Como utilizar o MORPH no Archicad?

COMO UTILIZAR O MORPH NO ARCHICAD? SPBIM

Como utilizar o MORPH no Archicad?

 

O ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft sendo inicialmente um software para arquitetura CAD, para o Macintosh Windows.

Neste tutorial iremos te mostrar de forma fácil e rápida como utilizar a ferramenta MORPH  no Archicad, veja a seguir como utilizar:

 

1.0- Na barra de ferramentas clique na ABA “MODELAGEM”

Para utilizar a ferramenta “Morph” vá até barra de ferramentas ao lado esquerdo da tela, na aba de modelagem;

Para utilizar a ferramenta “Morph” vá até barra de ferramentas ao lado esquerdo da tela, na aba de modelagem;

2.0- Clique “CTRL+T” para definir a ferramenta

As configurações desta ferramenta podem ser pré-definidas pressionando Ctrl+T, e surgirá uma janela como mostra a imagem acima;

"<yoastmark

3.0- Escola o MÉTODO DESEJADO

A criação de elementos através dessa ferramenta pode ser realizada de várias formas, clique  em “Método de Geometria” e selecione o método desejado;

. A criação de elementos através dessa ferramenta pode ser realizada de várias formas, basta ir em “Método de Geometria” e clicar no método desejado

4.0- Clique em um dos VÉRTICES ou ARESTAS

Depois de desenhar em planta é preciso ir na vista 3D para criar a volumetria do elemento, para isso basta clicar em um dos vértices ou arestas, que surgira uma caixa de ferramentas com as opções de modelagem.

4. Depois de desenhar em planta é preciso ir na vista 3D para criar a volumetria do elemento, para isso basta clicar em um dos vértices ou arestas, que surgira uma caixa de ferramentas com as opções de modelagem.

 

Gostou conteúdo? Assine a nossa NEWSLETTER para ser avisado sempre que sair um novo tutorial!

Curta nossa página no FACEBOOK e siga a gente no INSTAGRAM para ficar por dentro de todas as nossas novidades ?

 

ARTIGOS RECOMENDADOS

Archicad: Tudo o que você precisa saber

10 Plugins para o Archicad

 

TUTORIAIS RECOMENDADOS

Como criar PISOS no Archicad?

Como alterar UNIDADES no Archicad?

Como criar um EIXO no Archicad?

Como criar um eixo no archicad?

Como criar um EIXO no Archicad?

 

O ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft sendo inicialmente um software para arquitetura CAD, para o Macintosh Windows.

Neste tutorial iremos te mostrar de forma fácil e rápida como criar um EIXO no Archicad, veja a seguir como criar:

 

1.0- Na barra de ferramentas, abra a aba “MAIS”

Indo até a barra de ferramentas ao lado esquerdo da tela, abra a aba “Mais”;

 

Indo até a barra de ferramentas ao lado esquerdo da tela, abra a aba “Mais”;

2.0 Utilize a ferramenta de “Elemento de Grelha”

Para criação de eixos utilize a ferramenta “Elemento de Grelha”;

Para criação de eixos utilize a ferramenta “Elemento de Grelha”;

3.0 Escolha a forma do EIXO

Ao clicar na ferramenta abrirá estás opções ao lado, em “Método de Geometria” escolha a forma que o eixo terá;

Ao clicar na ferramenta abrirá estás opções ao lado, em “Método de Geometria” escolha a forma que o eixo terá;

 

4.0 Desenhe o Eixo

Para desenha-lo, dê um clique no ponto onde deseja iniciar o eixo e um no segundo ponto para definir o final deste eixo, (se optar por um dos eixos curvos, o segundo ponto será para determinar o raio do eixo e terá um terceiro para finalizá-lo, veja o vídeo abaixo:

 

Gostou conteúdo? Assine a nossa NEWSLETTER para ser avisado sempre que sair um novo tutorial!

Curta nossa página no FACEBOOK e siga a gente no INSTAGRAM para ficar por dentro de todas as nossas novidades ?

 

 

ARTIGOS RECOMENDADOS

Archicad: Tudo o que você precisa saber

10 Plugins para o Archicad

TOP 15 sites para baixar objetos de Archicad

Archicad FULL vs Archicad SOLO

Como criar PISOS no Archicad?

capa

Como criar PISOS no Archicad?

 

O ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft sendo inicialmente um software para arquitetura CAD, para o Macintosh Windows.

Neste tutorial iremos te mostrar de forma fácil e rápida como criar pisos no Archicad, veja a seguir como criar:

 

1.0 Clique na ABA de “MODELAGEM”

Para criação de piso utiliza-se a ferramenta “Laje”, que se encontra na barra de ferramentas ao lado esquerdo da tela, na aba de modelagem;

Como criar pisos no archicad? SPBIM

2.0 Pressione “CTRL+T”

Pressione  Ctrl+T para abrir a janela de configurações, se atentando sempre nas seguintes definições:

2.1. Espessura da laje;
2.2. Piso de Origem;
2.3. Material;
2.4 Plano de Referência

COMO CRIAR PISOS NO ARCHICAD? SPBIM

 

3.0 Selecione a forma do DESENHO DESEJADO

Para criar selecione a forma de desenho desejada;

COMO CRIAR PISOS NO ARCHICAD? SPBIM

3.0 Clique em um ponto e arraste

Em seguida dê um clique no ponto onde deseja criar o piso e outro no ponto onde deseja finalizá-lo, confira no vídeo abaixo:

 

Gostou conteúdo? Assine a nossa NEWSLETTER para ser avisado sempre que sair um novo tutorial!

Curta nossa página no FACEBOOK e siga a gente no INSTAGRAM para ficar por dentro de todas as nossas novidades ?

 

 

ARTIGOS RECOMENDADOS

Archicad: Tudo o que você precisa saber

10 Plugins para o Archicad

TOP 15 sites para baixar objetos de Archicad

Archicad FULL vs Archicad SOLO

Como alterar as UNIDADES no Archicad?

Softwares BIM Gratuitos

Hoje em dia uma das principais objeções dos escritórios de arquitetura e engenharia para implantar/implementar o BIM é devido aos seus workflows (fluxo de trabalho BIM) e o custo dos softwares o que pesa bastante na escolha de qual software BIM escolher.
Sempre existe a procura de maneiras de diminuir os custos de investimento e manter a funcionalidade e praticidade, com isso nós da SpBIM montamos e organizamos uma lista com os principais softwares BIM Gratuitos.

O FreeCAD é um software gratuito de tanto modelagem quanto desenvolvimento BIM desenvolvido por Jürgen Riegel, Werner Mayer, Yorik van Havre na Alemanha, desde o princípio do seu desenvolvimento o FreeCAD foi pensado como um software Open Source ( um software que pode ser baixado e alterado para que se adicionem novas funcionalidades gratuitamente) seus criadores sempre sentiram a necessidade de um software desse tipo e com funcionalidades BIM de forma gratuita para que assim o mercado em seu país pudesse se desenvolver e implementar o BIM mais rapidamente.

sobre o freecad
O que é o FreeCAD / Fonte: FreeCAD

O FreeCAD conta com diversas funcionalidades, sendo algumas delas a modelagem 3D a importação e exportação de modelos IFC, a utilização e modelagem de modelos paramétricos, a criação de desenhos técnicos (documentação) nativos no software, a renderização nativa de imagens realistas, a criação de planilhas e quantitativos baseados em parâmetros e fórmulas, além de inúmeras outras funcionalidades não citadas anteriormente.

O IFC Builder é uma excelente ferramenta desenvolvida pela Multiplus focado na criação e revisão de modelos arquitetônicos 3D e BIM, sendo um programa mais simples, o IFC Builder conta com uma série de funcionalidades focadas na área de arquitetura e construção civil, além de ter ferramentas de modelagem e parametrização o IFC Builder tem ferramentas de definição de ambientes que podem ser úteis na contabilidade de áreas construídas, além disso o IFC Builder conta com uma ferramenta de análise de geometria, similar  ao Clash Detection que outros programas como o Navisworks e o Trimble Connect possuem, essa ferramenta se torna extremamente útil pois com a detecção de erros na modelagem e a compatibilização economiza tempo, esforço e dinheiro nos canteiros.

Desenvolvido pela empresa CYPE o software CYPE Architecture tem como objetivo ser a alternativa direta ao Revit da Autodesk, sendo desenvolvido para a modelagem e criação BIM com projetos onde é possível utilizar ferramentas de desenho para criação de elementos através de ferramentas de desenho (polilinhas, linhas, arcos entre outros) além de se ter ferramentas de modelagem 3D intuitivas como Extrudar, Dividir, Simetria etc semelhante a softwares de modelagem como o Rhinoceros e o Sketchup por exemplo.

o que e o cype architecture
O que é o CYPE Architecture / Fonte: CYPE

O software também conta com uma biblioteca interna de mobiliários paramétricos (objetos paramétricos) e o 3D além de fazer parte de um sistema com a maior quantidade de softwares e complementos pelo meio do sistema OpenBIM encontrado no site https://bimserver.center/pt onde podemos encontrar diversos addons (plugins de BIM) para o programa, sendo muitos desses plugins gratuito e outros pagos, é possível adicionar funcionalidades específicas ao programa, como por exemplo calcular e analisar as distâncias entre restaurantes e refeitórios para se adequarem ao distanciamento social mínimo obrigatório. Sendo assim vemos como o CYPE Architecture é um software que por si só possui funcionalidades básicas mas essenciais para qualquer software BIM e pode ser muito versátil obtendo novas funcionalidades de acordo com a demanda do projetista.

bim server da cype
BIM Server da CYPE / Fonte: CYPE

Dynamo é um programa open source de programação visual, desenvolvido pela Autodesk e distribuído gratuitamente, com o Dynamo não podemos realizar a modelagem de projetos inteiros em BIM mas podemos utilizar o modelo e as informações já existentes nesses modelos como no Revit MEP por exemplo para fazermos diversas análises, alterações projetuais e criação de geometrias que outros programas não são capazes de criar, algumas dessas funcionalidades são a repetição de tarefas mais complexas com maior facilidade, assim economizando diversas horas de cliques repetitivos, outra opção é a criação de folhas ou vistas automáticas com configurações já ajustadas onde nós da SPBIM já desenvolvemos essas chamadas “rotinas” para as empresas otimizarem o tempo e conseguirem dados mais consistentes que o convencional.

utilizacao do dynamo
Utilização do Dynamo / Fonte: Dynamo

Por ser desenvolvido pela própria autodesk o Dynamo tem uma integração grande  com seus principais softwares como o Revit e o Formit por exemplo, portanto aumentara a funcionalidade com esses programas o que torna o processo BIM mais ágil, produtivo e fácil. Veja mais sobre o Dynamo em nosso artigo clicando aqui. Nós da SpBIM também temos um curso sobre Dynamo especificamente saiba mais sobre ele clicando aqui.

O Blender BIM é um addon (plugin) gratuito para o software também gratuito Blender, o software Blender é programa muito versátil sendo utilizado tanto para a modelagem 3D como ArchVis (termo utilizado para renderização na designer, arquitetura e engenharia) quanto para a animação 2D, edição de vídeo e esculturas digitais, sendo assim os usuários do programa se organizaram e criaram o plugin Blender BIM, o seu desenvolvimento foi realizado comunitariamente onde chegou a um nível impressionante de funcionalidade em pouco tempo de existência, é possível criar cortes, plantas, elevações , folhas e projetos de MEP (BIM de Instalações) além de visualizações realistas nativas do programa.

o que e blenderbim
O que é o BlenderBIM / Fonte: Blender

Nossa última dica para hoje não é necessariamente um software específico mas sim um site onde você poderá encontrar diversos softwares bim gratuitos e assuntos sobre BIM é o BIM Server Center já citado acima, é um portal onde muitos desenvolvedores aplicam os seus desenvolvimentos, no site é adotado o conceito Open BIM.

CONCLUSÃO:

 Com a expansão e implementação do modelo BIM sendo feita a ritmos cada vez maiores com a construção civil indo em direção à sua modernização e agilidade nos projetos e obras, observamos através dessas ferramentas uma possibilidade entre diversas de poder aprofundar a implantação do BIM de forma gratuita, nesse artigo vimos diversos exemplos de softwares muito competentes comparado aos softwares mais robustos pagos como Revit, Archicad e o Vectorworks. Notamos através desses programas gratuitos como uma opção para quem não está disposto a investir em softwares pagos devido ao seu custo elevado e necessidade de atualização não somente de ferramenta como de hardware.

Apesar do nosso desejo de que o BIM seja democrático e disponível para o maior número de pessoas possível, temos que compreender a limitação de cada ferramenta, mas não por isso deixamos de sonhar em trabalhar ativamente para um futuro onde plataformas BIM sejam gratuitas e com as funcionalidades mais completas voltado a empresas de pequeno porte ou que estão ingressando no BIM.

O que é BIM e o que não é BIM

Você sabe O que é BIM e o que não é BIM?

villa savoye revit
Modelagem Villa Savoye do Curso de Revit Avançado / Fonte: SpBIM

Desde sua criação o modelo BIM traz consigo muitas dúvidas e questionamentos sobre suas funcionalidades, com isso muitas pessoas tomam conceitos errados sobre o BIM, então por meio desse artigo viemos desconstruir e esclarecer as maiores dúvidas sobre.

familias em bim
Curso de Famílias no Revit da SPBIM / Fonte: SpBIM

O BIM (Building information modeling)

consiste em se ter um modelo digital (BIM 3D) de uma construção em 1:1 onde podemos extrair dele várias informações construtivas e executivas, sendo assim temos como primeiro equívoco sobre BIM quando pensamos no BIM consiste em um modelo 3D como uma maquete eletrônica, no modelo BIM o 3D contém diversas informações a mais do que somente suas dimensões (LOD), nele podemos encontrar informações como o custo de seus componentes e planejamento (BIM 4D e BIM 5D), informações térmicas, fornecedor/fabricantes, dentre várias outras.

lod e loi
LOD e LOI / Fonte: BIM Barcelona

Outro equívoco comum sobre modelos BIM é o de se relacionar o modelo BIM com um único software como o Revit, isso é um equívoco, pois o sistema BIM consiste uma metodologia ao se trabalhar com dados através da interoperabilidade (IFC) e integrar informações inteligentes (objetos paramétricos) e isto não está limitado ao software por exemplo, hoje temos uma diversidade de softwares capazes de realizar um modelo BIM como o Archicad, o FreeCAD, Vectorworks e até o SketchUp.

fases do projeto e diferentes propositos de orcamento
Orçamentação BIM / Fonte: SpBIM

Um equívoco comum e difícil de se compreender é a necessidade inerente de se ter informações parametrizadas (projetos paramétricos) para o modelo ser BIM o que não consiste somente na alteração das dimensões de componentes do modelo como blocos dinâmico do Autocad por exemplo, mas também na alteração de várias informações sobre o modelo de uma só vez sendo alguns exemplos: extração de desenhos 2D derivados do modelo 3D, a alteração/modificação resultara na atualização automática (documentação no BIM), outro exemplo é a extração automática de quantitativos no BIM sem a necessidade dos mesmos serem feitos manualmente, dentre outros exemplos.

Interoperabilidade BIM
Trabalho em BIM / Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

A SPBIM percebe que diversos equívocos envolvendo o BIM são por conta de suas funcionalidades e USOS DO BIM, a maioria dos usuários possuem diversas dificuldades na compreensão do BIM, os principais pontos a serem analisados são: diferenciar o CAD vs o BIM, compreender as dimensões do BIM 3D, 4D, 5D, 6D e 7D. compreender as leis e planos como o Decreto BIM, Manuais de BIM (BIM Mandate), compreender campos de compatibilização em BIM como o Clash detection entre diversos outros assuntos que abordamos aqui no nosso portal da SPBIM.

A importância do “I” do BIM

Qual a importância do “I” do BIM

Desde 2018 vem sendo discutido no Brasil de forma ativa a utilização do Building Information Modeling (BIM) nas obras públicas, incentivada pelo Decreto n° 9.377, de 17 de maio de 2018. O Governo Federal visa incentivar e implantar a utilização do BIM nas obras públicas com o objetivo de redução de custos, aumento da produtividade e ainda garantir que até 2028 o PIB da construção civil seja elevado em mais de 28%.

Com esses objetivos e a utilização das diversas estratégias de difusão da metodologia descrita no Decreto BIM , o Governo Brasileiro vai obter mais do que redução de custos, vai estar realizando o gerenciamento de informações de forma concreta e precisa, para no futuro termos cidades mais inteligentes e sustentáveis (Smartcity).

Ciclo de Vida BIM / Fonte: SpBIM
Ciclo de Vida BIM / Fonte: SpBIM

A mudança de metodologia do CAD para o BIM tem como maior valor agregado a INFORMAÇÃO, oriunda do “I” do BIM, sendo aplicado em todo o ciclo de vida de um empreendimento (desde o projeto até a operação e manutenção), tais informações podem ser extraídas e inseridas a partir dos modelos tridimensionais (O que é Modelagem?).

Ao desenvolver modelos BIM os projetistas inserirão informações e propriedades como especificações de produtos e extraindo quantitativos precisos, facilitando a cobrança de mão de obra, aquisição de insumos e previsão de tempo estimado para cada etapa, recomendamos a leitura sobre Objetos Paramétricos, Parametrização no BIM e LOD.

As informações inseridas e extraídas desde da fase de concepção ainda mais a relevância do BIM na AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), sendo possível pela sua inserção em objetos em escala real dentro das ferramentas, com é o caso do Revit, Archicad e outros, também conhecido como protótipo virtual.

Apesar do BIM obter uma grande relevância, a utilização da informação da construção civil em todo o ciclo de vida do empreendimento ainda não é algo empregado em larga escala, por tratar-se de um construção virtual a demanda dos profissionais  necessita mais do que o conhecimento prático de ferramentas BIM, demandando conhecimento técnicos construtivos, compatibilização entre projetos, conhecimento de informações necessárias para aquisição de insumos na obra e muito mais, resultando em um modelo preciso e complexo, demandando uma série de padronizações internas e externas aos projetistas, orçamentistas, gestores e empresas contratadas, para que as informações possam ser extraídas e obtidas de forma clara e objetiva.

O BIM está baseado em TECNOLOGIA + PROCESSO + PESSOAS, sendo só a partir desses três pilares que as informações serão efetivamente processadas, dentro de um padrão previamente definido pela organização, através do Plano de Execução BIM (PEB), que fornecerá diretrizes para a finalidade do modelo em questão, sendo individual para cada projeto.
Porém, tanto os colaboradores internos da organização como os terceirizados, precisam ter domínio dos processos definidos pelo PEB para compreender quais informações devem ser inseridas, extraídas e  analisadas em cada fase do ciclo de vida do empreendimento e qual a importância de cada uma delas.

SAIBA MAIS SOBRE PLANO DE EXECUÇÃO BIM : CLIQUE AQUI

Pilares do BIM / Fonte: SpBIM
Pilares do BIM / Fonte: SpBIM

A INFORMAÇÃO APLICADA AO MODELO

Ao iniciar o desenvolvimento de um projeto, na fase descrita como BIM3D no ciclo de vida de um empreendimento, cada uma das disciplinas estará desenvolvendo o protótipo virtual. Cada modelo vai abastecer com suas respectivas informações.

SAIBA MAIS SOBRE O QUE É BIM3D : CLIQUE AQUI

Em um modelo BIM de arquitetura, por exemplo, é inserido o tipo de bloco especificado, a definição de cada um dos revestimentos, dimensões de cada um desses elementos, previsão de pontos de instalação, modo instalação ou construção, e muito mais, tratando-se de informações provenientes do 3D.

Além disso, é possível inserir em cada um dos objetos nome do fornecedor, modelo detalhado, custo por metro quadrado ou por unidade.
É após a inserção dessas informações inseridas no modelo BIM através de informações 3D e dados, é possível extrair de forma precisa os quantitativos como: área, volume, metros quadrados, quantidade unitária de peças, peso e muito mais, sendo sempre a partir de informações atreladas a objetos 3D.

No exemplo a seguir, é possível desenvolver o modelo 3D que foi obtido uma planta de acabamentos, capaz de extrair informações em planta através de linhas de chamada, como em tabelas, tendo a possibilidade de utilizar fórmulas e comunicação direta com o Excel.

curso de interiores em bim
Curso de Interiores em BIM / Fonte: SpBIM

As mesmas informações poderão ser inseridas/extraditadas de um modelo BIM voltado para instalações prediais (MEP) ou de um modelo estrutural, tendo o acréscimo também de informações de cargas estruturais, tipo de resistência e entre outros. Independente da ferramenta a ser utilizada é importante que todos os softwares exportem em IFC que é considerado o formato BIM.

Com a utilização simultânea de mesmo projeto em 3D e 2D (Documentação no BIM), através de corte, elevações e plantas é possível também realizar a integração de projetos interdisciplinares, como é o caso da imagem abaixo, podemos ver um layout de interiores inserido em um modelo de arquitetura, permitindo a compatibilização de projeto não somente em 2D mas de forma didática através do modelo 3D, garantindo que os projetistas possam analisar as informações entre disciplinas, garantindo assim uma comunicação mais assertiva e eficiente, possibilitando o entendimento do projeto como um todo, obtendo as informações sempre à disposição, sem a necessidade de utilizar ferramentas externas para conseguir realizar a descrição e especificação, como acontece no método tradicional CAD.

VANTAGENS DA INFORMAÇÃO BIM

Ao utilizar o modelo BIM para inserção e extração de informação você obterá muitos ganhos, veja abaixo alguns deles:

  • Extração precisa de quantitativo para orçamento (BIM 5D)
  • Previsão de custo de forma automatizada
  • Maior agilidade para especificação junto a fornecedores
  • Comunicação direta com o modelo BIM das demais disciplinas
  • Agilidade para apresentação de informações através de tabelas automáticas baseadas em um modelo BIM
  • Planejamento e cronograma BIM 4D
  • Utilização para manutenção e operação BIM 7D
  • Utilização com sustentabilidade BIM 6D
  • Sincronização e interoperabilidade entre outros softwares

CONCLUSÃO

Nós da SPBIM acreditamos que o “I” do BIM é sem dúvidas o principal ganho ao utilizar a metodologia, sendo essencial para empresas que visam aumentar o padrão de qualidade dos seus projetos, elevar a produtividade interna e tornar os desenvolvimento de projetos mais eficientes, garantindo maior lucratividade e reconhecimento no mercado.

Qual é o melhor software BIM?

Com a chegada da indústria 4.0 na construção civil, muitos profissionais do mercado estão querendo adotar a metodologia BIM como fonte de economia e ponto de partida para implementação da revolução 4.0, segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) a aderência ao processo pode gerar uma economia de até R$73 BILHÕES AO ANO dentro do setor.

Essa economia está prevista em cima do aumento da produtividade, melhor controle do processo/ ciclo de vida do ativo, e um maior controle informacional preciso que pode facilitar comparações orçamentárias ou análises de desempenho, além da diminuição de custos com erros e imprevistos (aditivos) de obra.

Visando esse cenário diversos profissionais da área estão querendo implementar o BIM e migrar dos softwares CAD para os softwares BIM, e desse desejo surge a pergunta: QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM?  E pensando nisso, nós da SpBIM desenvolvemos esse artigo para orientar e informar para melhor decisão na escolha das ferramentas BIM disponíveis no mercado.

qual software bim escolher
Qual software BIM escolher? / Fonte: SpBIM

QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM?

Dentro do setor da construção civil existe uma briga tentando titular somente um único e melhor software BIM, entretanto nós da SpBIM acreditamos quando o assunto é modelagem BIM não existe uma verdade absoluta, ou um único software que seja capaz de fazer tudo de maneira absoluta e com excelência sem problemas ou dificuldades durante a jornada BIM.

A SpBIM acredita que exista diversas realidades e contextos, e devemos saber identificar nossa necessidade a partir disso, para só então escolher os softwares que melhor atendam os desejos e requisitos. Afinal cada segmento sabe o seu limite financeiro, profissional interno e tecnológico.

Por exemplo, quando falamos em uma grande construtora, com diversos segmentos de produção e que tem por nicho principal o orçamento para obras, com setores de render (3D Max) e concepção (Formit), consolidados por exemplo com uma cultura Autodesk. O caminho mais comum seria implementar o Revit, pois além da empresa conseguir baratear as licenças no combo de softwares profissionais, os usuários já estariam habituados com a lógica de interface e não possuiria erros de transcrição na alteração de setor, tornaria o processo menos complexo.

Corte Tridimensional no Revit (MASP) da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: Autor
Corte Tridimensional no Revit (MASP) da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM

Isso sem falar das qualidades do Revit, quando utilizado como base para criação de quantitativos e orçamentos BIM 5D é um dos mais precisos e organizados. Além de trabalhar com Objetos Paramétricos e Parametrização no BIM, o Revit agrupa e os classifica por categoria > família > tipo, diferente do seu concorrente por exemplo, o Archicad além de não possuir tipo, trabalha com instância e possui os seus dados (I do BIM) para orçamento obtidos de forma mais manuais comparado ao Revit.

familias em bim
Curso de Famílias no Revit da SPBIM / Fonte: SpBIM

Agora se compararmos o Archicad com o Revit, numa implementação de um escritório de interiores ou residencial de pequeno porte, que tem por demanda ganhar tempo e facilitar modelagem para vender/compor ideias, o Archicad passa a ser uma ótima opção para implantação do BIM, além de possuir uma licença mais acessível (Parceria com o CAU BR), o Archicad também apresenta uma curva de aprendizado mais benéfica a curto prazo, com relação a benefícios de um refinamento gráfico similar ao CAD, mais prático do que comparado ao Revit. Evidente que esta comparação foi realizada em relação a ferramenta sem Template e Biblioteca BIM personalizadas desenvolvidas.

masp no archicad
MASP de Lina Bo Bardi realizado no Curso de Archicad da SPBIM / Fonte: SpBIM

E ainda sobre entendimento de escopos, cabe ressaltar que todos os softwares possuem limitações, mesmo o Revit e Archicad sendo os softwares BIM mais em alta nas implementações/implantações de BIM no Brasil, cabe ressaltar que tanto o Revit quanto o Archicad não são os únicos softwares BIM e em nichos como análise e simulações de sistemas prediais (MEP) ou estruturais, por exemplo,  eles já não são considerados tão aptos quanto Softwares como o  Eberick, Tekla Structures, ou o QIBuilder.

Portanto, nenhum software sem um contexto de inserção e escala, pode ser titulado como “o melhor software BIM”, é necessário realizar mais perguntas para o seu cenário/nicho no setor, entendendo seu escopo de trabalho, sua demanda de entrega, porte da equipe/empresa, prazo, produtividade, tecnologia de pc e notebook atual, rede e infraestrutura, quanto está disposto a pagar (investir), qual a capacidade funcional e técnica dos seus equipamentos, quanto a entregáveis, entre outras “N” questões.

COMO SABER QUAL O MELHOR SOFTWARE BIM PARA A MINHA DEMANDA?

Como dito anteriormente o primeiro passo é entender seu escopo de trabalho e qual resultado você quer chegar, entretanto, só saber sua necessidade não é suficiente é preciso entender como cada um dos softwares funcionam e como essa funcionalidade poderia ser aplicada dentro do contexto da sua empresa. Então é necessário aprender todos os softwares para escolher um? Em um mundo ideal, sim. Porém isso requer tempo, investimento e paciência. Afinal, escolher um software BIM é muito relevante e importante para uma empresa, impactará na cultura da empresa e no cotidiano. Se compararmos as ferramentas que existiam na época que era desenhado a mão, muitos profissionais investiam os seus recursos nas melhores lapiseiras, réguas, borrachas e pranchetas do mercado, e no BIM não deve ser diferente.

Entretanto, como os gestores de empresas querem obter essa resposta de forma mais rápida e prática, é recomendável uma orientação de profissionais como BIM Managers ou empresas especializadas como a SPBIM onde já realizaram projetos e possuem experiências aplicadas e de preferência com diversas ferramentas, muitos fornecedores irão defender a ferramenta que comercializam e não demonstram os principais pontos relevantes e dificuldades para o futuro usuário de BIM.  E como esse suporte é realizado? Na SpBIM por exemplo, é disponibilizado um questionário com uma série de questões que ajudam um profissional BIM a compreender a demanda da empresa, e gerar um perfil, que é analisado e a partir dessa análise, o consultor lista os softwares necessários e explica todos os prós e contras de cada cenário de implementação.

SpBIM Curso de BIM
Diretor Geral e Consultor BIM Julio Cesar Farias / Fonte: SpBIM

Nós da SPBIM temos uma visão muito ampla e democrática com relação as diversas possibilidades para as empresas e profissionais, não temos a intenção de orientar uma ferramenta para ganho próprio como muitos concorrentes (infelizmente) direcionam ou difamam outras ferramentas para beneficio próprio, a SPBIM acredita que a tecnologia deve servir o profissional e não o contrário.

Treinamento Fernandes Arquitetos
Treinamento Fernandes Arquitetos consultor Julio Cesar Farias | SPBIM

E SE VOCÊ NÃO FOR UMA EMPRESA, COMO SABER SUA DEMANDA?

O primeiro passo é descobrir suas maiores afinidades e quais softwares são específicos para os nichos que atuam, por exemplo, se você é um estudante do setor e tem maior afinidade com modelagem de projetos de arquitetura, dentro desse perfil existem algumas opções como: o Revit, o Archicad, o Sketchup, o VectorWorks, o Rhinoceros.

E saber qual como escolher dentre um deles? Você poderia ler cada um dos softwares e ver qual software mais atende 4 perguntas: facilidade, preço, biblioteca, template, vídeos na internet e Treinamentos disponíveis. Observe qual dos softwares BIM as empresas mais utilizam. Caso não tenha nenhuma empresa em mente, você poderá verificar os softwares que mais são mencionados como pré-requisitos das vagas do setor que quer ingressar.

QUER SABER MAIS SOBRE CADA UM DOS SOFTWARES? LEIA TAMBÉM:

O QUE É O ARCHICAD?

O QUE É O REVIT?

O QUE É O VECTORWORKS?

O QUE É O QIBUILDER?

O QUE É O RHINOCEROS?

O QUE É O SKETCHUP?

 

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos o desejo do mercado em rotular o “MELHOR SOFTWARE BIM”, entretanto, entendemos que mesmo os softwares demonstrarem serem perfeitos, você observará com o uso no cotidiano, que essas ferramentas possuem limitações e pontos negativos sob determinado aspectos se analisado a um concorrente, por isso não defendemos apenas uma solução no mercado, afinal cada empresa e pessoa possuí uma realidade onde acreditamos ser perigoso não buscar informações ou orientações profissionais, neste ponto, o test drive de software se torna importante/relevante.

Nós utilizamos o melhor que cada ferramenta, defendemos a interoperabilidade e democracia no BIM entre todos os softwares, para que possamos nos tornar mais rápidos na execução, sem maiores dores de cabeça ou limitações dessas ferramentas, sempre reconhecendo a utilidade de cada um dos softwares dentro do seu escopo de trabalho e desenhando cada workflow (fluxo de trabalho) por empreendimento ou complexidade.

Hololens: o BIM na OBRA

O BIM na Obra com Hololens

hololens
Fonte: Hololens / ResearchGate

A tecnologia está cada dia mais nos auxiliando e expandindo as possibilidades de nossa atuação dentro da área de arquitetura, urbanismo e engenharia, sendo assim uma nova inovação vem se mostrando extremamente útil e quebrando diversos paradigmas, essa tecnologia é a Realidade Virtual (VR).

O dispositivo de exemplo dessa tecnologia é o Hololens, desenvolvido pela Microsoft e lançado no dia 30/03/2016 o Hololens vem sendo utilizado de diversas maneiras, graças a seu jeito único de demonstrar informações a Mixed Reality (MR, ou Realidade Mista) que consiste em integrar objetos virtuais com objetos reais, assim sendo extremamente útil no design, medicina e claro na construção civil.

Hoje iremos observar algumas das aplicações do Hololens dentro da área da construção civil e como elas são ainda mais amplificadas com modelos BIM, mas antes disso precisamos esclarecer alguns conceitos, como por exemplo Realidade Aumentada (AR) vs Realidade Virtual (VR) vs Realidade Mista (MR). A Realidade Aumentada (AR) consiste em apresentar informações virtuais por cima de um ambiente real e físico, essa tecnologia está disponível para nós há décadas e um exemplo famoso da aplicação dessa tecnologia é o “APP PokemonGo” que se utiliza desta tecnologia para vermos as criaturas inseridas no mundo através da tela de nosso celular, já a Realidade Virtual (VR) consiste na criação e inserção do usuário em um ambiente completamente virtual e desassociado do mundo físico e real, podemos ver aplicações dessa tecnologia no mundo dos games principalmente com o “Oculus Rift” por exemplo, o óculos de realidade virtual desenvolvido pelo Facebook.

Enfim chegamos á Realidade Mista (MR) uma mescla entre a VR e AR onde podemos ver informações e modelos virtuais inseridos em objetos físicos reais mas não através de um celular ou tela mas através de da lente transparente de seu Hololens.

As utilizações e melhorias que o Hololens podem trazer para a indústria da construção civil são inúmeras, e acompanhadas de um modelo BIM3D onde são conectados com sua integração de objetos reais do ambiente com o Hololens, isso torna possível testarmos e inserirmos modelos virtuais (Modelo Federado BIM) em desenvolvimento de maquetes físicas com extrema facilidade, assim testando opções de projetos e verificando sua influência sem a necessidade da construção de maquetes que requerem uma grande quantidade de tempo e esforço, com os modelos BIM podemos visualizar todas as informações (IFC) contidas nesse modelo diretamente na maquete, assim analisando em tempo real tanto a influência de nossos projetos em seus respectivos entornos quanto a relação de seus próprios sistemas com seu terreno e localidade.  Evidentemente que interferências de projetos serão visualizados antes de sua execução. Por isso se faz necessário uma EAP alinhada com o projeto + a compatibilização eficiente do modelo BIM 3D alinhado com o Planejamento BIM 4D e o Custo BIM 5D.

Porém a utilização mais inovadora do Hololens é na obra, sendo um dispositivo completamente sem fios e sem dependências de computadores o Hololens torna fácil a visualização de modelos em obras na escala e um elevado nível de detalhe (LOD) requisitado pelo seu usuário e melhor ainda, o Hololens mostrará todas essas informações em 3D.

Assim um engenheiro ou arquiteto que esteja acompanhando uma obra, independente da escala do projeto, pode visualizar o seu modelo em tempo real e mais do que isso em 1:1 associado completamente ao terreno, dando a chance do profissional de captar possíveis erros na obra antes deles serem executados, ou de até mesmo observar como exatamente uma peça ou um encaixe devem ser executados de acordo com seu modelo, e com a tecnologia BIM essa funcionalidade se mostra útil, pois com as informações advindas do modelo o profissional pode visualizar apenas os sistemas hidráulicos ou de instalações (MEP) por exemplo e visualizar como a sobreposição estão se relacionando com as primeiras prumadas das paredes sendo realizadas, além disso com essa capacidade visualizar informações sem a necessidade de interpretar desenhos (documentação) os erros em obra são exponencialmente menores.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM recomendamos a utilização do Hololens em canteiros e poderá ser uma solução futura e sustentável onde poderá diminuir a quantidade de papéis em obra, e o mais importante, melhorar a comunicação direta entre o projetista, obra e para o pós obra para manutenção e operação predial BIM 7D. Com o fomento do BIM no Brasil e com o Decreto BIM, possivelmente no futuro o BIM chegará a obra e ao usuário final e profissionais como BIM Managers que estiverem a frente terão como um grande aliado esse recurso.

Quantitativo no BIM

Quantitativo no BIM

A gestão de custos em projetos de construção é uma tarefa complexa que exige precisão e controle rigoroso. Um erro na estimativa de custos pode resultar em atrasos, desperdício de recursos e, em última análise, em prejuízos financeiros significativos. No entanto, com o advento do BIM e a extração de quantitativos a partir destes modelos, esta tarefa na indústria da construção está passando por uma revolução.

fases do projeto e diferentes propositos de orcamento
Fonte: SpBIM

O BIM não é apenas uma representação tridimensional de um projeto; é uma fonte rica de informações detalhadas sobre todos os aspectos da construção. Isso inclui não apenas geometria, mas também informações sobre materiais, sistemas, componentes e muito mais. Esses dados detalhados podem ser usados para a extração precisa de quantitativos, que são fundamentais para a gestão de custos.

Dentre as tarefas do orçamentista, responsável por tais atividades, o levantamento de quantitativos é uma das mais importantes, exigindo conhecimento de obra e das etapas de execução, o que muitas vezes não é fornecido de maneira detalhada pelos projetistas. É muito importante o Gerente BIM entender o nível de informação e geométrico o LOD (level of development) que se pretende chegar e as informações que os objetos paramétricos devem atender conforme o BIM mandate (Manual de BIM) e o BEP (BIM Execution Plan) ou em português PEB (Plano de Execução BIM) do empreendimento. Outro ponto relevante a ser discutido é a metodologia de modelagem e informação a ser extraída com o mais famoso modelagem Cebola vs Composta no BIM, principalmente ao se extrair informações no modelo federado. Na forma tradicional, os materiais são listados em uma planilha e o profissional responsável (Arquiteto ou Engenheiro) pela tarefa avalia a quantidade de cada um dos itens pelas plantas e cortes fornecidos nos projetos, o que é muito suscetível a erros e falhas, podendo causar consequências dolorosas à empresa construtora. Um artigo interessante no qual a SPBIM fez uma comparação entre o CAD e o BIM: CAD VS BIM.

orcamento quantitativo
Fonte: SpBIM
precisao de custos estimados de uma obra
Precisão de custos estimados de uma obra / Fonte: IBRAOP

O BIM tem revolucionado a indústria da construção civil, uma vez que além das etapas de projeto e modelagem, permite a interação dos projetistas com a execução da obra nas etapas de cronograma e orçamentação (BIM 4D e BIM 5D). O BIM vincula as informações, desde os parâmetros específicos de dimensões e localização dos componentes, como o material a ser usado, os fornecedores desse material, o valor a ser gasto, entre outras possibilidades. Dessa forma, a extração de quantitativos ocorre de maneira automatizada e atualizada conforme a modelagem do BIM 3D.

Fonte: SPBIM

São comuns, durante o processo de projeto, alterações nos modelos entre as diversas disciplinas que compõem o empreendimento. Em processos de levantamento de quantitativos tradicionais em CAD, o orçamentista refaz o trabalho quantas vezes forem necessárias para o seguimento do projeto. Com o uso do BIM 5D, a atualização dos quantitativos é mais rápida e simples, dada a integração entre os modelos e planilhas de levantamentos, sem a necessidade de refazer cálculos. Alguns softwares disponíveis no mercado auxiliam  nesse fluxo de trabalho são o Ms Project e Excel (planejamento e orçamento através de planilhas), Navisworks (compatibilização, extração de quantitativos com vinculo entre o modelo e os dados gerados, como na EAP por exemplo), Revit (modelagem civil de arquitetura e estrutural) Revit MEP e QIBuilder (modelagem de hidráulica, elétrica, ar condicionado), Archicad (modelagem civil de arquitetura, interiores, estrutural), Sketchup (interiores, concepção, civil e estrutura) Infraworks e Civil 3D (modelagem de infraestrutura), Formit (concepção) e para automação o Dynamo e Grasshopper. O importante é que todas as plataformas tenham possibilidades de trabalho no formato IFC.

 

Deteccao de Colisao no BIM
Clash Detection ou Detecção de Colisão no BIM / Fonte: SpBIM

Vantagens da extração de quantitativos em BIM

Além de minimizar os erros durante o processo de extração e garantir a fácil atualização dos valores conforme mudanças no projeto, o BIM garante as seguintes vantagens:

  • Estimativa de custos
  • Simulações com diferentes ambientes
  • Análise econômico-financeira da viabilidade do empreendimento
  • Extração de quantitativos por fase da obra
  • Planejamento logístico no canteiro
  • Comparação do avanço real versus planejamento do empreendimento
Bancada revit
Bancada Revit / Fonte: SpBIM
  1. Familia: Componente de Gabinete (Casework)
  2. Classificação Omniclass: 23.40.35.00
  3. Nome: Bancada retangular
  4. Dimensões: Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
  5. Acessórios: Texto
  6. Fabricante: XXXXX
  7. Modelo: XXXXX
  8. Valor: $$$
  9. Classificação IFC: Furnishing Element
  10. LOD: 300

Quantitativos no BIM em obras públicas

Seguindo a tendência mundial, o Brasil tornou obrigatório o uso do BIM em projetos e construções de obras públicas a partir de 2021, segundo decreto 10.306/20. Dentre as fases de implantação dessa exigência, destaca-se a segunda:

1ª Fase (a partir de janeiro de 2021): tem como foco os projetos de arquitetura e engenharia que são relevantes para a difusão do BIM.
2ª Fase (a partir de janeiro de 2024): visa estágios da obra como o planejamento, execução e o orçamento que também possuem grau de importância para a propagação do BIM.
3ª Fase (a partir de janeiro de 2028): Esta última fase tem o intuito de abranger todo o ciclo de vida da obra e as demandas pós-obra.
Dúvidas de gestão BIM
Dúvidas de Gestão BIM / Fonte: SpBIM

Ou seja, a partir de 2024, o levantamento de quantitativos e BIM 5D será obrigatório. E as vantagens disso envolvem:

  • Redução de aditivos de contrato
  • Menor desperdício do dinheiro público
  • Menos desgaste político dos gestores
  • Maior transparência das licitações nas obras públicas

Acompanhamento em tempo real do cronograma físico financeiro do andamento de cada etapa da obra.

Desafios e Considerações

Embora o uso do BIM para extração de quantitativos ofereça inúmeras vantagens, há desafios a serem superados:

    1. Padronização: A indústria da construção ainda está trabalhando na padronização de como os dados BIM são estruturados e compartilhados, o que pode afetar a interoperabilidade entre diferentes software e equipes.
    2. Treinamento: A equipe envolvida na gestão de custos precisa ser treinada para usar ferramentas BIM eficazmente, o que pode requerer investimento em capacitação.
    3. Investimento inicial: A implementação do BIM pode exigir um investimento inicial significativo em hardware e software, mas é retornado, em relativamente pouco tempo, com o seu uso.
    4. Atualização contínua: Os modelos BIM precisam ser atualizados regularmente à medida que o projeto progride, o que requer gerenciamento de mudanças eficiente.

Gestão de custos x Extração de quantitativos 

É muito comum o uso de BIM para extração de quantitativos, mas confunde-se ao pensar que esta é a única função que a metodologia possui dentro de um processo de orçamentação. A extração de quantitativos refere-se a capacidade BIM de relacionar o cronograma aos elementos do modelo (BIM 4D), incluindo na somatória todos os elementos que acarretam em custos, podendo ser eles, mão de obra, equipamentos e insumos, e claramente os materiais utilizados e o custo unitário de cada um desses itens.

Se os custos reais forem alimentados no modelo é possível fazer a gestão dos custos, identificando se/onde está ocorrendo um estouro no orçamento, desde o nível de sistema até elementos individuais. Com isso, percebe-se que a extração de quantitativos é apenas uma parte do processo de gestão de custos com BIM. 

Conclusão

A SpBIM enxerga o potencial do levantamento de quantitativos pelo uso do BIM como essencial em todas as etapas de projeto e construção, além da extrema necessidade atual tanto no setor privado, quanto público. É uma modernização inevitável que a cadeia da construção civil demanda e surge a necessidade de atualização da metodologia de trabalho não somente em treinamento mas também em processo de trabalho integrado como projeto e obra. Em resumo, um grande segredo de como trabalhar com quantitativos no BIM é ter conhecimento de como se compra os itens da construção civil, será necessário a participação do processo os fornecedores e fabricantes na colaboração da criação de manuais e procedimentos para o mercado da AEC (arquitetura, engenharia e construção).

PMI e o BIM

A seguir, saiba sobre o PMI e o BIM

O PMI (Project Management Institute) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1969 por 5 voluntários com o objetivo de estabelecer padrões na área de gestão de projetos, cuja contribuição é voltada para a qualidade direcionado ao público em geral, hoje em dia os certificados emitidos pela PMI são reconhecidos universalmente pelo seu atestado a qualidade e é um pré-requisito na grande maioria das empresas para a contratação de profissionais na área de Direção de Projetos e Gerenciamento de Projetos. O objetivo do PMI era proporcionar um meio onde os gerentes de projeto possam reunir, compartilhar informações e discutirem problemas em comum.  Para melhor organização, o PMI é separado de acordo com capítulos, que seguem uma categorização segundo regiões geográficas.

“Cada membro do PMI é vinculado a um capítulo e, juntamente dos demais profissionais da mesma região, faz trabalhos voluntários para levar as melhores práticas do gerenciamento de projetos ao conhecimento dos outros profissionais. A ideia dessa integração é promover melhorias contínuas no setor e a valorização do papel dos profissionais que nele atuam.

Atualmente, pode-se dizer que a mais expressiva contribuição do PMI é o estabelecimento de melhores práticas de gerenciamento de projetos. Essas ações são seguidas no mundo todo e estão compiladas em uma obra única, o PMBOK”.

A relação entre a PMI e o BIM se dá por conta do BIM 4D (planejamento) onde temos a dimensão de tempo adicionada ao modelo BIM sendo possível visualizarmos os estágios da obra e as possíveis colisões ou interferências (clash detection/compatibilização no bim) nesse processo é possível ter uma enorme vantagem para o gerenciamento de projetos pois o profissional tem mais informações para trabalhar e se planejar além disso com essas informações o profissional como o BIM Manager pode simular o processo da obra com uma riqueza de detalhes enorme assim prevendo, e consequentemente evitando ou se planejando para, possíveis interferência e podendo agir com ações preditivas e preventivas.

Profissionais com formações em arquitetura e engenharia são essenciais no processo ter uma certificação do PMI, onde tornará um profissional com enorme vantagem no mercado e na qualidade de seu trabalho quando adotam o modelo BIM com planejamento e orçamento, seja para projetos ou para execução de obras. A certificação mais comum é a Project Management Professional (PMP), ou Profissional de Gerenciamento de Projetos. Existem mais de 370 mil profissionais no mundo todo que contam com essa certificação.

O PMI autoriza algumas instituições a aplicarem o teste para PMP e muitas escolas/ensino de administração oferecem cursos preparatórios para esse certificado. Além da certificação PMP, existem outras 7 sendo:

  • Técnico certificado em Gerenciamento de Projetos (CAPM);
  • Profissional em Gerenciamento de Riscos do PMI (PMI-RMP);
  • Profissional certificado em Métodos Ágeis do PMI (PMI-ACP).
  • Profissional de Gerenciamento de Portfólio (PfMP);
  • Profissional de Gerenciamento de Programas (PgMP);
  • Profissional em Gerenciamento de Cronograma do PMI (PMI-SP);
  • Profissional em Análise de Negócios do PMI (PMI-PBA);

Qual a relevância do PMI para o Gerenciamento de Projetos?

O PMI é o instituto responsável pelo guia correspondente ao gerenciamento dos projetos, esse guia é conhecido como Project Management Body Of Knowledge (PMBOK). O PMI acompanha o volume de recursos desperdiçados pelas empresas durante o desempenho dos projetos. Essa análise é importante, pois as empresas normalmente perdem um percentual dos valores investidos devido ao péssimo gerenciamento feito.

O PMI acompanha as empresas que apresentam altos índices de sucesso, nas quais possui a cultura e talentos de alta capacidade.
O guia PMBOK possui diversas etapas, entre elas estão: gerenciamento do escopo, do tempo, da qualidade, dos custos, das aquisições, das comunicações, dos recursos humanos, dos riscos, da integração e dos stakeholders.

Conteúdo do PMBOK?

Desenvolvido PMI, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um guia das melhores práticas do gerenciamento de projetos. Considerado a base de todo o conhecimento para a gestão de projetos, o PMBOK conta com 10 áreas de conhecimento que devem ser consideradas no gerenciamento de um projeto. Sendo:

  • Gerenciamento de escopo
  • Gerenciamento de tempo;
  • Gerenciamento de qualidade;
  • Gerenciamento de custos;
  • Gerenciamento de aquisições;
  • Gerenciamento de comunicações;
  • Gerenciamento de recursos humanos;
  • Gerenciamento de riscos;
  • Gerenciamento de integração;
  • Relacionamento com stakeholders (partes interessadas)

O guia PMBOK apresenta o ciclo de vida de um projeto da construção de uma edificação, até sua conclusão. Esse ciclo divide o tempo de duração do projeto em fases, independente da variabilidade em tamanho e complexidade entre da construção:

  • Viabilidade – formulação do projeto, estudos de viabilidade e formulação e aprovação da estratégia. Uma decisão de continuidade (go/no-go) do projeto faz parte da finalização desta fase.
  • Planejamento e Projeto – projeto básico, custo e cronograma, termos e condições contratuais, e planejamento detalhado. A maioria dos contratos é fechada ao final desta fase.
  • Produção – fabricação e entregas, obras civis, instalação e teste. As instalações estão substancialmente completas ao final desta fase.
  • Adaptação e Lançamento – teste final e manutenção. As instalações estão em plena operação ao final desta fase

Fonte: Luís Paulo Lopes Brito (PLANEJAMENTO EM PROJETOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A TECNOLOGIA BIM)

CONCLUSÃO:

No BIM existe o conceito de interoperabilidade, onde existe o conceito de trabalho colaborativo e integrado, onde todos os envolvidos na execução de um empreendimento trabalham de forma sincronizada e em um único modelo (modelo federado) em um ambiente virtual (CDE) na produção de um modelo tridimensional com objetos paramétricos (objetos bim) onde é possível extrair dados capaz de influenciar na tomada de decisões durante o desenvolvimento do projeto (BIM 3D).

Interoperabilidade BIM
Interoperabilidade BIM / Fonte: SpBIM

Existe uma nova cultura e metodologia comparada ao método tradicional de projetos (CAD) e de gestão/procedimentos de compatibilização de projetos, o que torna o trabalho mais produtivo e com maior qualidade. Evidentemente é necessário o desenvolvimento de padrões e boas praticas como o BIM MANDATE (Manual de BIM) e o PEB (Plano de Execução BIM) que serve para a estratégia de desenvolvimento do empreendimento e do modelo virtual ao longo dos seus USOS DE BIM e Nível de desenvolvimento (LOD), seja 4D, 5D, 6D e 7D.

Visto que o BIM possui um relacionamento similar ao conjunto de boas práticas no gerenciamento de projetos, e todas as áreas do conhecimento presentes no Project Management Body of Knowledge (PMBOK), o que torna o planejamento mais eficaz por todo o ciclo de vida do projeto e do empreendimento. Nós da SPBIM vemos portanto que o modelo BIM e suas capacidades de atuar em diversas dimensões do projeto se torna extremamente útil para o profissional de gestão de projetos e consequentemente para as empresas que contratam esses profissionais e com a utilização dos pilares e boas praticas do PMI poderá contribuir para um BIM mais eficiente não somente em projeto como na execução de obras.