O que é o QI BUILDER?

QiBuilder
QiBuilder / Fonte; AltoQi

Com a difusão da metodologia BIM na construção civil, todas as formas de projetar tiveram de se remodelar e sistematizar sua realidade a esse atual sistema, compreendendo a importância da interoperabilidade e da automação de parâmetros vinculados diretamente a normas locais. Respaldada nesse preceito e pensando nas necessidades de engenharia de instalações e suas compatibilizações a AltoQi criou o QIBuilder. Uma plataforma BIM voltada para desenvolver projetos: hidrossanitário, elétrico, preventivo de incêndio, SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), gás, cabeamento estruturado e alvenaria estrutural em um único sistema que ao mesmo tempo realiza o dimensionamento conforme as normas brasileiras, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Conhecido por seus recursos que otimizam etapas de cálculo, modelagem, dimensionamento, compatibilização e detalhamento. O QiBuilder tem se popularizado entre os engenheiros devido seu sistema gráfico com entrada de dados e usabilidade intuitiva; sua interoperabilidade; visualização 3D refinada voltada aos sistemas prediais e uma vasta biblioteca BIM rica em componentes de instalações.

Sobre QiBuilder
Sobre QiBuilder / Fonte: AltoQi

COMO FUNCIONA O QI BUILDER?

Diferente do seu concorrente Revit MEP da Autodesk em termos de funcionalidade e interface, ambos atendem as premissas de levantamentos quantitativos para orçamentação e análises verificativas quanto a interferências entre sistemas prediais e arquitetura/estrutura.

Até a data deste artigo em número licenças ativas nacionais, o QiBuilder tem ficado atrás do Revit MEP  pois o QiBuilder prioriza o uso de licenças profissionais, restringindo versões educacionais, o que dificulta o aprendizado de sua interface e disseminação.

Entretanto a plataforma é a melhor opção para grandes projetos nacionais de engenharia de instalações, pois é programado diretamente as normas e restrições de dimensionamentos prediais. O que dinamiza a concepção e elaboração do projeto, além de identificar possíveis erros que seriam apontados na validação do projeto junto a prefeitura uma vez que o BIM passara a ser um requisito obrigatório, caso queira saber mais, acesse: Decreto BIM

Além da normatização, o QiBuilder é destaque em termos de visualização e entendimento de sistemas, pois é organizado em formato de “árvore” como na EAP (Estrutura Analítica de Projeto) na janela de edificação, onde os projetos são lançados em croquis de forma separada de acordo com a disciplinas: hidráulico, sanitário, fiação, incêndio, etc.

Fonte: AltoQi | QiBuilder

POR QUE DESENVOLVER AS INSTALAÇÕES NO QI BUILDER?

Como parte do universo BIM o Qi Builder atende todas as premissas do termo, desde a integração de vistas, ao levantamento quantitativo e orçamentar. O software permite também, maior colaboração entre projetistas de Arquitetura e Estrutura com o uso do IFC para importação do Revit e Archicad por exemplo, possibilita o uso em análises e verificações de interferência como nos softwares Navisworks ou Solibri por exemplo. Resultando assim em uma maior velocidade no desenvolvimento e integridade nas informações projetuais. Além de garantir projetos diretamente compatibilizados mediante as normas da ABNT.

Cabe ressaltar que o processo de construções prediais, sem um projeto de sistemas devidamente compatibilizado, ocasiona um desperdício em média de 15 a 18% do orçamento do empreendimento, e o uso  BIM atrelado ao Qi Builder ajudaria a diminuir/mitigar esta perca do orçamento, além de diminuir o número de revisões pós a documentação e entrega do projeto à secretaria de obras.

Benefícios de utilizar o QI Builder:

  • Eliminação de mudanças orçamentares não previstas.
  • Estimativas de custo com maior precisão.
  • É possível reduzir em média 80% o tempo gasto na elaboração de estimativas de custo e até 7% de redução no tempo de projeto.
  • Validação e aprovação do projeto junto a prefeituras nacionais.
  • Futura manutenção dos espaços, eliminando a necessidade de um modelo As Built.
Informações BIM
Informações BIM / Fonte: AltoQi

COMO OBTER QI BUILDER?

A ALTOQI comercializa seus softwares até a data deste artigo sendo: QiBuilder, Eberick e o QiCloud, em quatro esferas de soluções: integrada, estrutural, instalações e atualizações.

  1. Soluções Integradas: é a licença que inclui tanto o QiBuilder quanto o Eberick, plataforma da AltoQi voltado para estruturas, além dos dois softwares a solução abre a opção de inclusão de qualquer de seus plug-ins: QiElétrico, QiHidrosanitário, QiPDA, QiCabeamento, QiIncêndio, QiGás, QiEditor de Armadura, QiAlvenaria e o Módulo de Eberick.
  2. Soluções Estrutural: é a licença que não possibilita o download do Qi Builder, voltado para estrutura inclui apenas o Eberick e seus plug-ins de edição estrutural.
  3. Solução para Instalações: é a licença que inclui apenas o Qi Builder e seus plug-ins de sistemas prediais: QiElétrico, QiHidrosanitário, QiPDA, QiCabeamento, QiIncêndio, QiGás.
  4. Solução de atualizações: é a licença voltada para os primeiros contratantes da AltoQi, pois trata-se da “atualização” de contratos de softwares mais antigos: QiCloud ou atualizações antigas, por uma mais atuais: QiBuilde e o Eberick.

E ambas são subdividas em três tipologias:

  • PLANO BASIC – Construções até cinco pavimentos, com altura total máxima de vinte metros e área de projeto não superior a 8.000m².
  • PLANO PRO – Construções até onze pavimentos, com altura total ilimitada e área de projeto não superior a 8.000m².
  • PLANO PLENO – Construções com pavimentos, altura total e área de projeto ilimitada.

CONCLUSÃO:0

Nós dá SpBIM apoiamos e incentivamos o QiBuilder, uma vez que o seu uso otimiza todo o processo e integra as diversas formas do desenvolvimento projetual de diferentes instalações prediais. Compreendemos a necessidade de atuar com um projeto integrado, onde não participara somente a arquitetura e estrutura mais sim, todos os sistemas que compõem o edifício real e o virtual. Acreditamos que o uso do sistema BIM no QiBuilder, pode validar informações claras e objetivas que ajudaria  na construções de edifícios, de forma a atender as necessidades do cliente tornando adaptável a cada empreendimento, e diminuindo os custos não previstos enquanto reduziria o tempo para aprovação de projetos frente a órgãos públicos.

PAREDE COMPOSTA vs PAREDE CEBOLA

PAREDE COMPOSTA vs PAREDE CEBOLA

Eficiência, produtividade e agilidade, essas palavras são constantemente encontradas quando falamos de modelagem BIM. Entre suas diversas ferramentas com suas especificidades o Revit apresenta algumas opções para modelar os mesmos elementos, mas qual seria a melhor opção? Parede composta vs parede cebola? Essa é uma discussão entre modeladores, e nesse artigo vamos apresentar cada uma delas suas vantagens e desvantagens, sugerindo a opção mais completa para os diferentes usos BIM de um projeto.

Fonte: SPBIM

É importante compreendermos que na construção civil  para cada fase de projeto são exigidos níveis de informações e níveis de detalhe, no BIM chamamos isso de LOD (Level of Development – Nível de desenvolvimento) e LOI (Level of Information – Nível de Informação). E para a escolha do método de modelagem ideal é importante entender o que se exige do modelo nesses aspectos, para que a necessidade seja perfeitamente atendida. 

Sendo assim vamos compreender um pouco mais sobre esse métodos, são eles:

Método composto

Esse método de modelagem no Revit é comumente utilizado para níveis mais iniciais de projeto. Consiste na modelagem através de elementos compostos, nos quais podem ser inseridos subelementos que representam as camadas construtivas. Na parede composta por exemplo é possível atribuir a cada camada um material, uma espessura e uma função, e esta última implicará na representação gráfica do elemento.

Fonte: SPBIM

Assim como a parede os pisos podem ser compostos, com várias camadas de diferentes espessuras e funções. 

Mas esse método tem sua desvantagem, para representação e quantitativo por exemplo para revestimentos de parede que não seguem a mesma altura limite da alvenaria, se limitando no forro, por exemplo, esse método não atende, já que a parede modelada é uma elemento único, fazendo-se necessária a criação de diversos tipos de parede o que torna o gerenciamento desses elementos confuso e impreciso.

Fonte: SPBIM | Imagem de revestimento avançando no entreforro

 

Método de peças

Essa opção de modelagem é uma acréscimo a modelagem composta, isso porque a princípio desenvolve-se o elemento no método composto, e em seguida os elementos são destrinchados em peças através da seleção deles e clicando na ferramenta peças. A partir dessa comando é possível editar os subelementos separadamente. 

Fonte: SPBIM

 

 

A desvantagem que se tem é que os quantitativos são imprecisos, como se fossem duplicados contando o material pela referência da parede somada mais uma vez à peça.

Fonte: SPBIM

 

Método com parede empilhada

Com esse método é possível empilhar diferentes tipos de paredes, compostas ou não, inserindo o tipo de parede desejada e sua altura e assim sucessivamente nas que vierem acima dessa, permitindo maior agilidade de modelagem para casos de revestimentos de parede que vão até o forro e tem o entreforro somente com alvenaria, por exemplo. A desvantagem é no controle dos diversos tipos que precisam ser criados e corretamente filtrados na tabela para um quantitativo preciso.

Fonte: SPBIM

 

Método cebola

Este é um dos tipos de modelagem no Revit que considera os elementos variáveis separadamente, ou seja, uma parede para alvenaria, uma para o revestimento, igualmente para pisos e seus revestimentos.

Fonte: SPBIM

 

 Essa modelagem requer o cuidado para associar os elementos que se movem juntos através de travamento, facilitando possíveis alterações ao longo do desenvolvimento do projeto. Seus quantitativos são precisos na medida em que a modelagem estiver corretamente realizada e representam de maneira fiel o que será de fato construído.

Fonte: SPBIM

 

Conclusão

 

Em resumo, não existe maneira errada de se modelar elementos, mas na modelagem BIM é sempre crucial verificar o uso BIM de cada projeto, para que a agilidade não sobreponha a qualidade do modelo, suas informações e quantitativos precisos, e a verdadeira eficiência proposta nesta metodologia. Cada método pode ser útil para atender até certa fase de projeto, sendo o método cebola o que atende a todos os requisitos necessários a um desenvolvimento com representação gráfica e informações precisas.

 

O que é o IFC?

IFC

Desde arquitetos e engenheiros até empreiteiros e fabricantes, a comunicação e colaboração eficazes são cruciais para o sucesso de um projeto. No entanto, a falta de padrões de comunicação tem sido um desafio histórico para o setor. É aqui que o IFC entra em jogo, oferecendo uma solução que promove a colaboração e a interoperabilidade entre as várias partes envolvidas.

 

O que é o IFC?

O IFC (Industry Foundation Classes) é um padrão de intercâmbio de dados desenvolvido para o setor de construção civil. Ele é utilizado para representar informações relacionadas a um projeto de construção de forma digital, permitindo a troca de informações entre diferentes softwares e sistemas sem perda de dados ou tradução manual. Em outras palavras, o IFC atua como uma linguagem comum que permite que diferentes softwares “conversem” entre si, independentemente de suas origens ou finalidades específicas.

 

A necessidade do IFC na construção civil

Antes de sua introdução, a indústria da construção frequentemente enfrentava problemas de compatibilidade entre os diferentes programas utilizados por arquitetos, engenheiros, e outros profissionais. Isso resultava em lacunas de informação, retrabalho e potenciais erros de comunicação, custando tempo e dinheiro aos projetos. O IFC foi desenvolvido para superar essas barreiras, permitindo que informações detalhadas fossem compartilhadas de forma precisa e eficiente.

 

Relação entre IFC e BIM

Do projeto à realização de um edifício, há o envolvimento de vários profissionais, onde cada um opera dentro da própria área de interesse. Torna-se importante, estratégias interessadas com a possibilidade de troca de informações a fim de colaborar de forma eficaz com a realização de um projeto compartilhado. 

É neste momento que se torna necessário um formato padrão, que permita a interoperabilidade e o intercâmbio de dados, sem erros ou perda de informações, viabilizando a comunicação entre plataformas falando um única “língua” na construção digital.

Imagem
Fonte: Autor

Qual o formato do IFC?

É um formato aberto e neutro, na linguagem .xml e não pode ser controlado pelos fornecedores de software, como Autodesk ou Graphisoft. Foi criado para facilitar a interoperabilidade entre os diferentes profissionais envolvidos no empreendimento, com isso contém informações sobre todo o seu ciclo de vida do projeto, como determinado pelos LODs, por exemplo, desde a análise de viabilidade

Como funciona?

IFC / Fonte: Portal Graphics

 

O IFC, como centralizador,  permite que o Open BIM, sendo responsável por uma abordagem universal e democrática à colaboração para os desenhos e a construção dos empreendimentos baseados em padrões e fluxos de trabalho abertos. A arquitetura IFC baseia a sua estrutura em:

  • SEMÂNTICA
  • RELATÓRIOS
  • ATRIBUTOS

Os elementos são desenvolvidos para descrever os componentes de um edifício, como:

  • INSTALAÇÕES
  • ESPAÇOS
  • ZONAS
  • COMPONENTES
  • ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Incluindo as propriedades específicas de cada objeto. Devido a esta divisão para cada objeto é possível vincular determinadas informações como:

  • DESIGN
  • GEOMÉTRICO
  • ORÇAMENTO
  • MANUTENÇÃO
  • POSIÇÃO
  • DESEMPENHO ENERGÉTICO
  • CONEXÕES COM OUTROS OBJETOS
  • SEGURANÇA
  • CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS

Todos estes dados são geralmente codificados em um dos três formatos disponíveis:

  • .ifc: formato de arquivo padrão baseado na norma ISO-STEP
  • .ifcxml: codificação baseada na linguagem XML
  • ifczip: arquivo comprimido de um destes formatos, que pode conter também material adicional como PDF ou imagens

Problemas de uso

É muito comum escutarmos sobre falhas e dificuldades no uso do IFC, mas muitas das vezes acontecem más interpretações de uso, podendo ser elas:

  • A exportação é realizada de forma incorreta: Não basta apenas pedir para salvar o modelo em IFC, mas se torna necessário conferir as configurações de parâmetros de exportação relacionados com a sua necessidade. 
  • Softwares que não permitem a configuração de exportação IFC ou não fazem isso em conformidade com o padrão oficial.
  • Importação do modelo IFC pelo seu aplicativo: Muitas vezes o próprio aplicativo não interpreta completamente o modelo do arquivo que está sendo lido ou a versão de IFC usada.
  • O IFC não pode ser utilizado com funções para as quais não foi projetado, por exemplo: Editar modelos estáticos da mesma forma que se realiza no formato do software em que foi criado.
  • Dificuldade na captação de detalhes muito específicos: Por se tratar de uma linguagem comum e neutra, detalhes muito específicos nem sempre conseguem ser captados, mas as atualizações e novas versões do IFC estão sempre ampliando a cobertura deste padrão.   

 

Benefícios do uso do IFC

  1. Intercâmbio de informações através de um formato padrão e universal.
  2. Maior qualidade obtida
  3. Redução de erros e custos
  4. Redução de retrabalho
  5. Dados e informações coerentes em fase de desenho, realização e manutenção.
  6. Responsabilidade técnica
  7. Democracia no setor
  8. Melhor a comunicação
  9. Colaboração eficiente com os diferentes profissionais envolvidos
  10. Facilitação de decisões informadas

 

Conclusão

Nos dá SpBIM compreendemos e vivenciamos o IFC no nosso cotidiano e o entendemos como um formato democrático e qualificador de mão de obra, desde o projeto com a probabilidade de uso em todo o ciclo de um empreendimento. Nós apoiamos o OPEN BIM e acreditamos na necessidade de melhoria constante do processo ao requisito de uma padronização nacional para incentivo do uso com o BIM.

 

Caso tenha gostado do artigo, sugerimos a seguinte leitura: O QUE É BIM?