Com a 4 revolução industrial ocorrendo em diversos setores, a construção civil demonstrou também ter adentrado este processo de transformação. E este start tem ocorrido devido o uso da metodologia BIM, isso significa que o desenvolvimento de um modelo com informação para construção. Uma vez que o eixo deste modelo é a informação gerada nele conclui-se que esta informação deve ser comunicada, todavia a comunicação é obstruída pelos formatos nativos e com isso a BuildingSMART desenvolveu formatos com o foco no OPENBIM (BCF, IFC entre outros) e estes formatos necessitavam de um meio onde fosse possível trocar dados entre os arquivos e a união deles formando um Modelo federado. Esta comunicação possui uma base de softwares concisa ou seja um Ambiente Comum de Dados (CDE), uma dessas ferramentas é o BIMSYNC.
Logotipo BIMSync / Fonte: BIMSync
POR QUE O BIMSYNC?
É uma ferramenta de comunicação entre projetos multidisciplinares com o objetivo de compatibilização e entre disciplinas, a comunicação ocorre por meio do formato de arquivo IFC e esta Compatibilização BIM ocorre por meio do BCF.
Nós da SPBIM já utilizamos diversas ferramentas para colaboração como o BIM TRACK, Trimble Connect e o BIM 360 da Autodesk entre diversos outros, o Bimsync é instalado como Autodesk Revit no qual você exporta o modelo no formato IFC para servidor da BIMSYNC. Algumas das principais características são:
Acessar a todos os seus projetos Bimsync
Filtrar e gerenciar problemas nos painéis de problemas
Criar novos problemas diretamente do Revit.
Localizar problemas em seu modelo Revit
Criar uma nova visualização 3D para cada comentário
Adicionar fotos aos seus problemas e realizar anotações
Atribuir questões a outros membros do projeto
Alterar o status do problema e outras propriedades
Carregar o modelo de Revit como o IFC para Bimsync
O BIMSYNC possui 2 versões Bimsync Boost e Bimsync Arena no qual cada uma possui uma utilidade.
BIMSYNC BOOST: permite que você hospede projetos BIM na plataforma e acesse seus dados por meio de qualquer uma das APIS. No qual é possível verificar quando o arquivo foi alterado e quem o alterou.
BIMSYNC ARENA: é uma ferramenta de colaboração BIM com suporte a todos os formatos padrões da BuilfingSMART (IFC. BCF, COBie), mesmo sem necessidades de instalação podendo ser acessado pelo navegador do modelo 2D, 3D e 4D.
RELAÇÃO COM OS SEUS CONCORRENTES?
O Bimsync possui alguns concorrentes com relevância no mercado e entre eles, está BIM TRACK e BIMCOLLAB. A seguir as comparações:
BIM TRACK: visa à coordenação e a construção de projetos de infraestruturas/edifícios. Ele se encaixa no kit de ferramentas de gestão de projetos de BIM para reduzir tarefas não produtivas.
Iterface BIMSync / Fonte: BIMSync
APLICAÇÕES:
Pode ser executado em nuvem e é instalado no hardware como aplicativo tendo somente suporte a Windows.
Não é suportado em celular.
Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
Assistência somente em horário comercial e online.
BIMSYNC: Conecta todos os membros das equipes de projeto da construção – incluindo proprietários, gerentes de BIM, arquitetos, engenheiros civis, empreiteiros gerais e subcontratados.
APLICAÇÕES:
Pode ser executado em nuvem.
É suportado em plataforma em mobile como Android e IOS.
Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
Assistência: 24horas por dia, horário comercial e conectados.
BIMCOLLAB: conecta os membros de todas equipes de multidisciplinar do projeto no qual é possível compartilha os arquivos de BCF e gerenciar esse compartilhamento.
APLICAÇÕES:
Pode ser executado em nuvem e é instalado no hardware como aplicativo tendo somente suporte a Windows.
Não é suportado em celular.
Formação por meio de Webinars, documentos, pessoalmente e ao vivo online.
Assistência somente em horário comercial e online.
Plugin Bimsync Revit / Fonte: Revit Add-Ons
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM compreendemos quão fundamental é no universo no BIM a comunicação e troca de informação, a utilização de plataformas como o BIMSYNC para comunicação e colaboração é vital para o desenvolvimento do projeto no BIM e pode ser utilizado não somente em projeto como durante a execução da obra. A SpBIM acredita e incentiva o uso das plataformas de comunicação e gestão.
Com toda a fomentação no ambiente nacional no universo BIM derivado do decreto BIM do ano 2021 no qual as instancias publicas irão adentrar de maneira firma e consistente no BIM desde o desenvolvimento de projeto como no BIM 3D e nas demais dimensões BIM 4D e BIM 5D ao longo do plano de execução da implantação BIM no Brasil. Todavia neste quadro de fomentações tem até então pouco exploradas pelo menos a nível nacional tirando o mercado privado, essas conjecturas colidem e divergem para fundamentar um workflow de poucas plataformas disponíveis quando não sendo somente de uma única plataforma.
Esta colisão é oriunda da infinidade de softwares BIM existentes e uma necessidade da comunicação entre estes softwares com plataformas distintas, uma vez que os formatos nativos se comunicam com as plataformas no qual pertence ao mesmo aglomerado monopolizando o processo e não sendo enquadrado no âmbito do BIM como é a proposta do openBIM sendo aberto onde o usuário decide qual é a melhor ferramenta atrelada ao custo benefício e praticidade do cotidiano. A comunicação é necessária para que objetivo do BIM seja alcançado, e surge então, derivando desta necessidade o openBIM tornando o ambiente democrático.
Fonte: Buildingsmart | openBIM
POR QUE O openBIM É IMPORTANTE?
O openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART no qual a instituição define como uma forma de ter uma visão universal para o design colaborativo, realização e operação de construções baseado em padrões e processos de livre utilização.
O openBIM garante que todos os envolvidos possam trabalhar de maneira transparente sem que haja a necessidade de migração de plataforma aumentando a eficiência dos projetos e construções. Utilizando todas as metodologias que o BIM é possível de forma ampla tornar mais eficaz a comunicação e colaboração, um exemplo seria o alinhamento de LOD, são necessários obter mais informações ou um alto nível geométrico dos elementos construtivo.
Fonte: Geometry and Data using BIM | BIM APLICATION
Tendo em vista toda essa comunicação é necessário padrões ou standards que permitam que todas as informações sejam organizadas, portanto o conteúdo precisa ser:
ABERTO
ACESSIVEL
ESTRUTURADO
COMPREENSIVEL
CONTROLADO
SEGURO
PADRONIZADO
Outros pontos fundamentais neste processo comunicativo e de desenvolvimento são:
REALIZADO O BACKUP: toda edificação precisa de uma manutenção em algum momento no clico de vida do empreendimento, tendo em vista isto o seu DIGITAL TWIN que faz necessário, pois o mesmo é fundamental para o gerenciamento no futuro.
PROPRIETÁRIO DOS DADOS: tal questão é resolvida por meios contratuais.
ACESSO AS INFORMAÇÕES: todos envolvidos devem ter acesso porem nem todos podem editar. É fundamental ter essa distinção.
O openBIM NÃO É IFC?
O openBIM vai bem além do padrão do IFC, o openBIM compreende um compromisso da BuildingSMART com as empresas de softwares no qual buscam padrões abertos e o engajamento com todos que estão envolvidos com a vida útil da edificação.
Há um grande debate em torno do IFC (IFC4 atualmente na data deste artigo) devido a perca de dados e a deformação de geometrias, além de limitações paramétricas. Porém o IFC é corrigido e atualizado constantemente.
Portanto pode se afirmar que o openBIM é uma iniciativa da BuildingSMART com as fabricantes de softwares que buscam atender os seguintes princípios:
Não importa quantos softwares a empresa esteja trabalhando o Workflow (Fluxo de Trabalho) deve ser aberto e transparente.
O objetivo é que a indústria da construção possa ter uma linguagem comum entre todos setores e que as versões de atualização dos softwares também não poderão intervir a interoperabilidade.
Ao utilizar formatos abertos a padronização no OPEN BIM permitirá um maior tempo de uso dos dados pela equipe e permite que outras equipes do mesmo projeto possam utilizar os mesmos dados sem a duplicação dos dados e sem ter a necessidade de se preocupar com o software utilizado.
Logotipo IFC / Fonte: SpBIM
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM acreditamos na democracia do BIM e o quão fundamental a comunicação e colaboração entre os softwares são essenciais para o desenvolvimento da construção civil e um melhor desempenho das construções e dos projetos. O openBIM dissemina e permite que qualquer profissional possa escolher a ferramenta mais apropriada sem ter vínculos de trabalhar com somente uma indústria ou plataforma, além de possibilitar a contratação justa de acordo com o mercado escolhido sem ser privado de participar de outras oportunidades de negócio.
O BIM tem direcionado com maestria o futuro da indústria da construção e tem modificado a maneira e o fluxo de trabalho (Workflow). Com essa diversidade de ferramentas disponíveis surgem softwares inovadores a cada dia e devido a demanda ser tão alta existe a necessidade da comunicação de ferramentas para gerenciamento dos modelos gerados. Com essa demanda surge o dRofus.
Logotipo dRofus / Fonte: Nemetschek Company
O dRofus é um add-in que tem como finalidade o planejamento, gerenciamento de dados e colaboração BIM fornecendo acesso a todos os interessados e um grandes suportes ao fluxo de trabalho à informação de construção em todo ciclo de vida do edifício. Os demais softwares de gerenciamento e planejamento que estão no mercado o dRofus não foi desenvolvido para os colaboradores e sim para os proprietários de edifícios públicos.
QUAL A DIFERENÇA DO DROFUS E OS DEMAIS SOFTWARES DE COLABORAÇÃO?
O dRofus tem como perspectivas adjacentes que os demais softwares não comportam. Essas diferenças são:
Captura de requisitos do cliente (EIR).
A validação de soluções de design (BIM) em relação aos requisitos dos clientes.
O gerenciamento dos padrões públicos.
Planejamento de equipamentos são os principais de recurso do software.
Integração com o Revit, ArchiCAD e IFC, sendo bidirecional.
O outro ponto fundamental é sua capacidade de capturar modelos de cada disciplina, juntamente com os dados de planejamento, os dados não geométricos e documentos capaz de juntar em um banco de dados. Pode ser acessível pelo desktop e via Web.
Checagem do Modelo / Fonte: Drofus
POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO
O DRofus permite estruturar as salas (ambientes) no projeto de maneira clara e objetiva. O dRofus permite que todas as partes envolvidas acessem visões gerais da sala e da área.Tendo sido aplicado no Hospital universitário Público Sunshine Coast para num total de 450 leitos, devido ser um projeto de alta complexidade alguns critérios foram levantados para escolher software de gerenciamento, tais como:
Capacidade de alinhar os resultados de informados e projetados.
Mudança na capacidade de rastreamento.
Possibilidade de atribuir direitos a usuários de forma diferentes.
Acessibilidade remota.
Interface intuitiva.
Fácil integração com o modelo BIM.
Relatórios com fácil utilização e fácil manipulação.
Economia de tempo porte da coordenação.
Após esse levamento de necessidades verificou-se que o único software de gerenciamento com tal aplicabilidade era dRofus. E após essa escolha uma grande facilidade na hora de comparar o projetado e com o que foi alcançado.
As principais vantagens do uso do BIM na construção civil estão diretamente associadas ao planejamento antes, durante e pós obra, considerando uma alta precisão no quantitativo de materiais e de orçamentos. Tais vantagens estão sendo buscadas por construtoras e incorporadoras, porém precisam ser aplicadas de maneira correta o uso das informações com os processos mais adequados onde seja facilmente integrado e agilizado. Foi a partir dessa necessidade que Autodesk, pioneira no desenvolvimento de softwares de design, arquitetura e construção, lançou uma plataforma de compartilhamentos chamada BIM 360.
A partir dessa tecnologia é possível compartilhar, visualizar e até mesmo editar arquivos que estão armazenados na nuvem, facilitando o andamento dos processos e permitindo uma maior agilidade na gestão de informações do projeto ou obra em desenvolvimento.
O BIM 360 está direcionado principalmente para projeto de média e alta complexibilidade e que necessitam de uma fácil comunicação entre uma vasta equipe de gestão, é por isso que que a plataforma dispõe de sete ferramentas, destinadas a setores específicos da construção e que podem ser usados de forma conjunta ou individualmente.
Essas soluções estão integradas e associadas a um CDE (Ambiente Comum de Dados) onde podemos obter todas as soluções possíveis com o uso no BIM.
Veja a seguir a descrição das 7 ferramentas dessa plataforma que otimiza o desenvolvimento de projetos BIM a partir da troca facilitada de informações:
BIM 360 DOCS: com foco na organização e compartilhamento de documentos de projeto, como plantas, planilhas, escopos, modelos BIM 3D e outros, essa ferramenta permite então um fácil acesso essas informações pela equipe de obra;
BIM 360 Docs / Fonte: Cadline Community
BIM 360 FIELD: destinado ao canteiro de obras esta ferramenta vincula fichas de verificação dos dados ou FVS (Ficha de Verificação de Serviços) dos modelos 3D e tarefas em obra, sendo então uma garantia que que tais informações chegaram aos seus respectivos encarregados a qualquer momento – para que essa troca de informações sejam eficiente é necessário que um dispositivo móvel esteja disponível em campo;
BIM 360 / Fonte: Buildin
BIM 360 GLUE: é uma ferramenta que está principalmente direcionada ao Gerente BIM ou BIM Manager, pois permite a integração dos modelos atualizados seja Revit ou Navisworks por exemplo, possibilita a verificação de possíveis interferências entre disciplinas no projeto – além de facilitar que o gerente faça comentários sobre o projeto e que que visualize o mesmo a partir de dispositivos moveis;
BIM 360 GLUE / Fonte: AEC CAFÉ
BIM 360 LAYOUT: é a partir da integração do modelo digital BIM da construção com o canteiro de obras que o BIM 360 Layout é utilizado, permitindo o controle exato de um equipamento de posicionamento 3D em campo, fazendo com que o operador seja direcionado aos pontos do terreno especificados no modelo.
BIM 360 OPS: está solução está diretamente direcionada aos dispositivos móveis e navegadores da web, pois é uma forma de agilizar a organização de futuras atividades de manutenção e inspeção de rotina através de checklist desenvolvidos a partir de informações coletadas em campo – sempre integrado ao modelo BIM;
BIM 360 OPS / Fonte: Autodesk
BIM 360 PLAN: colabora com o desenvolvimento e planejamento das atividades a serem desenvolvidas em obra e ainda auxilia no suporte ao Lean Construction, metodologia voltada para a redução de desperdícios, prazos, custos e aumento da produtividade e da qualidade das construções;
BIM 360 PLAN / Fonte: Autodesk
BIM 360 TEAM: é uma ferramenta que centraliza todas as informações do projeto em fase de desenvolvimento ou em obra para a consulta, tantos dos construtores, como para os projetistas e até mesmo ao cliente. Além de centralizar informações é possível também permitir o acesso a ferramentas de análise de projeto e monitoramento de atividades, podendo ser integrado ao Collaboration for Revit – serviço de compartilhamento de projetos do Revit.
BIM 360 Team / Fonte: Autodesk
CONCLUSÃO:
A percepção da SPBIM é que necessidade de cada projeto defini quais das ferramentas apresentadas do BIM 360 serão utilizadas bem como o uso do BIM e o Ambiente Comum de Dados para que desempenhem um papel significativo com eficiência no BIM. Projetos em BIM vai muito além de um modelo 3D, plantas e cortes mas sim um conceito e prática integrados, a compilação de informações sobre o projeto, tais dados precisam estar constantemente atualizados e sincronizados para que a eficiência do modelo digital da construção seja obtida, é por isso que muitas empresas fazem o uso do BIM 360, principalmente aquelas que já fazem uso de outros softwares da Autodesk, como o Formit, Revit e Navisworks.
No BIM existem diversos softwares que buscam inovações e maneiras diferentes com fluxo de trabalho que tenham um processo mais autônomo, produtivo e tecnológico. Muitos softwares no BIM foram desenvolvidos como base a tecnologia + processo BIM integrados em sua programação, sempre como base a interatividade, dados, construção e 3D. Entretanto alguns softwares optaram por se reinventar e entre estes Vectorworks tem grande relevância na indústria da construção civil.
Logotipo Vectorworks / Fonte: Vectorworks
O QUE É VECTOWORKS?
O Vectorworks é um software que surgiu no universo do CAD, cujo enfoco era na plataforma IOS e sendo posteriormente lançado para Windows no qual tinha o nome de miniCAD. Este software tinha como objetivo a criação e documentação de projetos. Sendo sua criadora a Nemetschek North America (atual dono do software concorrente ArchiCAD). O miniCAD em 1999 passou a ser chamado de Vectorworks. O Vectorworks duelou durante 20 anos com seu concorrente AutoCAD.
VECTOWORKS É BIM OU CAD?
O Vectorworks surgiu como miniCAD no qual mudou e percebeu a necessidade de reformular toda a sua estrutura algorítmica. Com isso a primeira versão estável do software voltado para BIM veio em 2016. Portanto é fundamental compreender que ex miniCAD agora é BIM, considera um dos 3 melhores softwares direcionados a arquitetura e com algumas ferramentas que seus concorrentes não possuem, tornando possível seu crescimento no mercado e até mesmo em uso em áreas especificas.
COMO FUNCIONA O VECTORWORKS?
O software atualmente é composto com uma variação que busca atender de maneira mais eficaz seus usuários separando as ferramentas de maneira a otimizar o fluxo de trabalho do usuário. A seguir, apresentaremos as versões disponíveis até a data deste artigo:
VECTORWORKS FUNDAMENTALS:
Tem como base desenvolvimento de projetos 2D e modelagem 3D, recursos para documentação de projeto (anotação 2D).
VECTORWORKS ARCHITECT:
Nesta versão contém diversas ferramentas necessárias do fluxo BIM, o que torna o trabalho mais flexível e com associação de documentação inteligente.
Vectorworks Architect / Fonte: Vectorworks
VECTORWORKS LANDMARK O Vectorworks Landmark é direcionado ao paisagismo, onde contempla ferramentas únicas como alteração de terreno, objetos urbanos, arvores, taludes, platôs entre diversos outros necessários para o desenvolvimento de projetos em BIM para paisagismo.
Vectorworks Landmark / Fonte: Vectorworks
VECTORWORKS SPOTLIGHT Já pensou desenvolver um projeto BIM de iluminação? O Vectorworks Spotlight possui ferramentas voltadas para o desenvolvimento de projetos de iluminação para shows, eventos, cenários, stands de feira entre diversos outros.
Vectorworks Spotlight / Fonte: Vectorworks
VECTORWORKS DESIGNER Construído com base no Vectorworks Fundamentals, o Vectorworks Designer possui todos os recursos de design + BIM do Vectorworks Architect + Landmark + Spotlight. É a maneira mais econômica de obter todo o pacote de tecnologia do Vectorworks em uma única interface, semelhante ao seu concorrente o Revit.
Vectorworks Designer / Fonte: Vectorworks
VECTORWORKS VISION A integração entre o software Spotligght e Vision permite uma documentação automatizada que permite a visualização renderizadas em 3D. Uma vez finalizado o projeto no spotlight pode ser direcionado para o Vision, onde é possível visualizar o projeto renderizado com os efeitos visuais.
Vectorworks Vision / Fonte: Vectorworks
VECTORWORKS BRACEWORKS O módulo adicional mais conhecido como Vectorworks Braceworks concebido para o Vectorworks Spotlight fornece aos profissionais da área uma produção e montagem de maneira rápida com capacidade de avaliar o desempenho das estruturas temporárias sob cargas. Este módulo único ajuda a garantir a segurança e a conformidade com os códigos e padrões, criando um processo de modelagem, análise e documentação totalmente integrado em uma única interface.
Vectorworks Braceworks / Fonte: Vectorworks
QUAL A CONFIGURAÇÃO NECESSÁRIA PARA O VECTORWORKS?
Sistema Operacional: Windows 7 ou superior ou Mac OS X 10.11
Processador: I5 multi core 64bits (ou Amd equivalente)
Ram: 16gb ou mais
Placa de vídeo: Compatível com OpenGL 2.1 de 4gb ou mais.
Vectorworks Vision necessita de uma placa de Vídeo de maior potência aconselhável linha 16x de 4gb ou mais.
Armazenamento: Necessário capacidade mínima de 10gb de espaço + 30gb para biblioteca, aconselhável a utilização de SSD para maior performance.
CONCLUSÃO:
Nos dá SpBIM apoiamos e utilizamos o Vectoworks em nosso fluxo de trabalho. Sabemos que no BIM existem softwares para todos os segmentos, especificamente o Vectorworks além de atender arquitetos e designers, também funcionara para Paisagistas e Especialistas em Cenografia, Stand, Eventos e Luminotécnica. Nós da SpBIM acreditamos no potencial do Vectorworks e suas variações e incentivamos a sua utilização dependendo do fluxo de trabalho, investimento e público desejado.
Sabemos que no BIM existem diversas ferramentas, a integração e comunicação é a chave para o sucesso dos profissionais que trabalham neste universo e possuem certa experiencia de que os dados “informação” são fundamentais, afinal o BIM significa Modelagem com Informação para a Construção. A quantidade de dados gerados deverá ser direcionada a uma comunicação coerente e concisa, desta maneira sendo viável a metodologia BIM e todos os seus processos. Porém, diante de tantos dados disponíveis, surgiu a necessidade de se obter uma comunicação assertiva associado ao fluxo de trabalho e a um Ambiente Comum de Dados. Nesse artigo você vai entender o que é BIM Track
Neste contexto de necessidade de um ambiente comunicativo surgiram plataformas que oferecem este ambiente onde é possível a comunicação. Esta comunicação é fundamental para o desempenho do BIM sendo a mesma desenvolvida e disponíveis através dos formatos BCF e IFC.
BIM Track e Plataformas / Fonte: BIM Track
O que é o BIM Track?
O BIM TRACK é uma plataforma comunicativa no qual seus metadados são baseados em BCF e contendo visualizadores IFC. O seu funcionamento é através de uma base online no qual é acessível via navegador de web e outra base como add-in (plugin) na plataforma de modelagem e compatibilização. Sendo o mesmo desenvolvido por especialistas BIM.
Fonte: BIM Track
Funcionalidades Principais do BIM Track
Coordenação de Modelos BIM: Permite que os usuários coordenem modelos BIM, identificando e resolvendo conflitos de maneira eficiente. Ele fornece uma plataforma centralizada para que as equipes compartilhem informações sobre o modelo, melhorando a colaboração e evitando retrabalhos.
Comunicação em Tempo Real: A plataforma oferece recursos de comunicação em tempo real, permitindo que os membros da equipe troquem mensagens, enviem comentários e forneçam feedback diretamente no modelo. Isso reduz a dependência de e-mails e facilita a comunicação eficaz entre as disciplinas envolvidas no projeto.
Rastreamento de Problemas e Alterações: Simplifica o rastreamento de problemas e alterações ao longo do tempo. Isso é crucial para garantir que as atualizações e modificações no projeto sejam documentadas, permitindo uma gestão mais eficaz das mudanças durante a execução do projeto.
Integração com Ferramentas BIM: A plataforma é projetada para integrar-se perfeitamente a outras ferramentas BIM populares, como Autodesk Revit, Navisworks, e outras. Isso garante uma transição suave entre as ferramentas existentes e o BIM Track, otimizando o fluxo de trabalho da equipe.
O Futuro do BIM Track na Indústria da Construção
À medida que a indústria da construção evolui, espera-se que o BIM Track continue desempenhando um papel importante na melhoria da eficiência, comunicação e coordenação em projetos de construção. A tendência de integração com outras tecnologias emergentes, como Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA), também pode expandir ainda mais as capacidades da plataforma, proporcionando novas formas de visualização e colaboração.
Fonte: FreePik
Além disso, a análise de dados gerados pelo BIM Track pode oferecer insights valiosos para aprimorar o desempenho do projeto e orientar decisões futuras. Ele não é apenas uma ferramenta para o presente, mas uma peça-chave na evolução contínua da construção inteligente e digital.
Vantagens em relação às demais plataformas
O API BIM TRACK (possui aprimoramento na comunicação do projeto que permite o desenvolvimento de recurso como pontos de conflitos visíveis, suporte de folha 2D e atributos de personalidade de issues)
As equipes 2D conseguem desenvolver o trabalho em conjunto com o trabalho 3D por integrações e hiper modelagem do AutoCAD.
Métrica Interativa
Suporte ao vivo na plataforma WEB
Plataforma desenvolvida por especialistas BIM.
Fonte: BIM Track
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM compreendemos o quão fundamental é a comunicação no BIM e tendo em vista a colaboração, é essencial a utilização de uma plataforma de comunicação como o BIM TRACK. Ambientes de colaboração e comunicação são vitais para o fluxo de trabalho de um empreendimento em BIM, sendo assim, o BIM Track é uma das soluções que deverão considerar: velocidade de internet, custo, escalas de modelos a serem trabalhados, vínculos de documentos como o BIM Mandates e BEP serão importantes para a execução das atividades e a gestão do BIM Manager.
O Synchro é uma ferramenta desenvolvida pela empresa américana Bentley Systems, fornecedora nº 1 de tecnologia para construções civil, propondo soluções principalmente para projetos de grande porte e alta complexidade.
Synchro / Fonte: Bentley Systems
O Synchro é a junção do projeto de engenharia e serviços de gerenciamento e planejamento de obra, resultando em uma tecnologia o BIM 4D.
Esta ferramenta permite que o “I” do BIM dados de projetos e de planejamento executado em diversos software possam ser integrados em uma única tela.
O Synchro promove maior agilidade na análise, comparação e em tomadas de decisões, resultando em economia de recursos financeiros, ganho de ativos para a empresa e um menor tempo de obra, resultado em um planejamento mais eficiente. Para o perfeito funcionamento é necessário a sincronia com o BIM 3D.
As principais características do Synchro são:
Administração de projetos de engenharia e de recursos;
Acompanhamento de progresso do projeto;
Coordenação de forma precisa a cadeia de suprimentos;
Permite que todas as disciplinas sejam informadas sobre o avanço no desenvolvimento do projeto;
Permite a visualização em tempo real do protótipo digital da construção, considerando dados e alterações de gerenciamento de riscos e prazos, com os resultados causados por tais alterações na construção;
Incorporar, exportar e sincronizar dados de software de desenvolvimento de projetos como o AutoCAD Civil 3D com programas de gestão de projetos e cronograma, por exemplo o Primavera Construction e o Project;
Apresenta diversas bases de comparação do desenvolvimento real do projeto com o previsto em planejamento;
Produz simulações 3D/4D de recursos materiais, equipamentos e espaços físicos;
Report de documentos com alto nível de detalhamento e precisão para apresentação de propostas;
Apresenta a listagem de gráficos e tarefas do Gantt, permitindo uma fácil visualização do andamento do projeto;
Verifica o valor agregado;
Permite o acesso simultâneo ao projeto, resultando na constante sincronia de dados entre as disciplinas no planejamento colaborativo.
Ao analisarmos as principais características do Synchro percebemos como a ferramenta permeia por diversos setores de uma construção, sendo: projeto, gestão, planejamento e obra é por isso que a Bentley Systems subdividiu o mesmo em quatro sistemas. A seguir as subdivisões:
Synchro AWP: permite o desenvolvimento de protótipos virtuais, visando integrar a construção e instalações em modelo 3D com dados específicos, permitindo desenvolver o projeto de acordo com o cronograma, seguindo as etapas de desenvolvimento da obra e ainda rastrear a disponibilidade materiais e a comunicação equipes via nuvem;
Synchro 4D: voltado principalmente para a integração entre modelos BIM) e cronogramas CPM (Critical Path Method). Essa integração permite que o usuário faça simulações de planejamento, experimentando de forma prática diversas soluções e qual será o impacto dessas soluções no cronograma, garantindo que o projeto seja entregue no prazo de forma eficiente. Além de permitir que o fornecedor faça quantitativos de forma mais rápida;
Synchro Control: a partir da nuvem a ferramenta permite comunicação rápida entre as equipe de obra e do escritório, pois todas as informações referente ao projeto estão colocadas de fácil acesso, com fluxos automatizados resultando em ganho de tempo, geolocalização o que permite planejamento da logística, possíveis intervenções climáticas no cronograma e analisar os dados de tarefas, mapas e modelos do projeto;
Synchro Field: ainda com o uso da nuvem é possível captar dados em tempo real, permitindo o gerenciamento de imprevistos e atribuição de tarefas a equipe em obra – também está disponível em dispositivos moveis.
CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM podemos concluir que a tecnologia desenvolvida pela Bentley Systems permite fácil comunicação com entre as diversas equipes e responsáveis pelo desenvolvimento de uma construção, automatização de atividades, simulação e prevenção de imprevistos, tudo isso em tempo real e de fácil acesso. Novamente a importância do fluxo de trabalho entre o BIM 3D e o BIM 4D além de softwares externos como o MS PROJECT e o PRIMAVERA.
Essas facilidades associadas aos softwares BIM permitem não somente a gerenciamento, planejamento e comunicação entre as equipes, como na prevenção e analise durante as fases de desenvolvimento do projeto como prever conflitos (clash detection) antes da execução no empreendimento, ajudara a reduzir custo e tempo de obra. Essencial para as construtoras e projetistas.
Com a difusão da metodologia BIM na construção civil, todas as formas de projetar tiveram de se remodelar e sistematizar sua realidade a esse atual sistema, compreendendo a importância da interoperabilidade e da automação de parâmetros vinculados diretamente a normas locais. Respaldada nesse preceito e pensando nas necessidades de engenharia de instalações e suas compatibilizações a AltoQi criou o QIBuilder. Uma plataforma BIM voltada para desenvolver projetos: hidrossanitário, elétrico, preventivo de incêndio, SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), gás, cabeamento estruturado e alvenaria estrutural em um único sistema que ao mesmo tempo realiza o dimensionamento conforme as normas brasileiras, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Conhecido por seus recursos que otimizam etapas de cálculo, modelagem, dimensionamento, compatibilização e detalhamento. O QiBuilder tem se popularizado entre os engenheiros devido seu sistema gráfico com entrada de dados e usabilidade intuitiva; sua interoperabilidade; visualização 3D refinada voltada aos sistemas prediais e uma vasta biblioteca BIM rica em componentes de instalações.
Sobre QiBuilder / Fonte: AltoQi
COMO FUNCIONA O QI BUILDER?
Diferente do seu concorrente Revit MEP da Autodesk em termos de funcionalidade e interface, ambos atendem as premissas de levantamentos quantitativos para orçamentação e análises verificativas quanto a interferências entre sistemas prediais e arquitetura/estrutura.
Até a data deste artigo em número licenças ativas nacionais, o QiBuilder tem ficado atrás do Revit MEP pois o QiBuilder prioriza o uso de licenças profissionais, restringindo versões educacionais, o que dificulta o aprendizado de sua interface e disseminação.
Entretanto a plataforma é a melhor opção para grandes projetos nacionais de engenharia de instalações, pois é programado diretamente as normas e restrições de dimensionamentos prediais. O que dinamiza a concepção e elaboração do projeto, além de identificar possíveis erros que seriam apontados na validação do projeto junto a prefeitura uma vez que o BIM passara a ser um requisito obrigatório, caso queira saber mais, acesse: Decreto BIM
Além da normatização, o QiBuilder é destaque em termos de visualização e entendimento de sistemas, pois é organizado em formato de “árvore” como na EAP (Estrutura Analítica de Projeto) na janela de edificação, onde os projetos são lançados em croquis de forma separada de acordo com a disciplinas: hidráulico, sanitário, fiação, incêndio, etc.
Fonte: AltoQi | QiBuilder
POR QUE DESENVOLVER AS INSTALAÇÕES NO QI BUILDER?
Como parte do universo BIM o Qi Builder atende todas as premissas do termo, desde a integração de vistas, ao levantamento quantitativo e orçamentar. O software permite também, maior colaboração entre projetistas de Arquitetura e Estrutura com o uso do IFC para importação do Revit e Archicad por exemplo, possibilita o uso em análises e verificações de interferência como nos softwares Navisworks ou Solibri por exemplo. Resultando assim em uma maior velocidade no desenvolvimento e integridade nas informações projetuais. Além de garantir projetos diretamente compatibilizados mediante as normas da ABNT.
Cabe ressaltar que o processo de construções prediais, sem um projeto de sistemas devidamente compatibilizado, ocasiona um desperdício em média de 15 a 18% do orçamento do empreendimento, e o uso BIM atrelado ao Qi Builder ajudaria a diminuir/mitigar esta perca do orçamento, além de diminuir o número de revisões pós a documentação e entrega do projeto à secretaria de obras.
Benefícios de utilizar o QI Builder:
Eliminação de mudanças orçamentares não previstas.
Estimativas de custo com maior precisão.
É possível reduzir em média 80% o tempo gasto na elaboração de estimativas de custo e até 7% de redução no tempo de projeto.
Validação e aprovação do projeto junto a prefeituras nacionais.
Futura manutenção dos espaços, eliminando a necessidade de um modelo As Built.
Informações BIM / Fonte: AltoQi
COMO OBTER QI BUILDER?
A ALTOQI comercializa seus softwares até a data deste artigo sendo: QiBuilder, Eberick e o QiCloud, em quatro esferas de soluções: integrada, estrutural, instalações e atualizações.
Soluções Integradas: é a licença que inclui tanto o QiBuilder quanto o Eberick, plataforma da AltoQi voltado para estruturas, além dos dois softwares a solução abre a opção de inclusão de qualquer de seus plug-ins: QiElétrico, QiHidrosanitário, QiPDA, QiCabeamento, QiIncêndio, QiGás, QiEditor de Armadura, QiAlvenaria e o Módulo de Eberick.
Soluções Estrutural: é a licença que não possibilita o download do Qi Builder, voltado para estrutura inclui apenas o Eberick e seus plug-ins de edição estrutural.
Solução para Instalações: é a licença que inclui apenas o Qi Builder e seus plug-ins de sistemas prediais: QiElétrico, QiHidrosanitário, QiPDA, QiCabeamento, QiIncêndio, QiGás.
Solução de atualizações: é a licença voltada para os primeiros contratantes da AltoQi, pois trata-se da “atualização” de contratos de softwares mais antigos: QiCloud ou atualizações antigas, por uma mais atuais: QiBuilde e o Eberick.
E ambas são subdividas em três tipologias:
PLANO BASIC – Construções até cinco pavimentos, com altura total máxima de vinte metros e área de projeto não superior a 8.000m².
PLANO PRO – Construções até onze pavimentos, com altura total ilimitada e área de projeto não superior a 8.000m².
PLANO PLENO – Construções com pavimentos, altura total e área de projeto ilimitada.
CONCLUSÃO:0
Nós dá SpBIM apoiamos e incentivamos o QiBuilder, uma vez que o seu uso otimiza todo o processo e integra as diversas formas do desenvolvimento projetual de diferentes instalações prediais. Compreendemos a necessidade de atuar com um projeto integrado, onde não participara somente a arquitetura e estrutura mais sim, todos os sistemas que compõem o edifício real e o virtual. Acreditamos que o uso do sistema BIM no QiBuilder, pode validar informações claras e objetivas que ajudaria na construções de edifícios, de forma a atender as necessidades do cliente tornando adaptável a cada empreendimento, e diminuindo os custos não previstos enquanto reduziria o tempo para aprovação de projetos frente a órgãos públicos.
Ludwing Mies Van Der Rohe, ou somente Mies Van Der Rohe como ficou conhecido, é um dos maiores mestres do minimalismo e um dos maiores influenciadores da arquitetura moderna do século XX, assim como Le Corbusier, Walter Gropius e Frank Lloyd Wright.
Além do pioneirismo modernista, o arquiteto é conhecido também, por seu apoio a sensação de vazios, que segundo ele deveria ser preenchido por vida, e por sua perfeição técnica dos detalhes que eternizou algumas de suas frases de concepções como “Less is more”(Menos é Mais) e “God is in the details”(Deus está nos detalhes).
Nascido em 27 de março de 1886 em Aachen na Alemanha, Mies desenvolveu interesse pela área por volta dos 14 anos, quando começou a trabalhar com seu pai na oficina de cantaria da família. Onde permaneceu até 1908 quando mudou-se para Berlin e passou a trabalhar em grandes escritórios de arquitetura como os de Bruno Paul, em 1905, onde em 1906 fez o projeto da residência de Alois Riehl que lhe deu visibilidade e possibilitou que fosse trabalhar com Peter Behrense, onde trabalhou junto de Le Corbusier e Walter Gropius entre 1907 e 1910.
O contato com esses arquitetos aproximou Mies a pureza no desenho e no uso de técnicas estruturais avançadas, evidenciada em suas futuras obras.
Entretanto o formalismo de Behrens começou a divergir de seus interesses então Ludwing procurou influência do arquiteto Holandês Hendrilk Berlage, outro percursor do movimento modernista, e guiava-se pelo neoplatonismo da idade média e na filosofia de Santo Augustinho, que tornaram-se base de inspiração para Mies, que passou a considerar a frase “a beleza é o esplendor da verdade”(Platão) como premissa do seu escritório que foi aberto em 1912 e procurava constantemente a essência e verdade construtiva e a precisão nos detalhes.
Em 1930, Van Der Rohe é convidado por Walter Gropius a dirigir a Bauhaus, escola alemã descrita em seu primeiro manifesto redigido em 1919 como “uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista.” E guiada por “uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto.” Onde permaneceu como diretor nos três anos seguintes.
Em 1938, Mies foi convidado a assumiu a faculdade de arquitetura do Illinois Technology Institute, em Chicago, a qual viria a remodelar, tornando-se um de seus principais planejamentos. Consequentemente a sua direção de 10 anos frente ao instituto, sua carreira consolidou-se possibilitando uma sequência de obras e o tornando famoso em Chicago, resultando em sua naturalização como americano. Mies Van Der Rohe morreu aos 83 anos, no dia 17 de agosto de 1969, deixando um legado traduzido como o estilo da arquitetura moderna.
ESTILO ARQUITETÔNICO?
Um dos maiores arquitetos revolucionários do século XX e influenciado pelo Expressionismo, Suprematismo e Construtivismo russo, o estilo de Mies Van Der Rohe é elucidado, segundo ele definiu como “arquitetura pele e osso”. Referenciado sempre por seus detalhes; com diretriz racional; “pureza” da forma e preceitos minimalistas resultantes do “Menos é mais”. Tornou-se uma metodologia baseada em: estrutura(osso) e membrana externa (pele).
Mies partia de linhas puras, simétricas e harmônicas, ou seja, seus projetos possuíam em maior parte retas unidas em perpendicular, marcadas por dimensionamentos rigorosos e vãos simétricos, herdados do neoplatonismo da idade média, que resultava na sensação de movimento aos projetos e nos fazem perceber os detalhes. Sucedendo no seu apelido nomeado por Walter Gropius “o solitário caçador da verdade”.
TOP 5 PRINCIPAIS OBRAS
CASA FARNSWORTH – CHICAGO, ILLINOIS (EUA)
Considerada um dos ativos modernos mais importante dos Estados Unidos a casa de vidro, ou a Farnsworth como ficou conhecida, foi concluída entre 1945 e 1951 e elucida diversos preceitos de concepção do Mis Van Der Rohe, como : a transparência – devido sua “pele” de vidro; fluidez de espaços – consequente da baixa compartimentação; linhas mínimas – somente o “osso” necessário e a sensação de que sua estrutura flutua – o piso elevado quase 1,6m do solo. Uma curiosidade sobre a SPBIM neste ponto, é que a Farnsworth é uma das edificações que modelamos durante o treinamento dos cursos de Revit e Archicad.
Concebida inicialmente como uma casa de campo para a Dra. Edith Farnshworth, ”desfrutar da natureza e entregar-se aos seus hobbies” conta com uma área de 140m² e atualmente é operado pelo National Trust for Historic Preservation como uma casa-museu e está aberto ao público, recebendo de acordo com o site oficial (farnsworthhouse.org), anualmente mais de 10.000 visitantes de todo o mundo.
Fonte: Farnworth House | Blog Seiotto Zero
PAVILHÃO NACIONAL DA ALEMANHA
Mies estava no auge da sua carreira, quando recebe junto com Lilly Reich, o projeto mais emblemático de suas carreiras, o Pavilhão Nacional da Alemanha para a Exposição Internacional de Barcelona, em 1929. Construído em vidro, aço e alguns tipos de mármore, o projeto alcançou a máxima em expressão do seu estilo: “osso” essencialmente marcado por planos verticais e horizontais ilustradas em uma estrutura pura de pilares metálicos.
O pavilhão foi concebido no intuito de recepcionar a oficial presidida pelo rei Alfonso XIII da Espanha junto com as autoridades alemãs e após exposição o pavilhão foi desmontado. Mais tarde, devido a sua importância foi reconstruído em 1990 como forma de homenagem ao Mies Van Der Rohe e como símbolo do Modernismo
Fonte: Miesbcn
SEAGRAM BUILDING – NOVA YORK (EUA)
Construído em 1958 em colaboração com Philip Johnson, o Seagram Building é um edifício de escritórios projetados para sedear a Seagram, uma das maiores empresas de bebidas do mundo, esse projeto é símbolo do processo de depuração expressiva, sem qualquer concessão ornamental, iniciado no início da década com as torres do projeto Lake Shore Drive 860-880.
Conhecido por expressividade e alto grau de sofisticação dos “montantes de parede cortina”, em perfis de aços em I que atingem uma proporção cuidadosa entre esqueleto e luz, o projeto é conhecido também, pelas transições sutis de esquinas e seus diversos encontros de materiais. Atualmente (até a publicação do artigo) o projeto não foi tombado e passa por uma reestruturação interna para transformar o edifício corporativo em residencial. Outra curiosidade da SPBIM é que este edifício modelamos no curso de Archicad Avançado, demonstrando como trabalhar com edificos de grande porte e como Mies idealizava os detalhes de seus projetos.
Fonte: Skyscrapercenter
Edifício IBM- Chicago, Illinois (EUA)
330 North Wabash, IBM Plaza(AMA Plaza) ou Edifício IBM, como ficou conhecido, é o segundo projeto mais alto (ficando atrás apenas no Toronto Dominion Centre) da carreira ade Mies Vander Rohe, com 52 andares e cerca de 211m de altura, teve sua concepção em 1966, entretanto só foi concluído em 1972, inicialmente a torres sediava os escritórios da IBM, como permaneceu até 2009, quando o prédio foi vendido para Langham que o redesenhou e o transformou em um edifício hibrido conhecido por deu hotel e espaço de escritórios alugáveis.
Além do AMA Plaza elucidar o fim da depuração expressiva de Mies, o edifício destaca-se por seu designe e soluções incomuns para o padrão tipológico da época, pois além do sistema “pele e osso”, o arquiteto explorou soluções que viabilizavam a eficiência energética do lugar e preocupava-se com a segurança contra incêndios. Ganhando assim, o primeiro Prêmio de Excelência do Meio-Oeste para Conservação de Energia da Comissão Federal de Energia em 1972.
Fonte: Amaplaza
LAFAYETTE PARK- DETROIT, MICHGAN (EUA)
Um dos maiores exemplos do que o Mies Van Der Rohe defendia como plano de urbanização o Lafayette Park é um complexo de casas e torres habitacionais localizada a 2,5km do centro da cidade, o projeto surgiu através da comissão de reurbanização do cidadão que queria um novo plano diretor para a expansão de Detroit. Junto com Ludwig Hilberseimer, Mies trabalha no planejamento o que eles chamaram de “urbs in horto” que prevê edificações cercadas por paisagem.
Fonte: Archdaily
CURIOSIDADES SOBRE MIES VAN DER ROHE:
Por mais que hoje Mies Van Der Rohe seja um dos maiores nomes da arquitetura moderna, em sua época era desprezado, pois não seguia os ideais nacionalista da Alemanha.
O sobrenome: “Mies” em alemão significa, entre outras coisas, “miserável”.
Seu primeiro emprego em um escritório de arquitetura, só foi possível pois Mies solucionou em uma hora um desenho da fachada de uns galpões que seu chefe Bruno Paul estava demorando semanas para resolver.
Edith Farnsworth, considerou Le Corbusier e Frank Lloyd Wright antes de optar por Mies Van Der Rohepara projetar e construir sua casa de campo: a Farnsworth.
Mesmo sendo considerado um dos maiores arquitetos e nomes da arquitetura modera Mies nunca chegou a iniciar ou forma-se em arquitetura.
CONCLUSÃO:
Ludwing Mies Van Der Rohe considerado um dos maiores pensadores da arquitetura moderna no mundo tornou-se referência quanto a inspiração, e concepção arquitetônica devido a seu processo de depuração que até hoje referenciam soluções e técnicas construtivas, tanto na macro quanto em micro escalas a qual tanto Mies se dedicou. E nós da SpBIM admiramos e nos inspiramos na genialidade e do constante estudo por detalhes, pois acreditamos que para construir em BIM é necessário pensar e resolver a arquitetura em todos os detalhes. Como mencionado por Mies no Artigo “Deus esta nos detalhes”.
Nesta lista iremos indicar 7 Livros de Construção para Arquitetos, para começar a projetar através de plataformas BIM, como o Archicad ou Revit, é necessário entender como projetar espaços, seus sistemas construtivos e como os elementos estruturais relacionam-se entre si, é por isso que nós da SPBIM preparamos um curadoria de livros mundialmente conhecidos para te ajudar a entender como projeta-se arquitetura e construção.
Entre as obras descritas abaixo você não encontrará apenas livros de arquitetura, mas sim manuais de como se construir arquitetura, desde pré-dimensionamento de ambientes como salas de estar, galpões, circulações até a compreensão de qual sistema construtivo escolher de acordo do seu projeto.
01. NEUFERT: ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA por Ernst Neufert
Livros de Construção para Arquitetos
É considerado a bíblia para arquitetos, engenheiros, professores e estudantes pois aborda temas como: dimensionamento de espaços, circulações, normativas para economia energética, sistemas construtivos e entre outros assuntos que como representação gráfica para arquitetura.
É um livro mundialmente conhecido, de autoria do arquiteto alemão Ernst Neufert. Teve sua primeira publicação em 1936 e desde então é um dos livros mais consultados para projetos de construção de espaços em diversas escalas, desde da arquitetura de interiores até grandes projetos urbanos.
02. CASA, APARTAMENTO, JARDIM por Peter Neufert e Lugwig Neff
Livros de Construção para Arquitetos
Esta obra é de autoria de Peter Neufert arquiteto e filho de Ernst Neufert, em parceria com ilustrador Lugwig Neff. É continuação do livro Arte de Projetar Em Arquitetura de Ernst Neufert, abortando temas voltados para construções de pequeno porte, tanto para profissionais como para leigos que desejam entender melhor os termos e conceitos de arquitetura, principalmente quando o assunto é reforma.
O livro Casa, Apartamento, Jardim apresenta de forma clara e didatica atraves de ilustrações diversos temas, como casas pré-fabricadas, adaptação de espaços e entre outros assunto. Além de abordar mais de 500 termos tecnicos facilitando então o dialogo entre profissinais da arquitetura e construção com leigos que desejam realizar ampliações e reformas em seus espaços.
03. DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM CONCRETO por David Phillips e Megumi Yamashita
Livros de Construção para Arquitetos
Que o concreto é um dos materiais mais utilizados na arquitetura grande parte das pessoas já sabem, mas o que poucas pessoas entendem é como esse material pode ser explorado e aplicado em projetos de arquitetura, é por isso que a obra de David Phillips e Megumi Yamashita está nessa lista.
O livro Detalhes Construtivos da Arquitetura Contemporânea com Concreto aborda mais de 40 projetos de arquitetos conhecidos mundialmente, apresentando não só imagens da construção, mas projetos como plantas e detalhes construtivos além de localização, principais construtores, fornecedores e descrição da obra. Uma das obras descritas e detalhada neste livro é a Academia Evelyn Grace em Londres, projeto do escritório Zaha Hadid Architects.
04. DETALHES CONSTRUTIVOS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM VIDRO por Virginia McLeod
Livros de Construção para Arquitetos
Assim como a obra anterior, Detalhes Construtivos da Arquitetura Contemporânea com Vidro é mundialmente conhecido por apresentar de forma prática projetos que fazem uso do vidro em diversas escalas, tipologias e formas.
Por tratar-se de um material intitulado frágil, a autora Virginia McLeod, arquiteta australiana e editora executiva da Phaidon Press, apresenta diversos projeto que fazem o uso do vidro como é o caso da Ópera de Oslo na Noruega. Mostrando as potencialidades do mesmo e como pode ser aplicado de forma variadas de acordo com a necessidade de cada edificação.
05.ATLAS DE DETALHES CONSTRUTIVOS por Peter Beinhauer
Livros de Construção para Arquitetos
Peter Beinhauer é um arquiteto conhecido por ser especialista em pormenores na construção e utilização de materiais, tornando então o ATLAS DE DETALHES CONSTRUTIVO um dos principais materiais de consulta quando o assunto é detalhamento de PROJETO EXECUTIVO.
O livro aborda assuntos voltados para os detalhes necessários em um projeto executivo de arquitetura em forma de fichas, com desenhos na escada 1:10 ou 1:5, dessa forma o leitor consegue compreender como os elementos construtivos relacionando-se entre si, como os materiais devem ser aplicado e representados de forma técnica, resultando então em um projeto mais completo e com o maior número de informações possível para ser executado da forma esperada.
06. SISTEMA ESTRUTURAS por Heino Engel
Livros de Construção para Arquitetos
Muitas vezes a arquitetura é vista apenas como uma volumetria suntuosa do ponto de vista das artes plásticas, mais a arquitetura vai muito além de estética e está diretamente ligada a função de uma construção, é por isso que a obra de Heino Engel se destaca quando o assunto é SISTEMAS ESTRUTURAS.
O mesmo aborda assuntos tipicamente ligados a engenharia, que muitas vezes são descrito de forma técnica o que acaba atrapalha a interpretação do leitor, Heino Engel procura aborda o diversos assunto de forma didática, exemplificando os diversos sistemas estruturais através de ilustrações e textos descritivos , permitindo ao leitor uma compreensão rápida e intuitiva da função de cada estrutura, dos esforços submetidos a mesma e sua relação com a forma da edificação.
07. BASES PARA PROJETO ESTRUTURAL NA ARQUITETURA por Yopanan Rebello
Livros para Arquitetos
Podemos considerar esta obra como uma das mais técnicas e especificas da nossa seleção, de autoria de Yopanan Rebello que é um famoso engenheiro e mestre em arquitetura.
O autor procura abordar assuntos como materiais estruturais, esforços, pré-dimensionamento– através de ábacos e cálculos, até a aplicação dos mesmos na arquitetura, com base nas percepções de custo e mão de obra disponível de forma clara e didática, sendo então uma das principais referência tanto para arquitetos, engenheiros e estudantes que desejam se aprofundar no estudo sobre estruturas, principalmente em aço, madeira e concreto armado.
Ao realizar a consulta destas obras percebera como um projeto de arquitetura vai muito além de estética, sendo uma composição de elementos, que variam desde definição das dimensões de espaços, escolha de materiais, sistemas construtivos e uma constante busca por desempenho aliado composição plástica da volumetria.
A leitura é uma importante ferramenta de estudo, por isso nós da SPBIM incentivamos a prática e indicamos as obras descritas acima, com essa vasta bibliografia é possível propor projetos mais funcionais e que atendem melhor as necessidades desejadas.
Por fim, para realizar projeto em BIM é de suma importância entender o que deseja projetar, o nível desenvolvimento (LOD) , a fase de projeto e entre outras características que envolvem a construção de uma edificação. Caso queira entender melhor como o os projetos de arquitetura relacionam-se com o BIM, leia nosso artigo sobre O que é BIM? e Os 5 Livros Principais de BIM.
Nosso conselho para todos profissionais da área da construção civil é entender que o BIM exige conhecimento unificado de projeto + obra, ambos devem se complementar para se obter um BIM de qualidade e com resultado para obra.