Como o BIM pode transformar sua carreira em 2025?

Como o BIM pode transformar sua carreira em 2025?

 

O Building Information Modeling (BIM) não é apenas uma ferramenta ou tecnologia; é uma revolução no mercado de arquitetura, engenharia e construção (AEC). Para profissionais que desejam se destacar em um setor cada vez mais competitivo, o BIM representa uma oportunidade de transformar suas carreiras. Mas como exatamente isso acontece? Vamos explorar os principais pontos que mostram por que o BIM será essencial em 2025.

Fonte: SPBIM

 

A evolução do BIM como diferencial de carreira

 

Nos últimos anos, o BIM se consolidou como um padrão para projetos de construção ao redor do mundo. Com o passar do tempo, avanços como a integração com inteligência artificial (IA), gêmeos digitais e a Internet das Coisas (IoT) tornarão o BIM ainda mais relevante. Dominar o BIM não será apenas uma vantagem, mas uma exigência para se manter competitivo no mercado.

Uma das grandes vantagens do BIM é sua capacidade de integrar outras tecnologias inovadoras, como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas (IoT) e a Realidade Aumentada. Essas ferramentas complementam o uso da metodologia BIM, aprimorando os processos de projeto e gestão. Essa combinação não apenas facilita a compreensão dos projetos, mas também destaca o profissional que domina essas soluções integradas.

Fonte: Medium (Oliver Eischet)

 

Vantagens do BIM para profissionais

 

O uso do BIM (Building Information Modeling) trouxe uma revolução para os profissionais da arquitetura, engenharia e construção. Sua implementação oferece benefícios significativos em diversas áreas, aprimorando tanto o desempenho técnico quanto as habilidades interpessoais. A seguir, destacamos algumas das principais vantagens que o BIM proporciona:

 

  1. Desenvolvimento de Soft Skills
    O BIM vai além das capacidades técnicas e impacta diretamente no desenvolvimento de habilidades interpessoais, como comunicação e colaboração. A integração de equipes multidisciplinares em um modelo único exige uma troca constante de informações e maior sinergia entre os profissionais, promovendo um trabalho em equipe mais eficaz.
  2. Maior Precisão e Confiabilidade
    Uma das principais características do BIM é a centralização das informações em um ambiente confiável e integrado. Modelos detalhados e precisos permitem que erros e inconsistências sejam minimizados, tanto no planejamento quanto na execução do projeto. Essa confiabilidade impacta diretamente na qualidade final da obra.
  3. Eficiência na Execução
    Com o BIM, tarefas repetitivas e demoradas, como a geração de cortes, elevações e listas de materiais, são automatizadas e extraídas diretamente do modelo. Isso economiza tempo e reduz os esforços necessários para atualizar a documentação, aumentando significativamente a produtividade.
  4. Planejamento e Gerenciamento Avançado
    Ferramentas integradas ao BIM permitem um planejamento mais robusto e o acompanhamento detalhado das obras. Simulações e cronogramas precisos ajudam na tomada de decisões e permitem ajustes em tempo real, resultando em projetos mais bem controlados e executados.
Fonte: SPBIM

 

Esses pontos destacados tornam o BIM uma ferramenta essencial para profissionais que desejam se destacar no mercado. A adoção dessa metodologia não só melhora a qualidade dos projetos e obras, como também posiciona os profissionais como referências em inovação e eficiência na construção civil.

 

A Importância do BIM e o Marco Legal do Decreto Nº 10.306/2020

 

A promulgação do Decreto Nº 10.306, em 2 de abril de 2020, marcou um passo significativo para a adoção do BIM (Building Information Modeling) no Brasil. Este decreto reflete a crescente relevância dessa metodologia para o setor de arquitetura e engenharia no país, estabelecendo diretrizes claras para sua implementação obrigatória em obras públicas a partir de 2028.

Essa determinação evidencia o reconhecimento do BIM como uma ferramenta estratégica para otimizar processos, aumentar a eficiência e reduzir desperdícios na construção civil. Ao centralizar informações em um modelo digital integrado, o BIM promove maior precisão nos projetos, melhor controle de custos e cronogramas mais realistas.

Em 2025, o marco é o mesmo de 2024, onde o BIM deverá ser utilizado na execução direta ou indireta de projetos de arquitetura, engenharia e na gestão de obras, referentes a construções novas, reformas, ampliações ou reabilitações. Além disso, em 2025, alguns softwares podem se destacar para que a realização desse marco seja alcançada, como o Autodesk Revit (Modelagem), Graphisoft Archicad (Modelagem), Civil 3D (Infraestrutura), Autodesk Navisworks (Coordenação de Obra, Orçamentos, Planejamento de Obra), Synchro, entre outros. Esses programas desempenham papeis essenciais no desenvolvimento de modelos precisos, simulações e no gerenciamento eficaz de projetos.

Com o avanço para a obrigatoriedade, o decreto reforça a necessidade de profissionais e empresas se adaptarem a essa tecnologia, investindo em capacitação e inovação. Essa transição não só elevará a qualidade dos projetos e obras públicas, mas também colocará o Brasil em sintonia com práticas globais mais sustentáveis e competitivas no setor da construção civil.

Portanto, a adoção do BIM vai além do cumprimento legal; trata-se de uma oportunidade para transformar o mercado e posicionar o país como referência em inovação e eficiência na construção.

 

VCAD: O Poder da Integração BIM e Business Intelligence na Transformação Digital da AEC

VCAD: O Poder da Integração BIM e Business Intelligence na Transformação Digital da AEC

 

O VCAD é uma solução inovadora que conecta modelos BIM (Building Information Modeling) a plataformas de Business Intelligence (BI), permitindo a visualização e análise de dados complexos de maneira intuitiva e eficiente. A integração entre BIM e BI proporciona insights valiosos sobre custos, cronogramas e desempenho de ativos, facilitando a identificação de problemas e incompatibilidades de forma proativa. Neste artigo, exploraremos como o VCAD, aliado ao Power BI, pode transformar a gestão de projetos na indústria AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção).

Fonte: VCAD FOR POWER BI, AUTODESK BIM 360® INTEGRATION (Artigo do Linkedin)

 

 

O que é o VCAD?

 

O VCAD é uma ferramenta de gerenciamento espacial e de ativos que permite transformar arquivos BIM em plataformas de BI. Ele oferece suporte a formatos como IFC, NWD, NWC, RVT, OBJ, STL e DWG, integrando-se a softwares como Revit e Navisworks, além de soluções em nuvem como o Autodesk BIM 360. O VCAD processa os arquivos BIM, extrai os dados e organiza essas informações para uma apresentação visual eficiente no Power BI.

Na prática, o VCAD permite um controle detalhado de todos os aspectos de uma estrutura e dos recursos associados a ela. Isso torna os processos de análise e gerenciamento muito mais ágeis, fornecendo uma base sólida para decisões estratégicas.

 

Como utilizar o VCAD?

 

  1. Carregar o Arquivo IFC:
    Faça login na sua conta através do portal da Autodesk e acesse o VCAD File Manager. Clique em “UPLOAD” e utilize o botão “ESCOLHER ARQUIVO” para selecionar o arquivo IFC desejado em seu computador. Aguarde o processamento do arquivo até que apareça um ícone de visualização ao lado do nome.
  2. Baixar o Modelo para Power BI:
    Após conferir o arquivo, clique no ícone de download e selecione o modelo “Space Asset Theme” (a terceira opção). Baixe o arquivo e, se necessário, o PDF de ajuda disponível no mesmo pop-up.
  3. Abrir no Power BI Desktop:
    Salve o arquivo na pasta desejada e abra-o no Microsoft Power BI Desktop. Lá, você encontrará visualizações pré-configuradas relacionadas a Espaços e Ativos integradas com o VCAD. Você pode salvar o projeto no formato PBIX ou publicá-lo na versão online do Power BI.

 

Fonte: Autodesk – Integração VCAD para BIM 360

Quais são os benefícios de utilizar o VCAD na AEC?

A integração do VCAD com BIM (Building Information Modeling) e BI (Business Intelligence) oferece uma ampla gama de vantagens para a indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). Desde a gestão de projetos mais eficiente até o aumento da produtividade operacional, o VCAD possibilita explorar dados de forma interativa e visual. A seguir, detalhamos os principais benefícios do VCAD relacionados às diferentes dimensões do BIM:

  • BIM 3D – Modelagem
  • Nas etapas iniciais do projeto, o VCAD auxilia na criação e visualização de modelos federados. A plataforma permite combinar os modelos das diversas disciplinas (arquitetura, estrutura, instalações) em um ambiente integrado, facilitando a análise e a identificação de interferências. Isso melhora a colaboração entre as equipes e reduz erros na fase de planejamento.
Fonte: VCAD

 

  • BIM 4D – Cronograma
  • Ao integrar o VCAD com o Navisworks Timeliner, é possível vincular atividades de cronograma ao modelo 3D, criando um ambiente 4D que permite a visualização da sequência construtiva ao longo do tempo. Isso fornece insights valiosos sobre a execução do projeto, facilitando o planejamento, a análise de atrasos e a geração de relatórios dinâmicos.
  • BIM 5D – Orçamento
  • O VCAD possibilita a criação de uma visão integrada entre dados de BIM, cronograma e orçamento. A centralização desses dados permite a interação entre as dimensões 3D, 4D e 5D, garantindo maior precisão e controle financeiro. Para uma integração eficiente, a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) deve estar incorporada no arquivo IFC, assegurando alinhamento entre planejamento, execução e orçamento.
  • BIM 6D – Sustentabilidade
  • O VCAD também facilita análises voltadas para a sustentabilidade. A ferramenta permite integrar dados que auxiliam na tomada de decisões mais ecológicas e eficientes, como análises energéticas, impacto ambiental e uso de materiais sustentáveis. Isso ajuda a alinhar o projeto com metas de sustentabilidade.
  • BIM 7D – Gestão e Manutenção
  • Com o VCAD, é possível integrar dados de projeto e operação em dashboards interativos. Essa visualização facilita a tomada de decisões rápidas e informadas na fase de gestão e manutenção. A equipe de operação pode monitorar o desempenho dos ativos e planejar manutenções de forma proativa.

 

Além de atender às diferentes dimensões do BIM, o VCAD oferece outros benefícios importantes para a indústria AEC:

 

  • Conexão com sensores IoT: Possibilita o monitoramento em tempo real das condições da obra, identificando potenciais problemas antes que ocorram.
  • Análise de riscos: Facilita a identificação de riscos e permite intervenções proativas para mitigar problemas.
  • Monitoramento em tempo real: Garante o acompanhamento dos cronogramas e orçamentos, reduzindo desperdícios e evitando desvios.
  • Gestão de recursos: Organiza dados para otimizar a gestão de prazos, custos e recursos de forma eficiente.

 

A utilização do VCAD permite transformar dados complexos em informações visuais e interativas, facilitando a colaboração, o planejamento e a gestão em projetos AEC.

CONCLUSÃO

 

O VCAD representa um avanço significativo para a transformação digital na indústria AEC, ao unir a precisão dos modelos BIM com o potencial analítico das plataformas de Business Intelligence. A utilização eficiente dessa ferramenta permite aos profissionais um controle mais detalhado sobre seus projetos e ativos, facilitando a tomada de decisões informadas e a otimização de processos. Investir na integração entre BIM e BI por meio do VCAD é, portanto, um passo estratégico para aqueles que buscam evoluir na era digital e aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por essa poderosa combinação tecnológica.

 

EAP BIM: Tradicional x Quantitativos

EAP BIM: Tradicional x Quantitativos

 

O sucesso de um projeto de construção depende diretamente da qualidade e profundidade do seu planejamento. Quanto mais detalhado e bem estruturado, maior é a capacidade de identificar e gerenciar os componentes de maior impacto. Nesse cenário, a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é uma ferramenta essencial oferecida pelo Building Information Modeling (BIM), que organiza o trabalho em divisões e subdivisões claras e precisas. A EAP permite uma visão estruturada das entregas, facilitando o controle de etapas, o monitoramento de custos e a alocação de recursos ao longo do projeto. Neste artigo, exploraremos como a EAP no BIM contribui para um planejamento mais eficiente e como essa organização impacta diretamente a gestão e o sucesso das obras.

 

O que é uma EAP

 

A Estrutura Analítica de Projeto (EAP), também conhecida como Work Breakdown Structure (WBS), é uma técnica essencial na gestão de projetos, especialmente no contexto do Building Information Modeling (BIM). A EAP organiza o escopo do trabalho em componentes menores, formando uma estrutura hierárquica que facilita a programação das atividades e a priorização das entregas. Essa estrutura permite dividir o projeto em partes gerenciáveis, tornando o processo de planejamento mais acessível e eficiente. Com a EAP, é possível estabelecer uma ordem de prioridade para cada atividade, promovendo um gerenciamento mais claro e estruturado do projeto.

 

EAP em formato de árvore – Fonte: SPBIM

A EAP é uma ferramenta essencial para descrever o escopo, pois projetos sem planejamento correm o risco de se tornarem desorganizados e difíceis de gerenciar em termos de prazo e custo. Além disso, a EAP no BIM apoia o desenvolvimento dos módulos BIM 4D (cronograma) e 5D (orçamento), permitindo maior coordenação entre equipes, atividades e planejamento financeiro. Essa integração possibilita um alinhamento entre os prazos e os recursos financeiros, promovendo uma execução mais precisa e alinhada com os objetivos estratégicos.

 

BIM 4D, Biblus – Acca software

 

A flexibilidade é uma das vantagens da EAP: ela pode ser estruturada em diferentes formatos, como árvores hierárquicas, diagramas analíticos ou mapas mentais. Os dados também podem ser organizados de diferentes maneiras — por pavimentos, ordem construtiva, serviços, entre outros — conforme a necessidade e a clareza para os stakeholders. A escolha do formato ideal deve considerar a forma mais eficiente de visualização e compreensão por todas as partes envolvidas.

Para desenvolver uma EAP eficaz, é necessário identificar e priorizar os elementos que demandam maior atenção, realizando a divisão com base na decomposição do projeto. O objetivo central é visualizar claramente os elementos finais que serão entregues e executados, garantindo que a EAP sirva como uma ferramenta de apoio ao planejamento e coordenação do projeto.

Em metodologias tradicionais, a EAP costuma apresentar informações básicas, como se vê em exemplos de mapas mentais. No exemplo abaixo, temos uma EAP em formato de mapa mental, onde as atividades e etapas estão organizadas por serviços, permitindo uma análise clara de como cada componente se integra à estrutura geral do projeto:

 

EAP em formato de mapa mental – Fonte: SPBIM

 

Esse exemplo de mapa mental ilustra um modelo tradicional de EAP, no qual todas as atividades são organizadas e categorizadas, facilitando a compreensão dos stakeholders sobre o andamento e a organização do projeto.

 

Método Quantitativo

 

Integrar a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) ao método quantitativo em projetos de construção é uma estratégia que potencializa a eficiência do planejamento. Ao dividir as etapas dos projetos em componentes menores, torna-se possível atribuir valores específicos a cada parte, o que favorece o controle financeiro e a alocação de recursos. Quando essa abordagem é associada ao Building Information Modeling (BIM), é possível definir custos detalhados para cada etapa do processo, permitindo um orçamento mais preciso e alocado de maneira estratégica.

Entretanto, combinar o método quantitativo com a EAP também apresenta desafios. Um dos principais é a falta de padronização na estruturação e compartilhamento dos dados, o que pode dificultar a coordenação entre as equipes. Além disso, há um custo elevado associado à implementação desse método, incluindo investimentos em treinamentos, equipamentos e softwares especializados. A necessidade de constante atualização dos modelos BIM, fundamental para manter a precisão e utilidade dos dados, também exige computadores com placas gráficas de alto desempenho, o que pode ser um fator limitante para algumas empresas.

 

Exemplo de EAP com quantitativo dividido por serviços – Fonte: Youtube AltoQi

 

Apesar dessas dificuldades, os benefícios do método quantitativo integrado à EAP justificam o esforço. A aplicação dessa metodologia permite estimativas de custo mais precisas, facilita a extração de quantitativos por fase da obra, otimiza o planejamento logístico no canteiro e possibilita uma comparação mais eficaz entre o avanço real e o planejado. Esses elementos colaboram para um controle mais rigoroso do projeto e uma execução mais organizada, contribuindo para o sucesso do empreendimento.

 

Vinculação de dados: EAP e BIM

A integração de dados ao BIM é uma prática essencial para otimizar a análise e o gerenciamento de informações em projetos de arquitetura e engenharia. Uma maneira eficaz de realizar essa integração é utilizando o Excel para vincular informações externas, como os códigos de uma Estrutura Analítica de Projeto (EAP), aos elementos do modelo. O processo começa com a inserção de dados relevantes no modelo BIM por meio de parâmetros personalizados ou descrições configuradas no formato IFC. Esses dados funcionam como o ponto de conexão entre o modelo e a planilha.

No Excel, é criada uma planilha organizada contendo os dados correspondentes, como códigos de EAP, descrições, custos e prazos. Essa estrutura é essencial para facilitar a associação com os elementos do modelo. Em softwares como Navisworks, Revit ou Archicad, o modelo BIM é importado, e ferramentas específicas permitem vincular a planilha aos elementos modelados. Isso garante que as informações estejam sincronizadas e disponíveis para análises, simulações e acompanhamento do projeto.

Além desses softwares, há outras soluções que possuem integração nativa para trabalhar com EAP, como Synchro Pro, Bentley AECOsim, Tekla Structures e BIM 360, que oferecem funcionalidades avançadas para gestão e planejamento. O Vectorworks, embora não tenha uma integração direta, pode ser usado para esse propósito por meio da importação/exportação de dados IFC ou de ferramentas externas, como Synchro e MS Project.

Esse processo de vinculação de dados da EAP aos modelos BIM proporciona uma visão mais integrada do projeto, facilitando a coordenação entre equipes, o planejamento detalhado e a tomada de decisões fundamentadas. A utilização de ferramentas como Excel, combinadas com softwares especializados, permite explorar todo o potencial do BIM, promovendo maior eficiência e controle nos projetos.

 

CONCLUSÃO

 

Ao comparar a EAP tradicional com o método quantitativo integrado ao BIM, fica claro como este último traz uma eficiência adicional para o planejamento. Com o método quantitativo, torna-se possível especificar os custos de cada etapa do projeto, permitindo uma compreensão mais detalhada dos valores dedicados a cada atividade e recurso. Essa abordagem oferece um controle mais preciso do orçamento, o que facilita o acompanhamento e o ajuste do planejamento ao longo do desenvolvimento da obra.

O que é BIM 10D?

O que é BIM 10D?

 

O BIM 10D, a última dimensão do Building Information Modeling (BIM), surge como uma ferramenta de centralização de dados que amplifica a eficiência em todas as etapas de um projeto. Utilizando tecnologia avançada, o BIM 10D facilita o trabalho dos gerentes de projeto ao consolidar informações essenciais e permitir uma visão integrada de todo o processo. Mas como exatamente essa dimensão ajuda no gerenciamento de projetos?

Dimensões 8D, 9D e 10D do BIM – SPBIM

Diferenças entre o BIM 10D e as outras dimensões

 

Cada uma das dimensões anteriores contribui para o desenvolvimento detalhado e integrado de um projeto: pesquisa (1D), vetorização (2D), modelagem tridimensional (3D), planejamento temporal (4D), controle orçamentário (5D), sustentabilidade (6D), gestão de instalações (7D), segurança (8D) e construção enxuta (9D). O BIM 10D complementa e fecha esse ciclo ao centralizar documentos e informações, oferecendo um ponto único de acesso a todos os dados de um projeto.

O BIM 10D traz a ideia de que, reunindo todas essas dimensões, é possível realizar projetos de forma mais eficiente e coordenada. Sua aplicação visa promover a industrialização do setor da construção, tornando-o mais produtivo, econômico e seguro, além de possibilitar a integração de novas tecnologias, como a digitalização de processos e a automação. A décima dimensão é, portanto, considerada o ápice da integração tecnológica no BIM, promovendo uma construção mais rápida, sustentável e eficaz.

A digitalização, principal destaque da dimensão BIM 10D, oferece inúmeras vantagens ao integrar as diversas fases do projeto. Esse processo contribui diretamente para a redução de erros comuns que ocorrem na transição entre as etapas de planejamento e produção. Ao eliminar essas falhas, o BIM 10D possibilita uma diminuição significativa de custos e da geração de resíduos, promovendo práticas mais sustentáveis e aumentando a produtividade no setor da construção.

A construção industrializada, aliada ao BIM 10D, fornece uma visão completa e integrada para o gerenciamento de um ativo durante todas as suas fases — projeto, construção e manutenção. Essa abordagem permite alinhar áreas fundamentais, como setores financeiro, comercial, ambiental, segurança e análise de riscos. Assim, um software BIM 10D oferece amplas possibilidades de aplicação em todas as fases do projeto, com o apoio de tecnologias avançadas e recursos digitais capazes de automatizar até as tarefas mais complexas.

Fonte: Casa e Mercado

 

Qual sua relevância no contexto atual?

 

Com a crescente demanda por agilidade, transparência e responsabilidade social nos projetos, o BIM 10D se destaca ao oferecer soluções que vão além das fases tradicionais de planejamento e construção. Ele engloba a gestão completa do ciclo de vida do ativo, permitindo realizar diversos tipos de análises e planejamentos, como de sustentabilidade, orçamento, segurança, gestão de risco, operação e manutenção.

No cenário atual, o BIM 10D é uma ferramenta essencial para profissionais e empresas que buscam inovação e competitividade. Sua capacidade de transformar o modo como os projetos são planejados, executados e mantidos oferece uma visão holística que integra tecnologia e dados. Essa abordagem maximiza o valor dos ativos e minimiza os impactos ambientais e financeiros, promovendo um modelo de construção que é, ao mesmo tempo, eficiente, sustentável e seguro.

Ao oferecer uma visão abrangente e centralizada de todas as fases do projeto, o BIM 10D transforma a maneira de gerenciar ativos e recursos no setor da construção, sendo uma peça-chave para o futuro da construção digital e industrializada.

 

Aplicação prática

 

O BIM 10D desempenha um papel estratégico ao integrar diversas etapas do ciclo de vida de um edifício, desde a concepção do projeto até a operação e manutenção. Sua aplicação vai além da modelagem tridimensional, abrangendo a construção industrializada e promovendo uma transformação digital no setor da construção civil.

Na fase de planejamento e modelagem, o BIM 10D se destaca pelo uso de elementos paramétricos, que tornam os processos iniciais mais ágeis e versáteis. Essas ferramentas oferecem aos profissionais maior flexibilidade na criação e detalhamento, além de facilitar alterações e adaptações durante o projeto. Outro ponto crucial é a utilização de bibliotecas detalhadas de fornecedores, que economizam tempo e permitem uma padronização mais eficiente, garantindo qualidade e consistência entre diferentes projetos. Assim, as informações geradas podem ser reutilizadas como modelos para projetos futuros, promovendo maior produtividade e otimização de recursos.

 

Aula de Família de Revit – Fonte: SPBIM

 

Um exemplo marcante da aplicação do BIM é o caso da Prefeitura de Curitiba, que utilizou o BIM para planejar e executar projetos voltados à mobilidade urbana, um dos pilares de sua gestão pública. A implementação do BIM trouxe avanços significativos na integração de informações e processos, permitindo um planejamento mais detalhado e alinhado aos princípios do BIM 10D. Por meio da digitalização, a cidade conseguiu padronizar fluxos de trabalho e aplicar princípios da construção industrializada, como maior controle de materiais, redução de desperdícios e uso de processos automatizados para viabilizar soluções mais rápidas e econômicas.

O BIM 10D, portanto, não é apenas uma solução tecnológica, mas também uma metodologia que impulsiona inovação, reduz erros e contribui para uma construção mais sustentável e eficiente. A adoção dessa abordagem representa um passo importante rumo à industrialização da construção e ao futuro do setor.

Complexo do Tarumã. Cortesia da prefeitura de Curitiba – Fonte: Autodesk

CONCLUSÃO

 

O BIM 10D surge como um aliado poderoso para diversas etapas do desenvolvimento e do pós-projeto, oferecendo uma solução integrada e inteligente que transcende o planejamento e a execução tradicionais. Com sua capacidade de centralizar dados e digitalizar integralmente os processos, o BIM 10D facilita a adoção de práticas seguras e mantém um histórico detalhado do projeto. Esse avanço coloca o setor da construção civil em sintonia com as demandas contemporâneas por sustentabilidade e inovação tecnológica, alinhando-se às exigências de responsabilidade ambiental e eficiência digital.

O que é BIM 9D?

O que é BIM 9D?

 

Com o avanço das tecnologias e a crescente necessidade de construções mais sustentáveis e eficientes, o conceito de BIM (Building Information Modeling) evoluiu muito além das dimensões iniciais, voltadas principalmente para a visualização e coordenação de projetos. Hoje, o BIM 9D representa um marco importante nessa evolução, agregando práticas que vão além do planejamento tradicional e promovem uma abordagem responsável e durável para o setor da construção.

O BIM 9D se destaca ao incluir a sustentabilidade como uma dimensão essencial, incorporando diretrizes para minimizar o impacto ambiental e otimizar recursos ao longo de todo o ciclo de vida do empreendimento. Desde a fase de concepção até a operação e manutenção, o BIM 9D auxilia no controle de desperdícios e melhora a eficiência energética, contribuindo para práticas construtivas mais conscientes.

Neste artigo, exploramos como o BIM 9D vem transformando o setor da construção, impulsionando mudanças que vão do planejamento à execução com foco na sustentabilidade e na durabilidade dos empreendimentos.

 

BIM 8D, 9D E 10D – SPBIM

Construção Enxuta (Lean Construction)

 

O conceito de construção enxuta foi desenvolvido para transformar processos produtivos, priorizando a redução de desperdícios e a maximização da eficiência. No contexto da construção, essa metodologia visa aperfeiçoar elementos como a utilização de materiais, a eficiência no transporte e no deslocamento, a eliminação de ociosidade e a redução de retrabalho. Cada um desses pontos pode ser aprimorado por meio do BIM 9D, que permite visualizar e planejar de forma detalhada as operações do projeto.

A construção enxuta aplicada ao BIM 9D significa construir em menos tempo, com menor custo e maior qualidade, promovendo a simplificação de processos e a melhoria contínua. O envolvimento de toda a equipe é essencial: os profissionais são os responsáveis por detectar perdas nos processos e sugerir melhorias, criando um ambiente de trabalho que incentiva a inovação e o aprendizado constante. Dessa forma, o BIM 9D não apenas reduz desperdícios, mas também contribui para a formação de equipes mais colaborativas e comprometidas com o sucesso do projeto.

 

Fonte: Inclua+

 

Planejamento e Otimização com BIM 9D

 

O BIM 9D permite o planejamento detalhado de cada etapa do projeto, identificando oportunidades para eliminar o desperdício e maximizar a eficiência. Com ele, é possível dividir o tempo e as tarefas de forma precisa, evitando ociosidade e alocando recursos de maneira mais inteligente. Ao planejar com exatidão, minimizam-se as funções desnecessárias e garante-se que todos os envolvidos estão direcionados para tarefas que realmente agreguem valor ao projeto.

Além disso, o BIM 9D facilita o acompanhamento em tempo real das atividades, permitindo ajustes rápidos para manter o projeto em conformidade com o cronograma e o orçamento. A visualização clara de cada etapa, combinada com dados detalhados sobre o andamento da obra, auxilia a gestão de recursos e evita desperdícios ao longo do processo.

 

Diminuição de desperdício

 

Para a construção civil, reduzir o desperdício é um dos grandes objetivos do BIM 9D. A metodologia ajuda a prever com precisão a quantidade necessária de materiais, minimizando sobras e eliminando o excesso de compras. Com a utilização do BIM, equipes de planejamento podem calcular a demanda de materiais e recursos em tempo real, garantindo que apenas o necessário seja utilizado, enquanto o excesso é evitado.

A gestão de resíduos também faz parte fundamental do lean construction. O BIM 9D permite categorizar os resíduos gerados e destiná-los adequadamente para reciclagem ou descarte, aumentando a sustentabilidade da obra. Ao monitorar o consumo de materiais, energia e água, o BIM 9D promove o uso eficiente dos recursos, otimizando cada fase do projeto e reduzindo o impacto ambiental.

 

Modelo de processo do Lean Construction – SPBIM

 

Monitoramento em Tempo Real

 

O monitoramento em tempo real é uma das principais vantagens do BIM 9D, permitindo uma comparação constante entre o desempenho real da obra e o planejamento inicial. Essa funcionalidade possibilita que alterações e correções sejam realizadas de forma ágil, garantindo que o projeto permaneça alinhado com as metas de sustentabilidade e eficiência estabelecidas desde o início.

Esse monitoramento pode ser implementado de diversas maneiras, destacando-se o uso de drones e câmeras para realizar o mapeamento visual do progresso da construção. Esses dispositivos capturam imagens e dados em tempo real, que são comparados com o planejamento original. Isso facilita a identificação de desvios de cronograma, desperdícios de materiais e problemas na alocação de recursos, permitindo uma resposta imediata para corrigir qualquer falha detectada.

Outra abordagem eficaz é a utilização de ferramentas de planejamento visual, como o Last Planner System (LPS). Esse recurso organiza tarefas de curto prazo em um formato visual e colaborativo, assegurando que as atividades planejadas sejam executadas conforme previsto e por profissionais designados. Além de aumentar a produtividade, essa metodologia melhora a comunicação entre as equipes e minimiza ineficiências.

Ao integrar essas ferramentas ao BIM 9D, é possível unir o monitoramento em tempo real com a análise de sustentabilidade ambiental, criando um ciclo contínuo de controle e otimização. Dessa forma, a construção se torna mais eficiente, econômica e alinhada com as melhores práticas de preservação ambiental.

 

Fonte: Viplan (Youtube)

 

Conclusão

O BIM 9D oferece uma abordagem abrangente, sustentável e eficiente para a construção civil, possibilitando uma redução significativa do desperdício em todas as etapas do ciclo de vida do projeto. 

O que é BIM 8D

O que é BIM 8D

Na área da construção civil muitos acidentes podem acontecer no ambiente de trabalho. Por isso, a oitava dimensão do BIM (Building Information Modeling) surgiu como uma alternativa para melhorar a segurança dos trabalhadores durante a fase de projeto e execução da obra. Será possível que o BIM 8D revolucione a segurança no canteiro de obras, protegendo trabalhadores e prevenindo acidentes de maneira eficiente?

 

 

Dimensões 8D, 9D e 10D do BIM – SPBIM

 

A importância da segurança no setor da construção civil

A oitava dimensão do BIM, conhecida como BIM 8D, é uma inovação que coloca a segurança do trabalhador em destaque durante todo o processo de construção. Essa abordagem tem como objetivo diminuir os riscos e prevenir acidentes, um problema frequente no setor de construção civil. A segurança no canteiro de obras vai muito além do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), embora o uso desses acessórios — como luvas, capacetes, botas e ganchos de segurança — seja obrigatório e essencial para reduzir a exposição a acidentes. As empresas que não monitoram o uso adequado dos EPIs ou não realizam inspeções regulares dos equipamentos estão sujeitas a multas severas, dado o alto custo que a falta de segurança impõe tanto aos trabalhadores quanto às organizações.

Estudos mostram a importância de investir em segurança no ambiente de trabalho. Uma pesquisa realizada por Behm (2006), que analisou 450 casos de óbitos e lesões graves entre trabalhadores da construção nos Estados Unidos, revelou que em aproximadamente um terço desses casos, os riscos poderiam ter sido evitados caso as medidas de segurança feitas tivessem sido abordadas desde o início. Isso destaca a importância do BIM 8D como uma ferramenta capaz de antecipar perigos e ajudar no planejamento de segurança, desde o projeto até a execução.

Além do uso de EPIs, é fundamental que os trabalhadores compreendam os riscos específicos que podem surgir em suas atividades diárias. A conscientização e o treinamento sobre os acidentes potenciais e a importância do uso correto dos EPIs são passos fundamentais para a prevenção de incidentes. Com o auxílio do BIM 8D, a segurança ganha uma camada adicional de planejamento e monitoramento, potencializando o uso de tecnologias que promovem um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.

Dessa forma, o BIM 8D não apenas complementa as práticas de segurança já condicionais, mas também leva a proteção dos trabalhadores a um novo patamar, reduzindo riscos e tornando o setor da construção civil mais seguro para todos.

 

Consultoria em campo para empresa Cury – SPBIM

 

Como a tecnologia auxilia na melhora da segurança em obras?

A metodologia BIM oferece um novo nível de controle e precisão sobre o planejamento de obras. Com o BIM 8D, é possível avaliar detalhadamente as condições do canteiro, antecipar perigos, organizar as fases de construção e melhorar a comunicação e o treinamento dos trabalhadores. Ferramentas como a realidade virtual (VR) e a realidade aumentada (AR) permitem que os profissionais realizem passeios virtuais, identificando áreas de risco antes mesmo da execução das atividades. Além disso, o BIM 8D permite um planejamento mais cuidadoso das jornadas de trabalho, reduzindo a exposição a atividades que pioram a saúde dos trabalhadores, como o uso prolongado de maquinário pesado ou a exposição a ruídos excessivos.

Todas essas ferramentas de tecnologia fornecidas pelo BIM 8D têm o potencial de reduzir drasticamente os acidentes e melhorar as condições de trabalho, desde que aplicadas de forma eficaz.

Abaixo, é possível identificar dois treinamentos realizados com o BIM na realidade virtual para treinamentos de segurança e análise de risco:

 

Uso de realidade virtual para simulação de segurança e treinamento – Fonte: Youtube – Eruga

 

Uso do BIM para identificar áreas de risco – Fonte: Youtube – CYPE Software PTB

 

Conclusão

O BIM 8D representa uma inovação promissora para o setor de construção, integrando segurança ao planejamento e à execução de obras. Ao adotar essa abordagem, as empresas podem não apenas melhorar a segurança dos trabalhadores, mas também criar um ambiente de trabalho mais produtivo e sustentável, reforçando o compromisso com a integridade física dos profissionais. A segurança no canteiro de obras, enfim, ganha uma nova dimensão.

 

BIM e projetos acadêmicos: transformando ideias em realidade

BIM e projetos acadêmicos: transformando ideias em realidade

Os cursos de graduação em arquitetura e engenharia civil são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades técnicas e criativas, capacitando os alunos a enfrentar os desafios cada vez mais complexos do mercado de trabalho. Nesse contexto, o Building Information Modeling (BIM) se destaca como uma ferramenta indispensável, pois facilita a exploração de projetos inovadores e criativos, proporcionando aos futuros profissionais a capacidade de propor soluções ousadas e eficientes.

Para que essas habilidades sejam plenamente desenvolvidas, é crucial que o BIM seja integrado às bases curriculares das faculdades. Essa inclusão representa um passo essencial na formação de profissionais preparados para um mercado altamente competitivo e em constante transformação. Reconhecendo essa necessidade, o Governo Federal, por meio do programa Construa Brasil, já disponibilizou um guia para a implementação do BIM nas instituições de ensino, promovendo a disseminação desse conhecimento fundamental e preparando os alunos para os desafios da construção civil do futuro.

Este artigo discute como a inserção do BIM no ambiente acadêmico pode transformar a forma como os estudantes abordam os desafios da construção civil, capacitando-os para lidar com conflitos e complexidades de forma mais eficaz e inovadora.

Centro cultural da juventude de Nanjing / Zaha Hadid Architects, projeto realizado em BIM – Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/907192/centro-cultural-da-juventude-de-nanjing-zaha-hadid-architects

A relevância do BIM no contexto acadêmico

Devido à eficiência e capacidade de integração do Building Information Modeling (BIM), o governo brasileiro tem incentivado de forma crescente a disseminação dessa metodologia nos projetos de construção no país. Essa tendência pode ser observada desde a criação da Estratégia BIM BR, em 2017, e especialmente a partir de 2021, quando o uso do BIM se tornou obrigatório em projetos de obras públicas.

Alinhado ao “Objetivo IV – Estimular a Capacitação em BIM” da Estratégia BIM BR, o governo federal lançou o Projeto Construa Brasil, que estabeleceu diversas metas para promover a modernização das empresas. Entre essas metas, destaca-se a inclusão do BIM nos currículos de graduação e pós-graduação em Engenharia e Arquitetura, uma iniciativa essencial para garantir que o BIM seja plenamente compreendido e consolidado no mercado brasileiro.

Graças a essas estratégias governamentais, o BIM tem o potencial de expandir exponencialmente seu uso em projetos arquitetônicos, de obras, demolições e design, ampliando sua aplicação em todo o território nacional.

 

A integração do BIM em projetos acadêmicos

É comum que estudantes de engenharia e arquitetura utilizem diversas ferramentas em seus projetos acadêmicos, já que essa fase de aprendizado é marcada pela experimentação e pela exploração dos recursos disponíveis. O Building Information Modeling (BIM) se destaca como uma excelente ferramenta para o desenvolvimento de projetos eficientes, sustentáveis e seguros, permitindo a criação desde os projetos mais simples até os mais complexos. Além disso, o BIM possibilita uma visualização completa do projeto, com dados detalhados sobre eficiência energética, acústica e térmica, entre outros aspectos.

Imagem gerada por IA

 

Uma das principais características do BIM é sua capacidade de integração e compartilhamento de informações, permitindo que várias disciplinas trabalhem juntas em um mesmo projeto. Isso reforça uma habilidade essencial para o mercado de trabalho: a colaboração em equipe. Com a plataforma de modelagem, os estudantes podem criar modelos virtuais de edifícios reais, coletando dados sobre o desempenho de diferentes elementos do projeto, o que facilita a realização de estudos e pesquisas acadêmicas voltados à análise de desempenho e inovação.

Atualmente, os softwares que mais se destacam no uso do BIM são o Revit, da Autodesk, e o ArchiCAD, da Graphisoft. Cada um possui suas vantagens e desvantagens, mas ambos são ferramentas poderosas para o desenvolvimento de projetos. A escolha de um software para especialização é crucial, pois oferece ao estudante diversas oportunidades no mercado de trabalho, permitindo que ele se capacite para lidar com projetos mais complexos.

O conhecimento adquirido durante o uso do BIM será fundamental na prática profissional, capacitando o estudante a resolver problemas de maneira eficiente e a enfrentar as demandas da profissão com um nível avançado de competência técnica. Para mais detalhes sobre a utilização do BIM no contexto acadêmico, sugerimos a leitura do artigo “BIM para estudantes“.

Fonte: SPBIM

 

Impacto do BIM no desenvolvimento de competências técnicas e práticas

O uso do Building Information Modeling (BIM) promove o desenvolvimento e aprimoramento de diversas habilidades técnicas essenciais para os profissionais da construção civil, arquitetura e engenharia. Abaixo estão alguns exemplos dessas competências que o BIM ajuda a fortalecer:

  • Clash Detection: A detecção precoce de conflitos entre diferentes sistemas construtivos é uma das funcionalidades mais importantes do BIM. Ela desenvolve a capacidade técnica de antecipar e resolver problemas antes da execução do projeto, minimizando retrabalhos e, consequentemente, reduzindo custos.
  • Gerenciamento de Dados: O BIM automatiza diversos processos, como o cálculo de áreas, volumes, orçamentos e cronogramas. Isso permite que os profissionais aprimorem suas habilidades em manipulação de dados, análise financeira e otimização de projetos, melhorando o gerenciamento de todas as fases da construção.
  • Análise de Desempenho: Através do BIM, é possível realizar simulações e análises de desempenho energético, sustentabilidade, iluminação e ventilação. Essa funcionalidade permite que os profissionais visualizem diferentes cenários, promovendo uma abordagem mais sustentável desde o início do projeto.
  • Colaboração Interdisciplinar e Comunicação Efetiva: O BIM facilita a integração entre diversas disciplinas envolvidas no projeto, permitindo que stakeholders se comuniquem e façam alterações simultaneamente dentro de um único arquivo. Isso estimula uma coordenação mais eficiente entre as equipes e aprimora a habilidade de transmitir e interpretar dados com precisão.
Fonte: SPBIM

 

À medida que o uso do BIM se expande, essas e outras habilidades se desenvolvem de maneira cada vez mais intensa, capacitando os estudantes a se tornarem profissionais de destaque no mercado de trabalho.

 

Desafios e oportunidades do uso do BIM no ensino acadêmico

Por se tratar de uma metodologia abrangente e repleta de possibilidades, a curva de aprendizagem do BIM pode ser íngreme, especialmente no início, devido à grande quantidade de informações que precisam ser assimiladas para sua aplicação eficiente. Esse fator torna sua inclusão na grade curricular obrigatória de faculdades um desafio complexo. Além da dificuldade de aprendizado, existem outros obstáculos que podem influenciar a não inserção do BIM nos programas acadêmicos, como os altos custos de implementação, a infraestrutura tecnológica necessária, a necessidade de capacitação de professores qualificados e os desafios inerentes à avaliação de um projeto BIM de qualidade.

A combinação desses fatores exige um planejamento cuidadoso por parte das instituições de ensino para garantir que a metodologia seja adotada de forma eficaz, proporcionando uma formação adequada aos estudantes e preparando-os para as demandas do mercado.

Conclusão

O BIM é uma ferramenta fundamental para a formação de estudantes, destacando-se aqueles que possuem o conhecimento e habilidades necessárias para sua aplicação. No entanto, como o BIM ainda não é amplamente integrado às disciplinas dos cursos de graduação, é recomendável buscar cursos especializados para complementar a formação acadêmica. Nesse contexto, cursos como os oferecidos pela SPBIM são uma excelente opção, fornecendo uma visão geral do BIM e ensinando como gerenciar projetos de forma eficiente utilizando essa metodologia, preparando os alunos para as exigências do mercado.

Desenvolvimento de Soft Skills com BIM

Desenvolvimento de Soft Skills com BIM: Colaboração e Comunicação Efetiva

 

No setor da construção civil, é fundamental que os profissionais dominem os conhecimentos adquiridos na faculdade e aproveitem suas experiências práticas. Mas o que realmente diferencia um profissional comum de um líder de destaque nessa área? Em um ambiente onde a inovação e tecnologias como o BIM (Building Information Modeling) avançam rapidamente, aqueles que desenvolvem suas soft skills estão um passo à frente. Neste artigo, exploraremos como a comunicação e a colaboração podem auxiliar os profissionais a ganhar destaque em suas carreiras.

 

O que são soft skills e hard skills?

 

As soft skills são um conjunto de habilidades interpessoais, comportamentais e emocionais que influenciam como o indivíduo trabalha e interage. As soft skills são mais difíceis de se perceber, por se tratar de aprendizados subjetivos, como o trabalho em equipe. As hard skills, por outro lado, são habilidades técnicas ou conhecimentos específicos que são obtidos através de cursos, treinamentos, graduações e experiências práticas. São concretas, objetivas, mensuráveis e geralmente relacionadas ao desempenho em uma função ou tarefa específica. Apesar de parecer que as habilidades relacionadas com conhecimentos técnicos são mais apreciadas, muitas empresas realizam processos para conhecer sobre outras habilidades, realizando dinâmicas em grupo para entender quem se destaca melhor em trabalhar com equipes, por exemplo.

Fonte: SPBIM

 

BIM e o desenvolvimento de soft skills

 

No contexto do BIM, duas habilidades interpessoais se destacam: colaboração e comunicação eficaz. Ambas são essenciais para o sucesso em projetos que envolvem múltiplas disciplinas e equipes, e o BIM oferece um ambiente que facilita o desenvolvimento dessas habilidades.

 

Colaboração

 

O BIM revolucionou a forma como os profissionais colaboram em projetos. Ele permite que todos os envolvidos trabalhem em um modelo centralizado, compartilhando informações em tempo real. Isso não apenas melhora a qualidade e a velocidade dos projetos, mas também reduz erros e retrabalho. Além disso, a colaboração entre as diversas disciplinas torna possível detectar conflitos logo na fase de projeto, coordenar as diferentes fases (desde o design até a operação do edifício) e garantir que todas as partes envolvidas estejam alinhadas, por exemplo, um projetista estrutural orienta melhores soluções em um projeto de arquitetura.

De maneira resumida, entendemos por colaboração a troca de conhecimento entre as disciplinas, para conseguirem resolver incompatibilidades juntos.

 

Desenvolver a habilidade de colaboração no BIM resulta em:

  • Maior eficiência em todas as fases do projeto.
  • Menos inconsistências entre as disciplinas.
  • Melhor tomada de decisão.
  • Aumento da qualidade e precisão dos projetos.

 

Fonte: SPBIM

Comunicação

 

A comunicação é outra habilidade crítica no BIM. Em um ambiente colaborativo, a comunicação clara e constante entre as equipes é essencial para o sucesso do projeto. O BIM oferece ferramentas que centralizam todas as informações do projeto (como materiais, dados técnicos e documentos), garantindo que todos tenham acesso às mesmas atualizações. Softwares BIM permitem que os profissionais adicionem comentários, marquem problemas e façam solicitações diretamente no modelo, facilitando a coordenação das ações e das prioridades do projeto.

Para o problema de comunicação, temos no BIM o CDE (Commom Data Enviroment), também conhecido como Ambiente Comum de Dados, que nada mais é do que um repositório digital que se concentram as informações de um projeto, como modelos, relatórios, planilhas e cronogramas, permitindo que todas as informações necessárias sejam em uma única fonte, melhorando a comunicação e colaboração entre as partes interessadas no projeto. Alguns exemplos de CDE’s são Autodesk Construction Cloud, Trimble Connect, Construcode e Construflow.

 

Ao desenvolver a habilidade de comunicação no BIM, observamos:

  • Redução de falhas de comunicação.
  • Resolução mais rápida de problemas.
  • Maior transparência e responsabilidade entre as equipes.

 

Essas duas habilidades – colaboração e comunicação – são centrais para o sucesso em projetos BIM, mas elas não são as únicas competências interpessoais que o uso dessa metodologia pode aprimorar.

Fonte: SPBIM

Outras soft skills desenvolvidas com o uso do BIM

 

Além de melhorar a colaboração e a comunicação, o BIM também promove o desenvolvimento de uma série de outras soft skills essenciais para o sucesso dos profissionais da construção civil:

 

  • Resolução de conflitos: O ambiente colaborativo do BIM muitas vezes identifica conflitos antes da execução, exigindo que os profissionais sejam habilidosos na negociação e resolução desses desafios.
  • Adaptabilidade: O BIM envolve o uso constante de novas ferramentas e tecnologias, exigindo flexibilidade para lidar com mudanças e inovações.
  • Liderança: Gerenciar equipes multidisciplinares em um projeto BIM requer habilidades de liderança, para garantir que todos sigam o cronograma e as metas do projeto.
  • Gestão do tempo: A capacidade de gerenciar prazos e cronogramas é essencial, especialmente em projetos complexos onde cada etapa depende do alinhamento entre as equipes.
  • Empatia e inteligência emocional: Compreender as necessidades e pressões das outras equipes ajuda a criar um ambiente de trabalho colaborativo e respeitoso.
  • Tomada de decisões: O BIM oferece acesso a uma grande quantidade de dados e informações, mas cabe aos profissionais tomar decisões estratégicas para o avanço do projeto.
  • Trabalho em equipe: O BIM exige que todos os profissionais trabalhem juntos de forma integrada, valorizando a contribuição de cada membro da equipe para o sucesso do projeto.

Conclusão

 

O BIM não se limita às competências técnicas; ele também impulsiona o desenvolvimento de soft skills fundamentais. Profissionais que aprimoram essas habilidades estão melhor equipados para superar os desafios da indústria, liderar projetos com eficiência e se destacar no mercado. Investir no fortalecimento dessas competências beneficia tanto empresas quanto indivíduos, garantindo a entrega de projetos de alta qualidade e o crescimento nas suas trajetórias profissionais.

BIM para restauração de patrimônio histórico: Preservando com tecnologia do futuro

BIM para restauração de patrimônio histórico: Preservando com tecnologia do futuro

 

A preservação do patrimônio histórico é crucial para manter a herança cultural e arquitetônica de uma sociedade, garantindo que ela seja transmitida às futuras gerações. Nesse contexto, o uso de tecnologias inovadoras, como o BIM (Building Information Modeling), tem se mostrado uma ferramenta eficaz para garantir a eficiência e precisão no processo de restauração de patrimônios históricos. A aplicação do HBIM (Heritage Building Information Modeling), uma extensão do BIM voltada para a análise e conservação de patrimônios tangíveis, permite uma abordagem detalhada para restaurar, modernizar e, ao mesmo tempo, preservar o valor histórico das edificações. Neste artigo, discutiremos como o HBIM contribui para a preservação do patrimônio, suas aplicações práticas e os desafios que envolvem essa tecnologia.

Escaneamento do Museu do Ipiranga com 2,3 bilhões de pontos. Fonte: Autodesk

 

BIM e HBIM: como ajudam na preservação de patrimônios históricos

 

Embora o BIM e o HBIM compartilhem a mesma base tecnológica, sua aplicação diverge conforme o objetivo do projeto. O BIM é amplamente utilizado no planejamento, construção e gestão de infraestruturas contemporâneas, sendo uma ferramenta que otimiza processos e facilita a coordenação entre os envolvidos no projeto. Ele permite a simulação de um ambiente virtual, onde elementos da modelagem são analisados e ajustados antes da execução da obra, evitando conflitos e retrabalhos.

Por outro lado, o HBIM é focado na documentação e preservação de edifícios históricos, aplicando os princípios de interoperabilidade e modelagem detalhada do BIM. O processo de HBIM é especialmente valioso pois utiliza tecnologias avançadas, como escaneamento a laser 3D e fotogrametria, para captar e documentar com precisão os detalhes de edifícios antigos. Além disso, o HBIM promove a sustentabilidade, oferecendo a possibilidade de transformar um prédio em desuso em um espaço funcional, sem a necessidade de demolição, adaptando-o às novas exigências sem comprometer sua integridade histórica.

 

Equipe da SPBIM utilizando o equipamento de laser scanner para realizar o Tour Virtual 360º da obra – SPBIM

Qual a diferença entre retrofit, reabilitação e restauros?

 

No contexto da preservação de patrimônios históricos, existem três principais abordagens de reforma, cada uma com características distintas:

  • Retrofit: Envolve a modernização ou atualização tecnológica de um edifício existente, mantendo sua estrutura original, mas introduzindo melhorias para torná-lo mais eficiente, seguro e em conformidade com as normas atuais.
  • Reabilitação: Também conhecida como requalificação ou renovação, a reabilitação é a adaptação de um edifício existente para novos usos. Isso pode incluir a mudança do programa de uso, com atualizações que devolvem a funcionalidade ao edifício, sem a necessidade de preservar toda a integridade histórica ou arquitetônica.
  • Restauro: O objetivo do restauro é preservar o valor cultural, histórico e arquitetônico de um edifício, mantendo o máximo possível de suas características originais. A intervenção se concentra na conservação e na readequação de elementos que garantam a preservação do estado original da construção.

Em resumo, enquanto o retrofit se concentra na modernização, a reabilitação foca na adaptação para novos usos, e o restauro prioriza a preservação da essência histórica do edifício.

Edifício RBS 700

 

Um exemplo de sucesso no uso de retrofit é o Programa Requalifica Centro, aprovado pelo governo de São Paulo em 2022. O projeto envolveu a modernização de vários edifícios na região central da cidade. O Edifício RBS 700, por exemplo, localizado nos Campos Elísios, foi transformado de um prédio comercial em um prédio residencial. 

 

Retrofit da Somauma, prédio RBS 700 – Fonte: TPA empreendimentos

 

O retrofit incluiu a instalação de painéis solares, sistemas de reutilização de água e tecnologias de eficiência energética, tornando o prédio mais sustentável e adaptado às necessidades atuais, sem a necessidade de sua demolição.

Desafios da Restauração de Patrimônio Histórico

 

Restaurações de edifícios históricos enfrentam uma série de desafios. O principal obstáculo é a falta de documentação sobre os materiais e técnicas de construção originais, o que dificulta a compreensão detalhada das características técnicas do edifício. Muitos desses prédios foram construídos em épocas em que o registro de informações era limitado ou inexistente, tornando a investigação e identificação das condições estruturais um processo minucioso. Além disso, a modelagem manual, sem o auxílio de equipamentos como o laser scanner, pode ser inadequada, uma vez que muitos edifícios antigos possuem detalhes minuciosos, como ornamentos e rachaduras, que são difíceis de captar sem tecnologia avançada.

Outro desafio importante é a falta de ferramentas específicas para a modelagem de HBIM (Historic Building Information Modeling). Muitos softwares BIM tradicionais, como o Revit e o ArchiCAD, são projetados com foco em construções contemporâneas e, por isso, suas bibliotecas paramétricas carecem de elementos específicos para edifícios históricos. Essa ausência de objetos específicos aumenta a complexidade da modelagem, exigindo adaptações que podem ser demoradas. Nesses casos, uma solução alternativa é o uso de softwares mais flexíveis para modelos orgânicos, como o Rhinoceros em conjunto com o Grasshopper , que permitem criar formas mais complexas e paramétricas, essenciais para representar fielmente as características singulares dos patrimônios.

Um ponto de atenção é que não há uma plataforma centralizada para armazenar e compartilhar informações detalhadas sobre patrimônios históricos, semelhante ao GeoSampa, que agrega dados sobre loteamentos em São Paulo. 

Apesar desses desafios, a adoção da metodologia BIM no contexto de restauração de patrimônios históricos demonstrou grande valor. Com o BIM, é possível realizar simulações desenvolvidas, detecção de conflitos, documentação precisa e quantificação dos elementos do edifício. Essas ferramentas auxiliam no desenvolvimento de um planejamento mais eficaz e no controle detalhado das intervenções, permitindo que o projeto seja executado de maneira mais segura e eficiente.

A tendência é que, com a evolução contínua das tecnologias BIM e a adaptação de bibliotecas e ferramentas específicas para o restaurante, o processo se torne cada vez mais integrado e acessível. Dessa forma, será possível equilibrar a preservação da história arquitetônica com a inovação tecnológica, promovendo intervenções mais seguras e sustentáveis.

CONCLUSÃO

A utilização do BIM na restauração de patrimônios históricos oferece uma abordagem revolucionária para a preservação de edifícios antigos. Por meio do HBIM, é possível documentar digitalmente as características originais, planejar intervenções de forma colaborativa e garantir uma gestão eficiente dos projetos de restauração. Com o tempo, essa tecnologia tende a se aprimorar, permitindo uma coleta e gestão de dados mais abrangente e eficaz, preservando o valor cultural e histórico das construções para as gerações futuras.

O que é Teamwork no Archicad?

O que é Teamwork no Archicad?

O compartilhamento de um projeto Teamwork no ARCHICAD é uma etapa crucial para promover uma colaboração eficiente entre os membros da equipe, resolvendo um problema recorrente em métodos tradicionais de modelagem: a incompatibilidade entre sistemas e informações. Utilizando a metodologia BIM (Building Information Modeling), o Teamwork permite que diversos profissionais trabalhem simultaneamente em um único documento, realizando alterações e comentários de forma coordenada, resultando em um projeto mais organizado, completo e com menos conflitos. Esse processo envolve etapas detalhadamente planejadas para garantir que o projeto seja acessível, seguro e bem estruturado para todos os envolvidos. 

 

Projeto MASP realizado no curso de ArchiCAD – Fonte: SPBIM

 

Entendendo o Teamwork

Para iniciar esse processo com sucesso, é fundamental ter um entendimento claro da estrutura do BIMcloud Manager e das ferramentas integradas no software. Em soluções colaborativas tradicionais, o projeto completo é sincronizado para um servidor externo a cada mudança, o que pode resultar em longos tempos de espera conforme o tamanho do arquivo aumenta. No entanto, o Teamwork se diferencia ao utilizar a tecnologia Delta Server, que minimiza o tráfego de rede ao transmitir apenas os elementos modificados para o servidor, tornando o processo de sincronização muito mais eficiente.

Uma das principais vantagens do Teamwork é a flexibilidade que oferece aos usuários. As modificações no projeto podem ser feitas tanto no escritório quanto remotamente, via internet, sem comprometer a colaboração. O sistema também permite o trabalho off-line, permitindo que os profissionais continuem a editar os elementos que já foram reservados previamente no arquivo do projeto. Assim que a conexão com a internet é restaurada, as alterações realizadas são automaticamente enviadas para o BIMcloud, ao mesmo tempo que as modificações feitas por outros membros da equipe são sincronizadas de forma eficiente.

 

Tela do BIM Server Manager, com usuários e permissões – Youtube: ARCHICAD

 

Além do compartilhamento colaborativo do projeto, os usuários têm a opção de publicar arquivos diretamente do ARCHICAD para o BIMcloud, uma funcionalidade especialmente útil para atualizações rápidas com novas versões ou modificações no projeto. Para realizar esta publicação, é necessário que o usuário reserve o conjunto de editores desejado no BIMcloud Manager, configure as propriedades desse conjunto para a publicação direta e, em seguida, selecione a pasta adequada para armazenar a nova versão ou as alterações.

De forma geral, o uso do Teamwork otimiza o desenvolvimento do projeto e melhora significativamente a comunicação entre os membros da equipe, promovendo um fluxo de trabalho mais ágil e colaborativo.

 

Acesso ao BIMcloud

O primeiro passo é acessar o BIMcloud, o serviço de armazenamento em nuvem oferecido pela Graphisoft. Isso requer fornecer credenciais de login e acessar a pasta do projeto desejado. Uma vez dentro da pasta do projeto, é importante organizar subpastas para diferentes tipos de arquivos, como materiais de referência, documentação e recursos gráficos, para facilitar a navegação e o acesso aos arquivos.

 

Fonte: Graphisoft

 

Carregamento de Arquivos no BIMcloud Manager

Com a estrutura do projeto definida, o próximo passo é o carregamento dos arquivos do projeto no BIMcloud Manager. Este processo normalmente envolve selecionar os arquivos desejados no computador local e fazer o upload para a pasta apropriada no BIMcloud Manager. Durante esse processo, os usuários também têm a opção de compartilhar bibliotecas individuais, garantindo que todos tenham acesso aos recursos necessários para o desenvolvimento do projeto.

 

Fonte SPBIM

 

Compartilhamento do Projeto Teamwork

Após a organização e carregamento dos arquivos do projeto, é hora de iniciar o processo de compartilhamento do Projeto Teamwork. Isso é feito abrindo o arquivo do projeto no ARCHICAD, reconectando as bibliotecas do BIMcloud no Gestor de Bibliotecas e selecionando a opção “Compartilhar Projeto” no menu Teamwork. Durante esse processo, os usuários podem escolher a pasta onde o projeto será salvo no BIMcloud e iniciar o processo de compartilhamento.

Publicação Direta do Archicad no BIMcloud

Além do compartilhamento do projeto, os usuários também podem optar por publicar arquivos diretamente do ARCHICAD para o BIMcloud. Isso permite atualizar rapidamente o projeto com novas versões ou alterações. Para isso, os usuários devem reservar o conjunto editor desejado no BIMcloud Manager, configurar as propriedades do conjunto editor para publicação direta no BIMcloud e selecionar a pasta apropriada para a publicação.

 

Projetos Teamwork compartilhados do Archicad – Fonte: ARCHICAD

 

Conclusão

Seguindo estes passos cuidadosamente planejados, os usuários podem organizar, compartilhar e colaborar em projetos de forma eficaz e integrada, garantindo a segurança e a integridade dos dados do projeto. Este processo estruturado não apenas facilita a colaboração entre os membros da equipe, mas também promove uma melhor eficiência e produtividade no desenvolvimento de projetos no ARCHICAD.