O que é BIM e o que não é BIM

Você sabe O que é BIM e o que não é BIM?

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Modelagem Villa Savoye do Curso de Revit Avançado / Fonte: SpBIM

Desde sua criação o modelo BIM traz consigo muitas dúvidas e questionamentos sobre suas funcionalidades, com isso muitas pessoas tomam conceitos errados sobre o BIM, então por meio desse artigo viemos desconstruir e esclarecer as maiores dúvidas sobre.

familias em bim
Curso de Famílias no Revit da SPBIM / Fonte: SpBIM

O BIM (Building information modeling)

consiste em se ter um modelo digital (BIM 3D) de uma construção em 1:1 onde podemos extrair dele várias informações construtivas e executivas, sendo assim temos como primeiro equívoco sobre BIM quando pensamos no BIM consiste em um modelo 3D como uma maquete eletrônica, no modelo BIM o 3D contém diversas informações a mais do que somente suas dimensões (LOD), nele podemos encontrar informações como o custo de seus componentes e planejamento (BIM 4D e BIM 5D), informações térmicas, fornecedor/fabricantes, dentre várias outras.

lod e loi
LOD e LOI / Fonte: BIM Barcelona

Outro equívoco comum sobre modelos BIM é o de se relacionar o modelo BIM com um único software como o Revit, isso é um equívoco, pois o sistema BIM consiste uma metodologia ao se trabalhar com dados através da interoperabilidade (IFC) e integrar informações inteligentes (objetos paramétricos) e isto não está limitado ao software por exemplo, hoje temos uma diversidade de softwares capazes de realizar um modelo BIM como o Archicad, o FreeCAD, Vectorworks e até o SketchUp.

fases do projeto e diferentes propositos de orcamento
Orçamentação BIM / Fonte: SpBIM

Um equívoco comum e difícil de se compreender é a necessidade inerente de se ter informações parametrizadas (projetos paramétricos) para o modelo ser BIM o que não consiste somente na alteração das dimensões de componentes do modelo como blocos dinâmico do Autocad por exemplo, mas também na alteração de várias informações sobre o modelo de uma só vez sendo alguns exemplos: extração de desenhos 2D derivados do modelo 3D, a alteração/modificação resultara na atualização automática (documentação no BIM), outro exemplo é a extração automática de quantitativos no BIM sem a necessidade dos mesmos serem feitos manualmente, dentre outros exemplos.

Interoperabilidade BIM
Trabalho em BIM / Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

A SPBIM percebe que diversos equívocos envolvendo o BIM são por conta de suas funcionalidades e USOS DO BIM, a maioria dos usuários possuem diversas dificuldades na compreensão do BIM, os principais pontos a serem analisados são: diferenciar o CAD vs o BIM, compreender as dimensões do BIM 3D, 4D, 5D, 6D e 7D. compreender as leis e planos como o Decreto BIM, Manuais de BIM (BIM Mandate), compreender campos de compatibilização em BIM como o Clash detection entre diversos outros assuntos que abordamos aqui no nosso portal da SPBIM.

A importância do “I” do BIM

Qual a importância do “I” do BIM

Desde 2018 vem sendo discutido no Brasil de forma ativa a utilização do Building Information Modeling (BIM) nas obras públicas, incentivada pelo Decreto n° 9.377, de 17 de maio de 2018. O Governo Federal visa incentivar e implantar a utilização do BIM nas obras públicas com o objetivo de redução de custos, aumento da produtividade e ainda garantir que até 2028 o PIB da construção civil seja elevado em mais de 28%.

Com esses objetivos e a utilização das diversas estratégias de difusão da metodologia descrita no Decreto BIM , o Governo Brasileiro vai obter mais do que redução de custos, vai estar realizando o gerenciamento de informações de forma concreta e precisa, para no futuro termos cidades mais inteligentes e sustentáveis (Smartcity).

Ciclo de Vida BIM / Fonte: SpBIM
Ciclo de Vida BIM / Fonte: SpBIM

A mudança de metodologia do CAD para o BIM tem como maior valor agregado a INFORMAÇÃO, oriunda do “I” do BIM, sendo aplicado em todo o ciclo de vida de um empreendimento (desde o projeto até a operação e manutenção), tais informações podem ser extraídas e inseridas a partir dos modelos tridimensionais (O que é Modelagem?).

Ao desenvolver modelos BIM os projetistas inserirão informações e propriedades como especificações de produtos e extraindo quantitativos precisos, facilitando a cobrança de mão de obra, aquisição de insumos e previsão de tempo estimado para cada etapa, recomendamos a leitura sobre Objetos Paramétricos, Parametrização no BIM e LOD.

As informações inseridas e extraídas desde da fase de concepção ainda mais a relevância do BIM na AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), sendo possível pela sua inserção em objetos em escala real dentro das ferramentas, com é o caso do Revit, Archicad e outros, também conhecido como protótipo virtual.

Apesar do BIM obter uma grande relevância, a utilização da informação da construção civil em todo o ciclo de vida do empreendimento ainda não é algo empregado em larga escala, por tratar-se de um construção virtual a demanda dos profissionais  necessita mais do que o conhecimento prático de ferramentas BIM, demandando conhecimento técnicos construtivos, compatibilização entre projetos, conhecimento de informações necessárias para aquisição de insumos na obra e muito mais, resultando em um modelo preciso e complexo, demandando uma série de padronizações internas e externas aos projetistas, orçamentistas, gestores e empresas contratadas, para que as informações possam ser extraídas e obtidas de forma clara e objetiva.

O BIM está baseado em TECNOLOGIA + PROCESSO + PESSOAS, sendo só a partir desses três pilares que as informações serão efetivamente processadas, dentro de um padrão previamente definido pela organização, através do Plano de Execução BIM (PEB), que fornecerá diretrizes para a finalidade do modelo em questão, sendo individual para cada projeto.
Porém, tanto os colaboradores internos da organização como os terceirizados, precisam ter domínio dos processos definidos pelo PEB para compreender quais informações devem ser inseridas, extraídas e  analisadas em cada fase do ciclo de vida do empreendimento e qual a importância de cada uma delas.

SAIBA MAIS SOBRE PLANO DE EXECUÇÃO BIM : CLIQUE AQUI

Pilares do BIM / Fonte: SpBIM
Pilares do BIM / Fonte: SpBIM

A INFORMAÇÃO APLICADA AO MODELO

Ao iniciar o desenvolvimento de um projeto, na fase descrita como BIM3D no ciclo de vida de um empreendimento, cada uma das disciplinas estará desenvolvendo o protótipo virtual. Cada modelo vai abastecer com suas respectivas informações.

SAIBA MAIS SOBRE O QUE É BIM3D : CLIQUE AQUI

Em um modelo BIM de arquitetura, por exemplo, é inserido o tipo de bloco especificado, a definição de cada um dos revestimentos, dimensões de cada um desses elementos, previsão de pontos de instalação, modo instalação ou construção, e muito mais, tratando-se de informações provenientes do 3D.

Além disso, é possível inserir em cada um dos objetos nome do fornecedor, modelo detalhado, custo por metro quadrado ou por unidade.
É após a inserção dessas informações inseridas no modelo BIM através de informações 3D e dados, é possível extrair de forma precisa os quantitativos como: área, volume, metros quadrados, quantidade unitária de peças, peso e muito mais, sendo sempre a partir de informações atreladas a objetos 3D.

No exemplo a seguir, é possível desenvolver o modelo 3D que foi obtido uma planta de acabamentos, capaz de extrair informações em planta através de linhas de chamada, como em tabelas, tendo a possibilidade de utilizar fórmulas e comunicação direta com o Excel.

curso de interiores em bim
Curso de Interiores em BIM / Fonte: SpBIM

As mesmas informações poderão ser inseridas/extraditadas de um modelo BIM voltado para instalações prediais (MEP) ou de um modelo estrutural, tendo o acréscimo também de informações de cargas estruturais, tipo de resistência e entre outros. Independente da ferramenta a ser utilizada é importante que todos os softwares exportem em IFC que é considerado o formato BIM.

Com a utilização simultânea de mesmo projeto em 3D e 2D (Documentação no BIM), através de corte, elevações e plantas é possível também realizar a integração de projetos interdisciplinares, como é o caso da imagem abaixo, podemos ver um layout de interiores inserido em um modelo de arquitetura, permitindo a compatibilização de projeto não somente em 2D mas de forma didática através do modelo 3D, garantindo que os projetistas possam analisar as informações entre disciplinas, garantindo assim uma comunicação mais assertiva e eficiente, possibilitando o entendimento do projeto como um todo, obtendo as informações sempre à disposição, sem a necessidade de utilizar ferramentas externas para conseguir realizar a descrição e especificação, como acontece no método tradicional CAD.

VANTAGENS DA INFORMAÇÃO BIM

Ao utilizar o modelo BIM para inserção e extração de informação você obterá muitos ganhos, veja abaixo alguns deles:

  • Extração precisa de quantitativo para orçamento (BIM 5D)
  • Previsão de custo de forma automatizada
  • Maior agilidade para especificação junto a fornecedores
  • Comunicação direta com o modelo BIM das demais disciplinas
  • Agilidade para apresentação de informações através de tabelas automáticas baseadas em um modelo BIM
  • Planejamento e cronograma BIM 4D
  • Utilização para manutenção e operação BIM 7D
  • Utilização com sustentabilidade BIM 6D
  • Sincronização e interoperabilidade entre outros softwares

CONCLUSÃO

Nós da SPBIM acreditamos que o “I” do BIM é sem dúvidas o principal ganho ao utilizar a metodologia, sendo essencial para empresas que visam aumentar o padrão de qualidade dos seus projetos, elevar a produtividade interna e tornar os desenvolvimento de projetos mais eficientes, garantindo maior lucratividade e reconhecimento no mercado.

Qual é o melhor software BIM?

Com a chegada da indústria 4.0 na construção civil, muitos profissionais do mercado estão querendo adotar a metodologia BIM como fonte de economia e ponto de partida para implementação da revolução 4.0, segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) a aderência ao processo pode gerar uma economia de até R$73 BILHÕES AO ANO dentro do setor.

Essa economia está prevista em cima do aumento da produtividade, melhor controle do processo/ ciclo de vida do ativo, e um maior controle informacional preciso que pode facilitar comparações orçamentárias ou análises de desempenho, além da diminuição de custos com erros e imprevistos (aditivos) de obra.

Visando esse cenário diversos profissionais da área estão querendo implementar o BIM e migrar dos softwares CAD para os softwares BIM, e desse desejo surge a pergunta: QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM?  E pensando nisso, nós da SpBIM desenvolvemos esse artigo para orientar e informar para melhor decisão na escolha das ferramentas BIM disponíveis no mercado.

qual software bim escolher
Qual software BIM escolher? / Fonte: SpBIM

QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM?

Dentro do setor da construção civil existe uma briga tentando titular somente um único e melhor software BIM, entretanto nós da SpBIM acreditamos quando o assunto é modelagem BIM não existe uma verdade absoluta, ou um único software que seja capaz de fazer tudo de maneira absoluta e com excelência sem problemas ou dificuldades durante a jornada BIM.

A SpBIM acredita que exista diversas realidades e contextos, e devemos saber identificar nossa necessidade a partir disso, para só então escolher os softwares que melhor atendam os desejos e requisitos. Afinal cada segmento sabe o seu limite financeiro, profissional interno e tecnológico.

Por exemplo, quando falamos em uma grande construtora, com diversos segmentos de produção e que tem por nicho principal o orçamento para obras, com setores de render (3D Max) e concepção (Formit), consolidados por exemplo com uma cultura Autodesk. O caminho mais comum seria implementar o Revit, pois além da empresa conseguir baratear as licenças no combo de softwares profissionais, os usuários já estariam habituados com a lógica de interface e não possuiria erros de transcrição na alteração de setor, tornaria o processo menos complexo.

Corte Tridimensional no Revit (MASP) da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: Autor
Corte Tridimensional no Revit (MASP) da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM

Isso sem falar das qualidades do Revit, quando utilizado como base para criação de quantitativos e orçamentos BIM 5D é um dos mais precisos e organizados. Além de trabalhar com Objetos Paramétricos e Parametrização no BIM, o Revit agrupa e os classifica por categoria > família > tipo, diferente do seu concorrente por exemplo, o Archicad além de não possuir tipo, trabalha com instância e possui os seus dados (I do BIM) para orçamento obtidos de forma mais manuais comparado ao Revit.

familias em bim
Curso de Famílias no Revit da SPBIM / Fonte: SpBIM

Agora se compararmos o Archicad com o Revit, numa implementação de um escritório de interiores ou residencial de pequeno porte, que tem por demanda ganhar tempo e facilitar modelagem para vender/compor ideias, o Archicad passa a ser uma ótima opção para implantação do BIM, além de possuir uma licença mais acessível (Parceria com o CAU BR), o Archicad também apresenta uma curva de aprendizado mais benéfica a curto prazo, com relação a benefícios de um refinamento gráfico similar ao CAD, mais prático do que comparado ao Revit. Evidente que esta comparação foi realizada em relação a ferramenta sem Template e Biblioteca BIM personalizadas desenvolvidas.

masp no archicad
MASP de Lina Bo Bardi realizado no Curso de Archicad da SPBIM / Fonte: SpBIM

E ainda sobre entendimento de escopos, cabe ressaltar que todos os softwares possuem limitações, mesmo o Revit e Archicad sendo os softwares BIM mais em alta nas implementações/implantações de BIM no Brasil, cabe ressaltar que tanto o Revit quanto o Archicad não são os únicos softwares BIM e em nichos como análise e simulações de sistemas prediais (MEP) ou estruturais, por exemplo,  eles já não são considerados tão aptos quanto Softwares como o  Eberick, Tekla Structures, ou o QIBuilder.

Portanto, nenhum software sem um contexto de inserção e escala, pode ser titulado como “o melhor software BIM”, é necessário realizar mais perguntas para o seu cenário/nicho no setor, entendendo seu escopo de trabalho, sua demanda de entrega, porte da equipe/empresa, prazo, produtividade, tecnologia de pc e notebook atual, rede e infraestrutura, quanto está disposto a pagar (investir), qual a capacidade funcional e técnica dos seus equipamentos, quanto a entregáveis, entre outras “N” questões.

COMO SABER QUAL O MELHOR SOFTWARE BIM PARA A MINHA DEMANDA?

Como dito anteriormente o primeiro passo é entender seu escopo de trabalho e qual resultado você quer chegar, entretanto, só saber sua necessidade não é suficiente é preciso entender como cada um dos softwares funcionam e como essa funcionalidade poderia ser aplicada dentro do contexto da sua empresa. Então é necessário aprender todos os softwares para escolher um? Em um mundo ideal, sim. Porém isso requer tempo, investimento e paciência. Afinal, escolher um software BIM é muito relevante e importante para uma empresa, impactará na cultura da empresa e no cotidiano. Se compararmos as ferramentas que existiam na época que era desenhado a mão, muitos profissionais investiam os seus recursos nas melhores lapiseiras, réguas, borrachas e pranchetas do mercado, e no BIM não deve ser diferente.

Entretanto, como os gestores de empresas querem obter essa resposta de forma mais rápida e prática, é recomendável uma orientação de profissionais como BIM Managers ou empresas especializadas como a SPBIM onde já realizaram projetos e possuem experiências aplicadas e de preferência com diversas ferramentas, muitos fornecedores irão defender a ferramenta que comercializam e não demonstram os principais pontos relevantes e dificuldades para o futuro usuário de BIM.  E como esse suporte é realizado? Na SpBIM por exemplo, é disponibilizado um questionário com uma série de questões que ajudam um profissional BIM a compreender a demanda da empresa, e gerar um perfil, que é analisado e a partir dessa análise, o consultor lista os softwares necessários e explica todos os prós e contras de cada cenário de implementação.

SpBIM Curso de BIM
Diretor Geral e Consultor BIM Julio Cesar Farias / Fonte: SpBIM

Nós da SPBIM temos uma visão muito ampla e democrática com relação as diversas possibilidades para as empresas e profissionais, não temos a intenção de orientar uma ferramenta para ganho próprio como muitos concorrentes (infelizmente) direcionam ou difamam outras ferramentas para beneficio próprio, a SPBIM acredita que a tecnologia deve servir o profissional e não o contrário.

Treinamento Fernandes Arquitetos
Treinamento Fernandes Arquitetos consultor Julio Cesar Farias | SPBIM

E SE VOCÊ NÃO FOR UMA EMPRESA, COMO SABER SUA DEMANDA?

O primeiro passo é descobrir suas maiores afinidades e quais softwares são específicos para os nichos que atuam, por exemplo, se você é um estudante do setor e tem maior afinidade com modelagem de projetos de arquitetura, dentro desse perfil existem algumas opções como: o Revit, o Archicad, o Sketchup, o VectorWorks, o Rhinoceros.

E saber qual como escolher dentre um deles? Você poderia ler cada um dos softwares e ver qual software mais atende 4 perguntas: facilidade, preço, biblioteca, template, vídeos na internet e Treinamentos disponíveis. Observe qual dos softwares BIM as empresas mais utilizam. Caso não tenha nenhuma empresa em mente, você poderá verificar os softwares que mais são mencionados como pré-requisitos das vagas do setor que quer ingressar.

QUER SABER MAIS SOBRE CADA UM DOS SOFTWARES? LEIA TAMBÉM:

O QUE É O ARCHICAD?

O QUE É O REVIT?

O QUE É O VECTORWORKS?

O QUE É O QIBUILDER?

O QUE É O RHINOCEROS?

O QUE É O SKETCHUP?

 

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos o desejo do mercado em rotular o “MELHOR SOFTWARE BIM”, entretanto, entendemos que mesmo os softwares demonstrarem serem perfeitos, você observará com o uso no cotidiano, que essas ferramentas possuem limitações e pontos negativos sob determinado aspectos se analisado a um concorrente, por isso não defendemos apenas uma solução no mercado, afinal cada empresa e pessoa possuí uma realidade onde acreditamos ser perigoso não buscar informações ou orientações profissionais, neste ponto, o test drive de software se torna importante/relevante.

Nós utilizamos o melhor que cada ferramenta, defendemos a interoperabilidade e democracia no BIM entre todos os softwares, para que possamos nos tornar mais rápidos na execução, sem maiores dores de cabeça ou limitações dessas ferramentas, sempre reconhecendo a utilidade de cada um dos softwares dentro do seu escopo de trabalho e desenhando cada workflow (fluxo de trabalho) por empreendimento ou complexidade.

Hololens: o BIM na OBRA

O BIM na Obra com Hololens

hololens
Fonte: Hololens / ResearchGate

A tecnologia está cada dia mais nos auxiliando e expandindo as possibilidades de nossa atuação dentro da área de arquitetura, urbanismo e engenharia, sendo assim uma nova inovação vem se mostrando extremamente útil e quebrando diversos paradigmas, essa tecnologia é a Realidade Virtual (VR).

O dispositivo de exemplo dessa tecnologia é o Hololens, desenvolvido pela Microsoft e lançado no dia 30/03/2016 o Hololens vem sendo utilizado de diversas maneiras, graças a seu jeito único de demonstrar informações a Mixed Reality (MR, ou Realidade Mista) que consiste em integrar objetos virtuais com objetos reais, assim sendo extremamente útil no design, medicina e claro na construção civil.

Hoje iremos observar algumas das aplicações do Hololens dentro da área da construção civil e como elas são ainda mais amplificadas com modelos BIM, mas antes disso precisamos esclarecer alguns conceitos, como por exemplo Realidade Aumentada (AR) vs Realidade Virtual (VR) vs Realidade Mista (MR). A Realidade Aumentada (AR) consiste em apresentar informações virtuais por cima de um ambiente real e físico, essa tecnologia está disponível para nós há décadas e um exemplo famoso da aplicação dessa tecnologia é o “APP PokemonGo” que se utiliza desta tecnologia para vermos as criaturas inseridas no mundo através da tela de nosso celular, já a Realidade Virtual (VR) consiste na criação e inserção do usuário em um ambiente completamente virtual e desassociado do mundo físico e real, podemos ver aplicações dessa tecnologia no mundo dos games principalmente com o “Oculus Rift” por exemplo, o óculos de realidade virtual desenvolvido pelo Facebook.

Enfim chegamos á Realidade Mista (MR) uma mescla entre a VR e AR onde podemos ver informações e modelos virtuais inseridos em objetos físicos reais mas não através de um celular ou tela mas através de da lente transparente de seu Hololens.

As utilizações e melhorias que o Hololens podem trazer para a indústria da construção civil são inúmeras, e acompanhadas de um modelo BIM3D onde são conectados com sua integração de objetos reais do ambiente com o Hololens, isso torna possível testarmos e inserirmos modelos virtuais (Modelo Federado BIM) em desenvolvimento de maquetes físicas com extrema facilidade, assim testando opções de projetos e verificando sua influência sem a necessidade da construção de maquetes que requerem uma grande quantidade de tempo e esforço, com os modelos BIM podemos visualizar todas as informações (IFC) contidas nesse modelo diretamente na maquete, assim analisando em tempo real tanto a influência de nossos projetos em seus respectivos entornos quanto a relação de seus próprios sistemas com seu terreno e localidade.  Evidentemente que interferências de projetos serão visualizados antes de sua execução. Por isso se faz necessário uma EAP alinhada com o projeto + a compatibilização eficiente do modelo BIM 3D alinhado com o Planejamento BIM 4D e o Custo BIM 5D.

Porém a utilização mais inovadora do Hololens é na obra, sendo um dispositivo completamente sem fios e sem dependências de computadores o Hololens torna fácil a visualização de modelos em obras na escala e um elevado nível de detalhe (LOD) requisitado pelo seu usuário e melhor ainda, o Hololens mostrará todas essas informações em 3D.

Assim um engenheiro ou arquiteto que esteja acompanhando uma obra, independente da escala do projeto, pode visualizar o seu modelo em tempo real e mais do que isso em 1:1 associado completamente ao terreno, dando a chance do profissional de captar possíveis erros na obra antes deles serem executados, ou de até mesmo observar como exatamente uma peça ou um encaixe devem ser executados de acordo com seu modelo, e com a tecnologia BIM essa funcionalidade se mostra útil, pois com as informações advindas do modelo o profissional pode visualizar apenas os sistemas hidráulicos ou de instalações (MEP) por exemplo e visualizar como a sobreposição estão se relacionando com as primeiras prumadas das paredes sendo realizadas, além disso com essa capacidade visualizar informações sem a necessidade de interpretar desenhos (documentação) os erros em obra são exponencialmente menores.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM recomendamos a utilização do Hololens em canteiros e poderá ser uma solução futura e sustentável onde poderá diminuir a quantidade de papéis em obra, e o mais importante, melhorar a comunicação direta entre o projetista, obra e para o pós obra para manutenção e operação predial BIM 7D. Com o fomento do BIM no Brasil e com o Decreto BIM, possivelmente no futuro o BIM chegará a obra e ao usuário final e profissionais como BIM Managers que estiverem a frente terão como um grande aliado esse recurso.

Quantitativo no BIM

Quantitativo no BIM

A gestão de custos em projetos de construção é uma tarefa complexa que exige precisão e controle rigoroso. Um erro na estimativa de custos pode resultar em atrasos, desperdício de recursos e, em última análise, em prejuízos financeiros significativos. No entanto, com o advento do BIM e a extração de quantitativos a partir destes modelos, esta tarefa na indústria da construção está passando por uma revolução.

fases do projeto e diferentes propositos de orcamento
Fonte: SpBIM

O BIM não é apenas uma representação tridimensional de um projeto; é uma fonte rica de informações detalhadas sobre todos os aspectos da construção. Isso inclui não apenas geometria, mas também informações sobre materiais, sistemas, componentes e muito mais. Esses dados detalhados podem ser usados para a extração precisa de quantitativos, que são fundamentais para a gestão de custos.

Dentre as tarefas do orçamentista, responsável por tais atividades, o levantamento de quantitativos é uma das mais importantes, exigindo conhecimento de obra e das etapas de execução, o que muitas vezes não é fornecido de maneira detalhada pelos projetistas. É muito importante o Gerente BIM entender o nível de informação e geométrico o LOD (level of development) que se pretende chegar e as informações que os objetos paramétricos devem atender conforme o BIM mandate (Manual de BIM) e o BEP (BIM Execution Plan) ou em português PEB (Plano de Execução BIM) do empreendimento. Outro ponto relevante a ser discutido é a metodologia de modelagem e informação a ser extraída com o mais famoso modelagem Cebola vs Composta no BIM, principalmente ao se extrair informações no modelo federado. Na forma tradicional, os materiais são listados em uma planilha e o profissional responsável (Arquiteto ou Engenheiro) pela tarefa avalia a quantidade de cada um dos itens pelas plantas e cortes fornecidos nos projetos, o que é muito suscetível a erros e falhas, podendo causar consequências dolorosas à empresa construtora. Um artigo interessante no qual a SPBIM fez uma comparação entre o CAD e o BIM: CAD VS BIM.

orcamento quantitativo
Fonte: SpBIM
precisao de custos estimados de uma obra
Precisão de custos estimados de uma obra / Fonte: IBRAOP

O BIM tem revolucionado a indústria da construção civil, uma vez que além das etapas de projeto e modelagem, permite a interação dos projetistas com a execução da obra nas etapas de cronograma e orçamentação (BIM 4D e BIM 5D). O BIM vincula as informações, desde os parâmetros específicos de dimensões e localização dos componentes, como o material a ser usado, os fornecedores desse material, o valor a ser gasto, entre outras possibilidades. Dessa forma, a extração de quantitativos ocorre de maneira automatizada e atualizada conforme a modelagem do BIM 3D.

Fonte: SPBIM

São comuns, durante o processo de projeto, alterações nos modelos entre as diversas disciplinas que compõem o empreendimento. Em processos de levantamento de quantitativos tradicionais em CAD, o orçamentista refaz o trabalho quantas vezes forem necessárias para o seguimento do projeto. Com o uso do BIM 5D, a atualização dos quantitativos é mais rápida e simples, dada a integração entre os modelos e planilhas de levantamentos, sem a necessidade de refazer cálculos. Alguns softwares disponíveis no mercado auxiliam  nesse fluxo de trabalho são o Ms Project e Excel (planejamento e orçamento através de planilhas), Navisworks (compatibilização, extração de quantitativos com vinculo entre o modelo e os dados gerados, como na EAP por exemplo), Revit (modelagem civil de arquitetura e estrutural) Revit MEP e QIBuilder (modelagem de hidráulica, elétrica, ar condicionado), Archicad (modelagem civil de arquitetura, interiores, estrutural), Sketchup (interiores, concepção, civil e estrutura) Infraworks e Civil 3D (modelagem de infraestrutura), Formit (concepção) e para automação o Dynamo e Grasshopper. O importante é que todas as plataformas tenham possibilidades de trabalho no formato IFC.

 

Deteccao de Colisao no BIM
Clash Detection ou Detecção de Colisão no BIM / Fonte: SpBIM

Vantagens da extração de quantitativos em BIM

Além de minimizar os erros durante o processo de extração e garantir a fácil atualização dos valores conforme mudanças no projeto, o BIM garante as seguintes vantagens:

  • Estimativa de custos
  • Simulações com diferentes ambientes
  • Análise econômico-financeira da viabilidade do empreendimento
  • Extração de quantitativos por fase da obra
  • Planejamento logístico no canteiro
  • Comparação do avanço real versus planejamento do empreendimento
Bancada revit
Bancada Revit / Fonte: SpBIM
  1. Familia: Componente de Gabinete (Casework)
  2. Classificação Omniclass: 23.40.35.00
  3. Nome: Bancada retangular
  4. Dimensões: Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
  5. Acessórios: Texto
  6. Fabricante: XXXXX
  7. Modelo: XXXXX
  8. Valor: $$$
  9. Classificação IFC: Furnishing Element
  10. LOD: 300

Quantitativos no BIM em obras públicas

Seguindo a tendência mundial, o Brasil tornou obrigatório o uso do BIM em projetos e construções de obras públicas a partir de 2021, segundo decreto 10.306/20. Dentre as fases de implantação dessa exigência, destaca-se a segunda:

1ª Fase (a partir de janeiro de 2021): tem como foco os projetos de arquitetura e engenharia que são relevantes para a difusão do BIM.
2ª Fase (a partir de janeiro de 2024): visa estágios da obra como o planejamento, execução e o orçamento que também possuem grau de importância para a propagação do BIM.
3ª Fase (a partir de janeiro de 2028): Esta última fase tem o intuito de abranger todo o ciclo de vida da obra e as demandas pós-obra.
Dúvidas de gestão BIM
Dúvidas de Gestão BIM / Fonte: SpBIM

Ou seja, a partir de 2024, o levantamento de quantitativos e BIM 5D será obrigatório. E as vantagens disso envolvem:

  • Redução de aditivos de contrato
  • Menor desperdício do dinheiro público
  • Menos desgaste político dos gestores
  • Maior transparência das licitações nas obras públicas

Acompanhamento em tempo real do cronograma físico financeiro do andamento de cada etapa da obra.

Desafios e Considerações

Embora o uso do BIM para extração de quantitativos ofereça inúmeras vantagens, há desafios a serem superados:

    1. Padronização: A indústria da construção ainda está trabalhando na padronização de como os dados BIM são estruturados e compartilhados, o que pode afetar a interoperabilidade entre diferentes software e equipes.
    2. Treinamento: A equipe envolvida na gestão de custos precisa ser treinada para usar ferramentas BIM eficazmente, o que pode requerer investimento em capacitação.
    3. Investimento inicial: A implementação do BIM pode exigir um investimento inicial significativo em hardware e software, mas é retornado, em relativamente pouco tempo, com o seu uso.
    4. Atualização contínua: Os modelos BIM precisam ser atualizados regularmente à medida que o projeto progride, o que requer gerenciamento de mudanças eficiente.

Gestão de custos x Extração de quantitativos 

É muito comum o uso de BIM para extração de quantitativos, mas confunde-se ao pensar que esta é a única função que a metodologia possui dentro de um processo de orçamentação. A extração de quantitativos refere-se a capacidade BIM de relacionar o cronograma aos elementos do modelo (BIM 4D), incluindo na somatória todos os elementos que acarretam em custos, podendo ser eles, mão de obra, equipamentos e insumos, e claramente os materiais utilizados e o custo unitário de cada um desses itens.

Se os custos reais forem alimentados no modelo é possível fazer a gestão dos custos, identificando se/onde está ocorrendo um estouro no orçamento, desde o nível de sistema até elementos individuais. Com isso, percebe-se que a extração de quantitativos é apenas uma parte do processo de gestão de custos com BIM. 

Conclusão

A SpBIM enxerga o potencial do levantamento de quantitativos pelo uso do BIM como essencial em todas as etapas de projeto e construção, além da extrema necessidade atual tanto no setor privado, quanto público. É uma modernização inevitável que a cadeia da construção civil demanda e surge a necessidade de atualização da metodologia de trabalho não somente em treinamento mas também em processo de trabalho integrado como projeto e obra. Em resumo, um grande segredo de como trabalhar com quantitativos no BIM é ter conhecimento de como se compra os itens da construção civil, será necessário a participação do processo os fornecedores e fabricantes na colaboração da criação de manuais e procedimentos para o mercado da AEC (arquitetura, engenharia e construção).

PMI e o BIM

A seguir, saiba sobre o PMI e o BIM

O PMI (Project Management Institute) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1969 por 5 voluntários com o objetivo de estabelecer padrões na área de gestão de projetos, cuja contribuição é voltada para a qualidade direcionado ao público em geral, hoje em dia os certificados emitidos pela PMI são reconhecidos universalmente pelo seu atestado a qualidade e é um pré-requisito na grande maioria das empresas para a contratação de profissionais na área de Direção de Projetos e Gerenciamento de Projetos. O objetivo do PMI era proporcionar um meio onde os gerentes de projeto possam reunir, compartilhar informações e discutirem problemas em comum.  Para melhor organização, o PMI é separado de acordo com capítulos, que seguem uma categorização segundo regiões geográficas.

“Cada membro do PMI é vinculado a um capítulo e, juntamente dos demais profissionais da mesma região, faz trabalhos voluntários para levar as melhores práticas do gerenciamento de projetos ao conhecimento dos outros profissionais. A ideia dessa integração é promover melhorias contínuas no setor e a valorização do papel dos profissionais que nele atuam.

Atualmente, pode-se dizer que a mais expressiva contribuição do PMI é o estabelecimento de melhores práticas de gerenciamento de projetos. Essas ações são seguidas no mundo todo e estão compiladas em uma obra única, o PMBOK”.

A relação entre a PMI e o BIM se dá por conta do BIM 4D (planejamento) onde temos a dimensão de tempo adicionada ao modelo BIM sendo possível visualizarmos os estágios da obra e as possíveis colisões ou interferências (clash detection/compatibilização no bim) nesse processo é possível ter uma enorme vantagem para o gerenciamento de projetos pois o profissional tem mais informações para trabalhar e se planejar além disso com essas informações o profissional como o BIM Manager pode simular o processo da obra com uma riqueza de detalhes enorme assim prevendo, e consequentemente evitando ou se planejando para, possíveis interferência e podendo agir com ações preditivas e preventivas.

Profissionais com formações em arquitetura e engenharia são essenciais no processo ter uma certificação do PMI, onde tornará um profissional com enorme vantagem no mercado e na qualidade de seu trabalho quando adotam o modelo BIM com planejamento e orçamento, seja para projetos ou para execução de obras. A certificação mais comum é a Project Management Professional (PMP), ou Profissional de Gerenciamento de Projetos. Existem mais de 370 mil profissionais no mundo todo que contam com essa certificação.

O PMI autoriza algumas instituições a aplicarem o teste para PMP e muitas escolas/ensino de administração oferecem cursos preparatórios para esse certificado. Além da certificação PMP, existem outras 7 sendo:

  • Técnico certificado em Gerenciamento de Projetos (CAPM);
  • Profissional em Gerenciamento de Riscos do PMI (PMI-RMP);
  • Profissional certificado em Métodos Ágeis do PMI (PMI-ACP).
  • Profissional de Gerenciamento de Portfólio (PfMP);
  • Profissional de Gerenciamento de Programas (PgMP);
  • Profissional em Gerenciamento de Cronograma do PMI (PMI-SP);
  • Profissional em Análise de Negócios do PMI (PMI-PBA);

Qual a relevância do PMI para o Gerenciamento de Projetos?

O PMI é o instituto responsável pelo guia correspondente ao gerenciamento dos projetos, esse guia é conhecido como Project Management Body Of Knowledge (PMBOK). O PMI acompanha o volume de recursos desperdiçados pelas empresas durante o desempenho dos projetos. Essa análise é importante, pois as empresas normalmente perdem um percentual dos valores investidos devido ao péssimo gerenciamento feito.

O PMI acompanha as empresas que apresentam altos índices de sucesso, nas quais possui a cultura e talentos de alta capacidade.
O guia PMBOK possui diversas etapas, entre elas estão: gerenciamento do escopo, do tempo, da qualidade, dos custos, das aquisições, das comunicações, dos recursos humanos, dos riscos, da integração e dos stakeholders.

Conteúdo do PMBOK?

Desenvolvido PMI, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um guia das melhores práticas do gerenciamento de projetos. Considerado a base de todo o conhecimento para a gestão de projetos, o PMBOK conta com 10 áreas de conhecimento que devem ser consideradas no gerenciamento de um projeto. Sendo:

  • Gerenciamento de escopo
  • Gerenciamento de tempo;
  • Gerenciamento de qualidade;
  • Gerenciamento de custos;
  • Gerenciamento de aquisições;
  • Gerenciamento de comunicações;
  • Gerenciamento de recursos humanos;
  • Gerenciamento de riscos;
  • Gerenciamento de integração;
  • Relacionamento com stakeholders (partes interessadas)

O guia PMBOK apresenta o ciclo de vida de um projeto da construção de uma edificação, até sua conclusão. Esse ciclo divide o tempo de duração do projeto em fases, independente da variabilidade em tamanho e complexidade entre da construção:

  • Viabilidade – formulação do projeto, estudos de viabilidade e formulação e aprovação da estratégia. Uma decisão de continuidade (go/no-go) do projeto faz parte da finalização desta fase.
  • Planejamento e Projeto – projeto básico, custo e cronograma, termos e condições contratuais, e planejamento detalhado. A maioria dos contratos é fechada ao final desta fase.
  • Produção – fabricação e entregas, obras civis, instalação e teste. As instalações estão substancialmente completas ao final desta fase.
  • Adaptação e Lançamento – teste final e manutenção. As instalações estão em plena operação ao final desta fase

Fonte: Luís Paulo Lopes Brito (PLANEJAMENTO EM PROJETOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A TECNOLOGIA BIM)

CONCLUSÃO:

No BIM existe o conceito de interoperabilidade, onde existe o conceito de trabalho colaborativo e integrado, onde todos os envolvidos na execução de um empreendimento trabalham de forma sincronizada e em um único modelo (modelo federado) em um ambiente virtual (CDE) na produção de um modelo tridimensional com objetos paramétricos (objetos bim) onde é possível extrair dados capaz de influenciar na tomada de decisões durante o desenvolvimento do projeto (BIM 3D).

Interoperabilidade BIM
Interoperabilidade BIM / Fonte: SpBIM

Existe uma nova cultura e metodologia comparada ao método tradicional de projetos (CAD) e de gestão/procedimentos de compatibilização de projetos, o que torna o trabalho mais produtivo e com maior qualidade. Evidentemente é necessário o desenvolvimento de padrões e boas praticas como o BIM MANDATE (Manual de BIM) e o PEB (Plano de Execução BIM) que serve para a estratégia de desenvolvimento do empreendimento e do modelo virtual ao longo dos seus USOS DE BIM e Nível de desenvolvimento (LOD), seja 4D, 5D, 6D e 7D.

Visto que o BIM possui um relacionamento similar ao conjunto de boas práticas no gerenciamento de projetos, e todas as áreas do conhecimento presentes no Project Management Body of Knowledge (PMBOK), o que torna o planejamento mais eficaz por todo o ciclo de vida do projeto e do empreendimento. Nós da SPBIM vemos portanto que o modelo BIM e suas capacidades de atuar em diversas dimensões do projeto se torna extremamente útil para o profissional de gestão de projetos e consequentemente para as empresas que contratam esses profissionais e com a utilização dos pilares e boas praticas do PMI poderá contribuir para um BIM mais eficiente não somente em projeto como na execução de obras.

Parametrização no BIM

Parametrização no BIM

BIM, a sigla para Building Information Modeling, que em português significa modelagem da informação da construção, é uma metodologia que integra pessoas, programas e processos, dessa forma, o BIM consiste em modelar e compartilhar informações no fluxo de trabalho. Ao realizar a modelagem 3D e o planejamento de obras nesses softwares, podemos unir a todas essas informações contidas neles.

O processo ao se trabalhar com o BIM é muito diferente em comparação com o CAD, muito utilizado na construção civil tempos atrás. No CAD, os desenhos técnicos e as representações utilizados na documentação como anotação vetorial, isto é, são apenas linhas e pontos que simulam o desenho. Apesar de ser uma grande evolução em comparação com o desenho a mão, amplamente utilizado nos primórdios da arquitetura, o CAD não aglutina dados (informações), tão essenciais para o desenvolvimento de projetos. Isto mostra como o BIM apresenta um grande salto tecnológico e operacional nas atividades de gestão e projeto, pois o controle e a transparência nos processos são grandes aliados.

familias em bim
Famílias em BIM / Fonte: SpBIM

OBJETOS PARAMÉTRICOS

Um determinado objeto, nos modelos BIM, possui diversas características. Os objetos paramétricos no BIM aplicado a um projeto, onde, por exemplo, uma mesma porta pode obter cores, textos e dimensões diferentes a depender das decisões do arquiteto, e ainda assim a porta continuará sendo o mesmo objeto. Uma porta poderá variar de acordo com o nível de informação e geometria denominado LOD. Ao objeto paramétrico atribuímos o nome de família (revit), componente (sketchup) ou objeto gdl (archicad): o objeto da porta possui diversos objetos de características diferentes, mas que possuem uma mesma raiz e atribuição.

objeto parametrico porta
Objeto Paramétrico Porta / Fonte: SpBIM

Essas características também podem ser consideradas como parâmetros, e é algo muito utilizado em projetos, pois no caso da porta, poderá ter variações como: comprimento, largura e altura. O importante no BIM é os objetos serem capazes de exportar os dados no IFC. Existem algumas plataformas capazes de otimizar a produtividade de objetos paramétricos como o PARAM-O da Graphisoft, DYNAMO da Autodesk e o GRASSHOPPER do Rhinoceros por exemplo.

param o cavalete lina bo bardi
Param-O cavalete Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM

No CAD, para alterar cada um dos parâmetros é uma tarefa individual e requer atenção às necessidades de cada detalhe, mesmo na utilização de blocos dinâmicos onde é possível tornar o processo mais prático.
Nos modelos BIM, um objeto paramétrico é capaz de utilizar apenas um elemento que se moldaria automaticamente às necessidades geométricas do seu projeto, sem precisar ficar redesenhando ou especificando as medidas. No BIM, o desenho de uma porta deixa de ser um conjunto de linhas e passa a ser um objeto com parâmetros e com informações associadas as dimensões e especificações.

modelo cad vs modelo bim
Modelo CAD vs Modelo BIM / Fonte: SpBIM

O BIM, por armazenar e reunir um conjunto de informações do mesmo projeto, permite um grande avanço na etapa projetual e na coordenação de projetos. Assim, tudo criado em BIM vai além de representações gráficas, pois também possui informações pertinentes a quantitativo. A parametrização de objetos é um grande aliado de tais processos.

Além dos objetos paramétricos possuírem essas informações, também evitam erros por justamente terem atributos associados.
Por exemplo, objetos hospedados (inseridos/incorporados) em vedações, como janelas e portas que são aberturas, não podem ser inseridos no meio de cômodos ou em pisos. Isso ajuda mitigar e minimizar incoerências e retrabalhos nos processos, lembrando que a inserção é responsabilidade do projetista e recomendamos e orientações de Consultores e BIM Managers.

CONCLUSÃO

Nós da SpBIM acreditamos que os softwares paramétricos permitem armazenar uma grande quantidade de informação que são utilizados na metodologia BIM e são de extrema importância para os avanços nos fluxos de trabalho em empresas de gestão e projetos. A utilização de objetos paramétricos em um modelo garante eficiência na etapa de modelagem e certamente melhorias na qualidade do produto, afinal, estamos na era da informação.

Saiba tudo sobre o SketchUp Studio

SketchUp Studio: Tudo que você precisa saber

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Fonte: SketchUp

Com a utilização da tecnologia para desenvolvimento de projetos dos mais variados seguimentos da AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) as empresas desenvolvedoras de softwares buscam cada vez mais inovar para otimizar e flexibilizar o fluxo de trabalho dos projetistas, reunido diferentes soluções para atender as necessidades do usuário ou até mesmo reunir diferentes soluções integradas em um único produto.

Foi pensando nisso que a Trimble migrou a forma de oferecer soluções aos usuários de Sketchup, desde 2019 seus produtos passaram por uma curadoria detalhada para compreensão das necessidades de cada perfil de usuário e resultando em quatro perfis de usuários com soluções especificas para cada uma das necessidades.

Os perfis de usuários da ferramenta de modelagem 3D mais utilizada por arquitetos, designs e construtores, foi segmentado em: Uso Pessoal, Uso Profissional, Ensino Superior e Uso de estudante do Primário e Secundário. Cada um desses perfis possuem uma série de pacotes com valores e produtos especificos para suas necessidades.

O perfil para Profissionais, apresenta três diferentes pacotes para aquisição da ferramenta, sendo elas o Sketchup Comprar disponível para versão web e armazenamento ilimitado na nuvem, Sketchup Pro disponível na versão web e desktop, incluso PreDesign e acesso a diversos plug-ins e por fim, a pacote Sketchup Studio ideal para fluxos de trabalho mais avançados com verão web e desktop, Vray, PreDesign, Scan Essentials, Trimble Connect e muito mais.

A seleção de ferramentadas disponível no pacote Sketchup Studio o usuário poderá desenvolver modelos 3Ds no desktop ou via  nuvem, através da versão web, acesso a diversos plug-ins para otimização do fluxo de trabalho na versão desktop, visualização dos modelos através de dispositivhttps://spbim.com.br/o-que-e-o-trimble-connect/os moveis além da utilização do XR Viewer para realidade aumentada, comunicação facilitada e colaborativa, inúmeros objetos disponível no 3D Warehouse (Armazem 3D do Sketchup), utilização do Sketchup PreDesign para estudos climáticos, espaciais  com referencia geográfica, imagens renderizadas em tempo real e  a utilização de nuvem de pontos associado ao modelo 3D.  Veja a segui mais sobre cada um dos recursos disponíveis:

  • SketchUp:

A ferramenta de modelagem de arquitetura e design mais utilizada entre arquitetos, designers e projetistas de modo geral, permite o desenvolvimento de modelos tridimensionais BIM de forma intuitiva, totalmente customizável e amplamente solicitada no mercado de trabalho – podendo ser utilizado tanto na versão web com armazenamento na nuvem ou na versão desktop.

sketchup spbim
Fonte: SketchUp

SAIBA MAIS SOBRE O SKETCHUP: CLIQUE AQUI

  • Mobile Viewer:

Ferramenta disponível para dispositivos moveis que permite a visualização e compartilhamento dos modelos digitais em qualquer lugar e a qualquer momento – disponível para Android e IOS.

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Fonte: SketchUp
  • XR Viewer:

Recurso disponível para uma experiência de realidade virtual ou realidade mista, possibilitando percorrer pelo modelo 3D, escolher a visualização das cenas definidas no SketechUp, realizar medições com a ferramentada fita métrica, visualização de dados e ainda permite oculta a visualização de elementos através das etiquetas – totalmente integrados com o modelo BIM e disponível para diferentes dispositivos de realidade virtual.

  • Armazém 3D:

Maior acervo de objetos 3d disponível aos usuários no formato nativo da ferramenta, garantindo projetos mais completos e ainda conta com uma comunidade colaborativa, permitindo que os usuários compartilhem seus projetos de forma gratuita.

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Fonte: SpBIM

 

 

  • Trimble Connect:

Serviço de hospedagem de modelos BIM via nuvem no qual denominamos CDE (Ambiente Comum de Dados), permitindo aos usuários um trabalho colaborativo e simultâneo, permitindo a colaboração através de modelos BIM3D em formato nativo do SketchUp .skp, ou outros formatos como REVIT.rvt, ARCHICAD.pln, AUTOCAD.dwg. Destaca-se pela leitura de arquivos de IFC (O que  é IFC ?), garantindo o direcionamento ao OPENBIM (Por que o OPEN BIM é importante ?)

SAIBA MAIS SOBRE TRIMBLE CONNECT: CLIQUE AQUI

  • Armazém de Extensão:

Com o objetivo de otimizar o fluxo de trabalho no SketchUp a Trimble disponibiliza aos usuários uma ampla biblioteca de extensões/plug-ins desenvolvido por empresas parceiras, garantindo que mesmo os projetos mais complexos vão ser desenvolvidos na ferramenta de forma prática.

armazem de extensao
Fonte: SpBIM
  • PréDesign:

É uma das novidades mais recentes disponibilizada na versão do Sketchup 2021, é uma ferramenta ampla, que permite ao projetista garantir uma eficiência energética do projeto ainda na fase se conceituação a partir nas análises geográficas. Tem por objetivo proporcionar aos projetistas dados geográficos e climáticos com análises sobre as melhores estratégias climáticas para cada uma das situações, levando em consideração a localização, a estação do ano, frequência dos usuários nos espaços livres, sugestão de tipos de fechamentos e esquadrias, estudo de sombreamento das fachadas, impacto da iluminação natural nos espaços internos e ainda conta com um estudo de estratégias para maximizar os usos dos espaços livres.

predesign
Fonte: SketchUp

SAIBA MAIS SOBRE AS NOVIDADES SKETCHUO 2021: CLIQUE AQUI

  • Vray:

É o software de renderização mais utilizado por artistas de modelagem 3D que usam o SketchUp, pelos seus resultados hiper realísticos com a facilidade do real-time e dentro da ferramenta de modelagem garantindo ajustes de forma prática e rápida.

evermotion
Fonte: Evermotion
  • Scan Essentials:

A utilização de nuvem de pontos para levantamento de espaços arquitetônicos e urbanísticos vem sendo amplamente utilizado no BIM, pelo sua alta precisão e agilidade nos dados, e a partir disso com essa ferramenta é possível importar a nuvem de pontos para o SketchUp para uma modelagem ágil e precisa.

scan essentials
Fonte: SketchUp

O pacote Sketchup Studio permite aos seus usuários mais do que um software de modelagem tridimensional, permite uma melhor representação dos projetos através de uma série de facilitadores disponível nos acervos de biblioteca da Trimble, mais facilidade de interpretação do projeto por profissionais e leigos através das diversas formas de visualização de projeto como o Trimble Connect, XR Viewer para dispositivos móveis, imagens foto realísticas com o Vray. Ferramentas de estratégias climáticas com referência geográfica facilitando a busca por dados e informações do local do projeto e ainda comunicação direta com levantamento através de nuvem de pontos.

Quanto custa o Sketchup Studio?

É uma possibilidade mais rentável, sendo uma licença alugada, na data deste artigo custa na média de US$ 699/ano* R$3.536,01.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos que ao utilizarmos as diversas opções disponíveis no Sketchup Studio no desenvolvimento de projeto de arquitetura, design e construção será facilitado, garantindo não só a visualização tridimensional do que será proposto mais também a melhor interpretação das soluções, comunicação facilitada e ainda garantindo soluções mais eficientes para o projeto através de uma ampla análise realizada ainda na fase de estudo.

Outros artigos sobre Sketchup e assuntos em comum:

Quais as novidades do Revit 2022?

NOVIDADES DO REVIT 2022

 

Neste artigo, nós da SPBIM, iremos elencar todas as novidades que chegaram no REVIT na sua versão 2022, e também onde encontrá-las no software. Caso tenha alguma dúvida de como baixar e se cadastrar para obter a licença legalmente, veja o nosso tutorial passo a passo de Como Instalar o REVIT.

 

Lista das novidades do REVIT 2022:

 

  1. EIXOS 3D
    Os eixos, tiveram uma repaginada, podem ser vistos e criados nas vistas 3D. Essa particularidade da ferramenta já existia em outros softwares BIM como no Archicad por exemplo e agora o REVIT também traz em sua nova atualização.

    eixos d revit
    Eixos 3D Revit 2022

     

  2. PAREDE CÔNICA
    Outra novidade que surgiu na nova versão, são as paredes cônicas. Na versão passada (2021), o REVIT trouxe as paredes inclinadas e agora, na mesma linha de parâmetro, pode-se alterar para a possibilidade de ser cônica.

    parede conica
    Parede Cônica

     

  3. PAREDE INCLINADA COM PERFIL EDITÁVEL
    Como dito, na versão de 2021, a Autodesk adicionou a funcionalidade da criação de paredes inclinadas, porém essas paredes não possuíam a opção de terem seu perfil editado, porém, nessa nova atualização se tornou possível essa edição.

    parede inclinada com perfil editavel
    Parede Inclinada com Perfil Editável

     

  4. NOVAS TIPOLOGIAS DE FAMÍLIAS (RPC)
    Outra novidade que chegou no Revit 2022, é a possibilidade da troca de cor das famílias que vêm de fábrica no Revit, como pode ser visto no gif abaixo. Nesse exemplo, iniciamos colocando uma das árvores, que já vem no programa, e a trocamos pela família de uma caminhonete, e dentro de suas propriedades, no editar tipo, é possível trocar suas cores.

    novas tipologias de familias rpc
    Novas Tipologias de Famílias (RPC)

     

  5. NOVO CONJUNTO DE CORES PARA OS AMBIENTES
    Ao executar a ferramenta de ambientes e posteriormente decidir colocar uma escala de cores nos ambientes, o REVIT possuía determinadas paletas de cores. Nessa nova versão, as paletas sofreram uma atualização, onde possuem mais opções de cores.

    novo conjunto de cores para os ambientes
    Novo Conjunto de Cores para os Ambientes

     

  6. ISOLAR NÚCLEO DE PAREDES COMPOSTAS
    Essa atualização pode ser facilmente uma das principais dentro na nova versão. Com essa nova opção dentro da janela de Visibilidade / Gráficos (VG ou VV),  que possui o atalho VV ou VG, nós usuários poderemos, nas fases de documentação, isolar a parte do núcleo das paredes.

    isolar nucleo de paredes compostas
    Isolar Núcleo de Paredes Compostas

     

  7. EXPORTADOR DE PDF NATIVO
    Uma inovação que chegou nessa nova versão foi o exportador de PDF nativo no software. Muitos problemas eram encontrados nas versões anteriores com exportadores externos ao programa, pois não faziam a conectividade perfeita com o software. Agora com o seu exportador nativo, esses problemas de conectividade foram sanados.

    exportador de pdf nativo
    exportador de pdf nativo
    exportador de pdf nativo
    Exportador de PDF Nativo

     

  8. “VARIA” NOS PARÂMETROS
    Nessa atualização, já iremos utilizar um exemplo para melhor entendimento dessa mudança.

    varia nos parametros
    “VARIA” nos Parâmetros

     

    Podemos reparar, na animação acima, que ao clicarmos no primeiro elemento, seu parâmetro de restrição de base está no nível 1, porém ao clicarmos também na parede que está com sua restrição de base no nível 2, a restrição de base do conjunto fica com o escrito “varia”, sendo que nas versões anteriores, os parâmetros que possuem valores diferentes apareciam em branco.

  9. ROTAÇÃO E UNIÃO DE IDENTIFICADORES (TAGS)
    Nessa atualização, o REVIT torna possível a colocação de identificadores (tags) em múltiplos elementos com somente uma anotação, além de permitir sua rotação, como pode ser visto abaixo.

    rotacao e uniao de identificadores tags
    Rotação e União de Identificadores (TAGS)

     

  10. ANOTAÇÃO DE INCLINAÇÃO DE RAMPAS
    Outra novidade é a possibilidade de criação das anotações de inclinação das rampas, agora facilitando o processo de documentação, além de ser possível tanto em planta quanto nas vistas 3D.

    anotacao de inclinacao de rampas
    ANOTAÇÃO DE INCLINAÇÃO DE RAMPAS

     

Também existem outras novidades como por exemplo:

  • PREFIXO E SUFIXOS EM COTAS: Onde é possível adicionar prefixos e sufixos diretamente nas tipologias.
  • QUEBRA DE TABELAS: Caso uma tabela possua uma grande quantidade de informações e não caiba somente em uma folha, ela pode ser dividida em mais de uma folha.
  • NOVAS CATEGORIAS: Na versão do Revit 2022 houve a inserção de novas categorias de objetos, sendo elas:
    • Equipamentos Audiovisuais
    • Equipamentos de Comida
    • Equipamentos Médicos
    • Sinalização
    • Estruturas Temporárias
    • Circulação Vertical

 

  • FILTRO POR FASE: Uma das novidades que animaram os usuários, foi a possibilidade de criação de filtros por fase de projeto. Nas versões anteriores já existiam as fases, porém não permitiam a criação do filtro.

 

Todas as novidades que chegaram junto com o REVIT 2022, tem como objetivo melhorar o fluxo de trabalho de seus usuários e trazer novos benefícios à modelagem. Essas novidades também podem ser encontradas no nosso canal do youtube SPBIM YOUTUBE, onde exploramos melhor suas funcionalidades e ensinamos onde encontrá-las e como utilizá-las.

 

Abaixo uma lista sobre outros artigos que escrevemos na SPBIM sobre Revit:

Playlist de Revit SPBIM no Youtube

O que são objetos paramétricos?

O que são objetos paramétricos?

 

Dentro dos múltiplos termos e múltiplas funcionalidades do mundo BIM, um termo que vemos com muita frequência sendo exaltado por sua funcionalidade é o termo paramétrico, onde  pode ser aplicado a praticamente qualquer elemento dentro de um modelo BIM seja uma parede, porta, janela, e até mesmo ambientes inteiros tornando esses elementos em dinâmicos e capazes de alterar suas características de acordo com a demanda e input do usuário. Nesse artigo vamos especificar um recorte dessas categorias que são os objetos paramétricos.

 

SLIDE
Aula de Família de Revit / Fonte: SpBIM

 

Para que um elemento seja considerado paramétrico o objeto devera simplesmente ter suas características regidas por parâmetros, ou seja, regras que ditam as suas características, sendo assim um exemplo de um objeto paramétrico como uma bancada por exemplo, onde é possível alterar os parâmetros de largura, altura e profundidade, essa é uma das funcionalidades mais utilizadas dentro dos objetos paramétricos mas o que muitos não sabem é que podemos criar parâmetros extremamente complexos em nossos objetos, como termos uma pia de cozinha com frontões dinâmicos onde o usuário pode definir se serão visualizados e por consequência computados em seu quantitativo.

 

Bancada Revit / Fonte: SpBIM
Bancada Revit / Fonte: SpBIM

 

  1. Familia: Componente de Gabinete (Casework)
  2. Classificação Omniclass: 23.40.35.00
  3. Nome: Bancada retangular
  4. Dimensões:
    Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
  5. Acessórios: Texto
  6. Fabricante: XXXXX
  7. Modelo: XXXXX
  8. Valor: $$$
  9. Classificação IFC: Furnishing Element
  10. LOD: 300

 

Os objetos paramétricos são uma parte essencial do workflow em BIM e representam a versatilidade e utilidade que o mesmo podem oferecer, outra utilidade de objetos paramétricos é a sua capacidade de alterar diversas cópias ao mesmo tempo, sendo assim no Workflow BIM podemos alterar a mesma pia de cozinha citada anteriormente e por consequência alterar em todas as outras cópias da mesma através do nosso modelo economizando muito tempo de modelagem e revisões.

 

cavalete de cristal da arquiteta lina bo bardi
Releitura: Cavalete de Cristal da Arquiteta Lina Bo Bardi / Fonte: SpBIM

 

CONCLUSÃO:

Os objetos paramétricos contém uma infinidade de utilidades e parâmetros que podemos aplicar em nosso cotidiano projetando, se tornou uma prática comum em ter uma biblioteca extensa de objetos que nos auxiliam a modelar e projetar com maior eficiência e nós disponibilizamos aqui no site da SpBIM uma vasta biblioteca de objetos basta você clicar aqui para acessar e aproveitar nossos diversos modelos. Com o fomento do BIM no e as questões sobre parametria, recomendamos a leitura dos artigos a seguir: