) ou o Modelo Digital do Terreno (MDT), sendo esse último a funcionalidade que exclui do MDC os automóveis, edificações, entre outros elementos que não fazem parte do terreno.

MDC – Modelo Digital da Cidade

MDC Modelo Digital da Cidade do GeoSampa
MDC – Modelo Digital da Cidade do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

 

MDT Modelo Digital do Terreno do GeoSampa
MDT – Modelo Digital do Terreno do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

CONCLUSÃO:

Dessa forma, ao conhecer e se aprofundar nos dados fornecidos pelo GeoSampa, nós da SpBIM reconhecermos as possibilidades que a ferramenta da plataforma que o GeoSampa permite, é possível identificarmos e enxergamos um grande avanço em poucos anos, a plataforma pode proporcionar uma conexão direta com o BIM, através da exportação de arquivos em IFC permitindo atender o Decreto BIM e a Democracia no BIM para todos os arquitetos e engenheiros.

O que é o “Omniclass”?

OMNICLASS
OMNICLASS / Fonte: SpBIM

Com o decreto de implantação BIM sancionado, o uso da metodologia BIM tende a virar linguagem comum na realidade projetual de todos os envolvidos na construção civil. Contudo, está difusão inicial trará alguns desencontros na padronização de informações e na sincronização de dados em trabalhos colaborativos. Existem normas que utilizam a ISO como base como é possível identificar no ABNT NBR 15.965, uma norma brasileira de padronização informacional para metodologia BIM.

Entretanto já existe uma padronização instituída na Organização Internacional de Padrão (ISO), a ISO 12006-2:2015 cujo escopo apresenta um quadro para classificações de tipologias e diretrizes organizacional de informações sobre obras e seus componentes. Podendo ser uma alternativa brasileira inicial, para evitar-se conflitos de informação.

COMO O OMNICLASS ENTRA NESSE PANORAMA?

O Omniclass é um sistema de classificação e padronização voltado para indústria civil, com foco na estruturação e nomenclatura para bancos de dados eletrônicos e softwares. Tendo por base, a ISO 12006-2:2015 e os princípios de organização das tabelas MasterFormat e UniFormat. Essa ferramenta foi mantida e desenvolvido com um foco norte-americano, mas pode ser implementado para classificar construções e seus componentes em qualquer outro país, assim como no Brasil. O “catálogo” do sistema Omniclass inclui intencionalmente conteúdo de todos os tipos de construções, em suas diferentes culturas construtivas. Desde os prédios comerciais, aos institucionais; passando por construções horizontais tais como as estradas e ferrovias, até chegar nos processos construtivos industriais; sem esquecer, os projetos civis pesados como barragens e pontes; e catalogando até mesmo os componentes de tipologia residenciais.

Além do seu uso para preparar e marcar informações do projeto, essa amplitude de cobertura também permite ao Omniclass: organizar, filtrar, classificar, recuperar ou até mesmo trocar informações, de acordo com as exigências da COBie (Troca de Informações de Construção-Operação) e normaliza outros possíveis padrões de informações gerados durante o ciclo de vida do projeto, tais como as nomenclaturas dos objetos nos diferentes LOD. Com a Democratização do BIM, essa classificação deverá ser atendida no formato IFC exportados dos softwares BIM como o Revit, Archicad e Sketchup por exemplo.

Omniclass
Fonte: Omniclass

COMO O OMNICLASS FUNCIONA?

O Omniclass é composto por 15 tipologias de tabelas categorizadas, cada uma delas representa uma faceta diferente de informações de construção. Cada coluna pode ser usada independentemente, ou intercambiadas para classificar um determinado tipo de informação, refinando ainda mais a classificação, e adicionando mais pontos de acesso às informações, ou classificações mais complexas.

O Ominiclass foi desenvolvido pela primeira vez em setembro de 2000, com base nos princípios orientados no Comitê de Desenvolvimento do OCCS e funciona a partir da troca completa e aberta de informações dos participantes do desenvolvimento Omniclass. As tabelas do Omniclass são organizadas sob três perspectivas:

  • Descrição de resultados da construção; (Tabelas de 11 a 22)
  • Informações sobre recursos construtivos; (tabelas 23-33-34-35, e parcialmente a 36 e 42)
  • Organizador de processos construtivos, inclusive as fases do ciclo de vida da construção. (Tabelas 31 e 32)
ESTRUTURAÇÃO DAS TABELAS OMNICLASS
CÓDIGO DA TABELA DESCRIÇÃO TIPOLOGIA
 OmniClass Table 11 ISO A.8

Construções Complexas

Residencial, comercial, centros de convenções, terminais de transporte público, autoestradas etc.
 OmniClass Table 12 ISO A.9

Construção de Entidades

Edifícios Híbrido, arranha-céus, pontes, pistas de aterragem etc.
OmniClass Table 13 ISO A.10

Espaços Construídos

Quartos, escritórios, academias, autoestradas etc.
 OmniClass Table 14 ISO A.10

Espaços Construídos

Jardins e pátios, nichos, caixas de ar etc.
 OmniClass Table 21 ISO A.11

Construção de Elementos

Paredes externas, escalas, rampas, coberturas, mobiliários etc.
 OmniClass Table 22 ISO A.12

Resultado de Trabalhos

Marcenaria, lançamento do concreto, cerâmica de revestimento, luminotécnica, instalações hidráulicas, trilhos das vias-férreas etc.
 OmniClass Table 23 ISO A.3

Construção de Produtos

Concreto, tijolos, argamassa, janelas, portas, soleiras, sarjetas etc.
 OmniClass Table 31 ISO A.7

Processos Construtivos

Elaboração do projeto, documentação, fases construtivas, tratamento dos materiais das demolições etc.
OmniClass Table 32 ISO A.6

Serviços

O projeto, a oferta, a estimativa de custos, o levantamento topográfico etc.
 OmniClass Table 33 ISO A.4

Disciplina

Arquitetura, engenharia estrutural, engenharia predial etc.
OmniClass Table 34 ISO A.4

Organização Funcional

A direção da obra, o projetista, o instalador, o BIM Manager, o agente imobiliário, o responsável do processo etc.
 OmniClass Table 35 ISO A.5

Ferramentas

Os andaimes, os softwares para projeto arquitetônico e orçamento, as cercas do canteiro de obras, os veículos automóveis etc.
 OmniClass Table 36 ISO A.2

Informação

Os arquivos de projeto, as normas de referências, os títulos de propriedades, os manuais para manutenção e gerenciamento, o diário de obras etc.
 OmniClass Table 41 ISO A.13

Materiais

Aço, madeira, concreto, plástico etc.
 OmniClass Table 49 ISO A.13

Propriedades

Cor, dimensões, custos, resistência ao fogo, etc.

O OMNICLASS NO USO BIM

O Omniclass é utilizado como sistema de classificação padrão de alguns softwares da Autodesk, tais como o Revit e o Inventor. A utilizada no Revit refere-se à Tabela 23 “Produtos” no sistema OmniClass. O arquivo da lista OmniClass pode ser encontrado em: C:Users<rent name user>AppDataRoamingAutodeskREVIT<product name and release>.

A Tabela 23 dos critérios de classificação do OmniClass lista componentes ou conjuntos de componentes, incorporando permanente entidades de construção, focando detalhar e desenvolver etapas de um projeto.

Tabela de Classificacao Omniclass no Revit
Tabela de Classificacao Omniclass no Revit / Fonte: SpBIM

 

Para tal finalidade descreve-se três parâmetros de tipo, também chamado de “classificação facetada”, que significa classificar o elemento sob diferentes pontos de vista. No Omniclass esse sistema é transformado em um código numérico com a matriz em três informações: Função, Tipo e Material.

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos a importância em unificar o sistema de classificação para parâmetros informativos, pois reconhecemos o ganho de tempo, e a facilidade que essa unificação traria na interoperabilidade de arquivos com metodologia BIM. E por isso, nós além de usarmos, incentivamos à adoção do sistema Omniclass como diretrizes de nomenclatura de todos os projetos e elementos pertinentes a criação do Ominiclass, mesmo com a difusão do BIM em andamento no Brasil e com o incentivo do decreto de implantação BIM, sabemos que a utilização efetiva dependerá da disseminação do BIM 3D, BIM 4D e BIM 5D além do uso efetivo do Plano de Execução BIM e o Manual de BIM com o apoio de consultores e gerentes BIM.

CAD vs BIM

Saiba agora as diferenças entre CAD vs BIM

Antes de compreender a diferença entre os dois sistemas de modelagem, cabe relembrar a definição técnica de cada um desses sistemas. O sistema CAD – Computer-Aided Design (Desenho Auxiliado por Computador), enquanto o BIMBuilding Information Modeling (Modelagem com Informação para Construção) trata-se de um processo para produzir e gerenciar dados “I” do BIM para construção ao longo de todo ciclo de vida do ativo, simulando em ambiente digital a construção real.

Embora os softwares BIM, sejam tecnicamente programas CAD, o termo “CAD” está essencialmente ligado a uma ferramenta de elaboração, como o AutoCAD, portanto tornou-se sinônimo de uma folha digital “prancheta virtual” para criar linhas/formas simbólicas que representam determinada vista de um projeto. Ao passo que o BIM tem sido atrelado a mitigar operações processuais e modelagem de BIM 3D.

Essa dinâmica no BIM está atrelado a sincronização de vistas, e integração do modelo ao fluxo de trabalho colaborativo simultâneo, ou seja, enquanto permite que diferentes pessoas trabalhem concomitantemente em um único arquivo no servidor ao mesmo tempo, o software ainda atualiza todas as vistas automaticamente. Enquanto no CAD seria necessário que um enviasse ao outro e a partir de cada alteração, os arquivos deveriam ser reenviados e/ou referenciados sobre o outro para procurar incompatibilizações ou seguir o trabalho.

Diferença entre CAD vs BIM
Fonte: SpBIM

 

Além dessa diferença em fluxo de trabalho, o BIM também se difere no seu “I” (informação), pois todos os seus elementos são vinculados a parâmetros de identificação que intitulam o modelo tal qual seria o real, enquanto no CAD existem apenas linhas, que ao clicar ou exportar, não carregaria informações ou regras de parâmetros.

POR QUE USAR O CAD?

Embora o CAD apresente uma quantidade maior de desvantagens, em relação as suas vantagens, a metodologia ainda conta com alguns pontos de vantagens como:

  1. FACILIDADE DE APRENDIZAGEM: Já que a dinâmica de desenvolvimento se assemelha a produção de desenhos no papel, suas ferramentas possuem como foco a representação de geometrias, por tanto as interfaces desses softwares CAD apresentam uma versão mais enxutas, genéricas e simples para representação, o que facilita a aprendizagem da ferramenta.
  2. FACILIDADE EM ENCONTRAR MÃO DE OBRA: A interface são na sua maioria intuitivas, não necessariamente precisa-se ter graduação ou ser da área da construção civil, para desenhar com tais ferramentas, portanto é mais fácil e mais acessível encontrar mão de obra Cadista/Copista/Desenhista.
  3. TRADIÇÃO: A modelagem em CAD é a metodologia mais usada para representação no mercado da construção civil, portanto o compartilhamento de trabalho se torna mais fácil já que vários profissionais já trabalham com tal ferramenta.
  4. SOFTWARE COM CUSTO ACESSÍIVEL: Devido sua limitação de desempenho, e sua já consolidação do Software, o que além de diminuir os reparos e atualizações, permitindo que tais as ferramentas fiquem mais baratas no mercado de softwares em relação aos softwares BIM.
  5. HARDWARE COM CUSTO ACESSÍVEL: Como os softwares de CAD não necessitam de um alto processamento e uma placa de vídeo potente, o seu investimento de hardware é mínimo, pois essas ferramentas conseguem rodar em notebook simples ou até mesmo on-line.
  6. FACILIDADE EM PRODUZIR MULTIPLAS CÓPIAS: Os modelos em CAD permitem a duplicação e replicação dos elementos com uma velocidade imensurável em relação ao desenho a mão, portanto garantem uma maior agilidade para elaborar desenhos similares.
  7. BIBLIOTECA E FORNECEDORES: Existem inúmeras bibliotecas na internet dos famosos “blocos de cad” desenvolvido ao longo desses 20 anos. É possível contar com o desenvolvimento em quase todos os sites de fornecedores da construção civil de blocos ou em muitos casos entregues por vendedores através de CDs e Pendrives.
Fase de Projeto Tradicional (CAD)
Fase de Projeto Tradicional (CAD) / Fonte: SpBIM

PRINCIPAIS SOFTWARES CAD:

Visando maior contextualização do que seriam esses softwares CAD, nós da SpBIM separamos alguns softwares multiplataformas (Windows, Mac e Linux), e de compatibilidade de arquivos com os principais softwares e usos em relação ao mercado.

  1. AUTOCAD

Comercializado pela Autodesk, desde 1982, o AutoCAD é o software CAD mais comercializado na indústria civil, a ferramenta funciona como uma prancheta virtual 2D e 3D, onde é possível desenhar e editar a geometria 2D e fácil modelagem 3D com sólidos, superfícies e objetos de malha. O Autocad possibilita desenhar plantas baixas, elevações, cortes e outros desenhos de projeto em 2D e modelos em 3D, criando detalhes, vistas, anotações, folhas etc. Além de ser um programa universal, onde seus arquivos podem ser abertos em diversos outros programas como no Revit, Archicad, Vectoworks e SketchUp.

A comercialização do software é feita através de três opções de vendas:

  • Autocad mensal: R$1.158,00 (Impostos inclusos)
  • Autocad anual:R$9.197,00 (Impostos inclusos)
  • Autocad 3 anos:R$24.826,00 (Impostos inclusos)

*Pode variar conforme dólar

Projeto MASP
Projeto MASP – O que é Autocad / Fonte: SpBIM
  1. FREECAD

O FreeCAD é um Open Source para modelagem CAD que também funciona como uma prancheta digital, que permite desenhar formas 2D restritas de geometria e usá-las como base para construir outros objetos. Além disso, a ferramenta contém muitos componentes para ajustar dimensões ou extrair detalhes de design de modelos 3D para criar desenhos prontos para produção de alta qualidade. Um dos maiores diferenciais do software é o seu código aberto que está em constante atualização e que é aberto a correções de bugs, implementação de novos recursos ou correção de bugs, a plataforma convida os usuários a participar das novas mudanças e atualizações futuras.

  • Software gratuito
Software Freecad
Software Freecad / Fonte: Ingenieria Libre
  1. OPENSCAD

O OpenSCAD também é um software livre gratuito, especializado em desenhos bidimensionais 2D, e sólidos 3D, na qual a modelagem funciona a partir de programação. Sua interface é enxuta havendo apenas campo de funções essenciais como as padronizadas no Windows, como: save, fazer ou desfazer.  E os campos de codificação/ visualização de produto.

  • Software gratuito
Software Openscad
Software Openscad / Fonte: Miscellaneous Projects

POR QUE USAR O BIM? 

A metodologia BIM tem ganhado espaço na indústria civil porque além de ser um método integrado, também engloba todas as fases do projeto, respaldando assim todo o ciclo de vida do ativo. Portanto traz aos escritórios inúmeros ganhos, como:

  1. RAPIDEZ NA PRODUÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO: Na documentação de projetos em BIM, é possível parametrizar folhas, e literalmente arrastar os desenhos para as pranchas, e fim estará tudo pronto, o carimbo se preenche automaticamente, os textos, símbolos gráficos acompanham a escala conforme a ISO e ABNT de representação de desenho técnico. É possível otimizar o processo com um TEMPLATE BIM e BIBLIOTECA BIM.
  2. ANÁLISE DE INTERFERÊNCIA “CLASH DETECTION”: Os projetos realizados em CAD, não apresentam uma integração entre os desenhos, então acabam acontecendo conflitos chamados de Clashs. Em BIM é possível que todo clash seja destacada e até mesmo automaticamente corrigidos, quando configurado em programação global de um template por exemplo.
  3. POTENCIALIZAÇÃO DO TRABALHO COLABORATIVO: Os Softwares BIM preveem fluxos de trabalhos colaborativos através de modelos centrais, e criações de Worksets (Revit) ou reservas de funções no Teamwork (ArchiCAD), onde pessoas diferentes podem mexer em tempo real na modelagem de um único projeto com em casos do Modelo Federado, onde existe a união de diversos modelos. Então enquanto alguém poderia modelar o térreo, outra modelaria a cobertura, e uma terceira faria a documentação tudo, em tempo real (real time), sem precisar ficar enviando os arquivos entre os usuários, ou indicando o que e onde foi alterado.
  4. PRECISÃO NOS QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS: Com os softwares BIM o modelo já realiza todos os cálculos de quantitativos para o BIM 5D de forma automatizada, basta apenas o preenchimento de parâmetros em cada objeto usado, e a criação de tabelas que além de filtrar esses parâmetros, possibilita criar cálculos reais sobre o que foi realizado através do modelo.
  5. FACILIDADE NO CUMPRIMENTO DE PRAZOS: O BIM simula em ambiente digital o que aconteceria no canteiro real, portanto a partir do tempo e entendimento do processo ainda na fase projetual, é possível diminuir o tempo de execução de processo real, que passa a ser previsto, amenizando os imprevistos de obra.
    Além da sua agilização de prazos para o planejamento BIM 4D quanto a processo, cabe destacar o seu dinamismo quanto a simultaneidade das vistas, pois ao criar um desenho 2D, os softwares atualizam automático todas as outras vistas referentes ao desenhado/modificado.
  6. QUALIDADE NO PROJETO = QUALIDADE NA OBRA: Ao projetar tal qual seria construído, os projetistas acabam pensando e detalhando com maior precisão. O que resulta em um projeto mais bem desenvolvido, portanto, as decisões que seriam tomadas em canteiro, acabam sendo definidas junto ao projeto, e o canteiro apenas executa. Como é o caso das paginações, alinhamentos, bonecas etc.
  7. AUMENTO DA CONFIANÇA DO CLIENTE: Todos sabemos que independente da obra, o investimento é alto, e os cliente sempre ficam com um receio de investir em uma ideia sem respaldos ou controle de gastos. A modelagem BIM ameniza os receios do cliente pois tornam as ideias projetuais mais palpáveis e reais quanto a custos, então o cliente se sentem seguros para firmar o investimento tal qual o idealizado pelos projetistas.
  8. CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS: O BIM tem viabilizado os avanços plásticos e funcionais dos elementos da indústria civil, que passou a acreditar na intencionalidade, já que os seus desempenhos conseguem ser comprovados no computador os projetistas sentem mais confiantes para assinar as responsabilidades técnicas. E os investidores se sentem mais seguros para investir no produto.
  9. REDUÇÃO DE RETRABALHO: Com o fluxo de trabalho BIM, é mais difícil as incompatibilizações aparecerem, pois os projetistas conseguem entender melhor a outra parte do projeto envolvido, então passam a tomar decisões de formas mais conscientes, o que ameniza a quantidade de revisões e número de retrabalhos para ajustar vista a vista.
  10. REDUÇÃO DE ADITIVOS EM OBRA: Ao se construir um DIGITAL TWIN o projetista prevê cada um dos matérias ou ferramentas que seriam necessários para a elaboração de tal processo, então ao fazer o Twin, é possível diminuir, ou até mesmo acabar com a compra de materiais não previstos, ou materiais a mais que o necessário.
Fase de Projeto BIM
Fase de Projeto BIM / Fonte: SpBIM

PRINCIPAIS SOFTWARES BIM:

Diferente da modelagem genérica dos modelos em CAD, os softwares BIM contam com:

  • ferramentas especificas de modelagens tais como: parede, piso, portas, janelas, pilares, forro, escadas, rampas, telhados e qualquer objetos 3Das famosas famílias/objetos;
  • Todo elemento inserido no modelo virtual poderá extrair informações de quantidades precisas como: dados de materiais e acabamentos, área, volume, perímetro ou o código do produto e o nome do fabricante por exemplo, as possibilidades são diversas.
  • Interoperabilidade (OpenBIM): todos os softwares BIM conversam entre si através de IFC, e todos possibilitam o trabalho colaborativo.

Nós da SpBIM, separamos um top 5 dos softwares BIM mais comercializados no mercado:

  1. REVIT

Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é o software bidimensional BIM (Building Information Modeling) mais utilizado no mundo, a ferramenta tem por escopo o desenvolvimento de modelos virtuais tridimensional (3D) com informações paramétricas, ou seja, o Revit é uma plataforma para construção virtual (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é utilizado para planejamento, projeto, construção e gerenciamento. Entretanto cabe ressaltar a elevada curva de aprendizado da ferramenta, que é extensa se comparado a outras ferramentas disponíveis como o seu principal concorrente o ArchiCAD. E seu custo oscila em relação ao mercado devido a comercialização em dólar:

  • REVIT FULL MENSAL: US$ 1.383,00
  • REVIT FULL ANUAL: US$ 11.159,00
  • REVIT FULL 3 ANOS: US$ 30.132,00
  • *Pode variar conforme dólar
  • Caso queira saber mais sobre o assunto, fizemos uma comparação entre as versões: Revit Full vs Revit Solo.
Curso de Revit
Curso de Revit / Fonte: SpBIM
  1. ARCHICAD

ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft. Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas a construção de um edifício virtual (3D) e soluções de engenharia estrutural, sendo possível utilizar em todos os tipos de projeto para arquitetura como: edificação, interiores, iluminação, paisagismo, urbanismo, mobiliário, construção e compatibilização.

O ArchiCAD de maneira única une a construção e o desenvolvimento de um modelo virtual tridimensional (3D) com informações paramétricas dos elementos construtivos, ou seja, é uma simulação virtual da construção (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é possível extrair e utilizar de maneiras diversas o modelo desde o planejamento, até o projeto, construção e gerenciamento.

A comercialização do software é realizada através de dois tipos de licenças comerciais:

  • Aluguel: A licença Full aluguel, no dia de publicação desse artigo, estava pautada em 165€+IVA / mês (cerca de R$ 1.047,75+IVA)
  • Perpétua: A licença Full vitalícia, no dia de publicação do artigo estava pautada a

1.750€+IVA (cerca de R$ 11.112,50+IVA)

  • *Pode variar conforme dólar e euro

Caso queira saber mais sobre o assunto, fizemos uma comparação entre as versões: Archicad ful e Archicad Solo.

Saiba o que é o Arhicad e quais as diferenças entre cad vs bim
Curso de Archicad / Fonte: SpBIM
  1. SKETCHUP

Desenvolvido pela Startup Last D Software em 1999, o SketchUp é um software CAD (Computer Aided Design/Desenho assistido por Computador) e simultaneamente BIM devido a sua capacidade de parametrizar as informações da geometria e a possibilidade de exportar em IFC (Requisito básico para um software ser considerado BIM).

Atualmente o Sketchup foi adquirida pela empresa Trimble, a ferramenta possibilita a criação desde rafes (Projetos Gráficos – Croquis de Design) até projetos com precisão de forma fácil e tridimensionais como na Arquitetura e Design. O software foi desenvolvido para a criação de modelos em 3D, com a criação de maquetes em 3D é possível fazer apresentações de forma mais realista, facilita a visualização do projeto e demonstra como seria o projeto finalizado.

A comercialização do software é feita através de três principais licenças comerciais:

  • SKETCHUP SHOP: US$ 119,00/ano
  • SKETCHUP PRO: US$ 240,00/ano
  • SKETCHUP STUDIO: US$ 1.119,00/ano
  • *Pode variar conforme dólar
Saiba o que é o SketchUp e quais as diferenças entre cad vs bim
Fonte: SketchUp
  1. DYNAMO

O Dynamo pertence a uma nova gama de softwares de arquitetura 3D que são capazes de produzir projetos baseados num conjunto de parâmetros, nomeados como programação visual de código aberto. O Software é gratuito e desenvolvido para poder estender as funcionalidades da Autodesk. Nas versões mais atuais do Revit o Dynamo já vem instalado.

O Dynamo possui uma interface intuitiva semelhante ao seu concorrente o Grasshopper, é um software de fácil domínio, isso se deve a sua base de “programação visual”, ou seja, não é necessário saber programação de texto “base”. Este programa está disponível na versão gratuita, e na versão comercial. A versão comercial, funciona indiferente dos softwares da Autodesk, e é chamada de Dynamo Studio, que é comercializado com três frentes de licenças:

  • MENSAL: US$ 40,00
  • ANUAL: US$325,00
  • 3 ANOS: US$880,00
  • *Pode variar conforme dólar
Saiba o que é o Dynamo e quais as diferenças entre cad vs bim
Fonte: Dynamo
  1. VECTORWORKS

O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD, cujo enfoco era na plataforma IOS e sendo posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de miniCAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos. a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. E hoje é um dos 3 melhores softwares BIM direcionados a arquitetura e com algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, tornando possível seu crescimento no mercado. Semelhante a softwares de modelagem orgânica como Rhinoceros, o Vectorworks é um software com tais recursos porém em BIM.

  • Seus produtos são subdivididos em nichos de especialização para projeto, ao total são nove, dos quais variam desde arquitetura, até desempenho estrutural, ou luminotécnico. O Vectoworks possui licença vitalícia, como a licença do VECTORWORKS ARCHITECT, custa US$ 3.045,00. *Pode variar conforme dólar
Saiba o que é o Vectorworks e as diferenças entre o cad vs bim
Fonte: Vectorworks

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM, não só utilizamos, como acreditamos tanto na metodologia BIM que tal formato está presente desde a nossa marca, até nossa atuação no mercado, pois vemos o BIM como a evolução CAD capaz de solucionar inúmeros problemas da construção civil, desde erros de orçamentos, problemas de execução e o aumento de aditivos/escolhas de obra sem consentimento do projetista responsável. Portanto, nós da SpBIM recomendamos e ensinamos tal metodologia para aumentar índice de assertividade projetual em relação ao CAD além de aumentar a produtividade, qualidade e lucratividade nos projetos e obras.

Revit LT vs Revit Full

Saiba as diferenças entre o Revit LT vs Revit Full a seguir.

 

Revit LT vsRevit Full
Revit LT vs Revit Full / Fonte: SpBIM

Em um mundo amplamente conectado e com uma vasta difusão do BIM no Brasil, por incentivo do Decreto BIM,  a dúvida  de “qual software escolher ?” se tornou uma das preocupações de escritórios e construtoras, afinal trata-se de um investimento alto para aquisição das licenças e com treinamento de capacitação, pois tais fatores são extremamente relevantes assim como as demandas serão realizadas tanto para projetos em BIM (BIM3D), compatibilização, planejamento (BIM4D), orçamento (BIM5D) e em todas as outras fases do ciclo de vida do empreendimento.

Pensando nisso, diversas empresas de softwares disponibilizam licenças com recursos reduzidos e com valores mais acessíveis, visando atender demandas menores e de baixa complexidade. Uma dessas empresas é a Autodesk desenvolvedora do Revit, principal programa de modelagem virtual da construção da atualidade.

O Revit vem sendo comercializado em duas versões: o Revit e a versão Revit LT. Entenda as suas variações nas cinco principais categorias que envolvem um modelo BIM a seguir:

  • MODELAGEM

A modelagem é, sem dúvidas, o principal recurso desse tipo de software, sendo classificado como BIM 3D, resultando então em uma vasta variedade de recursos de modelagem tanto para arquitetura quanto para estrutura e instalações (MEP). Ao contratar a versão Revit LT estarão disponíveis apenas recursos de modelagem de arquitetura, como: paredes, piso, forro, escadas/rampas e demais e alguns poucos recursos de modelagem de estrutura, como é o caso da viga, coluna e fundação, impedindo o projetista de projetar armadura de modo geral, treliças, colunas inclinadas e MEP em geral. Outro recurso ausente nesta versão é a modelagem no local, ferramenta utilizada para desenvolvimento de famílias personalizadas dentro do modelo.
Essa ausência de recursos de modelagem segmenta de forma significativa o escopo de projeto que poderá ser desenvolvido.

  • COLABORAÇÃO E PROGRAMAÇÃO

Quando pensamos em BIM logo associamos a trabalho colaborativa, afinal é uma das principais vantagens divulgadas sobre trabalhos em BIM. Quando se trata de colaboração e simultaneidade das informações é necessário entender que o Revit Full apresenta todos os recursos , como por exemplo a verificação de conflitos através do Clash, compartilhamento de trabalho, coordenadas compartilhadas, além de outros recursos complementares como a vinculação de todos os arquivos de Revit e de outros programas, através do IFC e/ou DXF. A utilização de ferramentas voltadas para programação também faz parte do pacote do Revit Full, visando agilizar processos através do Dynamo, por exemplo.

Por sua vez o Revit LT não apresenta boa parte desses recursos, não é possível realizar compartilhamento de trabalho através de modelo federado, verificação de interferências, nem coordenadas compartilhas entre projetos e Revit Server, tornando então a ferramenta ineficiente para trabalhos com múltiplos usuários.

Quando se trata de vínculos e exportação/importação de dados o LT também apresenta quantidade de recursos reduzidos, não atendendo as necessidades de tem trabalha com: nuvem de pontos, copia/colagem de elementos a partir de vinculo, personalização da visualização de modelos vinculados e exportação de CAD, SAT, ODBC, gbXML e outros.

  • ANÁLISES

A possibilidade de realizar diversas analises dentro de um mesmo programa também fez com que o principal programa BIM da Autodesck ganhasse visibilidade, ao permitir o usuário analisar estudos solares, de massas, cargas de aquecimento e resfriamento, cargas estruturais, modelos analíticos e análise de áreas, porém tais recursos também não estão disponíveis para o Revit LT.

  • DOCUMENTAÇÃO/APRESENTAÇÃO

A documentação e apresentação dos projetos desenvolvidos em BIM são facilitadas, fazendo com que o usuário dedique menos tempo nesta fase do que no método tradicional CAD. Todos os recursos de documentação estão disponíveis na versão no Revit LT exceto a utilização de tabelas incorporadas, utilização de filtros e tabelas gráficas. Assim como a utilização das Ray Trace, renderização no produto e decalques na apresentação dos projetos em 3D.

  • CUSTO

O principal foco das empresas em comercializar esse tipo de produto é viabilizar o número de usuários da ferramenta a partir de um custo menor, ainda mais ao tratar-se de um produto comercializado em relação ao valor do dólar no Brasil, por exemplo. Tanto o Revit Full com todos os recursos disponíveis, como o Revit LT com recursos limitados podem ser adquiridos apenas na forma de aluguéis, podendo ser mensal, anuais (12 meses) ou no período de três anos (36 meses).

Veja a tabela a seguir para entender a variação de preços entre as duas licenças:

LICENÇAS MENSAL ANUAL 3 ANOS
REVIT LT R$258,00 R$2.091,00 R$5.600,00
REVIT FULL R$1.383 R$11.159,00 R$30.132,00

*taxas inclusas e valores em reais retirados do site oficial da  Autodesk podendo sofrer variações sem aviso prévio, valores conforme a data deste post

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos a complexidade na tomada de decisão de qual licença adquirir, é por isso que realizamos uma serie de analises para entender como as necessidades dos nossos clientes serão atendias em cada uma delas e por fim chegando ao veredito final.

Porém de modo geral, é possível afirmar que a versão do Revit LT possui grandes vantagens para profissionais que atuam com projeto de baixa complexidade, como pequenas reformas, que não necessitem trabalhar de forma colaborativa com outras disciplinas/profissionais e que desejam agilizar o fluxo de trabalho – não sendo indicado para escritórios com mais de 4 colaboradores. Recomendamos realizar um trial de 30 dias de teste para verificar se atendem as demandas do escritório de projetos. Uma recomendação é adquirir o software Revit LT em conjunto com o Autocad LT, onde a economia se tornara maior, isso para profissionais autônomos ou pequenos escritórios.

5 App’s mais utilizados no BIM

Com o avanço da tecnologia e a difusão da metodologia BIM os profissionais estão cada vez mais procurando formar de agilizar o acesso as informações de projeto e nada mais prático do que tê-lo na palma da mão, é por isso que atualmente existem no mercado diversos aplicativos móveis que permitem fazer o uso do BIM através de celulares e tablets.

  • BIMx
Aplicativo BIMx
Aplicativo BIMx / Fonte: Graphisoft Brasil

O BIMx é um aplicativo para dispositivos móveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web) permitem a visualização, medição e apresentação do modelo 2D e 3D, foi desenvolvido pela Graphishoft e possui a fluxo de trabalho Open BIM, sendo compatível com o software Archicad.

  • BIM 360
BIM 360 Team
Aplicativo BIM 360 | Fonte: Cadalyst

Com o objetivo de facilitar a comunicação e agilidade na visualização e gerenciamento dos projetos a Autodesk desenvolveu o BIM 360, um aplicativo móvel disponível tanto para Androide como para IOS. O BIM 360 possui uma interação de forma coletiva com diversos formatos da empresa americana, como Revit, Rhinoceros 3D e outros através dos recursos da nuvem.

  • BIM Server.Center
BIM Server Center App
BIM Server Center App / Fonte: Server Center

Assim como os anteriores, é possível acessar o BIM Server.Center via dispositivos moveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web), permitindo participação coletiva nas ações de gerenciamento, realidade aumentada, visualização e extração de informação do projeto BIM. O app facilita a comunicação da equipe de obra com a equipe de projeto, fazendo com que ambos façam uso do mesmo modelo – resultando na mitigação de falhas de comunicação.

O mesmo é compatível com arquivos Archicad, da Graphisoft e através de plugin também permite a utilização de arquivos Revit da Autodesk.

  • Trimble Connect
Trimcle Connect
Fonte: Trimcle Connect | Trimble

O Trimble Connect permite compartilhar e colaborar entre diversos modelos BIM, inclusive do Sketchup e arquivos abertos IFC. Através da plataforma é possível gerenciar, planejar e até mesmo compatibilizar projetos de diversas disciplinas, fazendo com que todos os comentários, observações e evoluções do projeto sejam notificados aos devidos responsáveis. Todas essas funcionalidades podem ser acessadas através de desktop (Windows, macOS e web) e dispositivos móveis (iOS e Android), usando até três servidores na nuvem.

  • Dalux Field
Apresentacao do aplicativo Dalux Field
Apresentação do aplicativo Dalux Field / Fonte: Dalux Field

Com o Dalux Field é possível agilizar a forma de delegar atividades aos colaboradores (seja em obra em escritório), visualização de modelos BIM 2D, 3D e realidade aumentada, acrescentar comentários ao projeto e gerar relatórios em tempo real dos diversos fluxos de informações e trabalhos em andamentos via nuvem. Para inserir modelos Revit, Navisworks e Archicad na plataforma é necessário plugins compatíveis, disponibilizados no site oficial – podendo ser utilizados em dispositivos móveis (iOS e Android) e desktop (Windows, macOS e web).

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos que o BIM é uma metodologia que deve está presente em todas as fases de um empreendimento, sendo de suma importância a utilização de aplicativos para aparelhos móveis como forma de facilitar o acesso as informações de forma colaborativa e simultânea.

TQS é BIM?

O TQS é um software brasileiro, desenvolvido em 1986 por engenheiros civis, capaz de fazer dimensionamentos de estruturas em concreto, que proporciona um aumento de produtividade e qualidade às empresas e escritórios que o utilizam.

O software foi elaborado para proporcionar projetos estruturais que atendessem às normas da ABNT de forma otimizada, e atualmente, também conta com uma integração com o BIM.

Logotipo TQS
Fonte: TQS

FUNCIONALIDADES DO TQS

O TQS é capaz de gerar projetos de edificações e apresentar os cálculos dos seguintes elementos:

  • Vigas
  • Pilares
  • Lajes
  • Blocos de Fundação
  • Sapatas
  • Estacas
  • Cargas
Imagem apresentacao integracao TQS e Revit
Imagem apresentacao integracao TQS e Revit / Fonte: JKMF e TQS

Porém, existem limitações segundo a versão utilizada. Devido ao alto custo de sua extensão plena, algumas extensões parciais foram desenvolvidas. O TQS conta com assinaturas mensais e contemplam as seguintes extensões:

  • TQS Pleno LVP&S – Compatível com Estruturas de Grande Porte.
  • TQS Unipro LLVP&S – Compatível com Estruturas de até 20 pav.
  • TQS Unipro 12 LVP&S – Compatível com Estruturas de até 12 pav.
  • Alvest Pleno – Compatível com Alvenaria Estrutural.
  • Paredes de Concreto – Compatível com Paredes de Concreto.
  • TQS Preo – Compatível com Estrutura de Grande Porte, Pré-Moldadas e In Loco.

TQS E O BIM

Como dito anteriormente, o TQS possui integração com o BIM, pois com os avanços das softwares BIM, viu-se que se não o fizesse poderia perder espaço para seus concorrentes. Dessa forma, a TQS (Empresa), desenvolveu dentro do próprio TQS (Software) a interface necessária para transformá-lo em um software de BIM 3D.

Sendo assim, a empresa inseriu a modelagem 3D em seu software, a conexão de informações ao modelo e a interoperabilidade entre softwares, sendo essa última a principal característica de um software BIM.

Fluxo de Trabalho para escritorio de Estruturas
Fluxo de Trabalho para Escritório de Estruturas / Fonte: SpBIM
TQS e Tekla Structure
TQS e Tekla Structure / Fonte: TQS

No início de sua implantação BIM, o TQS só conectava-se com o Revit da Autodesk e com o formato IFC, sendo que a primeira conexão dava-se através de um Plug-In. Com a evolução do TQS, ele passou a fazer conexões com os demais softwares BIM (ArchiCAD, Sketchup), também através do IFC, mas com as linguagens próprias de cada software, promovendo um interoperabilidade mais eficiente.

Integracao entre TQS e SketchUp
Integracao entre TQS e SketchUp / Fonte: TQS

CONCLUSÃO:

Sendo assim, nós da SpBIM, entendemos que, por todas os pontos apresentados, o TQS entende-se como um software de integração com BIM, pois permite a modelagem 3D conectada com as informações do elemento e a interoperabilidade entre os demais softwares BIM.

TQS e OPEN BIM
TQS e OPEN BIM / Fonte: TQS

Essa interoperabilidade permite que as modelagens sejam executadas em softwares que o usuário tenha uma maior familiaridade, e somente utilize o TQS para os cálculos estruturais, sem a necessidade de retrabalho.

O que é o Insight da Autodesk?

Com a difusão da metodologia BIM na construção civil, todas as formas de projetar tiveram de se remodelar e sistematizar sua realidade a esse atual sistema. Compreendendo a importância de automatizar as análises de desempenho a Autodesk desenvolveu o Insight.

Autodesk Insight 360º
Autodesk Insight 360º / Fonte: Autodesk

Um plug-in integrado ao Revit ou Formit que auxilia nas análises e concepções de projetos com eficiência energética, baseando-se em um mecanismo de simulações vinculados a uma ampla rede de dados sobre desempenho energético. A ferramenta tem ganhado mercado devido sua versão na nuvem, que possui capacidade de simular o desempenho em todo ciclo de vida do edifício com base em escolhas projetuais, em tempo real.

As simulações são baseadas na comparação de Benchmark, uma metodologia adotada nacionalmente e acreditada pelo DEO (Desempenho Energético Operacional em Edificações) e o CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) como indicador e parâmetro de etiquetagem energética na fase operacional dos edifícios de diversas tipologias e com características e usos semelhantes. O insight parametriza a comparação Benchmark a partir de custo de energia sobre indicadores como:

  • Localização e orientação da construção;
  • Incidência/controle da iluminação natural (aquecimento/resfriamento) a partir da relação entre área de vidro por área bruta da parede;
  • Ventilação natural;
  • Eficiência luminotécnica;
  • Eficiência de carga de plugs;
  • Sistema HVAC/AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado);
  • Sistema fotovoltaico (PV- limite de retorno, eficiência do painel e cobertura de superfície);
  • Escolha de materiais e ou metodologia construtiva;
  • Cronograma operacional.
Fomit + Revit + Insight
Fomit + Revit + Insight / Fonte: Autodesk

COMO FUNCIONA O INSIGHT DA AUTODESK?

Como dito anteriormente o Insight é um Plug-in e um serviço da Autodesk, e assim como os demais, para utilizá-lo basta instalar o add in geralmente encontrado no site do seu desenvolvedor, no caso o da Autodesk. Após instalação, basta abri-lo no software de sua preferência, seja ele o Revit ou o Formit e começar a verificar seu objetivo de estudo.

Acervo pessoal
Fonte: SpBIM

O plug-in encontra-se na aba “analyse/analisar”, antes do uso, verifique se arquivo está georreferenciado e escolha a ferramenta que melhor atende sua necessidade, dentro do “Insight 360”:

  • Heating Cooling: analisa temperatura
  • Lighting: analisa a iluminação
  • Solar: analisa a insolação

Ambas as opções categorizam o modelo por cores, de forma automatizada baseando-se em análise de parâmetros obtidas a partir da geolocalização, orientação do modelo e Informações vinculadas ao modelo. O gráfico com os índices de eficiência energética é necessário entrar na versão web do add in. E basta clicar no ícone do Insight, que o modelo migrará automaticamente para o site do add in, onde o projeto é analisado sobre os parâmetros de comparação Benchmark.

Exemplo de Insight
Exemplo de Insight / Fonte: Autodesk

POR QUE FAZER AS ANÁLISES DE DESEMPENHO NO INSIGHT DA AUTODESK?

Diferente de alguns plug-ins ou softwares do meio, o Insight pode criar qualquer vista categorizada dentro do próprio Revit/Formit, de forma dinâmica e autônoma, em questões de minutos e com apenas alguns cliques. Bastando apenas escolher a tabela de parâmetros que melhor atende sua demanda e esperando que sua vista seja atualizada. Além disso, o Insight ainda possui o diferencial de analisar em nuvem custos e desempenho energético a curto e longo prazo com base em cada decisão projetual e em tempo real.

CONCLUSÃO:

O Insight é um plug-in usado para estudos de desempenho, análises térmicas e simulações de ganhos em iluminação natural. É recomendável o seu uso, devido a facilidade e precisão de resultados, pois o Insight é considerado um grande acelerador de produtividade. Por isso, nós da SpBIM, incentivamos e apoiamos o uso da ferramenta para elaboração e simulação primária de decisões projetuais. O Insight é um fluxo de trabalho indicado para soluções Autodesk.

Como fazer Topografia no Revit?

Como fazer Topografia no Revit Figura

Na BIMdica de hoje vamos ensinar como fazer Topografia no Revit. Boa leitura a todos.

Como fazer Topografia no Revit Figura
10 Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 01

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 02

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 03

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 04

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 05

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 06

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 07

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 08

 

Como fazer Topografia no Revit Figura
Fonte: SpBIM / Como fazer Topografia no Revit Figura 09

 

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