Com a popularização e difusão da internet, a indústria têm se dedicado ao desenvolvimento de tecnologias interconectadas. Ou em termos técnicos, objetos com interconexão por IOT (Internet of Things) cuja tradução literal significa a Internet das Coisas, que se refere a interconexão entre os objetos e a internet. Popularmente, o IOT é a interconexão responsável por sincronizar o celular aos eletrodomésticos, carros, wearables (dispositivos tecnológicos utilizados como roupa tais como relógios, óculos, aparelhos auditivos), chaves, mesas, espelhos, entre outros.
No universo BIM tal conceito é vislumbrado no Digital Twin, um conjunto de componentes digitais (modelos, documentos e conjuntos de dados) que refletem todo o ciclo de vida do ativo, ou seja, corresponde a uma réplica digital de um elemento físico, com grande riqueza em dados.
Internet das Coisas no BIM / Fonte: VivaDecora
BIM + IOT?
Com a automação de edifícios se tornando a solução mais eficiente em segurança, praticidade, economia e sustentabilidade, o IOT é vinculado ao Digital Twin para obter controle sobre os edifícios. De modo geral, o Digital Twin se torna um ativo capaz de receber informações, codificá-la ou até mesmo realizar funções automáticas no modelo físico, a partir da varredura de sensores, ou captura de câmera, ou através de intervenção manual no modelo digital. Outro ponto relevante é o poder do “I” do BIM, os softwares como Revit, Revit MEP, Archicad, Vectorworks e Sketchup deverão incorporar tais riqueza de informações no formato nativo e no IFC. Para elucidar melhor cada uma das soluções nós da SPBIM, separamos algumas aplicações práticas do BIM em cada uma delas.
SEGURANÇA/MANUTENÇÃO:
Futuramente será comum identificar no BIM 7D (Dimensão responsável por operação e manutenção) após a execução a configuração/automatização na fase As built (LOD avançado) a possibilidade de vincula-lo ao IOT para avisar ou até mesmo desligar certos sistemas, quando existir qualquer situação atípica, como detecção de algum vazamento de gás ou hidráulico, ou acesso de pessoas não autorizadas a determinada área, ou em usos como prevenção de desastres por exemplo, através do modelo é possível ter a reflexão para tomada de decisão, uma ação preventiva antes de ocorrer situações catastróficas ou de grande perda patrimonial.
Fonte: SpBIM
PRATICIDADE:
Após a execução e configuração/automatização do as built é possível vinculá-lo a IOT para automatizar e realizar funções como irrigação de jardins, ou no controle de qualidade de sistemas como climatização, exaustão/ventilação, ou uma pré configuração de iluminações das áreas de vivência de um edifício, ou no fechamento/abertura de determinada cobertura/abertura em função do clima. Imagine ter o controle de acessos através de biometria ou reconhecimento facial. Será possível até mesmo obter a transmissão de informações (dados) em tempo real, como a quantidade de vagas disponíveis em um estacionamento.
Internet das Coisas / Fonte: Siemens
ECONOMIA/SUSTENTABIBLIDADE:
Após a execução e configuração/automatização do As built é possível vinculá-lo ao IOT para detectar e até corrigir situações de desperdício, como desligar torneiras abertas por muito tempo, acionar responsável em caso de vazamentos ou discrepância em consumo, tais como denunciar mal funcionamento de equipamentos, ou seu uso indevido.
Internet das Coisas / Fonte: Siemens
APLICAÇÃO PRÁTICA DO IOT VÍNCULADO AO BIM
Além das funcionalidades comuns de automatização já listadas anteriormente, o Digital Twin também poderá ser usado em treinamentos e simulações para qualificação profissional; e até mesmo operações a distância. A Petrobrás por exemplo, em seu Centro de Excelência em Análises e IA (Inteligência Artificial), inaugurado em 06 outubro de 2020, já começa o uso de tal artificio.
De acordo com Nicolas Simone, diretor-executivo de Transformação Digital da Petrobras, apresentou o projeto de capacitação e controle remoto através do uso do digital twin, que a princípio está sendo implantado como projeto piloto na plataforma P-50, que opera no campo de Albacora Leste, na Bacia Campos.
O piloto prevê o remonte de ideias e ações para reduzir custos e aumentar eficiência e segurança nas operações, pois preveem o acesso, controle e treinamento sem a necessidade de ir até a plataforma, sincronizando apenas as intervenções na plataforma através do gêmeo digital. O projeto do Digital Twin da P-50 é um desenvolvimento em parceria com a Repsol Sinopec Brasil, AVEVA, Senai RJ e Senai Cimatec.
Fonte: SpBIM
Caso queira ler um conteúdo especifico sobre integração com automação e robótica no BIM, escrevemos um artigo interessante: Arduino e BIM.
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM compreendemos o avanço das tecnologias IOT e entendemos a importância de implantação da sua interconexão em BIM, pois além de uma alternativa futura para o controle e desempenho de edifícios, em quadro pandêmicos, tal como a vivenciada neste ano de 2020, tal sistema pode garantir a segurança sem afetar o funcionamento de edifícios essenciais para estabilizar a economia.
Agentes como o BIM manager munidos de um Plano de Execução BIM, BIM Mandate e padrões de EAP serão essenciais para tal a continuidade do BIM e ser utilizado posteriormente no IOT e o BIM 7D por exemplo. O Decreto BIM buscara futuramente incorporar o uso do IOT através do plano de implantação nacional (democracia no BIM) para cuidados do patrimônio com operação e manutenção após o sucesso da implantação prevista do BIM3D, BIM4D e BIM5D.
Que a internet se tornou essencial para o cotidiano das pessoas em o todo mundo já sabemos, agora qual é o melhor sistema quanto a qualidade na troca de informações e velocidade da internet no dia a dia de um escritório de projetos ou construtoras?
Neste artigo buscamos demonstrar como as variações da internet FIBRA ÓTICA vs CABO impactam na velocidade de troca de dados no BIM?
BREVE HISTÓRIA
Antes de apresentarmos as principais variações entre a internet a cabo e fibra ótica é preciso entender um pouco porque a internet foi desenvolvida. Internet ou rede mundial de dados trata-se de uma rede que teve o desenvolvimento inicial ainda no período da Guerra Fria, em meados da década de 1960, visando a comunicação e armazenamento de dados do exército norte-americanos em caso de queda dos sistemas tradicionais de comunicação da época, além da descentralização das informações, sendo conhecida por ARPNET ou “mãe da internet contemporânea” em pleno século XX.
Os testes mais promissores foram feitos entre na Universidade da Califórnia, Instituto de Pesquisa de Stanford e na Universidade de Utah, tendo o seu primeiro grande feito marcado pelo Wide Area Network ou apenas WAN (Rede de Longa Distância), que permitiu a comunicação entre os computadores do tipo TX2 e Q-32 em diferentes cidades americanas através do cabos de rede. A partir daí a tecnologia continuou avançando de forma acelerada, tendo centenas de computadores conectados ainda na década de 1970.
Fonte: SpBIM
Até então o termo “internet” popularmente conhecido e entendido nos dias de hoje ainda não havia sido citado, sendo utilizado apenas após o desenvolvimento do TCP/IP por Vint Cerf e Bob Kahn, que trata-se de uma série de protocolos de transmissão de dados que visa facilitar a comunicação entre redes, garantindo que não fosse necessários realizar alterações de interface e que os pacotes de dados enviado chegassem na mesma ordem que foram enviados, sendo utilizado até os dias de hoje e intitulado como o principal serviço de INFRAESTRUTURA DE INFORMAÇÃO GLOBAL desde 1983 – até meado dos anos 1990 era utilizada principalmente para troca a de e-mails entre cientistas do meio acadêmico e entre o próprio governo.
TCP/IP / Fonte: SpBIM
Foi a partir daí que a internet se firmou como o principal meio de comunicação mundial, surgindo então diversos sistemas que ampliam a experiência de comunicação e armazenamento de dados, como é o caso do primeiro site da internet o World Wide Web (WWW) e desde então a tecnologia da informação vem avançando cada mais, tendo novidades significativas em pouco tempo, como é o caso do armazenamento de dados via nuvem (2000) – um avanço significativo que só foi possível após tantas outras tecnologias dedicadas a ciência da comunicação que vem sendo desenvolvida ao longo dos anos, passando de uma ciência exclusiva dos governos e instituições de ensino, para um serviço comum à empresas e usuários pessoais.
No Brasil a internet comercial e com maior acesso aos públicos começou a ser instalada apenas em 1998, após 27 anos de sua criação, como o estabelecimento da Lei Geral das Telecomunicações (LGT, Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997) e criação da agência reguladora nacional Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O objetivo da LGT associada a emenda constitucional de 1995 era a não monopolização do fornecimento de serviços de telecomunicação no Brasil, detido pela Telebrás, permitindo assim que empresas privadas de provedores de internet pudessem expandir seus negócios em todo o território nacional, tendo maior valor competitivo e possibilitando o acesso à web ao maior número de brasileiros possíveis – privilégio das universidades e do governo até então.
INTERNET NO BRASIL
A princípio a principal forma de conexão nacional era via internet discada ou Dial modem, uma conexão via linha telefônica, tendo velocidade instável e chegava 56,6kbps no máximo. Além da lentidão de conexão, ainda apresentava diversas restrições como por exemplo: o computador precisava ficar ao alcance do fio e o telefone não poderia ser usado enquanto a internet estava conectada, além do alto custo fazendo como que os usuários optassem pelos horários com menores tarifas (madrugada e finais de semana).
Internet Discada IG / Fonte: IG
Aos poucos a internet discada foi avançando, passando da xDSL para a tão conhecida Banda Larga. Com o desenvolvimento dessa nova forma de se conectar com a web possui diversas variações e foram sendo desenvolvidas como a internet móvel, via rádio, DSL (Digital Subscriber Line), chegando na Internet a Cabo e Internet de Fibra Ótica.
Internet de Banda Larga / Fonte: Docplayer
A conexão Internet a Cabo é sem dúvidas a mais popular e é utilizada de forma muito significativa nos dias de hoje, com o aumento da velocidade de conexão podendo chegar até 128kbps – sendo 55% mais rápida que a discada, independente da linha telefônica e foi uma tecnologia importada das famosas TV a Cabo, sendo muito comum empresas do gênero também fornecerem esse tipo serviço.
Por tratar-se de informações transportadas por cabo de cobre, diversos pontos negativos são atribuídos a essa forma de conexão. Como por exemplo:
Alta demanda por espaços para armazenamento dos cabos
Fragilidade dos fios de cobre as intempéries do meio externo
Complexibilidade na manutenção, causando uma entrega inferior da velocidade contratada resultando em insatisfação do cliente.
A partir das necessidades de uma melhor conexão e maior velocidade no transporte de dados, foi empregado a utilização da fibra ótica/fibra de VIDRO ULTRADURO, tendo por base a sílica material mais rentável do que os metais utilizados nos cabos de cobre, pois são abundantes na natureza. A tecnologia de fibra ótica permite que os dados sejam transportados através da reflexão da luz no seu interior, assim transmitido os dados de forma mais rápida na VELOCIDADE NA LUZ.
ADSL e Fibra Otica / Fonte: Konnet
Imaginamos que o vidro fosse um material frágil, mas não, a fibra utilizada possui a espessura de um fio de cabelo humano com resistência a altas pressões, temperatura e à tração, podendo resistir a até 42 toneladas por cm². Resultando em menos interferências eletromédicas, maior velocidade associada a maior quantidade de dados transportado.
Além de tratar-se de material de alta resistência e com alta estabilidade na conexão esse tipo de tecnologia apresenta maior SEGURANÇA E PRIVACIDADE DOS DADOS, afinal não tem como as luzes emitida para levar as informações a saírem do cabo, fazendo com que a segurança e privacidade dos dados sejam mantidas. Mesmo com tantos pontos positivos ainda não está disponível em massa para os usuários do mercado brasileiro, devido ao custo elevado e manutenção especializada, mas esse cenário tende a melhor por incentivo das empresas privadas que solicitam de forma maciça esse tipo de conexão e por ser um exigência em alguns tipos de serviços como é o caso do BIM por exemplo.
IMPACTOS DA CONEXÃO DA UTILIZAÇÃO NO BIM
Agora que entendemos um pouco de como a maior tecnologia do século XX se desenvolveu ao longo dos anos, vamos entender sua relação com os Modelos de Construção Virtual. O atraso na utilização da internet no Brasil também influenciou a difusão do BIM nas construções nacionais, prejudicando então a gestão e o resultado das obras.
Convenhamos que um dos pilares do BIM é a Tecnologia, e de fato a falta deste tipo de recurso nos prejudica.
Uma das principais vantagens do BIM está diretamente relacionada simultaneidade da utilização das informações da construção, troca de informações em tempo real seja entre os colabores da obra, entre projetistas e até mesmo entre obra e projetistas.
Toda essa comunicação só é possível a partir da utilização da internet, afinal sem ela a metodologia não estaria sendo aplicada de forma efetiva, voltado então para o método tradicional. Logo para que diversos usuários estejam conectados de forma simultânea em um mesmo arquivo, como são feitos os trabalhos colaborativos em Modelo Federado, é necessário uma conexão estável, com alta velocidade na transferência de arquivos (download e upload) e um dos principais e mais difíceis desafios dos espaços atuais é a falta de espaço para armazenamento dos dados e fios de comunicação, viabilizando a utilização dos serviços de armazenamento via nuvem como nos softwares BIMSYNC, BIM360, usBIM.platform, BIMCOLLAB, BIM TRACK.
Nuvem / Fonte: nxfacil
Os três pontos apresentados acima tornam viável a utilização metodologia BIM em todas as etapas do ciclo de vida da construção (LOD), a ausência dessas características faz com que o trabalho seja ineficiente, resultando em atrasos nos prazos, triplicando o retrabalho e incoerências entre projeto e execução em obra.
Agora nos perguntamos: qual tipo de conexão de internet escolher? Veja abaixo os prós e contras entre a Internet a Cabo e Internet de Fibra Ótica:
CABO
Prós:
Maior velocidade em relação a formas das conexões anteriores (internet discada)
Independência da linha telefônica
Baixo custo em relação a outras tecnologias mais avançadas
Serviço prestado pela maioria das empresas de internet nacionais
Contras
Demanda de espaço para passagem de fios
Alto custo de manutenção pela fragilidade do material
Instabilidade da velocidade da internet
Interferência na emissão de campos eletromagnéticos
FIBRA ÓTICA
Prós
Estabilidade de conexão
Dimensões reduzidas, demandando poucos espaços de armazenamento
Material mais durável e resistente
Maior velocidade no download e upload da dados
Privacidade dos dados
Contras
Serviço pouco difundido no Brasil
Manutenção por equipe especializada
Custo final pouco acessível para usuários domésticos
CONCLUSÃO:
Ficou claro como a internet é essencial para o bom andamento de projetos e gestão em geral na metodologia BIM, sendo essencial uma alta velocidade na transferência e recebimento de dados, portanto nós da SPBIM indicamos para nossos alunos e clientes a contratação de serviços de fibra ótica, prezando assim pela eficiência da comunicação e troca de informações juntamente com toda a equipe envolvidas nas etapas do ciclo de vida de empreendimento.
Para que serve? Em qual fase de projeto é considerado documentar? Ao ler documentação muitas pessoas se assustam, afinal trata-se de uma série de informações incluídas em projetos para aprovação de quantitativos e se torna primordial para o empreendimento onde a obra deverá atender as expectativas projetuais.
3D apresentação de Documentação BIM / Fonte: SpBIM
Em paralelo durante o desenvolvimento do projeto, sabemos que cada fase projetual como EV (Estudo de Viabilidade), EP (Estudo Preliminar), AP (Ante projeto), PB (Projeto Básico), PE (Projeto Executivo) e As Built exigem diferentes tipologias de grafismo e de anotações 2D, essa equivalência no BIM denominamos LOD (Level of Development) ou em português ND (Nível de Desenvolvimento). No projeto Executivo por exemplo onde investimos a maior parte do tempo na realização da documentação, geralmente este esforço no BIM equivale em 80/20 sendo 80% esforço em modelagem e 20% esforço em documentação (anotação 2D + configuração gráfica) baseado no histórico de nossos clientes aqui da SPBIM, caso você gaste um tempo superior a esta proporção pode haver algum erro no Template, na biblioteca ou no próprio desenvolvimento do projeto. A documentação é uma forma de definição e apresentação dos quantitativos e dimensões dos elementos projetados, sendo a etapa mais técnica do processo projetual e que será encaminhada para a obra através do meio digital e físico (papel).
A partir das informações geradas nesta fase de projeto, por exemplo, que órgãos de fiscalização fazem a verificação e aprovação do mesmo perante as normas e padrões de segurança, por tanto é essencial que o projeto esteja dentro os parâmetros normativos das fases de projeto e até mesmo representação gráfica técnica das informações, como consta na NBR 6492/94 de Representação de Projeto de Arquitetura por exemplo.
Documentacao pavimento tipo do Curso de Revit Avançado / Fonte: SpBIM
De acordo com a NBR 6492/94 a documentação de projetos arquitetônicos necessita atender padrões de representação gráfica, como:
peso gráficos
norte
cotas
marcação de eixos
cortes
detalhes
títulos dos desenhos
padrões de folhas com margens, carimbo e dobras
Outros padrões como a comunicação e compreensão dos projetos são feitos de forma mais assertivas por todos os profissionais envolvidos, sejam eles arquitetos, engenheiros ou especialistas complementares.
A documentação representa cerca de 50% do esforço do profissional, levando em consideração que todo o projeto é desenvolvido com o método tradicional CAD, onde cada uma das anotações como cotas e linhas de anotação são feitas de forma manual e sem associação direta com o elemento cotado – sempre dentro dos padrões definido pela norma.
Quando analisamos a proporção de esforço para documentação em projetos em BIM, obtemos esforço de 20% em comparação com a dedicação total para o desenvolvimento do projeto. Tal comparação é muito importante do ponto de vista de qualidade e produtividade das atividades de um escritório, afinal a documentação não deveria consumir mais tempo do que a fase projetual, que de fato qualifica a necessidade de um profissional.
Aos diversos ganhos com a utilização do método BIM em projeto de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) incluem agilidade na realização da documentação, pois diferentes do método tradicional as anotações, cotar e na inserção de simbologias gráficas são feitas simultaneamente ao desenvolvendo do projeto, sendo essencial para validação e constante verificação dos modelos.
Cortes padronizados com modelos de vista / Fonte: SpBIM
Quando entendemos que ao utilizar softwares e metodologia BIM o fluxo de trabalho é totalmente diferente, assim como as prioridades e entregáveis.
A “auto compatibilização simultânea” é um dos diferenciais dessa metodologia, permitindo o profissional projetar e verificar sua modelagem ao mesmo tempo, seja através da documentação fazendo o uso de um template com padrões de cotas, filtros, sobreposições gráficas e até mesmo com a utilização programação visual através de softwares BIM compatíveis com a ferramenta utilizada, como por exemplo o Dynamo para Revit e o Grasshopper para Rhinoceros 3D e integrado no Archicad.
Tais recursos otimizam ações de baixa, média e alta complexibilidade dando ao profissional maior segurança e rapidez, ao projetar uma casa de 200m² ou um estádio de 10.000m². O template é sem dúvida o principal recurso de otimização dessas atividades, tento todos os padrões de linhas, textos, cotas, escalas e símbolos já definidos para cada etapa de projeto e pode ser desenvolvido de forma exclusiva cada do escritório ou profissional. Com o template é possível aplicar modelos de vistas previamente definidos, que de forma automática aplica padrão de textura, escala, simbologias e até mesmo impressão em diversas vistas ao mesmo tempo – suas alterações de padrões também são realizadas de forma sincronizadas e automática com apenas um clique em “aplicação de modelo de vista”.
O Template pode ser adquirido como um padrão de outros profissionais (porém funcionara somente se souber a metodologia de quem o desenvolveu com um devido treinamento direcionado), outro método é como nós da SpBIM realizamos, onde ensinamos em nossas consultorias e treinamentos para os escritórios a como criar/desenvolver o seu próprio “template”, afinal cada empresa existe as sua forma de apresentar o projeto. Recomendamos após um processo mais consolidado o suporte de profissionais internos como no caso do BIM Manager (Gerente BIM) para integrar os processos digitais no Plano de Execução BIM das empresas e nos Manuais de BIM.
Documentação do Curso de Archicad / Fonte: SpBIM
Outra diferença da anotação realização em BIM para CAD é a facilidade em alteração da escala de projeto, sem a necessidade de réguas de cotas, alteração de peso gráfico, textos, tabelas e até mesmo símbolos, pois tais elementos são automaticamente ajustados de acordo com a variação da escala gráfica escolhida, eliminando retrabalho do fluxo de atividades caso seja necessário realizar tais alterações.
Fonte: SpBIMViewport / Fonte: SpBIM
Ao projetar e documentar projetos em softwares tradicional, como é o caso do Autocad, é comum encontrar fundo escuro como área de trabalho dentro da ferramenta, fazendo com que o profissional necessite pensar como aquelas serie de linhas em cor cores variadas serão representada quando forem para impressão em papel com fundo branco (mais conhecido como CTB), sendo então uma preocupação para o projetista que acaba ocupando uma fração do tempo, pouco relevante para o projeto mas que necessita ser dedicada para apresentação e compreensão do conteúdo projetado. Isto não acontece ao realizar a modelagem e documentação de projetos em Archicad, Revit, Revit MEP, Vectorworks e Sketchup por exemplo, pois o mesmo padrão visível na tela do computador corresponde ao que será impresso, fazendo com que possíveis erros e até mesmo tempo gasto com esse tipo de preocupação sejam eliminadas.
Curso de Revit e Archicad / Fonte: SpBIM
Mais uma vez percebemos como o BIM apresenta uma serie de benefícios, seja na agilidade de processos, melhor desempenho na modelagem e até mesmo nas atividades que muitas pessoas não associam ao projeto, mas que fazem parte primordial do processo e apresentação dos elementos projetados, como é o caso da documentação e anotação.
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM acreditamos que a produtividade e qualidades são essenciais para profissionais e escritório, tendo em vista que o BIM como o seu principal aliado na otimização das diversas atividades seja elas projetuais BIM3D, planejamento BIM4D, orçamentarias BIM 5D, e até mesmo na documentação dos modelos desenvolvidos em softwares de modelagem da construção.
Quando pensamos em BIM logo associamos a complexos projetos de engenharia e arquitetura, mas com o BIM podemos otimizar e melhorar projetos em diversas escalas, incluindo projeto de interiores.
3D apresentação de Documentação BIM / Fonte: SpBIM
O que a maioria das pessoas não entendem é a complexidade que projetos de interiores chegam e que não se resumem somente a uma seleção de mobiliários assinados, revestimentos conceituados e paleta de cores, bons projetos de interiores estão diretamente ligados a diversas soluções de infraestrutura, analises de conforto térmico, lumínico, sonoro e entre outras competências. Não correspondem a nichos exclusivos como casas e apartamentos, o projeto de interiores busca atender desde grandes espaços de exposições, pavimentos coorporativos, shoppings centers e entre outros espaços habitados pelo homem.
Compreendendo as demandas necessárias para este tipo de projeto é imprescindível a utilização do BIM como forma de aumentar a precisão das soluções propostas, compatibilização projetos complementares (elétrica, hidráulica, ar condicionado entre outros), agilidade nas fases de projeto de acordo com o nível de desenvolvimento (LOD) – resultando em menos gastos com o homem-hora por projeto (BIM3D), maior confiabilidades e mais assertividade nas estimativas de custos (BIM5D) e uma melhor eficiência no planejamento da obra em questão (BIM4D).
Para entender os benefícios da utilização da metodologia em projetos de interiores é necessário compreender a disparidade entre projetos produzidos em software BIM (Modelagem com Informação da Construção) e CAD (Desenho Assistido por Computador), que está baseada na principalmente na utilização da informação.
Ao produzir um desenho no AUTOCAD, por exemplo, temos por resultado uma serie de linhas e anotações que juntos resultam em gráficos em 2D ou 3D. Ao analisar esses gráficos é possível obter poucas informações sobre a construção, materiais e sistemas de instalações, afinal a única representação identificada que está sendo apresentada é a intenção do projetista através de linhas e cores. Já no por exemplo ARCHICAD, REVIT, VECTOWORKS e SKETCHUP principais softwares BIM utilizados para projeto de interiores, não é produzido um desenho mas sim um modelo do projeto a ser executado, onde cada um dos elementos apresentado possuem parâmetros capaz de informar: custo, dimensões, características físicas do material, seus sistemas construtivos e entre outras informações competentes.
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM
COMO PROJETAR INTERIORES EM BIM?
A elaboração de projetos deve estar pautada em metodologia e em constante abastecimento das informações do modelo, diferente do que a maioria das pessoas acreditam produzir cortes, plantas e elevações automáticas não são os principais ganhos das ferramentas BIM mas sim a possibilidade de gerenciar informações reais de acordo com a necessidade da fase projetual. Nesta metodologia a organização projetual e compreender a real necessidade das informações é de suma importância, é por isso que padrões de nomenclatura influenciam diretamente em como essas informações vão ser filtradas e demonstradas.
Na imagem abaixo apresentamos um gráfico que indica o tempo de dedicação em cada fase do projeto em relação com o esforço e custo desempenhado nas duas modalidades de projeto, INFORMAÇÃO BIM x DESENHO CAD.
A partir disso é possível compreender que é necessário maior esforço no abastecimento da modelagemBIM nas fases iniciais, Estudo Preliminar e Anteprojeto, diferente do método tradicional CAD, onde o esforço é maior na fase final de projeto, Projeto Executivo.
Livro Manual de BIM / Fonte: Eastman
Com maior dedicação nas fases de estudo preliminar e anteprojeto no BIM é possível prevenir e resolver conflitos que só seriam encontrados na fase de executivo no método tradicional ou até mesmo em obra, gerando um maior gasto com homem-hora na compatibilização e revisões de projeto e a necessidade de lidar com diversos conflitos na fase execução. A utilização do 2D e 3D simultaneamente colabora com redução de tempo de compatibilização de projeto, além da utilização do CLASH DETECTION que identifica conflitos com poucos cliques, sendo mais uma vez uma forma de reduzir tempo nas atividades de conformação projetual, sendo muito utilizado softwares destinados a compatibilização, como por exemplo o Navisworks e o Solibri, facilitando a coordenação de projetos tanto para novas construções como para reformas, recebendo arquivos de todas as disciplinas do projeto.
Durante a modelagem é essencial que o projetista compreenda a forma com que o projeto será executado e orçado, pois a partir dessa compreensão será definido quais ferramentas serão utilizadas na modelagem. Diferente do que as pessoas imaginam o nome da ferramenta não define o produto da modelagem, por exemplo, ao modelarmos uma soleira é utilizado a ferramenta viga, pois o que é levado em consideração não é o nome da ferramenta de trabalho, mas sim quais informações serão possíveis extrair. Nesta situação, a ferramenta carrega informações de ESPESSURA (ALTURA) X COMPRIMENTO X LARGURA, exatamente o que deverá ser passado para o fornecedor durante o orçamento.
Bancada Revit / Fonte: SpBIM
Família: Componente de Gabinete (Casework)
Classificação Omniclass: 23.40.35.00
Nome: Bancada retangular
Dimensões:
Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
Acessórios: Texto
Fabricante: XXXXX
Modelo: XXXXX
Valor: $$$
Classificação IFC: Furnishing Element
LOD: 300
Bancada Archicad / Fonte: SpBIM
Objeto GDL: Hidrosanitário
Classificação Omniclass: 23.40.35.00
Nome: Bancada retangular
Dimensões: Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
Acessórios: Texto
Fabricante: XXXXX
Modelo: XXXXX
Valor: $$$
Classificação IFC: IFC Flow Terminal
LOD: 300
Na etapa orçamentaria é extraído dados de quantitativos de forma automatizada, definindo de forma precisa a área do material, acrescentar a porcentagem de perda e valor de mão de obra, tornando os orçamentos mais reais.
Ao explorar as informações inseridas no modelo, quantitativos, é possível ainda nas fases iniciais quantificar as despesas de obra, possibilitando a interferência do cliente no valor final da obra ainda na fase de criação. Por exemplo, prever o valor médio de gastos com mão de obra, suprimentos base (pedra, cimento, areia), acabamentos, mobiliário e entre outros.
COMO IMPLANTAR O BIM EM INTERIORES?
Treinamento de Archicad no Escritório Pitá Arquitetura / Fonte: SpBIM
Antes da realização da implantação de qualquer software BIM e necessário entender o próprio negócio (escritório), seu fluxo de trabalho, necessidades da equipe, segmento de atuação e quais são os pontos a serem melhorados nos processos interno. É feita por um consultor/empresa de BIM (SpBIM), que irá analisar, entender a rotina e necessidades do escritório, além de realizar uma investigação aprofundada nos projetos já desenvolvidos e quais ganhos deveram ser explorados com a metodologia. Somente a partir dessa compreensão será discutido quais ferramentas atendem melhor as necessidades reais da empresa, afinal existem uma gama de software BIM a serem explorados, como VECTORWORKS, ARCHICAD, SKETCHUP , REVIT e entre outros.
Ao escolher um software é necessário compreender os custos para o investimento em licença, treinamento, suporte técnico, interface e entre outros fatores que estão diretamente ligados a ferramenta de trabalho, mas que na maioria das vezes as pessoas acabam esquecendo de incluir mensurar o tempo investido, nós aconselhamos o apoio de profissionais que trabalham com projetos e que possuem experiência com diversas ferramentas para orientar da melhor forma.
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM
Além dos custos é necessário definir estratégias de implantação, que irão definir quem serão os profissionais capacitados, a utilização ou não de um projeto piloto, quanto tempo será dedicado em cada etapa de capacitação e definição dos ganhos e metas em cada fase da implantação. Além disso tudo, é necessário após a implantação a contração de um Bim manager ou Equipe BIM para garantir a continuidade da implantação continua através de Manuais de BIM, Plano de Execução BIM, Templates e Bibliotecas BIM, automação de rotinas diárias como o uso do Grasshopper e Dynamo já implementadas pelas empresas de consultoria BIM.
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM
CONCLUSÃO:
Por fim é possível concluir como o BIM garante uma maior produtividade, qualidade e assertividade no desenvolvimento de projetos de interiores, possibilitando aos profissionais maior credibilidade em seus serviços, otimização de equipe e a capacidade de desenvolver mais projetos. Nos dá SpBIM acreditamos no potencial desta metodologia, em como está presente-futuro nos escritórios e para profissionais de interiores no mercado da construção civil.
A SpBIM ficará à disposição para colaboração no desenvolvimento efetivo do BIM desde a criação até a entrega da obra.
Você já parou para pensar como as cidades estão cada vez mais sobrecarregadas e que não atendem as necessidades dos moradores de forma efetiva? O déficit habitacional, sucateamento da educação, problemas com ambientes, defasagem dos sistemas público de transporte, espaços públicos pouco atrativos logo subutilizados e entre tantos outros pontos negativos que envolvem nossas cidades e que devem solucionar cujo objetivo é melhorar a economia e a qualidade de vida dos moradores.
Fonte: SpBIM
Tento em vista esses objetivos um novo conceito de cidade vem sendo desenvolvido e aplicado em diversas cidades do mundo, Smart City, ou Cidade Inteligente, trata-se de uma nova forma de olhar os ambientes urbanos.
Mas afinal, o que são Cidades Inteligentes? Trata-se de um termo utilizado para designar cidades mais sustentáveis e tecnológicas, cujo inovações do mercado direcionam suas ações de melhoria, como, por exemplo, monitoramento em tempo real de vias de trânsito, possibilitando o redirecionamento dos fluxos, revitalização de espaços urbanos e entre outras soluções.
O conceito de cidade inteligente (Smart City) é a essência no planejamento urbanos contemporâneo, estando presentes tanto nas novas cidades que veem sendo projetadas no mundo todo, como foi o caso de Dubai nos Emirados Árabes, como por cidades já consolidadas que passam por modernização, assim como aconteceu na cidade de Copenhagen na Dinamarca. Existem cidades no qual o BIM está avançando com as metodologias e necessidades sendo obrigatórias, desde manuais bim a planos de execução bim. Essas cidades recebem o título de Smart Cities por fazerem uso das novas tecnologias tanto para entender as necessidades dos habitantes, como para desenvolver estratégias de melhorias, aplicação de soluções, manutenção de infraestruturas e ainda a constante troca de feedbacks com a população.
As melhorias são obtidas a partir da integração de informações e o trabalho colaborativo entre as diversas empresas responsáveis pelo planejamento, construção e manutenção da cidade, fazendo com que muitos teóricos rotulem essa nova forma de pensar o urbanismo como Cidades Conectadas, afinal trata-se de uma série de soluções que devem estar sendo constantemente atualizadas, discutidas e verificadas pelos responsáveis técnicos, poder públicos e a própria população de forma conjunta.
Os avanços de aperfeiçoamento do ambiente urbano são desenvolvidos a partir de uma série de estudos desenvolvidos em parcerias com os próprios habitantes, através de coleta de informações do cotidiano, obtidas através do TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), fazendo a ponte de comunicação entre os habitantes com a rede gestora da cidade, viabilizando a implantação e promoção de práticas mais sustentáveis e rentáveis para os meios urbanos.
Cidade Inteligente / Fonte: SpBIM
5 CARACTERISTICAS DAS CIDADES INTELIGENTES
Algumas características são essenciais para se definir uma cidade como Smart City, quanto melhores tais características forem trabalhadas e geridas nos meios urbanos mais inteligentes será considerado o município e mais benefícios estarão disponíveis a população. Entenda as 5 características das cidades inteligentes a seguir:
POPULAÇÃO
Promover uma cidade pensada para a necessidade de seus habitantes é primordial para uma cidade inteligente. Somente com a participação da população é possível realizar discussões e decisões sobre como melhorar problemas urbanos.
QUALIDADE DE VIDA
Trata-se do objetivo esperado com a aplicação do novo conceito de cidade, fazer com que o município seja pensado para trazer melhorias no dia a dia das pessoas e na economia local, como por exemplo a requalificação de espaços livres subutilizados.
SUSTENTABILIDADE
Garantir a existência de recursos para próximas gerações sem impactar de forma negativa na qualidade de vida dos atuais moradores, é uma das principais preocupações das cidades inteligentes. Fazendo uso de iniciativas que estimulam tais práticas, como educação da importância da natureza, preservação da cultura e entre outros. No interior do Ceará foram realizados iniciativas de conscientização com os moradores da Smart City Laguna, fazendo com que a comunidade fosse incentivada a plantar árvores com seu nome nos espaços livres, gerando assim uma conscientização através do sentimento de pertencimento da população com a vegetação ali plantada.
GOVERNO
O poder público é o principal organizador da cidade e gestor de todas as atividades, sendo necessário aproximar a população, facilitando a comunicação entre gestores públicos e moradores, equilibrando necessidades e a forma com que as soluções serão feitas e vistas por todos. É por isso que a utilização das tecnologias como aplicativos gratuitos para smartphone vem sendo empregadas por muitos municípios, como é caso da cidade de Barcelona que desenvolveu o Bústia Ciutadana, uma forma dos moradores comunicarem aos órgãos públicos os incidentes que ocorrem em toda a cidade pelo próprio celular.
MOBILIDADE
O planejamento e gestão da mobilidade urbana é feita a partir de uma série de informações em tempo real, obtidas através de sensores de trânsito indicando a intensidade do tráfego pelas vias ou aplicativos onde os próprios moradores podem indicar problemas nas vias, possibilitando o direcionamento dos fluxos e manutenção.
O novo conceito de cidade vem sendo aplicada em todo o mundo, inclusive no Brasil. Por tratar-se de uma noção contemporânea de urbanismo e que as cidades estão em constante mudanças não é possível definir uma cidade que atenda 100% as diretrizes de uma Smart City, mas é possível identificar diversos municípios que se destacam ao fazer uma boa gestão com base nos seus critérios. O Ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas) é uma forma de classificar as cidades que melhor utilizam os critérios de Cidades Inteligentes, sendo desenvolvido pela parceria da Urban Systems + Necta, que visa compartilhar conhecido sobre o tema no Brasil e ainda desenvolve o ranking a partir de uma série de parâmetros analisados por técnicos da área, sendo possível acessar aos resultados CLICANDO AQUI.
Nos último Ranking CSC 20, São Paulo – SP é considerado o município mais inteligente do Brasil, assim como a cidade de Ipojuca – PE leva o título de principal cidade inteligente quando o assunto é segurança pública.
O BIM É UTILIZADO NA SMART CITIES?
O Building Information Modeling (BIM) está pautado principalmente na elaboração de projeto de forma colaborativa, ou seja, manter todos os projetistas conectados e em constante comunicação do modelo bim desenvolvido a partir da modelagemBIM3D. Logo, esse modelo federado, vem sendo utilizado de forma essencial no projeto, planejamento BIM4D, orçamento BIM5D, construção, manutenção BIM7D e adequação dos ambientes construídos para realização dos famosos Gêmeos Digitais BIM das cidades inteligentes.
A utilização de tecnologias na construção civil vem revolucionando a forma como fazemos construção e reforma, evitando desperdício, otimizando tempo e custo final das construções além de viabilizar soluções que antes não eram empregadas, pois possuíam muitas complicações que ainda não eram possíveis serem executadas.
Ao fazer uso de softwares de projeto em BIM é possível utilizar outras inovações disponíveis no mercado, como é o caso da Nuvem De Pontos da Matterport, por exemplo, para escaneamento de edificações, bairros e até mesmo cidades inteiras, permitindo maior precisão e agilidade aos projetistas ao desenvolverem projetos de infraestrutura, como a construção de uma estação de trem ou até mesmo a revitalização de prédios históricos, facilitando a elaboração de vistas e corte de qualquer parte do levantamento escaneado.
No BIM e nas Smart Cities nada deve ser analisado de forma isolada, devemos observar como um todo, seja na relação de um prédio ao seu entorno ou até mesmo disciplinas como abastecimento de água e a mobilidade urbana, mesmo tratando-se de disciplinas diferentes é de suma importância analisar as interferências e a relação das mesmas com o objetivo de evitar falhas e desperdícios, reduzindo o tempo de projeto e de obra ao final do projeto, é possível atualizar de acordo com o que foi construído, fazendo com o que o As Builts (LOD) seja sempre atualizado conforme as necessidades de manutenção e operação dos empreendimentos.
Fonte: SpBIM
CONCLUSÃO:
Por tanto é possível concluir como a utilização de novos conceitos, como o Smart Cities, podem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento das cidades e melhoria da qualidade de vida população, tendo o BIM como principal aliado para as obras de melhoria das infraestruturas públicas. Não será uma novidade no futuro quando o Decreto BIM estiver consolidado no Brasil.
Nós da SPBIM acreditamos que o uso das tecnologias devem estar cada vez mais presente no planejamento das cidades, resultando em ganhos positivos tanto para a economia local como ao uso diário dos habitantes que residem naquele espaço.
Do inglês ECM (Enterprise Content Management) ou Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) ou Gestão Eletrônica de Documentos (GED) trata-se de softwares de administração, que foram potencializados com o avanço da tecnologia de armazenamento de dados via nuvem, tendo por objetivo gerar, processar, armazenar, compartilhas e recuperar informações a partir de um banco digital de dados. A partir desses objetivos é assegurado o acesso aos documentos de forma mais prática e com menor custo, através de ações automatizadas mitigando falhas.
Ao realizar uma atividade diversos documentos são emitidos, sejam através de e-mails, contratos, recibos, análises, listas e entre outros. Você já parou para pensar em como o armazenamento busca e valida as informações que impactam diretamente nos resultados obtidos pelas empresas? Como os prazos são afetados diretamente pela organização dessas informações?
Seja na construção civil ou em qualquer outra área, a má gestão de informações geradas todos os dias impactam diretamente nos ganhos finais, gerando depreciação do fluxo de trabalho e até mesmo altos custos não previstos. Administrar a forma com que tais informações devem ser armazenadas, categorizadas, filtradas e até mesmo priorizadas não é tarefas fácil, representando um dos principais desafios enfrentados por gestores de departamentos de baixa, média e alta complexidade.
Fonte: SpBIM
Diversas estratégias são traçadas com o objetivo de amenizar e até mesmo sanar tais dificuldades, é por isso que grandes feitos vêm sendo realizados através da utilização da tecnologia realizando o processamento e gerenciamento dos documentos emitidos em diversas fases do ciclo de vida de uma construção e na própria gestão da empresa.
Todas as informações passam a estar disponíveis a um clique, ou seja, passam do meio físico para o meio digital, resultando em maior economia de papel, espaçode armazenamento e tempo. Para que o GED seja implantado de forma eficiente, é necessário a que os softwares sejam compatíveis com os mais variados formatos digitais, tais como áudios, imagem, PDF e tantos outros. Desta forma será possível realizar consultas e controles de dados garantindo agilidade nos processos, nas informações passadas e na verificação de dados.
Com isso torna-se essencial a utilização deste tipo de gestão em todas esferas da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), principalmente considerando a dinâmica de atualizações de dados envolvendo um empreendimento perante a construtora, por exemplo.
A adoração de processos bem definidos e práticas controladas para o desenvolvimento, verificação, liberação e acessos as informações fazem com que se obtenha total controle dos documentos da construção, logo da construção como um todo.
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA
Antes de achar que a tecnologia da informação irá resolver todos os problemas na gestão de documentos é necessário compreender que antes dos novos processos e práticas será essencial entender de forma crítica as necessidades e prioridades a serem resolvidas, pois trata-se de uma transição que demanda alto conhecidos do fluxo de trabalho atual para chegar a um fluxo de trabalha ideal, com padrões eficientes e eficazes sendo aplicados em todas as fases do fluxo de trabalho e áreas da empresa com seus respectivos parceiros, fazendo uso de processos automatizados, reduzindo demandas manuais e tornando as ações mais precisas.
Todas essas ações devem ser assistidas e entendidas juntamente com a equipe contratada para o desenvolvimento do sistema. Nesta integração entre a empresa contratada para implantação e entre a contratante são discutidas novas metodologias de organização, nova forma de realizar o planejamento interno, planejamento de projetos e gestão de todas as demandas externas, resultando em um Plano de Implantação que delineará todas as etapas de transição, respondendo perguntas como essas: “como e quando o sistema piloto será implantado”, “quais áreas iniciaram o processo e quais seram incluidas em cada nova fase de implantação” e “ quais serão os resultados obtidos em cada fase”. Após a estruturação do plano a implantação é iniciada.
Fonte: SpBIM
É por isso é necessário realizar constantes adequações dos processos, sendo essencial a participação da equipe como um todo e ainda a presença de um responsável pelo GED na empresa, que ficará encarregado por realizar a gestão dos processos, atualização e melhoria das atividades de gerenciamento.
POR QUE UTILIZAR O GED?
Ao final desse processo a empresa passará a ter:
Rotinas administrativas facilitadas: recebimento automatizados através da nomenclatura padronizada até o compartilhamento de dados;
Otimização dos processos: tornando-os mais práticos, precisos e seguros (mitigando falhas manuais);
Controle de processos: maior domínio sobre as ações em desenvolvimentos, seus respectivos responsáveis e controle de acesso, assegurando a proteção de informações sigilosas – além de manter as versões de cada documento e projeto registradas de forma automatizada;
Diminuição de gastos: ao reduzir a utilização de papel, espaço e esforço manual;
Redução de retrabalho e ganho de produtividade: ao realizar processos bem definidos a equipe passa a ter mais tempo para atividades mais lucrativas;
Mais responsabilidade ambiental: com a redução de papel, a quantidade de lixo produzido em decorrência de seus processos internos também será reduzida.
Gerenciamento Eletronico de Dados / Fonte: SpBIM
GED + BIM?
O GED (Gerenciamento Eletrônico de Dados) está diretamente relacionado na forma com que as empresas realizam seus processos internos, sua forma de contratação de mão de obra, materiais e tanto outros serviços e ações que envolvem a gestão empresarial. A realização de projetos em BIM está diretamente relacionada com esse tipo de sistema, mesmo que não sejam desenvolvidos para fins projetais e de compatibilização, pois será a partir dele que os padrões BIM serão desenvolvidos e aplicados desde o Plano de Execução BIM (PEB) como o uso do BIM Mandate e EAP da construtora, sendo seguidos tanto para o desenvolvimento de projetos complementares como os desenvolvidos pela própria equipe interna.
Nós da SPBIM entendemos que a utilização softwares de gestão de Gerenciamento Eletrônico de Dados é de suma importância para o desenvolvimento e credibilidade de uma empresa, tendo interferências diretas no relacionamento entre parceiros e resultado finais de projetos em BIM.
A partir deste ano será importante devido ao incentivo do Decreto BIM onde serão fomentados o BIM e pensar em sistemas de Gerenciamento Eletrônicos de Dados será relevante na democracia do BIM para o nosso país.
O GeoSampa é um portal digital, aberto e gratuito, que contém uma enorme quantidade de informações urbanas georreferenciadas da cidade de São Paulo, foi implantado em dezembro de 2014, para uso da Prefeitura, mas que posteriormente, abriu seu uso para toda a população.
A plataforma nasceu com base no Mapa Digital da Cidade (MDC), que é o suporte cartográfico do Sistema de Informações Geográficas do Município de São Paulo (SIG-SP). O Mapa Digital da Cidade (MDC) foi criado a partir do levantamento aerofotogramétrico realizado em 2004 no município de São Paulo, produzindo uma base cartográfica digital na escala de 1:1.000 nas regiões urbanas e de 1:5.000 nas regiões rurais.
Após os levantamentos realizados em 2004, o MDC contou com uma série de atualizações através de uma nova cobertura aerofotogramétrica colorida, apoio de campo planialtimétrico, aerotriangulação, modelo digital do terreno, ortofotos digitais, construção de uma base de dados cadastrais de imóveis e logradouros, entre outras melhorias e atualizações.
Com todas as informações coletadas para a criação e atualização do Mapa Digital da Cidade (MDC), juntamente com a base de dados de imóveis e logradouros, a conexão desses dados proporcionou a criação de um grande banco de dados georreferenciado, que além de fornecer dados, fornece mapas com esses dados linkados. Dessa forma, com o cruzamento desses dados, surgiu o GeoSampa, que proporciona à população o acesso a todas as informações produzidas por esses levantamentos.
O QUE O GEOSAMPA OFERECE
A plataforma do GeoSampa oferece, a partir do mapa do Município de São Paulo, a possibilidade de realizar medições de distâncias, exportação de imagens e download dos arquivos georreferenciados que estão organizados por temas, e contam com mais de 200 camadas de dados, todos esses dados podem ser obtidos nos formatos SHP (utilizado em softwares Gis), KMZ (utilizado por exemplo no Google Earth), DXF (utilizado em softwares CAD) e também em PDF, esses arquivos podem ser utilizados no BIM em softwares como Revit, Archicad e Sketchup.
Essas camadas incluem dados como a localização de cerca de 650.000 árvores que fazem parte do sistema viário de São Paulo, os perímetros do Zoneamento da Cidade, a localização dos equipamentos públicos, localização e situação de áreas de riscos, entre muitos outros dados.
Abaixo podemos ver a interface da plataforma e como são as divisões dos dados em suas temáticas.
Interface do GeoSampa
Interface GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa
Divisões das Dados e Suas Temáticas
Tematicas GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa
BENEFÍCIOS GERADOS PELO GEOSAMPA
Ao ofertar essa grande quantidade de dados à população, o GeoSampa proporciona uma fonte de informação confiável e que pode ser utilizada para pesquisas científicas, órgãos públicos, empresas, ONG’s e para o mercado imobiliário. Imagine o potencial para Estudos de Viabilidade no BIM por exemplo para arquitetura e engenheiros. Atualmente, levando os benefícios apresentados pelo GeoSampa para o mundo BIM, os modelos executados na cidade de São Paulo podem possuir uma maior fidelidade ao real, por exemplo, caso seja necessário as dimensões de seu lote, para um estudo de viabilidade, ou saber a qual zoneamento o lote pertence, essa informação pode ser facilmente obtida pelo GeoSampa, o que fortalece o “I” dentro BIM.
NOVIDADES NO GEOSAMPA
Em 2017, a prefeitura realizou um aerolevantamento que produziu, além de ortofotos e um mapeamento detalhado da vegetação, a cobertura de toda cidade por dados a laser, através da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), que, ao produzir uma nuvem de pontos, não apresenta somente uma imagem de satélite, mas sim uma representação geométrica de toda a cidade. Exemplos semelhantes é a utilização de Drones para Geração de Nuvem de Pontos.
Todos os dados da nuvem, foram disponibilizados a partir do fim de 2019, e podem ser facilmente acessados pela funcionalidade LiDAR 3D, localizada na plataforma, e após selecionar a área de interesse, seleciona-se a opção desejada, entre visualizar o Modelo Digital da Cidade (MDC) ou o Modelo Digital do Terreno (MDT), sendo esse último a funcionalidade que exclui do MDC os automóveis, edificações, entre outros elementos que não fazem parte do terreno.
MDC – Modelo Digital da Cidade
MDC – Modelo Digital da Cidade do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa
MDT – Modelo Digital do Terreno do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa
CONCLUSÃO:
Dessa forma, ao conhecer e se aprofundar nos dados fornecidos pelo GeoSampa, nós da SpBIM reconhecermos as possibilidades que a ferramenta da plataforma que o GeoSampa permite, é possível identificarmos e enxergamos um grande avanço em poucos anos, a plataforma pode proporcionar uma conexão direta com o BIM, através da exportação de arquivos em IFC permitindo atender o Decreto BIM e a Democracia no BIM para todos os arquitetos e engenheiros.
Com o decreto de implantação BIM sancionado, o uso da metodologia BIM tende a virar linguagem comum na realidade projetual de todos os envolvidos na construção civil. Contudo, está difusão inicial trará alguns desencontros na padronização de informações e na sincronização de dados em trabalhos colaborativos. Existem normas que utilizam a ISO como base como é possível identificar no ABNT NBR 15.965, uma norma brasileira de padronização informacional para metodologia BIM.
Entretanto já existe uma padronização instituída na Organização Internacional de Padrão (ISO), a ISO 12006-2:2015 cujo escopo apresenta um quadro para classificações de tipologias e diretrizes organizacional de informações sobre obras e seus componentes. Podendo ser uma alternativa brasileira inicial, para evitar-se conflitos de informação.
COMO O OMNICLASS ENTRA NESSE PANORAMA?
O Omniclass é um sistema de classificação e padronização voltado para indústria civil, com foco na estruturação e nomenclatura para bancos de dados eletrônicos e softwares. Tendo por base, a ISO 12006-2:2015 e os princípios de organização das tabelas MasterFormat e UniFormat. Essa ferramenta foi mantida e desenvolvido com um foco norte-americano, mas pode ser implementado para classificar construções e seus componentes em qualquer outro país, assim como no Brasil. O “catálogo” do sistema Omniclass inclui intencionalmente conteúdo de todos os tipos de construções, em suas diferentes culturas construtivas. Desde os prédios comerciais, aos institucionais; passando por construções horizontais tais como as estradas e ferrovias, até chegar nos processos construtivos industriais; sem esquecer, os projetos civis pesados como barragens e pontes; e catalogando até mesmo os componentes de tipologia residenciais.
Além do seu uso para preparar e marcar informações do projeto, essa amplitude de cobertura também permite ao Omniclass: organizar, filtrar, classificar, recuperar ou até mesmo trocar informações, de acordo com as exigências da COBie (Troca de Informações de Construção-Operação) e normaliza outros possíveis padrões de informações gerados durante o ciclo de vida do projeto, tais como as nomenclaturas dos objetos nos diferentes LOD. Com a Democratização do BIM, essa classificação deverá ser atendida no formato IFC exportados dos softwares BIM como o Revit, Archicad e Sketchup por exemplo.
Fonte: Omniclass
COMO O OMNICLASS FUNCIONA?
O Omniclass é composto por 15 tipologias de tabelas categorizadas, cada uma delas representa uma faceta diferente de informações de construção. Cada coluna pode ser usada independentemente, ou intercambiadas para classificar um determinado tipo de informação, refinando ainda mais a classificação, e adicionando mais pontos de acesso às informações, ou classificações mais complexas.
O Ominiclass foi desenvolvido pela primeira vez em setembro de 2000, com base nos princípios orientados no Comitê de Desenvolvimento do OCCS e funciona a partir da troca completa e aberta de informações dos participantes do desenvolvimento Omniclass. As tabelas do Omniclass são organizadas sob três perspectivas:
Descrição de resultados da construção; (Tabelas de 11 a 22)
Informações sobre recursos construtivos; (tabelas 23-33-34-35, e parcialmente a 36 e 42)
Organizador de processos construtivos, inclusive as fases do ciclo de vida da construção. (Tabelas 31 e 32)
ESTRUTURAÇÃO DAS TABELAS OMNICLASS
CÓDIGO DA TABELA
DESCRIÇÃO
TIPOLOGIA
OmniClass Table 11
ISO A.8
Construções Complexas
Residencial, comercial, centros de convenções, terminais de transporte público, autoestradas etc.
OmniClass Table 12
ISO A.9
Construção de Entidades
Edifícios Híbrido, arranha-céus, pontes, pistas de aterragem etc.
OmniClass Table 13
ISO A.10
Espaços Construídos
Quartos, escritórios, academias, autoestradas etc.
OmniClass Table 14
ISO A.10
Espaços Construídos
Jardins e pátios, nichos, caixas de ar etc.
OmniClass Table 21
ISO A.11
Construção de Elementos
Paredes externas, escalas, rampas, coberturas, mobiliários etc.
OmniClass Table 22
ISO A.12
Resultado de Trabalhos
Marcenaria, lançamento do concreto, cerâmica de revestimento, luminotécnica, instalações hidráulicas, trilhos das vias-férreas etc.
OmniClass Table 23
ISO A.3
Construção de Produtos
Concreto, tijolos, argamassa, janelas, portas, soleiras, sarjetas etc.
OmniClass Table 31
ISO A.7
Processos Construtivos
Elaboração do projeto, documentação, fases construtivas, tratamento dos materiais das demolições etc.
OmniClass Table 32
ISO A.6
Serviços
O projeto, a oferta, a estimativa de custos, o levantamento topográfico etc.
OmniClass Table 33
ISO A.4
Disciplina
Arquitetura, engenharia estrutural, engenharia predial etc.
OmniClass Table 34
ISO A.4
Organização Funcional
A direção da obra, o projetista, o instalador, o BIM Manager, o agente imobiliário, o responsável do processo etc.
OmniClass Table 35
ISO A.5
Ferramentas
Os andaimes, os softwares para projeto arquitetônico e orçamento, as cercas do canteiro de obras, os veículos automóveis etc.
OmniClass Table 36
ISO A.2
Informação
Os arquivos de projeto, as normas de referências, os títulos de propriedades, os manuais para manutenção e gerenciamento, o diário de obras etc.
OmniClass Table 41
ISO A.13
Materiais
Aço, madeira, concreto, plástico etc.
OmniClass Table 49
ISO A.13
Propriedades
Cor, dimensões, custos, resistência ao fogo, etc.
O OMNICLASS NO USO BIM
O Omniclass é utilizado como sistema de classificação padrão de alguns softwares da Autodesk, tais como o Revit e o Inventor. A utilizada no Revit refere-se à Tabela 23 “Produtos” no sistema OmniClass. O arquivo da lista OmniClass pode ser encontrado em: C:Users<rent name user>AppDataRoamingAutodeskREVIT<product name and release>.
A Tabela 23 dos critérios de classificação do OmniClass lista componentes ou conjuntos de componentes, incorporando permanente entidades de construção, focando detalhar e desenvolver etapas de um projeto.
Tabela de Classificacao Omniclass no Revit / Fonte: SpBIM
Para tal finalidade descreve-se três parâmetros de tipo, também chamado de “classificação facetada”, que significa classificar o elemento sob diferentes pontos de vista. No Omniclass esse sistema é transformado em um código numérico com a matriz em três informações: Função, Tipo e Material.
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM compreendemos a importância em unificar o sistema de classificação para parâmetros informativos, pois reconhecemos o ganho de tempo, e a facilidade que essa unificação traria na interoperabilidade de arquivos com metodologia BIM. E por isso, nós além de usarmos, incentivamos à adoção do sistema Omniclass como diretrizes de nomenclatura de todos os projetos e elementos pertinentes a criação do Ominiclass, mesmo com a difusão do BIM em andamento no Brasil e com o incentivo do decreto de implantação BIM, sabemos que a utilização efetiva dependerá da disseminação do BIM 3D, BIM 4D e BIM 5D além do uso efetivo do Plano de Execução BIM e o Manual de BIM com o apoio de consultores e gerentes BIM.
Antes de compreender a diferença entre os dois sistemas de modelagem, cabe relembrar a definição técnica de cada um desses sistemas. O sistema CAD – Computer-Aided Design (Desenho Auxiliado por Computador), enquanto o BIM – Building Information Modeling (Modelagem com Informação para Construção) trata-se de um processo para produzir e gerenciar dados “I” do BIM para construção ao longo de todo ciclo de vida do ativo, simulando em ambiente digital a construção real.
Embora os softwares BIM, sejam tecnicamente programas CAD, o termo “CAD” está essencialmente ligado a uma ferramenta de elaboração, como o AutoCAD, portanto tornou-se sinônimo de uma folha digital “prancheta virtual” para criar linhas/formas simbólicas que representam determinada vista de um projeto. Ao passo que o BIM tem sido atrelado a mitigar operações processuais e modelagem de BIM 3D.
Essa dinâmica no BIM está atrelado a sincronização de vistas, e integração do modelo ao fluxo de trabalho colaborativo simultâneo, ou seja, enquanto permite que diferentes pessoas trabalhem concomitantemente em um único arquivo no servidor ao mesmo tempo, o software ainda atualiza todas as vistas automaticamente. Enquanto no CAD seria necessário que um enviasse ao outro e a partir de cada alteração, os arquivos deveriam ser reenviados e/ou referenciados sobre o outro para procurar incompatibilizações ou seguir o trabalho.
Fonte: SpBIM
Além dessa diferença em fluxo de trabalho, o BIM também se difere no seu “I” (informação), pois todos os seus elementos são vinculados a parâmetros de identificação que intitulam o modelo tal qual seria o real, enquanto no CAD existem apenas linhas, que ao clicar ou exportar, não carregaria informações ou regras de parâmetros.
POR QUE USAR O CAD?
Embora o CAD apresente uma quantidade maior de desvantagens, em relação as suas vantagens, a metodologia ainda conta com alguns pontos de vantagens como:
FACILIDADE DE APRENDIZAGEM: Já que a dinâmica de desenvolvimento se assemelha a produção de desenhos no papel, suas ferramentas possuem como foco a representação de geometrias, por tanto as interfaces desses softwares CAD apresentam uma versão mais enxutas, genéricas e simples para representação, o que facilita a aprendizagem da ferramenta.
FACILIDADE EM ENCONTRAR MÃO DE OBRA: A interface são na sua maioria intuitivas, não necessariamente precisa-se ter graduação ou ser da área da construção civil, para desenhar com tais ferramentas, portanto é mais fácil e mais acessível encontrar mão de obra Cadista/Copista/Desenhista.
TRADIÇÃO: A modelagem em CAD é a metodologia mais usada para representação no mercado da construção civil, portanto o compartilhamento de trabalho se torna mais fácil já que vários profissionais já trabalham com tal ferramenta.
SOFTWARE COM CUSTO ACESSÍIVEL: Devido sua limitação de desempenho, e sua já consolidação do Software, o que além de diminuir os reparos e atualizações, permitindo que tais as ferramentas fiquem mais baratas no mercado de softwares em relação aos softwares BIM.
HARDWARE COM CUSTO ACESSÍVEL: Como os softwares de CAD não necessitam de um alto processamento e uma placa de vídeo potente, o seu investimento de hardware é mínimo, pois essas ferramentas conseguem rodar em notebook simples ou até mesmo on-line.
FACILIDADE EM PRODUZIR MULTIPLAS CÓPIAS: Os modelos em CAD permitem a duplicação e replicação dos elementos com uma velocidade imensurável em relação ao desenho a mão, portanto garantem uma maior agilidade para elaborar desenhos similares.
BIBLIOTECA E FORNECEDORES: Existem inúmeras bibliotecas na internet dos famosos “blocos de cad” desenvolvido ao longo desses 20 anos. É possível contar com o desenvolvimento em quase todos os sites de fornecedores da construção civil de blocos ou em muitos casos entregues por vendedores através de CDs e Pendrives.
Fase de Projeto Tradicional (CAD) / Fonte: SpBIM
PRINCIPAIS SOFTWARES CAD:
Visando maior contextualização do que seriam esses softwares CAD, nós da SpBIM separamos alguns softwares multiplataformas (Windows, Mac e Linux), e de compatibilidade de arquivos com os principais softwares e usos em relação ao mercado.
AUTOCAD
Comercializado pela Autodesk, desde 1982, o AutoCAD é o software CAD mais comercializado na indústria civil, a ferramenta funciona como uma prancheta virtual 2D e 3D, onde é possível desenhar e editar a geometria 2D e fácil modelagem 3D com sólidos, superfícies e objetos de malha. O Autocad possibilita desenhar plantas baixas, elevações, cortes e outros desenhos de projeto em 2D e modelos em 3D, criando detalhes, vistas, anotações, folhas etc. Além de ser um programa universal, onde seus arquivos podem ser abertos em diversos outros programas como no Revit, Archicad, Vectoworks e SketchUp.
A comercialização do software é feita através de três opções de vendas:
Autocad mensal: R$1.158,00 (Impostos inclusos)
Autocad anual:R$9.197,00 (Impostos inclusos)
Autocad 3 anos:R$24.826,00 (Impostos inclusos)
*Pode variar conforme dólar
Projeto MASP – O que é Autocad / Fonte: SpBIM
FREECAD
O FreeCAD é um Open Source para modelagem CAD que também funciona como uma prancheta digital, que permite desenhar formas 2D restritas de geometria e usá-las como base para construir outros objetos. Além disso, a ferramenta contém muitos componentes para ajustar dimensões ou extrair detalhes de design de modelos 3D para criar desenhos prontos para produção de alta qualidade. Um dos maiores diferenciais do software é o seu código aberto que está em constante atualização e que é aberto a correções de bugs, implementação de novos recursos ou correção de bugs, a plataforma convida os usuários a participar das novas mudanças e atualizações futuras.
Software gratuito
Software Freecad / Fonte: Ingenieria Libre
OPENSCAD
O OpenSCAD também é um software livre gratuito, especializado em desenhos bidimensionais 2D, e sólidos 3D, na qual a modelagem funciona a partir de programação. Sua interface é enxuta havendo apenas campo de funções essenciais como as padronizadas no Windows, como: save, fazer ou desfazer. E os campos de codificação/ visualização de produto.
Software gratuito
Software Openscad / Fonte: Miscellaneous Projects
POR QUE USAR O BIM?
A metodologia BIM tem ganhado espaço na indústria civil porque além de ser um método integrado, também engloba todas as fases do projeto, respaldando assim todo o ciclo de vida do ativo. Portanto traz aos escritórios inúmeros ganhos, como:
RAPIDEZ NA PRODUÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO: Na documentação de projetos em BIM, é possível parametrizar folhas, e literalmente arrastar os desenhos para as pranchas, e fim estará tudo pronto, o carimbo se preenche automaticamente, os textos, símbolos gráficos acompanham a escala conforme a ISO e ABNT de representação de desenho técnico. É possível otimizar o processo com um TEMPLATE BIM e BIBLIOTECA BIM.
ANÁLISE DE INTERFERÊNCIA “CLASH DETECTION”: Os projetos realizados em CAD, não apresentam uma integração entre os desenhos, então acabam acontecendo conflitos chamados de Clashs. Em BIM é possível que todo clash seja destacada e até mesmo automaticamente corrigidos, quando configurado em programação global de um template por exemplo.
POTENCIALIZAÇÃO DO TRABALHO COLABORATIVO: Os Softwares BIM preveem fluxos de trabalhos colaborativos através de modelos centrais, e criações de Worksets (Revit) ou reservas de funções no Teamwork (ArchiCAD), onde pessoas diferentes podem mexer em tempo real na modelagem de um único projeto com em casos do Modelo Federado, onde existe a união de diversos modelos. Então enquanto alguém poderia modelar o térreo, outra modelaria a cobertura, e uma terceira faria a documentação tudo, em tempo real (real time), sem precisar ficar enviando os arquivos entre os usuários, ou indicando o que e onde foi alterado.
PRECISÃO NOS QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS: Com os softwares BIM o modelo já realiza todos os cálculos de quantitativos para o BIM 5D de forma automatizada, basta apenas o preenchimento de parâmetros em cada objeto usado, e a criação de tabelas que além de filtrar esses parâmetros, possibilita criar cálculos reais sobre o que foi realizado através do modelo.
FACILIDADE NO CUMPRIMENTO DE PRAZOS: O BIM simula em ambiente digital o que aconteceria no canteiro real, portanto a partir do tempo e entendimento do processo ainda na fase projetual, é possível diminuir o tempo de execução de processo real, que passa a ser previsto, amenizando os imprevistos de obra.
Além da sua agilização de prazos para o planejamento BIM 4D quanto a processo, cabe destacar o seu dinamismo quanto a simultaneidade das vistas, pois ao criar um desenho 2D, os softwares atualizam automático todas as outras vistas referentes ao desenhado/modificado.
QUALIDADE NO PROJETO = QUALIDADE NA OBRA: Ao projetar tal qual seria construído, os projetistas acabam pensando e detalhando com maior precisão. O que resulta em um projeto mais bem desenvolvido, portanto, as decisões que seriam tomadas em canteiro, acabam sendo definidas junto ao projeto, e o canteiro apenas executa. Como é o caso das paginações, alinhamentos, bonecas etc.
AUMENTO DA CONFIANÇA DO CLIENTE: Todos sabemos que independente da obra, o investimento é alto, e os cliente sempre ficam com um receio de investir em uma ideia sem respaldos ou controle de gastos. A modelagem BIM ameniza os receios do cliente pois tornam as ideias projetuais mais palpáveis e reais quanto a custos, então o cliente se sentem seguros para firmar o investimento tal qual o idealizado pelos projetistas.
CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS: O BIM tem viabilizado os avanços plásticos e funcionais dos elementos da indústria civil, que passou a acreditar na intencionalidade, já que os seus desempenhos conseguem ser comprovados no computador os projetistas sentem mais confiantes para assinar as responsabilidades técnicas. E os investidores se sentem mais seguros para investir no produto.
REDUÇÃO DE RETRABALHO: Com o fluxo de trabalho BIM, é mais difícil as incompatibilizações aparecerem, pois os projetistas conseguem entender melhor a outra parte do projeto envolvido, então passam a tomar decisões de formas mais conscientes, o que ameniza a quantidade de revisões e número de retrabalhos para ajustar vista a vista.
REDUÇÃO DE ADITIVOS EM OBRA: Ao se construir um DIGITAL TWIN o projetista prevê cada um dos matérias ou ferramentas que seriam necessários para a elaboração de tal processo, então ao fazer o Twin, é possível diminuir, ou até mesmo acabar com a compra de materiais não previstos, ou materiais a mais que o necessário.
Fase de Projeto BIM / Fonte: SpBIM
PRINCIPAIS SOFTWARES BIM:
Diferente da modelagem genérica dos modelos em CAD, os softwares BIM contam com:
ferramentas especificas de modelagens tais como: parede, piso, portas, janelas, pilares, forro, escadas, rampas, telhados e qualquer objetos 3Das famosas famílias/objetos;
Todo elemento inserido no modelo virtual poderá extrair informações de quantidades precisas como: dados de materiais e acabamentos, área, volume, perímetro ou o código do produto e o nome do fabricante por exemplo, as possibilidades são diversas.
Interoperabilidade (OpenBIM): todos os softwares BIM conversam entre si através de IFC, e todos possibilitam o trabalho colaborativo.
Nós da SpBIM, separamos um top 5 dos softwares BIM mais comercializados no mercado:
REVIT
Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é o software bidimensional BIM (Building Information Modeling) mais utilizado no mundo, a ferramenta tem por escopo o desenvolvimento de modelos virtuais tridimensional (3D) com informações paramétricas, ou seja, o Revit é uma plataforma para construção virtual (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é utilizado para planejamento, projeto, construção e gerenciamento. Entretanto cabe ressaltar a elevada curva de aprendizado da ferramenta, que é extensa se comparado a outras ferramentas disponíveis como o seu principal concorrente o ArchiCAD. E seu custo oscila em relação ao mercado devido a comercialização em dólar:
REVIT FULL MENSAL: US$ 1.383,00
REVIT FULL ANUAL: US$ 11.159,00
REVIT FULL 3 ANOS: US$ 30.132,00
*Pode variar conforme dólar
Caso queira saber mais sobre o assunto, fizemos uma comparação entre as versões: Revit Full vs Revit Solo.
Curso de Revit / Fonte: SpBIM
ARCHICAD
O ArchiCAD é um software BIM (Building Information Modeling) desenvolvido pela empresa Húngara Graphisoft. Com origem desenvolvida para arquitetos, o software proporciona soluções com ferramentas intuitivas voltadas a construção de um edifício virtual (3D) e soluções de engenharia estrutural, sendo possível utilizar em todos os tipos de projeto para arquitetura como: edificação, interiores, iluminação, paisagismo, urbanismo, mobiliário, construção e compatibilização.
O ArchiCAD de maneira única une a construção e o desenvolvimento de um modelo virtual tridimensional (3D) com informações paramétricas dos elementos construtivos, ou seja, é uma simulação virtual da construção (famoso modelo) baseado na construção real (o físico) onde é possível extrair e utilizar de maneiras diversas o modelo desde o planejamento, até o projeto, construção e gerenciamento.
A comercialização do software é realizada através de dois tipos de licenças comerciais:
Aluguel: A licença Full aluguel, no dia de publicação desse artigo, estava pautada em 165€+IVA / mês (cerca de R$ 1.047,75+IVA)
Perpétua: A licença Full vitalícia, no dia de publicação do artigo estava pautada a
Desenvolvido pela Startup Last D Software em 1999, o SketchUp é um software CAD (Computer Aided Design/Desenho assistido por Computador) e simultaneamente BIM devido a sua capacidade de parametrizar as informações da geometria e a possibilidade de exportar em IFC (Requisito básico para um software ser considerado BIM).
Atualmente o Sketchup foi adquirida pela empresa Trimble, a ferramenta possibilita a criação desde rafes (Projetos Gráficos – Croquis de Design) até projetos com precisão de forma fácil e tridimensionais como na Arquitetura e Design. O software foi desenvolvido para a criação de modelos em 3D, com a criação de maquetes em 3D é possível fazer apresentações de forma mais realista, facilita a visualização do projeto e demonstra como seria o projeto finalizado.
A comercialização do software é feita através de três principais licenças comerciais:
SKETCHUP SHOP: US$ 119,00/ano
SKETCHUP PRO: US$ 240,00/ano
SKETCHUP STUDIO: US$ 1.119,00/ano
*Pode variar conforme dólar
Fonte: SketchUp
DYNAMO
O Dynamo pertence a uma nova gama de softwares de arquitetura 3D que são capazes de produzir projetos baseados num conjunto de parâmetros, nomeados como programação visual de código aberto. O Software é gratuito e desenvolvido para poder estender as funcionalidades da Autodesk. Nas versões mais atuais do Revit o Dynamo já vem instalado.
O Dynamo possui uma interface intuitiva semelhante ao seu concorrente o Grasshopper, é um software de fácil domínio, isso se deve a sua base de “programação visual”, ou seja, não é necessário saber programação de texto “base”. Este programa está disponível na versão gratuita, e na versão comercial. A versão comercial, funciona indiferente dos softwares da Autodesk, e é chamada de Dynamo Studio, que é comercializado com três frentes de licenças:
MENSAL: US$ 40,00
ANUAL: US$325,00
3 ANOS: US$880,00
*Pode variar conforme dólar
Fonte: Dynamo
VECTORWORKS
O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD, cujo enfoco era na plataforma IOS e sendo posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de miniCAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos. a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. E hoje é um dos 3 melhores softwares BIM direcionados a arquitetura e com algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, tornando possível seu crescimento no mercado. Semelhante a softwares de modelagem orgânica como Rhinoceros, o Vectorworks é um software com tais recursos porém em BIM.
Seus produtos são subdivididos em nichos de especialização para projeto, ao total são nove, dos quais variam desde arquitetura, até desempenho estrutural, ou luminotécnico. O Vectoworks possui licença vitalícia, como a licença do VECTORWORKS ARCHITECT, custa US$ 3.045,00. *Pode variar conforme dólar
Fonte: Vectorworks
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM, não só utilizamos, como acreditamos tanto na metodologia BIM que tal formato está presente desde a nossa marca, até nossa atuação no mercado, pois vemos o BIM como a evolução CAD capaz de solucionar inúmeros problemas da construção civil, desde erros de orçamentos, problemas de execução e o aumento de aditivos/escolhas de obra sem consentimento do projetista responsável. Portanto, nós da SpBIM recomendamos e ensinamos tal metodologia para aumentar índice de assertividade projetual em relação ao CAD além de aumentar a produtividade, qualidade e lucratividade nos projetos e obras.
Saiba as diferenças entre o Revit LT vs Revit Full a seguir.
Revit LT vs Revit Full / Fonte: SpBIM
Em um mundo amplamente conectado e com uma vasta difusão do BIM no Brasil, por incentivo do Decreto BIM, a dúvida de “qual software escolher ?” se tornou uma das preocupações de escritórios e construtoras, afinal trata-se de um investimento alto para aquisição das licenças e com treinamento de capacitação, pois tais fatores são extremamente relevantes assim como as demandas serão realizadas tanto para projetos em BIM (BIM3D), compatibilização, planejamento (BIM4D), orçamento (BIM5D) e em todas as outras fases do ciclo de vida do empreendimento.
Pensando nisso, diversas empresas de softwares disponibilizam licenças com recursos reduzidos e com valores mais acessíveis, visando atender demandas menores e de baixa complexidade. Uma dessas empresas é a Autodesk desenvolvedora do Revit, principal programa de modelagem virtual da construção da atualidade.
O Revit vem sendo comercializado em duas versões: o Revit e a versão Revit LT. Entenda as suas variações nas cinco principais categorias que envolvem um modelo BIM a seguir:
MODELAGEM
A modelagem é, sem dúvidas, o principal recurso desse tipo de software, sendo classificado como BIM 3D, resultando então em uma vasta variedade de recursos de modelagem tanto para arquitetura quanto para estrutura e instalações (MEP). Ao contratar a versão Revit LT estarão disponíveis apenas recursos de modelagem de arquitetura, como: paredes, piso, forro, escadas/rampas e demais e alguns poucos recursos de modelagem de estrutura, como é o caso da viga, coluna e fundação, impedindo o projetista de projetar armadura de modo geral, treliças, colunas inclinadas e MEP em geral. Outro recurso ausente nesta versão é a modelagem no local, ferramenta utilizada para desenvolvimento de famílias personalizadas dentro do modelo.
Essa ausência de recursos de modelagem segmenta de forma significativa o escopo de projeto que poderá ser desenvolvido.
COLABORAÇÃO E PROGRAMAÇÃO
Quando pensamos em BIM logo associamos a trabalho colaborativa, afinal é uma das principais vantagens divulgadas sobre trabalhos em BIM. Quando se trata de colaboração e simultaneidade das informações é necessário entender que o Revit Full apresenta todos os recursos , como por exemplo a verificação de conflitos através do Clash, compartilhamento de trabalho, coordenadas compartilhadas, além de outros recursos complementares como a vinculação de todos os arquivos de Revit e de outros programas, através do IFC e/ou DXF. A utilização de ferramentas voltadas para programação também faz parte do pacote do Revit Full, visando agilizar processos através do Dynamo, por exemplo.
Por sua vez o Revit LT não apresenta boa parte desses recursos, não é possível realizar compartilhamento de trabalho através de modelo federado, verificação de interferências, nem coordenadas compartilhas entre projetos e Revit Server, tornando então a ferramenta ineficiente para trabalhos com múltiplos usuários.
Quando se trata de vínculos e exportação/importação de dados o LT também apresenta quantidade de recursos reduzidos, não atendendo as necessidades de tem trabalha com: nuvem de pontos, copia/colagem de elementos a partir de vinculo, personalização da visualização de modelos vinculados e exportação de CAD, SAT, ODBC, gbXML e outros.
ANÁLISES
A possibilidade de realizar diversas analises dentro de um mesmo programa também fez com que o principal programa BIM da Autodesck ganhasse visibilidade, ao permitir o usuário analisar estudos solares, de massas, cargas de aquecimento e resfriamento, cargas estruturais, modelos analíticos e análise de áreas, porém tais recursos também não estão disponíveis para o Revit LT.
DOCUMENTAÇÃO/APRESENTAÇÃO
A documentação e apresentação dos projetos desenvolvidos em BIM são facilitadas, fazendo com que o usuário dedique menos tempo nesta fase do que no método tradicional CAD. Todos os recursos de documentação estão disponíveis na versão no Revit LT exceto a utilização de tabelas incorporadas, utilização de filtros e tabelas gráficas. Assim como a utilização das Ray Trace, renderização no produto e decalques na apresentação dos projetos em 3D.
CUSTO
O principal foco das empresas em comercializar esse tipo de produto é viabilizar o número de usuários da ferramenta a partir de um custo menor, ainda mais ao tratar-se de um produto comercializado em relação ao valor do dólar no Brasil, por exemplo. Tanto o Revit Full com todos os recursos disponíveis, como o Revit LT com recursos limitados podem ser adquiridos apenas na forma de aluguéis, podendo ser mensal, anuais (12 meses) ou no período de três anos (36 meses).
Veja a tabela a seguir para entender a variação de preços entre as duas licenças:
LICENÇAS
MENSAL
ANUAL
3 ANOS
REVIT LT
R$258,00
R$2.091,00
R$5.600,00
REVIT FULL
R$1.383
R$11.159,00
R$30.132,00
*taxas inclusas e valores em reais retirados do site oficial da Autodesk podendo sofrer variações sem aviso prévio, valores conforme a data deste post
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM entendemos a complexidade na tomada de decisão de qual licença adquirir, é por isso que realizamos uma serie de analises para entender como as necessidades dos nossos clientes serão atendias em cada uma delas e por fim chegando ao veredito final.
Porém de modo geral, é possível afirmar que a versão do Revit LT possui grandes vantagens para profissionais que atuam com projeto de baixa complexidade, como pequenas reformas, que não necessitem trabalhar de forma colaborativa com outras disciplinas/profissionais e que desejam agilizar o fluxo de trabalho – não sendo indicado para escritórios com mais de 4 colaboradores. Recomendamos realizar um trial de 30 dias de teste para verificar se atendem as demandas do escritório de projetos. Uma recomendação é adquirir o software Revit LT em conjunto com o Autocad LT, onde a economia se tornara maior, isso para profissionais autônomos ou pequenos escritórios.