A Revolução do BIM no Marketing da Construção Civil: Como a Tecnologia está Transformando a Comunicação com o Cliente

A Revolução do BIM no Marketing da Construção Civil: Como a Tecnologia está Transformando a Comunicação com o Cliente

A construção civil está vivenciando uma verdadeira revolução tecnológica, e o Building Information Modeling (BIM) é o epicentro dessa transformação. Inicialmente utilizado para aprimorar o design e a execução de projetos, o BIM se expandiu para outras áreas da indústria, incluindo o marketing da construção civil. Hoje, ele desempenha um papel crucial na forma como as empresas comunicam seus projetos aos clientes, impactando a percepção de qualidade, transparência e inovação.

O que é o BIM e Como Ele Está Mudando o Setor da Construção Civil?

O BIM é uma metodologia que utiliza modelos digitais tridimensionais para representar todos os aspectos de um projeto de construção. Essa tecnologia permite que todas as partes envolvidas no processo de construção – desde arquitetos até engenheiros, construtores e clientes – tenham acesso a uma visão unificada e em tempo real do projeto, suas etapas, custos e prazos.

Fonte: Obras Timelapse

Além de facilitar a colaboração e reduzir erros durante a execução da obra, o BIM também oferece aos clientes uma maneira única de visualizar como será o resultado final, muito antes da construção começar. Esse aspecto é crucial para melhorar a comunicação entre construtores e clientes, ajudando a alinhar expectativas e a gerar confiança no processo.

Como o BIM Transforma a Comunicação com o Cliente no Marketing da Construção Civil?

O marketing na construção civil tradicionalmente se concentrou em especificações técnicas e imagens estáticas de projetos. No entanto, o BIM permite uma abordagem muito mais dinâmica e interativa, onde a comunicação vai além da simples apresentação de ideias.

  1. Visualizações Imersivas e Apresentações 3D

Com o BIM, os clientes podem explorar seus projetos de forma interativa. Isso vai além de uma simples planta baixa ou imagem 3D tradicional. O modelo BIM oferece uma visualização detalhada em 360 graus, permitindo que os clientes “entrem” no projeto e experimentem diferentes ângulos e espaços. Além disso, é possível simular condições reais, como luz natural, sombra, ventilação e até mesmo a interação entre diferentes elementos do projeto, oferecendo uma visão precisa de como o espaço será vivido.

Fonte: SPBIM
  1. Realidade Aumentada e Virtual

A combinação do BIM com tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) cria uma experiência mais imersiva para os clientes. Por exemplo, ao usar um óculos VR, um cliente pode literalmente caminhar por um modelo digitalizado de seu futuro imóvel, interagindo com o espaço e fazendo escolhas em tempo real. Isso não só melhora a experiência do cliente, mas também permite que eles compreendam melhor o design e as funcionalidades do projeto, resultando em maior satisfação e confiança.

Fonte: Tekla
  1. Marketing Baseado em Dados e Previsões Realistas

O BIM não apenas facilita a visualização do projeto, mas também oferece dados essenciais sobre prazos, orçamentos e recursos. Isso significa que os escritórios de arquitetura e as construtoras podem usar informações em tempo real para criar campanhas de marketing mais precisas e realistas. Com a capacidade de apresentar cronogramas detalhados, custos de construção atualizados e outras previsões com alta precisão, as empresas podem construir uma comunicação mais transparente e confiável, atraindo clientes que buscam mais segurança e certeza no processo de compra.

Fonte: Autodesk / BIM 360 PLAN
  1. Simulações de Alterações e Personalizações

Uma das grandes vantagens do BIM é a possibilidade de simular diferentes cenários no projeto. Para clientes que desejam fazer ajustes em um projeto – seja no design do interior, na fachada do edifício ou no layout do espaço – o BIM permite realizar essas alterações virtualmente e visualizar os resultados em tempo real. Isso ajuda a criar uma comunicação mais interativa, onde os clientes podem explorar opções e fazer escolhas informadas, ao mesmo tempo em que os profissionais de marketing demonstram sua capacidade de adaptação e personalização.

  1. Colaboração Facilitada e Transparência no Processo

A comunicação não se limita à visualização do projeto. O BIM permite uma integração eficiente entre as equipes de arquitetura, engenharia, construção e os próprios clientes, com todos acessando a mesma plataforma e as mesmas informações. A transparência no processo de construção ajuda a garantir que o cliente esteja sempre atualizado sobre o andamento do projeto, reforçando a confiança. Além disso, o uso de plataformas BIM facilita a troca de feedbacks e decisões, tornando o processo mais ágil e eficiente.

Fonte: BibLus
  1. Portfólios Interativos e Apresentações de Projetos

O BIM também pode transformar a maneira como os escritórios de arquitetura e construtoras apresentam seus portfólios e projetos passados. Em vez de utilizar apenas fotos de obras concluídas, é possível criar apresentações interativas com modelos 3D e vídeos gerados a partir de simulações no BIM. Isso não só torna as apresentações mais atrativas, como também fornece uma visão mais clara e precisa do trabalho realizado, criando uma narrativa visual que atrai e engaja os clientes de forma mais eficaz.

Fonte: NaasBritain
  1. Engajamento nas Redes Sociais

Fonte: SPBIM

Com o aumento do uso das redes sociais na construção de marcas, o BIM também se integra à criação de conteúdo visual de alta qualidade. Arquitetos e construtores podem compartilhar visualizações 3D, simulações de VR/AR e até vídeos de progressos no projeto, tudo gerado a partir do modelo BIM. Isso torna as postagens mais interessantes e atraentes, aumentando o engajamento com o público. A possibilidade de apresentar projetos de maneira inovadora também ajuda a fortalecer a identidade e a autoridade de um escritório de arquitetura nas plataformas digitais.

O Futuro do BIM no Marketing da Construção Civil

À medida que o BIM continua a se desenvolver, novas oportunidades de comunicação com os clientes surgem. Ferramentas de análise de dados, inteligência artificial (IA) e automação podem ser integradas ao BIM, oferecendo ainda mais insights e personalização. O uso de big data e análise preditiva pode ajudar as empresas a entender melhor os comportamentos e as preferências dos clientes, aprimorando as estratégias de marketing e antecipando as necessidades dos consumidores.

Além disso, o BIM também pode se tornar uma ferramenta essencial para o pós-venda. A capacidade de acompanhar a manutenção e o ciclo de vida dos edifícios com modelos digitais atualizados pode criar oportunidades para novos serviços, como a gestão inteligente de propriedades, o que representa mais uma forma de engajamento contínuo com o cliente.

Conclusão

O BIM está mudando a maneira como os profissionais da construção civil interagem com seus clientes, indo muito além do design e execução de projetos. Ele está transformando o marketing do setor, oferecendo novas formas de comunicação, transparência, personalização e engajamento. À medida que a tecnologia evolui, é certo que o BIM continuará a ser uma peça-chave no futuro da construção civil, permitindo uma conexão mais profunda e eficaz com os clientes, e impulsionando a inovação no marketing da indústria.

Cultura Organizacional e BIM: Como Engajar a Equipe na Adoção da Tecnologia

Cultura Organizacional e BIM: Como Engajar a Equipe na Adoção da Tecnologia

A transformação digital no setor de arquitetura, engenharia e construção (AEC) tem sido impulsionada pela adoção do Building Information Modeling (BIM), uma tecnologia que revoluciona a forma como os projetos são projetados, construídos e gerenciados. No entanto, a implementação bem-sucedida do BIM não depende apenas da aquisição de software e hardware adequados; ela está fortemente ligada à cultura organizacional e à capacidade da equipe de se adaptar e adotar as novas ferramentas e processos.

A adoção do BIM envolve uma mudança significativa na forma como os projetos são desenvolvidos. Ao contrário dos métodos tradicionais de modelagem, que podem ser baseados em desenhos 2D, o BIM utiliza modelos 3D paramétricos, integrando informações e dados ao longo de todas as fases do ciclo de vida do edifício. Essa mudança exige não apenas a aprendizagem de novos softwares, mas também uma transformação na forma de pensar e colaborar entre as equipes.

Fonte: Celere

O que é Cultura Organizacional?

A cultura organizacional refere-se ao conjunto de valores, crenças, práticas e comportamentos compartilhados dentro de uma empresa. Ela forma a base de como os membros da organização interagem entre si, com a liderança e com os processos de trabalho. Em um ambiente em que mudanças tecnológicas são frequentes, a cultura organizacional pode determinar o sucesso ou o fracasso na implementação de novas tecnologias, como o BIM.

Fonte: Evalart

Como Engajar a Equipe na Adoção do BIM

Para que a transição para o BIM seja bem-sucedida, é necessário criar um ambiente que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento contínuo. A seguir, apresentamos algumas estratégias para engajar a equipe na adoção do BIM:

1. Liderança e Comprometimento da Alta Gestão

A liderança desempenha um papel crucial na implementação do BIM. A alta gestão deve não apenas apoiar a adoção dessa tecnologia, mas também ser proativa na comunicação dos benefícios do BIM para toda a equipe. Quando a liderança demonstra comprometimento com o BIM, isso inspira confiança e motiva os membros da equipe a se engajarem com o processo.

2. Investimento em Treinamento e Capacitação

Uma das formas mais eficazes de reduzir a resistência e a insegurança em relação ao BIM é fornecer treinamento adequado. As equipes devem ser capacitadas não apenas no uso das ferramentas BIM, mas também na adaptação aos novos fluxos de trabalho e processos colaborativos. O treinamento contínuo e as atualizações sobre as últimas tendências e ferramentas BIM são essenciais para manter a equipe envolvida e preparada.

Fonte: SPBIM / Turma Sketchup

3. Criação de uma Mentalidade Colaborativa

O BIM facilita uma abordagem mais colaborativa e integrada no desenvolvimento de projetos. Para que isso aconteça, é necessário promover uma cultura organizacional que valorize a troca de informações e o trabalho em equipe. Incentivar a colaboração entre arquitetos, engenheiros e outros profissionais ao longo de todas as fases do projeto é fundamental para maximizar os benefícios do BIM.

Fonte: SMC projetos

4. Comunicação Transparente

A comunicação eficaz é fundamental para garantir que todos os membros da equipe compreendam o impacto do BIM na organização e no próprio trabalho. Comunicar claramente os benefícios de adotar o BIM, como a redução de erros, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do projeto, ajuda a reduzir a resistência e aumenta a adesão da equipe.

5. Estabelecimento de Metas Claras

Estabelecer objetivos claros e mensuráveis para a implementação do BIM pode ajudar a motivar a equipe. As metas podem incluir a redução de prazos, aumento da precisão do projeto, ou até a melhoria da sustentabilidade do design. Monitorar o progresso e reconhecer as conquistas também ajuda a manter a equipe engajada e comprometida.

6. Adaptação Gradual

A adoção do BIM não precisa ser imediata ou total. Algumas organizações optam por uma implementação gradual, começando com projetos menores ou setores específicos da empresa, para adaptar a equipe aos novos processos. Isso permite que a equipe desenvolva a confiança e experiência necessárias antes de avançar para a implementação em grande escala.

7. Exemplos de Sucesso Internos

Compartilhar histórias de sucesso de outros projetos ou de outras empresas que implementaram com êxito o BIM pode ser uma maneira poderosa de engajar a equipe. Mostrar exemplos práticos de como o BIM melhorou a eficiência, a comunicação e a entrega de projetos pode motivar os membros da equipe a abraçar a mudança.

Fonte: SPBIM / Implantação em empresas

Benefícios de Engajar a Equipe na Adoção do BIM

Quando a equipe está devidamente engajada na adoção do BIM, os benefícios se tornam evidentes em diversos aspectos do projeto, tais como:

  • Melhoria na qualidade do projeto: O BIM permite maior precisão e redução de erros, o que resulta em um produto final de melhor qualidade.

  • Aumento da produtividade: A automação de processos e a eliminação de retrabalho tornam os fluxos de trabalho mais rápidos e eficientes.

  • Maior colaboração e comunicação: O BIM facilita a troca de informações entre as diferentes disciplinas envolvidas no projeto, promovendo uma colaboração mais estreita.

  • Sustentabilidade: O uso do BIM permite otimizar o desempenho energético e ambiental dos edifícios, favorecendo a sustentabilidade.

Fonte: SPBIM

Conclusão

A adoção do BIM é uma transformação significativa, não apenas em termos tecnológicos, mas também culturais. Para garantir o sucesso dessa implementação, é essencial criar um ambiente que favoreça a aprendizagem contínua, a colaboração e a comunicação aberta. Engajar a equipe nesse processo é fundamental para que os benefícios do BIM sejam plenamente realizados. Quando a cultura organizacional apoia e facilita essa transição, a tecnologia não se torna apenas uma ferramenta, mas um motor para a inovação, produtividade e sucesso no setor AEC.

COMO USAR O SEARCH SET NO NAVISWORKS

COMO USAR O SEARCH SET NO NAVISWORKS

A ferramenta “search sets” pode ser usada para salvar um grupo de elementos, permitindo facilitar o acesso à visualização desses elementos no Navisworks.

obs: os arquivos que aparecerão neste tutorial foram inseridos a fim de exemplificar o processo. 

1-Para criar esse “Set” usaremos a própria ferramenta “Search Sets” e o auxílio da ferramenta “Find Items”, ambas se encontram na aba “Home”.

Dessa forma, acione as duas ferramentas. 

Acione as ferramentas, com apenas um clique em “Find items” e clicando em “Manage Sets…” depois de clicar em “Sets”.

2 -Cada uma dessas ferramentas trará uma janela:

A de “sets”, que será utilizada para incluir as regras desejadas.

E a de “Find Items”, será utilizada para criar as regras.

Do lado esquerdo da janela, você verá os arquivos que foram carregados no navisworks. Já o espaço do lado direito, será utilizado para a criação das regras. 

3- Dessa forma, em “Category”, Property”, “Condition” e “Value”, selecione a regra que deseja. No exemplo, escolhemos a categoria “Element”, a propriedade “ Category”, a condição de “igual” e o valor “Pisos”. Crie quantas regras desejar. 

4- Tendo criado a regra, clique em “Find All”.

5- Você verá que uma regra será criada na aba “Sets”.

6- Para salvar a regra, clique no botão com binóculos logo acima.

7- Pronto, você acabou de criar um “Search Set” no Navisworks que poderá ser usado novamente sem necessidade de repetir o processo. 

EAP BIM: Tradicional x Quantitativos

EAP BIM: Tradicional x Quantitativos

 

O sucesso de um projeto de construção depende diretamente da qualidade e profundidade do seu planejamento. Quanto mais detalhado e bem estruturado, maior é a capacidade de identificar e gerenciar os componentes de maior impacto. Nesse cenário, a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é uma ferramenta essencial oferecida pelo Building Information Modeling (BIM), que organiza o trabalho em divisões e subdivisões claras e precisas. A EAP permite uma visão estruturada das entregas, facilitando o controle de etapas, o monitoramento de custos e a alocação de recursos ao longo do projeto. Neste artigo, exploraremos como a EAP no BIM contribui para um planejamento mais eficiente e como essa organização impacta diretamente a gestão e o sucesso das obras.

 

O que é uma EAP

 

A Estrutura Analítica de Projeto (EAP), também conhecida como Work Breakdown Structure (WBS), é uma técnica essencial na gestão de projetos, especialmente no contexto do Building Information Modeling (BIM). A EAP organiza o escopo do trabalho em componentes menores, formando uma estrutura hierárquica que facilita a programação das atividades e a priorização das entregas. Essa estrutura permite dividir o projeto em partes gerenciáveis, tornando o processo de planejamento mais acessível e eficiente. Com a EAP, é possível estabelecer uma ordem de prioridade para cada atividade, promovendo um gerenciamento mais claro e estruturado do projeto.

 

EAP em formato de árvore – Fonte: SPBIM

A EAP é uma ferramenta essencial para descrever o escopo, pois projetos sem planejamento correm o risco de se tornarem desorganizados e difíceis de gerenciar em termos de prazo e custo. Além disso, a EAP no BIM apoia o desenvolvimento dos módulos BIM 4D (cronograma) e 5D (orçamento), permitindo maior coordenação entre equipes, atividades e planejamento financeiro. Essa integração possibilita um alinhamento entre os prazos e os recursos financeiros, promovendo uma execução mais precisa e alinhada com os objetivos estratégicos.

 

BIM 4D, Biblus – Acca software

 

A flexibilidade é uma das vantagens da EAP: ela pode ser estruturada em diferentes formatos, como árvores hierárquicas, diagramas analíticos ou mapas mentais. Os dados também podem ser organizados de diferentes maneiras — por pavimentos, ordem construtiva, serviços, entre outros — conforme a necessidade e a clareza para os stakeholders. A escolha do formato ideal deve considerar a forma mais eficiente de visualização e compreensão por todas as partes envolvidas.

Para desenvolver uma EAP eficaz, é necessário identificar e priorizar os elementos que demandam maior atenção, realizando a divisão com base na decomposição do projeto. O objetivo central é visualizar claramente os elementos finais que serão entregues e executados, garantindo que a EAP sirva como uma ferramenta de apoio ao planejamento e coordenação do projeto.

Em metodologias tradicionais, a EAP costuma apresentar informações básicas, como se vê em exemplos de mapas mentais. No exemplo abaixo, temos uma EAP em formato de mapa mental, onde as atividades e etapas estão organizadas por serviços, permitindo uma análise clara de como cada componente se integra à estrutura geral do projeto:

 

EAP em formato de mapa mental – Fonte: SPBIM

 

Esse exemplo de mapa mental ilustra um modelo tradicional de EAP, no qual todas as atividades são organizadas e categorizadas, facilitando a compreensão dos stakeholders sobre o andamento e a organização do projeto.

 

Método Quantitativo

 

Integrar a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) ao método quantitativo em projetos de construção é uma estratégia que potencializa a eficiência do planejamento. Ao dividir as etapas dos projetos em componentes menores, torna-se possível atribuir valores específicos a cada parte, o que favorece o controle financeiro e a alocação de recursos. Quando essa abordagem é associada ao Building Information Modeling (BIM), é possível definir custos detalhados para cada etapa do processo, permitindo um orçamento mais preciso e alocado de maneira estratégica.

Entretanto, combinar o método quantitativo com a EAP também apresenta desafios. Um dos principais é a falta de padronização na estruturação e compartilhamento dos dados, o que pode dificultar a coordenação entre as equipes. Além disso, há um custo elevado associado à implementação desse método, incluindo investimentos em treinamentos, equipamentos e softwares especializados. A necessidade de constante atualização dos modelos BIM, fundamental para manter a precisão e utilidade dos dados, também exige computadores com placas gráficas de alto desempenho, o que pode ser um fator limitante para algumas empresas.

 

Exemplo de EAP com quantitativo dividido por serviços – Fonte: Youtube AltoQi

 

Apesar dessas dificuldades, os benefícios do método quantitativo integrado à EAP justificam o esforço. A aplicação dessa metodologia permite estimativas de custo mais precisas, facilita a extração de quantitativos por fase da obra, otimiza o planejamento logístico no canteiro e possibilita uma comparação mais eficaz entre o avanço real e o planejado. Esses elementos colaboram para um controle mais rigoroso do projeto e uma execução mais organizada, contribuindo para o sucesso do empreendimento.

 

Vinculação de dados: EAP e BIM

A integração de dados ao BIM é uma prática essencial para otimizar a análise e o gerenciamento de informações em projetos de arquitetura e engenharia. Uma maneira eficaz de realizar essa integração é utilizando o Excel para vincular informações externas, como os códigos de uma Estrutura Analítica de Projeto (EAP), aos elementos do modelo. O processo começa com a inserção de dados relevantes no modelo BIM por meio de parâmetros personalizados ou descrições configuradas no formato IFC. Esses dados funcionam como o ponto de conexão entre o modelo e a planilha.

No Excel, é criada uma planilha organizada contendo os dados correspondentes, como códigos de EAP, descrições, custos e prazos. Essa estrutura é essencial para facilitar a associação com os elementos do modelo. Em softwares como Navisworks, Revit ou Archicad, o modelo BIM é importado, e ferramentas específicas permitem vincular a planilha aos elementos modelados. Isso garante que as informações estejam sincronizadas e disponíveis para análises, simulações e acompanhamento do projeto.

Além desses softwares, há outras soluções que possuem integração nativa para trabalhar com EAP, como Synchro Pro, Bentley AECOsim, Tekla Structures e BIM 360, que oferecem funcionalidades avançadas para gestão e planejamento. O Vectorworks, embora não tenha uma integração direta, pode ser usado para esse propósito por meio da importação/exportação de dados IFC ou de ferramentas externas, como Synchro e MS Project.

Esse processo de vinculação de dados da EAP aos modelos BIM proporciona uma visão mais integrada do projeto, facilitando a coordenação entre equipes, o planejamento detalhado e a tomada de decisões fundamentadas. A utilização de ferramentas como Excel, combinadas com softwares especializados, permite explorar todo o potencial do BIM, promovendo maior eficiência e controle nos projetos.

 

CONCLUSÃO

 

Ao comparar a EAP tradicional com o método quantitativo integrado ao BIM, fica claro como este último traz uma eficiência adicional para o planejamento. Com o método quantitativo, torna-se possível especificar os custos de cada etapa do projeto, permitindo uma compreensão mais detalhada dos valores dedicados a cada atividade e recurso. Essa abordagem oferece um controle mais preciso do orçamento, o que facilita o acompanhamento e o ajuste do planejamento ao longo do desenvolvimento da obra.

O que é BIM 10D?

O que é BIM 10D?

 

O BIM 10D, a última dimensão do Building Information Modeling (BIM), surge como uma ferramenta de centralização de dados que amplifica a eficiência em todas as etapas de um projeto. Utilizando tecnologia avançada, o BIM 10D facilita o trabalho dos gerentes de projeto ao consolidar informações essenciais e permitir uma visão integrada de todo o processo. Mas como exatamente essa dimensão ajuda no gerenciamento de projetos?

Dimensões 8D, 9D e 10D do BIM – SPBIM

Diferenças entre o BIM 10D e as outras dimensões

 

Cada uma das dimensões anteriores contribui para o desenvolvimento detalhado e integrado de um projeto: pesquisa (1D), vetorização (2D), modelagem tridimensional (3D), planejamento temporal (4D), controle orçamentário (5D), sustentabilidade (6D), gestão de instalações (7D), segurança (8D) e construção enxuta (9D). O BIM 10D complementa e fecha esse ciclo ao centralizar documentos e informações, oferecendo um ponto único de acesso a todos os dados de um projeto.

O BIM 10D traz a ideia de que, reunindo todas essas dimensões, é possível realizar projetos de forma mais eficiente e coordenada. Sua aplicação visa promover a industrialização do setor da construção, tornando-o mais produtivo, econômico e seguro, além de possibilitar a integração de novas tecnologias, como a digitalização de processos e a automação. A décima dimensão é, portanto, considerada o ápice da integração tecnológica no BIM, promovendo uma construção mais rápida, sustentável e eficaz.

A digitalização, principal destaque da dimensão BIM 10D, oferece inúmeras vantagens ao integrar as diversas fases do projeto. Esse processo contribui diretamente para a redução de erros comuns que ocorrem na transição entre as etapas de planejamento e produção. Ao eliminar essas falhas, o BIM 10D possibilita uma diminuição significativa de custos e da geração de resíduos, promovendo práticas mais sustentáveis e aumentando a produtividade no setor da construção.

A construção industrializada, aliada ao BIM 10D, fornece uma visão completa e integrada para o gerenciamento de um ativo durante todas as suas fases — projeto, construção e manutenção. Essa abordagem permite alinhar áreas fundamentais, como setores financeiro, comercial, ambiental, segurança e análise de riscos. Assim, um software BIM 10D oferece amplas possibilidades de aplicação em todas as fases do projeto, com o apoio de tecnologias avançadas e recursos digitais capazes de automatizar até as tarefas mais complexas.

Fonte: Casa e Mercado

 

Qual sua relevância no contexto atual?

 

Com a crescente demanda por agilidade, transparência e responsabilidade social nos projetos, o BIM 10D se destaca ao oferecer soluções que vão além das fases tradicionais de planejamento e construção. Ele engloba a gestão completa do ciclo de vida do ativo, permitindo realizar diversos tipos de análises e planejamentos, como de sustentabilidade, orçamento, segurança, gestão de risco, operação e manutenção.

No cenário atual, o BIM 10D é uma ferramenta essencial para profissionais e empresas que buscam inovação e competitividade. Sua capacidade de transformar o modo como os projetos são planejados, executados e mantidos oferece uma visão holística que integra tecnologia e dados. Essa abordagem maximiza o valor dos ativos e minimiza os impactos ambientais e financeiros, promovendo um modelo de construção que é, ao mesmo tempo, eficiente, sustentável e seguro.

Ao oferecer uma visão abrangente e centralizada de todas as fases do projeto, o BIM 10D transforma a maneira de gerenciar ativos e recursos no setor da construção, sendo uma peça-chave para o futuro da construção digital e industrializada.

 

Aplicação prática

 

O BIM 10D desempenha um papel estratégico ao integrar diversas etapas do ciclo de vida de um edifício, desde a concepção do projeto até a operação e manutenção. Sua aplicação vai além da modelagem tridimensional, abrangendo a construção industrializada e promovendo uma transformação digital no setor da construção civil.

Na fase de planejamento e modelagem, o BIM 10D se destaca pelo uso de elementos paramétricos, que tornam os processos iniciais mais ágeis e versáteis. Essas ferramentas oferecem aos profissionais maior flexibilidade na criação e detalhamento, além de facilitar alterações e adaptações durante o projeto. Outro ponto crucial é a utilização de bibliotecas detalhadas de fornecedores, que economizam tempo e permitem uma padronização mais eficiente, garantindo qualidade e consistência entre diferentes projetos. Assim, as informações geradas podem ser reutilizadas como modelos para projetos futuros, promovendo maior produtividade e otimização de recursos.

 

Aula de Família de Revit – Fonte: SPBIM

 

Um exemplo marcante da aplicação do BIM é o caso da Prefeitura de Curitiba, que utilizou o BIM para planejar e executar projetos voltados à mobilidade urbana, um dos pilares de sua gestão pública. A implementação do BIM trouxe avanços significativos na integração de informações e processos, permitindo um planejamento mais detalhado e alinhado aos princípios do BIM 10D. Por meio da digitalização, a cidade conseguiu padronizar fluxos de trabalho e aplicar princípios da construção industrializada, como maior controle de materiais, redução de desperdícios e uso de processos automatizados para viabilizar soluções mais rápidas e econômicas.

O BIM 10D, portanto, não é apenas uma solução tecnológica, mas também uma metodologia que impulsiona inovação, reduz erros e contribui para uma construção mais sustentável e eficiente. A adoção dessa abordagem representa um passo importante rumo à industrialização da construção e ao futuro do setor.

Complexo do Tarumã. Cortesia da prefeitura de Curitiba – Fonte: Autodesk

CONCLUSÃO

 

O BIM 10D surge como um aliado poderoso para diversas etapas do desenvolvimento e do pós-projeto, oferecendo uma solução integrada e inteligente que transcende o planejamento e a execução tradicionais. Com sua capacidade de centralizar dados e digitalizar integralmente os processos, o BIM 10D facilita a adoção de práticas seguras e mantém um histórico detalhado do projeto. Esse avanço coloca o setor da construção civil em sintonia com as demandas contemporâneas por sustentabilidade e inovação tecnológica, alinhando-se às exigências de responsabilidade ambiental e eficiência digital.

As principais diferenças entre o Revit 22, 23, 24 e 25

As principais diferenças entre o Revit 22, 23, 24 e 25

 

O Revit é um dos softwares de modelagem mais reconhecidos globalmente, consolidando-se como uma ferramenta essencial para profissionais da arquitetura, engenharia e construção. Ao longo dos anos, o software passou por diversas atualizações, adaptando-se continuamente às necessidades dos seus usuários. Muitas dessas melhorias resultam do programa beta da Autodesk, onde usuários têm a oportunidade de testar novas funcionalidades, enviar sugestões e fornecer feedbacks valiosos, contribuindo para que as atualizações do Revit reflitam as demandas reais do mercado. Neste artigo, exploraremos as principais novidades introduzidas ao longo das versões, com ênfase especial na versão 2025, a mais recente do Revit. Para informações mais detalhadas das atualizações, acesse diretamente o site da Autodesk.l

Evolução do logotipo da Revit da versão de 22 e 25 – Autodesk

 

O que é o Revit?

 

O Revit, desenvolvido pela Autodesk, é uma ferramenta essencial no campo da arquitetura, engenharia e construção, baseada na modelagem de informações da construção (BIM – Building Information Modeling). Este software permite a criação de modelos tridimensionais detalhados, que vão além da simples representação geométrica, incorporando também dados sobre os diversos sistemas que compõem um edifício, como estrutura, elétrica e hidráulica. 

Projetado para facilitar a colaboração entre diferentes disciplinas, o Revit permite que múltiplos profissionais trabalhem simultaneamente em um projeto, promovendo uma integração mais eficiente e reduzindo o risco de erros. Além disso, o software oferece recursos para análise de desempenho, simulações, e geração de documentação técnica, como plantas, elevações e cortes, diretamente do modelo digital.

Você pode saber mais sobre o Revit no nosso artigo: O que é o Revit?

 

Revit 2022

 

A versão de 2022 trouxe várias melhorias significativas ao Revit, destacando-se as seguintes inovações:

 

  • Melhorias na escalabilidade do IFC: O kit de ferramentas utilizado para manipulação de arquivos IFC foi atualizado, agora permitindo o uso do Open Design Alliance SDK, proporcionando maior flexibilidade e compatibilidade na gestão desses arquivos.
  • Versão do modelo Open Cloud: Agora é possível abrir e comparar qualquer versão de um modelo de compartilhamento de trabalho na nuvem do Revit, facilitando a análise de alterações entre diferentes versões.
  • Carregamento de várias famílias: Foi implementada a capacidade de carregar múltiplas famílias simultaneamente no modelo, otimizando o fluxo de trabalho.
  • Duplicação de Folhas: O recurso de duplicação de planilhas ou folhas foi adicionado ao menu de contexto, simplificando a criação de documentos semelhantes.
  • Exporte arquivos para PDF: A exportação de visualizações e folhas diretamente para arquivos PDF foi aprimorada, incluindo a possibilidade de criar nomenclaturas e parâmetros personalizados durante exportações em lote.
  • Correção na exportação para DWG: A exportação de objetos pequenos em grandes escalas para o formato DWG foi corrigida, evitando a omissão de linhas e elementos menores que anteriormente poderiam faltar durante o processo de exportação.
Perspectiva do Curso de Revit MASP da Arquiteta Lina Bo Bardi – Fonte SPBIM

 

Revit 2023

 

Essa versão contou com várias melhorias menores como a possibilidade de fazer medições no 3D, modificações para o estudo solar, criação de filtros, entre outros.

 

  • Controles de elevação na edição de formas: Agora, é possível definir como as elevações são medidas durante a edição de formas diretamente na faixa de opções contextual, permitindo ajustes de elevação com base em diferentes pontos do objeto.
  • Suporte aprimorado para importação/vinculação de arquivos CAD: Foram realizadas melhorias significativas para suportar arquivos AXM, OBJ e STL, incluindo a capacidade de realizar cortes em visualizações e ajustar o posicionamento dos arquivos importados.
  • Melhorias na formatação condicional: Parâmetros como Família, Tipo, e Família e Tipo foram habilitados para uso na formatação condicional de programações de elementos, oferecendo maior flexibilidade na organização dos dados.
  • Deslocamento de elementos em visualizações 2D: A ferramenta “Deslocar Elementos” agora está disponível para vistas 2D, permitindo que os elementos sejam movidos sem alterar sua posição nas outras vistas.
  • Ativação/desativação de controles: Foi adicionada uma opção que permite ativar ou desativar a visualização de controles, como pinos e dimensões temporárias, ao selecionar múltiplos elementos, facilitando a gestão dos elementos na tela.
Exemplo de Deslocamento de Elementos 2D – Fonte: SPBIM

 

Revit 2024

 

A versão do Revit 2024 se destaca como uma das mais aprimoradas, com várias melhorias diretamente influenciadas pelas sugestões da comunidade de usuários. A Autodesk investiu consideravelmente para atender às crescentes demandas dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção. Esse avanço também reflete uma maior integração com ferramentas de colaboração e interoperabilidade, fortalecendo o Revit como uma plataforma indispensável para projetos complexos e colaborativos.

 

  • Melhorias na Navegação: Agora, os usuários podem ampliar o conteúdo do Project Browser utilizando a combinação Ctrl+Scroll, facilitando a visualização e a organização dos elementos do projeto. Além disso, as teclas de seta podem ser usadas para navegar pelos resultados de pesquisa, oferecendo uma experiência mais fluida na gestão de informações.
  • Exportação de Padrões de Preenchimento: O processo de exportação de padrões de preenchimento foi simplificado. A partir da caixa de diálogo Padrões de Preenchimento, é possível selecionar um ou vários padrões para exportar diretamente para um arquivo PAT, facilitando a reutilização e o compartilhamento desses padrões em outros projetos.
  • Modelos de Coordenação de Links: Uma das atualizações mais significativas é a capacidade de realizar uma verificação cruzada visual entre modelos de diferentes disciplinas e fases de um projeto. Isso permite comparar visualmente modelos colaborativos criados no Revit ou em outras ferramentas de modelagem, otimizando a coordenação e reduzindo o risco de conflitos entre os diversos elementos do projeto.
  • Pontos de Ajuste: A utilização de pontos de ajuste foi aprimorada, permitindo que os profissionais modelem com maior precisão no contexto do projeto. Esses pontos facilitam a medição entre duas referências com base nos pontos do modelo de coordenação, além de melhorar o posicionamento geral do modelo dentro do ambiente de trabalho.
  • Tema Escuro: Atendendo às preferências de muitos usuários, o Revit agora oferece suporte ao tema escuro para a interface de usuário de primeiro nível. Esse tema pode ser ativado na guia Arquivo > Opções > Aba Cores > Temas ativo da interface do usuário, proporcionando uma experiência de uso mais confortável, especialmente em ambientes de trabalho com pouca luz.
  • Sólido Topográfico: A nova ferramenta de sólido topográfico ajuda na criação de terreno, pois agora a superfície foi transformada em geometria sólida real, oferecendo mais flexibilidade e uma série de novos recursos, possibilitando desenhar de maneira muito mais intuitiva.

 

Revit 2025

 

As atualizações do Revit 2025 demonstram o compromisso do Revit em oferecer ferramentas cada vez mais sofisticadas e intuitivas, que atendam às demandas dos profissionais da arquitetura, engenharia e construção, melhorando significativamente a produtividade e a precisão no desenvolvimento de projetos. Essas são as novidades que mais se destacam dessa versão:

 

  1. Principais Características
  • Mudança no Modelo de Coordenação: A nova funcionalidade de Alterações no Modelo de Coordenação permite a comparação entre duas versões de um modelo vinculado no Autodesk Docs, facilitando a identificação e análise de mudanças.
  • Mudanças no Modelo de Coordenação do IFC e NWC: A paleta de Alterações no Modelo de Coordenação oferece uma visão detalhada de objetos adicionados, modificados ou excluídos, com suporte para vários formatos de arquivo, incluindo 3D RVT, 3D DWG, NWC e IFC.
  • Nova Caixa de Diálogo Gerenciar Links: A interface foi aprimorada para exibir nove tipos de dados de link em uma estrutura de árvore, permitindo filtragem, pesquisa e visualização detalhada de cada tipo de dado em um painel lateral recolhível.
  • Navegador de Projetos com Guias: O novo navegador de projetos reduz a rolagem e cliques necessários, mostrando abas fixas para os oito tipos de visualizações mais usados, com abas dinâmicas para outras visualizações.
  • Melhorias na Exportação/Impressão de PDF: Agora, é possível continuar trabalhando em segundo plano enquanto o Revit processa a exportação ou impressão de arquivos PDF.
  • Nova Página Inicial do Revit: A nova página inicial oferece mais opções para visualizar, classificar e encontrar modelos e versões, com acesso rápido a diversas funcionalidades.
  • Alinhamento Múltiplo: Introduzida a possibilidade de alinhar e distribuir notas principais, notas de texto e tags tanto vertical quanto horizontalmente.
  • Melhorias no Navegador de Materiais: Atualizações incluem visualizações de aparência mais rápida e a capacidade de gerenciar materiais em lote no modelo e na biblioteca.
  • Atualização do gbXML: Suporte para dados estendidos do sistema HVAC, equipamentos de zona, sistema de ar e circuitos de água.
  • Matrizes de 1 e 0 em Famílias: Flexibilidade aumentada no editor de família, permitindo ajustar matrizes lineares e radiais para valores de 1 ou 0.
Exemplo de uma matriz de família paramétrica flexionada para 2 no projeto, depois 1 e 0 – Autodesk

 

  1. Características de Arquitetura

  • Junção de Paredes na Tela: A versão 2024 do Revit introduziu a capacidade de unir paredes diretamente na tela durante o processo de modelagem. Essa funcionalidade aprimorada permite que os profissionais juntem a parede de controle com outras paredes adjacentes de forma mais intuitiva e eficiente, melhorando o fluxo de trabalho e a precisão na construção de modelos.
  • Aprimoramentos no Modo de Modificação de Sólido e Volume Topográfico: Diversas melhorias foram feitas no modo de modificação de sólidos e volumes topográficos, incluindo a capacidade de realizar escavações de volume e utilizar um eixo para abertura. Além disso, agora é possível hospedar elementos em superfícies, criar sólidos topológicos a partir de faces de massa e aplicar sombreamento suave. A exibição de contornos também foi melhorada, assim como a conversão de superfícies, proporcionando um controle mais refinado sobre o design de terrenos e formas complexas.
  • Criação de Paredes com União e Bloqueio Automático: Outra inovação importante é a possibilidade de unir automaticamente uma parede recém-criada à parede adjacente, com a opção de bloqueá-las juntas. Essa funcionalidade acelera o processo de modelagem ao trabalhar com várias paredes, tornando a construção de estruturas mais rápida e eficiente, especialmente em projetos que envolvem muitas interseções de paredes.
Exemplo de união de parede – Autodesk

 

  1. Características do Sistema (MEP)

  • Sistemas Elétricos e Componentes Monofásicos: Houve aprimoramentos nos sistemas elétricos, incluindo o suporte para componentes elétricos monofásicos. Estas melhorias permitem um design mais detalhado e preciso dos sistemas elétricos, atendendo às necessidades específicas de projetos residenciais e comerciais.
  • Mapeamento de Conexões e Fabricação MEP: O mapeamento de conexões de mapas para a fabricação MEP foi refinado, oferecendo maior controle sobre a ligação entre elementos projetados e sua execução física. Isso facilita a transição do design para a fabricação, assegurando que os projetos sejam implementados com maior fidelidade.
  • Segmentos de Dutos e Tubos Analíticos: A introdução de segmentos analíticos para dutos e tubos melhora a análise e a visualização de dados, permitindo que os engenheiros identifiquem e resolvam problemas potenciais antes da construção. Essa funcionalidade se integra ao fluxo de trabalho de design e análise, garantindo uma coordenação mais eficiente entre as diferentes disciplinas.
  • Verificação de Consistência do Modelo MEP: Uma nova ferramenta de verificação de consistência do modelo MEP foi implementada para assegurar que os sistemas projetados estejam de acordo com os padrões e normas aplicáveis. Essa ferramenta ajuda a detectar inconsistências e potenciais conflitos no modelo, promovendo uma maior qualidade e precisão no design.
  • Gerenciamento de Parâmetros e Relatórios: Melhorias no gerenciamento de parâmetros MEP e na geração de relatórios, como o relatório de painéis de baixa tensão, foram introduzidas para otimizar a documentação do projeto. Essas funcionalidades permitem uma organização mais eficiente dos dados e a criação de relatórios detalhados que facilitam a coordenação e a comunicação entre as equipes.
  • Outras Melhorias Funcionais: Além dessas inovações, a versão 2025 também introduziu a capacidade de desativar a geração automática de números de marca, editar a geometria de tipos de peças, e realizar pesquisas de peças com mais facilidade. Também foi aprimorada a funcionalidade de carregamento e atribuição de imagens, proporcionando maior controle sobre os componentes visuais do projeto.

 

  1. Características da estrutura

  • Quebra de Múltiplas Conexões de Aço: Agora é possível selecionar várias estruturas simultaneamente para quebrar conexões estruturais válidas de uma única vez, simplificando significativamente o processo de ajuste em projetos complexos. Essa funcionalidade é especialmente útil quando há necessidade de modificar várias conexões sem afetar outros elementos do modelo.
  • Melhoria na Automação do Modelo Estrutural: O Revit 2025 aprimorou a automação do modelo analítico estrutural, permitindo que ele se conecte de maneira mais eficiente e siga a lógica de engenharia por meio de regras automáticas. Isso inclui o alinhamento vertical e horizontal de colunas e paredes nos diferentes níveis do projeto, facilitando a coerência e precisão na modelagem estrutural.
  • Cálculos Precisos de Peso e Comprimento: Foram introduzidos novos parâmetros de comprimento para colunas estruturais, assim como novos parâmetros específicos para estruturas de aço e colunas. Além disso, o método de cálculo de peso para elementos estruturais de aço e de volume foi revisado, garantindo maior confiabilidade nos dados estruturais, fundamentais para análises e construção.
Fonte: Autodes

 

  • Controle Aprimorado de Anotações: O controle sobre as anotações dentro dos detalhes estruturais foi aprimorado, permitindo ajustes mais precisos na posição de etiquetas e nas dimensões dentro dos detalhes de dobra. Isso assegura que a documentação do projeto seja clara e precisa, facilitando a comunicação e execução durante as fases de construção.

Essas melhorias reforçam o compromisso do Revit em proporcionar ferramentas mais robustas e eficientes para engenheiros estruturais, garantindo maior precisão e agilidade em todas as fases do projeto.

 

CONCLUSÃO

É evidente o empenho da Autodesk em manter o Revit sempre atualizado, integrando melhorias e novas funcionalidades que respondem diretamente às demandas requisitadas pelo público. Esse compromisso constante com a inovação não apenas garante que o software continue a atender às necessidades dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção, mas também contribui para a crescente popularidade do Revit no mercado. A cada nova versão, o software se adapta melhor às exigências e tendências da área, solidificando sua posição como uma ferramenta indispensável para projetos modernos.

 

 

Como o BIM pode ajudar nas preparações para o mercado de trabalho

Como o BIM pode ajudar nas preparações para o mercado de trabalho

 

Na era digital, a indústria da construção civil enfrenta transformações profundas impulsionadas pelo avanço tecnológico. Entre essas inovações, o BIM, também conhecido Building Information Modeling, destaca-se como uma ferramenta crucial para atender à crescente demanda por eficiência, sustentabilidade e colaboração nos projetos. Com a capacidade de integrar detalhadamente cada aspecto do processo construtivo, o BIM não é apenas uma habilidade técnica desejável, mas uma competência essencial que redefine as expectativas e as práticas no campo da engenharia e arquitetura. Este artigo explora como o BIM está moldando o futuro dos profissionais da construção, desde a formação acadêmica até a execução de grandes empreendimentos, enfatizando a importância de uma compreensão abrangente dessa metodologia na condução de projetos mais inteligentes e responsáveis.

 

Fonte: SPBIM

 

Tendências e Futuro do BIM

 

À medida que avançamos na era digital, a Modelagem da Informação da Construção (BIM) se torna cada vez mais essencial no setor da construção. O desenvolvimento contínuo e a adoção generalizada do BIM são indicativos de sua importância crescente, tanto que é esperado que, em poucos anos, o domínio dessa ferramenta se torne um pré-requisito para profissionais das áreas de arquitetura e engenharia. Esta tendência é reforçada tanto pela crescente demanda do mercado quanto pelo robusto apoio legislativo e regulatório.

Recentemente, o governo demonstrou seu reconhecimento sobre a importância estratégica do BIM para o futuro do setor com a promulgação do Decreto 11.888, em 22 de janeiro de 2024. Este decreto tem como objetivo incentivar a disseminação e o desenvolvimento do BIM, criando um marco legal que promove a adoção desta tecnologia em diversos projetos e infraestruturas. Essa iniciativa governamental sublinha que o BIM transcendeu o status de mera opção tecnológica, consolidando-se como uma necessidade fundamental para a formação e prática profissional na indústria.

O decreto também serve como um impulso para que as instituições de ensino incorporem o BIM em seus programas acadêmicos. Isso garante que os futuros engenheiros e arquitetos não apenas estejam familiarizados com o BIM, mas também sejam proficientes em sua aplicação, preparando-os adequadamente para atender às demandas contemporâneas do mercado de trabalho.

Portanto, o BIM está se estabelecendo como um pilar central para o avanço da construção moderna, influenciando positivamente os métodos de trabalho, a sustentabilidade dos projetos e a eficiência operacional em todo o setor.

Taxas de adoção do BIM por país – Fonte: IMIESA

 

O BIM e o mercado de trabalho

 

O avanço tecnológico contínuo tem intensificado a demanda por mão de obra qualificada, impulsionando a necessidade de softwares avançados, soluções inovadoras e metodologias eficientes. Neste contexto, o BIM emerge como uma especialização cada vez mais essencial. Este sistema não só exige um domínio de ferramentas e tecnologias específicas, mas também um entendimento profundo dos processos projetuais envolvidos. Dada a complexidade, raramente um único profissional gerencia todos os aspectos do BIM em um projeto, sendo essencial a colaboração entre múltiplos especialistas, cada um contribuindo com sua expertise para alcançar a excelência no resultado final.

Compreender a metodologia BIM, suas vantagens e as razões para sua adoção são cruciais, refletindo diretamente no desempenho dos projetos e promovendo uma cultura de trabalho colaborativo. Por isso, é vital que alunos de engenharia e arquitetura adquiram esse conhecimento ainda durante a formação acadêmica. A educação em BIM prepara os futuros profissionais para encarar os projetos de uma maneira mais eficiente, otimizada e colaborativa.

Fonte: SPBIM

 

Como o BIM auxilia profissionais na área?

 

Atualmente, a familiaridade com o BIM é considerada um diferencial no mercado de trabalho, especialmente porque muitos estudantes ainda não conhecem esta metodologia. Entender o BIM representa um diferencial significativo, enriquecendo o portfólio do profissional e destacando-o no mercado. Além disso, o BIM contribui substancialmente para o desempenho energético dos edifícios e o desenvolvimento de projetos mais sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental e o desperdício, características cada vez mais procuradas pelas empresas.

O BIM facilita a automação de processos complexos, como análise de desempenho e geração de opções de design. Um aspecto notável do BIM é sua capacidade de se integrar com tecnologias emergentes como a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA). Utilizando dispositivos a laser para coletar dados de construções existentes ou criando modelos em softwares como Revit, estas tecnologias permitem interações em tempo real com modelos 3D, auxiliando significativamente na tomada de decisões.

Fonte: SPBIM

 

Esta integração é complementada pelo uso de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), que fornecem análises em tempo real dos locais de construção. Isso não apenas melhora a organização dos canteiros de obras, mas também aperfeiçoa a gestão de projetos de construção, evidenciando o papel transformador do BIM na indústria da construção moderna.

Para entender melhor quais carreiras estão ganhando destaque na indústria e aprender como trilhar um caminho bem-sucedido nesses campos, convidamos você a ler nosso artigo Carreiras em BIM: Oportunidades para jovens profissionais.

Desafios para a aplicação do BIM em projetos

 

A integração do BIM em projetos de arquitetura, engenharia e construção apresenta vários desafios, que simultaneamente criam oportunidades significativas para novos profissionais. Alguns dos obstáculos mais comuns incluem:

 

  1. Escassez de profissionais qualificados: Como o BIM é uma metodologia relativamente nova, existe uma carência de profissionais treinados no mercado. Isso abre um leque de oportunidades para aqueles que estão entrando na área e estão dispostos a se especializar nesta tecnologia avançada.
  2. Incompatibilidade com parceiros: Muitas empresas e profissionais ainda hesitam em adotar o BIM, o que pode complicar a gestão de modelos BIM e o compartilhamento eficiente de informações. Esse cenário exige soluções criativas para integração tecnológica e colaboração.
  3. Resistência à mudança: A eficácia de um projeto BIM depende da vontade dos envolvidos em compartilhar conhecimentos e habilidades. A resistência à mudança pode ser um grande obstáculo, exigindo habilidades de gestão de mudanças para garantir o sucesso do projeto.
  4. Falta de padronização: A ausência de padrões estabelecidos pode dificultar o trabalho colaborativo e a interoperabilidade entre diferentes sistemas e equipes. A padronização é essencial para uma implementação metodológica mais coordenada e consistente.

 

Esses desafios destacam a necessidade de desenvolver estratégias eficazes e promover a formação de especialistas em BIM. Para explorar mais sobre como esses e outros desafios estão moldando o campo do BIM, confira nosso artigo “Desafios na Implantação do BIM“, onde discutimos detalhadamente cada um desses pontos e como eles podem ser transformados em oportunidades de crescimento profissional.

 

CONCLUSÃO

 

Observamos que o BIM está se tornando cada vez mais prevalente nos campos de arquitetura, engenharia e construção (AEC). À medida que o tempo avança, a importância desta metodologia só aumenta, tornando-se essencial para a execução de projetos eficientes e inovadores. Diante deste cenário, torna-se vital que os profissionais envolvidos com projetos arquitetônicos estejam bem preparados para acompanhar a evolução tecnológica. É fundamental que esses especialistas busquem constante aprimoramento para atender às crescentes exigências do mercado de trabalho, garantindo não apenas a adaptabilidade, mas também a capacidade de liderar no desenvolvimento de soluções construtivas avançadas.

Como utilizar CADmapper no Revit

Como utilizar CADmapper no Revit

 

Voltada para arquitetos, engenheiros, urbanistas e designers, o CADmapper é essencial para aqueles que precisam incorporar dados geográficos precisos em seus projetos, destacando-se pela sua facilidade de uso, rapidez e precisão. Neste artigo, apresentaremos um guia básico para a utilização dessa ferramenta no Revit.

O que é o CADmapper?

Cadmapper é uma plataforma online que possibilita a criação de mapas 3D e 2D a partir de dados geoespaciais reais, projetados para uso em softwares de modelagem CAD (Computer-Aided Design), como AutoCAD, Rhinoceros, SketchUp, entre outros. Essa ferramenta permite a importação direta de informações detalhadas sobre terrenos, edificações, estradas e outros elementos urbanos para o ambiente de design, o que facilita a criação precisa e eficiente de modelos arquitetônicos, urbanísticos e de engenharia.

 

(Exemplo de um uso da plataforma, com imagem retiradas diretamente do site Cadmapper, 2024)

 

Como utilizar o CADmapper com o Revit?

  • Preparação dos Dados no CADmapper:

Primeiro, acesse o site: https://cadmapper.com/;

Selecione criar arquivo.

(CADmapper, 2024)

 

Caso você não tenha cadastro, será necessário criar uma conta para ter permissão para usar plenamente as ferramentas do site.

 

(CADmapper, 2024)

 

É indispensável ter o endereço da área geoespacial que deseja converter em modelos 3D. 

 

(CADmapper, 2024)

 

Após pesquisar pelo endereço e confirmar a localização, selecione dentro do quadrado a área desejada. O uso do site, apesar do cadastro, é pago. Mas quando a área selecionada for superior a 1km², torna-se necessário pagar para obter o arquivo. 

 

(CADmapper, 2024)

 

 O CADmapper geralmente aceita dados em formato de arquivos vetoriais, como arquivos .DXF. portanto, mantenha essa opção selecionada. Utilize as ferramentas da plataforma para ajustar e refinar o modelo conforme necessário. É possível estabelecer uma altura falsa para regiões onde carecem de informações, bem como adicionar a topografia e as ruas da região, se desejado.

 

(CADmapper, 2024)

Após concluir os ajustes, clique em criar arquivo e por fim em baixar.

 

(CADmapper, 2024)

  • Importação para o Revit:

Abra o Revit e crie um novo projeto ou abra um projeto existente onde deseja importar o modelo 3D do CADmapper.

 

(Autodesk Revit, 2024)

 

Acesse a guia “Inserir” no Revit e selecione “Importar CAD”.

 

(Autodesk Revit, 2024)

 

Navegue até o local onde você salvou o arquivo exportado do CADmapper e selecione-o. O Revit abrirá uma janela de diálogo onde você pode configurar as opções de importação, como a unidade de medida, camadas a serem importadas, etc. Ajuste conforme necessário e clique em “OK”.

 

(Autodesk Revit, 2024)

  • Posicionamento e Ajustes:

Após a importação, o modelo 3D do CADmapper será inserido no seu projeto do Revit. Você pode posicioná-lo e ajustá-lo conforme necessário.

 

(Autodesk Revit, 2024)

 

Utilize as ferramentas de modelagem do Revit para adicionar detalhes adicionais, como pisos, paredes, tetos, etc., conforme apropriado para o seu projeto.

Se desejar, você também pode vincular o modelo 3D do CADmapper como uma referência externa para facilitar futuras atualizações.

 

Conclusão

A utilização do CADmapper oferece uma solução eficiente para a obtenção de dados topográficos e urbanos detalhados, facilitando o desenvolvimento de projetos arquitetônicos e urbanísticos. Ao importar informações precisas de terrenos, edifícios e infraestruturas diretamente para softwares de modelagem 3D, o CADmapper agiliza o processo de criação e aumenta a precisão dos modelos. Além disso, sua interface intuitiva e integração com diversas plataformas de CAD tornam essa ferramenta indispensável para profissionais que buscam otimizar o planejamento e a visualização de seus projetos.

Carreiras em BIM: Oportunidades para jovens profissionais

Carreiras em BIM: Oportunidades e caminhos para jovens profissionais

 

A metodologia BIM (Building Information Modeling) está se tornando uma força motriz na transformação da construção civil, revolucionando a forma como projetos são concebidos, gerenciados e executados. Para os jovens profissionais que estão ingressando na área, essa tecnologia representa uma oportunidade sem precedentes. Com o BIM, não só as empresas podem alcançar níveis mais elevados de eficiência e precisão, mas também os novos talentos têm a chance de se destacar e se tornar protagonistas nessa evolução. Em um mercado cada vez mais competitivo e orientado por inovação, dominar o BIM não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para aqueles que desejam construir uma carreira sólida e promissora na construção civil. Este artigo aborda as principais carreiras ligadas ao BIM e os passos necessários para se tornar um profissional qualificado nessa área.

 

Fonte: SPBIM

O que é o BIM

 

O BIM (Building Information Modeling) é uma metodologia que permite a criação e o gerenciamento de modelos digitais detalhados, que representam tanto as características físicas quanto as funcionais de uma edificação, isso faz com que todas as disciplinas envolvidas em um projeto de construção possam colaborar simultaneamente, reduzindo significativamente os erros, aprimorando o planejamento e aumentando a eficiência geral do projeto. Por esse motivo, o BIM se tornou um recurso indispensável para arquitetos e engenheiros, que buscam essa metodologia pela forma como ela transforma o desenvolvimento de projetos. 

A metodologia BIM é abrangente e envolve várias áreas de especialização, o que frequentemente leva equipes de projeto a contratar profissionais especializados para otimizar cada etapa do processo. Esse enfoque colaborativo e especializado permite que os projetos sejam desenvolvidos com maior precisão e eficiência, aproveitando ao máximo as capacidades do BIM em cada fase. Consequentemente, a procura por mais profissionais qualificados cresce, gerando grandes oportunidades para novos talentos no mercado de trabalho, que podem se especializar em diferentes aspectos do BIM e contribuir para a inovação e sucesso dos projetos na indústria da construção. Essa demanda por expertise especializada também impulsiona a evolução constante da metodologia, incentivando o desenvolvimento contínuo de habilidades e o surgimento de novas áreas de atuação dentro do BIM.

 

Fonte: SPBIM

 

1. Modelador BIM

  • O Papel do Modelador BIM: Além das Representações Gráficas

O Modelador BIM, vai muito além da simples criação de representações gráficas com linhas e texturas. Esse profissional é responsável por desenvolver projetos em modelos tridimensionais que abrangem diversas disciplinas, como arquitetura, estruturas, sistemas hidrossanitários, energia, topografia, entre outros. O trabalho de um Modelador BIM exige não apenas a habilidade de criar modelos 3D detalhados, mas também a capacidade de documentar e extrair informações essenciais para diferentes etapas do projeto, como métricas, custos, planejamento e operação. Além disso, o modelador deve ser capaz de preparar esses modelos para simulações de realidade virtual e/ou aumentada, além de criar e atualizar templates conforme as necessidades específicas do projeto.

  • Formação e Competências Necessárias

Para alcançar o nível de um Modelador BIM, é imprescindível que o profissional tenha uma formação sólida em uma área relacionada à construção civil, como Arquitetura ou Engenharia Civil. Esses cursos fornecem a base teórica e prática necessária, incluindo conceitos de construção, desenho técnico e tecnologia aplicada, que são fundamentais para o desenvolvimento de modelos BIM.

No entanto, a formação básica não é suficiente. A especialização em BIM é essencial, e isso inclui a realização de cursos específicos e a obtenção de certificações reconhecidas no mercado. O domínio de softwares BIM, como o Revit, ArchiCAD e SketchUp, é crucial, pois essas ferramentas são a base sobre a qual o trabalho do Modelador BIM é construído. A proficiência em desenho técnico, modelagem 3D e visualização precisa ser profunda para que o profissional possa criar modelos precisos e funcionais.

  • Experiência Prática e Desenvolvimento Profissional

A experiência prática é um dos pilares mais importantes para um Modelador BIM. Estágios, trabalhos em escritórios de arquitetura e engenharia, ou mesmo projetos pessoais, são oportunidades valiosas para aplicar o conhecimento teórico e desenvolver habilidades práticas. Um portfólio robusto, que demonstre a experiência e a competência do profissional em projetos reais, é um diferencial significativo no mercado de trabalho.

A experiência não apenas valida as habilidades técnicas do Modelador BIM, mas também mostra sua capacidade de resolver problemas práticos e adaptar-se às necessidades de diferentes projetos. É essa combinação de conhecimento teórico, habilidades técnicas e experiência prática que faz de um profissional um Modelador BIM de sucesso, capaz de contribuir de forma significativa para o desenvolvimento de projetos complexos e inovadores na construção civil.

 

2. Analista BIM 

  • O Papel do Analista BIM: Muito Além da Coordenação de Projetos

As principais atividades de um Analista BIM incluem realizar análises precisas e complexas, como simulações climáticas e espaciais às quais a construção poderá estar sujeita. O Analista BIM deve checar as cargas nas estruturas, verificar as interferências acústicas da edificação no entorno, identificar inconformidades na utilização de certos materiais e, principalmente, realizar a compatibilização de disciplinas para prevenir erros na obra. Esse profissional é responsável por assegurar que todas as áreas do projeto estejam alinhadas, minimizando retrabalhos e garantindo a eficiência durante a execução do projeto.

  • Formação e Competências Necessárias

Para se tornar um Analista BIM, é necessário obter uma formação em áreas relacionadas à construção civil. O próximo passo é obter uma especialização em BIM. Nesse caso, existem vários cursos de pós-graduação, MBAs e certificações focadas no BIM, que cobrem desde os fundamentos até aplicações avançadas da metodologia BIM. Os cursos geralmente abordam tópicos como modelagem 3D, gestão de informações, coordenação de projetos, normas internacionais do BIM e várias estratégias para a implementação do BIM nas empresas.

Outro conhecimento que é essencial é o domínio de softwares BIM. Espera-se que um analista BIM tenha conhecimento tanto nos aplicativos mais comuns, como o Archicad, quanto em alguns mais específicos, como o Solibri Model Checker, da empresa Solibri, e o NavisWorks da Autodesk. O NavisWorks é um software especializado em BIM que auxilia para que todas as disciplinas tenham controle mais assertivo do projeto, construção e manutenção, já que integra e inclui um conjunto de funcionalidades para o BIM 3D, 4D e 5D.

Além disso, é fundamental que o analista tenha desenvolvido competências gerais, como habilidades em gestão de projetos, coordenação de equipes, comunicação, liderança, habilidade de resolver conflitos e capacidade de gerenciar informações para assegurar que todos os envolvidos tenham acesso às informações corretas. Certificações específicas, como a Autodesk Certified Professional ou a Graphisoft BIM Certification, também são imprescindíveis para o analista BIM, já que são reconhecidas internacionalmente e validam suas habilidades técnicas.

  • Experiência Prática e Desenvolvimento Profissional

O mais importante dessa profissão, claro, é a experiência prática em projetos. A vivência em projetos reais é fundamental para moldar o profissional, pois permite que ele aprenda e utilize a metodologia BIM de forma prática, entendendo as necessidades reais do projeto, os desafios e as dinâmicas de trabalho com equipes multidisciplinares. A experiência prática ajuda o Analista BIM a aplicar seus conhecimentos teóricos e técnicos em situações reais, aprimorando a eficácia na gestão de projetos BIM e garantindo que as soluções propostas sejam viáveis e eficientes. Além disso, um portfólio sólido com experiências diversificadas destaca o profissional no mercado, evidenciando sua capacidade de lidar com diferentes tipos de projetos e problemas complexos.

 

Fonte: SPBIM

3. Gerente BIM

  • O Papel do Gerente BIM: Liderança na Implementação e Gestão de Metodologias BIM

O Gerente BIM, também conhecido como BIM Manager, desempenha um papel crucial na manutenção da aplicabilidade e eficácia da metodologia BIM em projetos de construção e na organização como um todo. Esse profissional é responsável por garantir que o BIM seja implementado de maneira eficiente e consistente em todas as fases do projeto, assegurando que os objetivos do cliente sejam atendidos de forma precisa e dentro dos prazos estabelecidos.

Uma das principais atribuições do Gerente BIM é desenvolver e revisar o Plano de Execução BIM (PEB), que é o documento que orienta a aplicação do BIM em um projeto específico. Além disso, o Gerente BIM é responsável pela criação do BIM Mandate, que define as diretrizes gerais e os padrões a serem seguidos, e pela definição do Nível de Desenvolvimento (LOD) necessário para cada etapa do projeto. Esses documentos são fundamentais para assegurar que todos os envolvidos no projeto estejam alinhados e que o nível de detalhe dos modelos atenda às necessidades do contratante.

O Gerente BIM também tem a responsabilidade de estabelecer o escopo de trabalho para as equipes, coordenar as informações que devem ser incorporadas aos modelos fornecidos por parceiros e garantir que os padrões e processos BIM sejam aplicados de maneira adequada em cada fase do projeto. Esse nível de coordenação é essencial para evitar erros e garantir que o projeto seja executado com eficiência e precisão.

  • Formação e Competências Necessárias

Assim como os Modeladores e Analistas BIM, o Gerente BIM deve ter uma sólida formação em áreas relacionadas à construção civil, como Arquitetura, Engenharia Civil ou Engenharia de Produção. No entanto, para atuar como Gerente BIM, é essencial buscar especializações adicionais. Cursos de pós-graduação, MBAs e certificações focadas em BIM são altamente recomendados para aprofundar o conhecimento nessa metodologia. Esses programas oferecem uma compreensão detalhada dos processos BIM, desde a modelagem 3D até a coordenação de projetos e a gestão de informações ao longo do ciclo de vida do empreendimento.

O domínio de softwares BIM é outro requisito fundamental para o Gerente BIM. É esperado que ele tenha conhecimento em uma ampla gama de ferramentas, desde os aplicativos mais comuns, como Revit e Archicad, até softwares mais específicos, como Navisworks e Solibri Model Checker, que são essenciais para a coordenação e análise de projetos BIM.

Além das habilidades técnicas, o Gerente BIM deve possuir uma série de competências gerenciais. A liderança é uma das mais importantes, pois esse profissional precisa coordenar equipes multidisciplinares e garantir que todos trabalhem de maneira coesa para atingir os objetivos do projeto. Habilidades em gestão de projetos, comunicação eficaz, análise e mitigação de riscos, e gestão de tempo são igualmente cruciais. O Gerente BIM deve ser capaz de avaliar os riscos e benefícios de diferentes abordagens de modelagem e tomar decisões informadas que minimizem os riscos e maximizem a eficiência do projeto.

  • Experiência Prática e Desenvolvimento Profissional

Para se destacar como Gerente BIM, é imprescindível ter uma vasta experiência prática em projetos de construção que utilizam a metodologia BIM. A experiência permite ao profissional desenvolver uma compreensão profunda dos desafios e oportunidades associados ao BIM, além de aprimorar suas habilidades em coordenação de equipes, resolução de problemas e tomada de decisões estratégicas.

Um portfólio robusto é essencial para um Gerente BIM, pois demonstra sua capacidade de liderar projetos complexos e implementar o BIM de forma eficaz. Além disso, construir uma rede de contatos profissionais é vital para o sucesso na carreira, pois facilita a colaboração e a troca de conhecimentos com outros profissionais da indústria.

O desenvolvimento contínuo é outra característica fundamental para o Gerente BIM. O setor da construção e a tecnologia estão em constante evolução, e é crucial que esse profissional esteja sempre atualizado com as últimas tendências e inovações. Participar de conferências, workshops, cursos de atualização e obter certificações reconhecidas internacionalmente, como a Autodesk Certified Professional ou a Graphisoft BIM Manager, são práticas que ajudam o Gerente BIM a manter sua relevância e eficácia no mercado.

Em resumo, o caminho para se tornar um Gerente BIM é desafiador, mas recompensador. Envolve uma combinação de formação sólida, desenvolvimento de competências técnicas e gerenciais, e uma dedicação constante ao aprendizado e à prática profissional. Esse profissional desempenha um papel central na transformação digital da construção civil, liderando a implementação do BIM e garantindo que os projetos sejam entregues com a máxima qualidade e eficiência.

 

4. Consultor BIM

Um Consultor BIM desempenha um papel crucial na transformação digital das empresas de construção, atuando como um especialista que assessora na implementação e otimização da metodologia BIM (Building Information Modeling). Este profissional é responsável por garantir que todos os processos de modelagem, coordenação e gerenciamento de informações sejam realizados de forma eficiente e estejam em conformidade com os mais altos padrões do setor. O Consultor BIM trabalha para assegurar que a metodologia BIM seja utilizada ao máximo, proporcionando benefícios como redução de erros, economia de tempo e custo, além de melhorar a comunicação entre as equipes envolvidas no projeto.

Além disso, o Consultor BIM é fundamental na integração de tecnologias emergentes no fluxo de trabalho de uma empresa. Isso inclui não apenas a escolha e configuração dos softwares BIM mais adequados para cada disciplina e setor, mas também a implementação de ferramentas que possam auxiliar na visualização, simulação e análise dos projetos. A capacidade de escolher o software ideal é vital, uma vez que cada projeto pode ter necessidades específicas que exigem soluções tecnológicas diferentes. Dessa forma, o consultor deve estar constantemente atualizado sobre as novas tecnologias, suas funcionalidades e vantagens, garantindo que a empresa contratante esteja sempre na vanguarda da inovação.

Outro aspecto essencial do trabalho de um Consultor BIM é a capacitação das equipes. Para que a implementação do BIM seja bem-sucedida, é necessário que todos os envolvidos no projeto estejam familiarizados e confortáveis com o uso das ferramentas e processos relacionados. O consultor, portanto, assume a responsabilidade de treinar as equipes, fornecendo o conhecimento necessário para que elas possam operar de maneira autônoma e eficiente. Isso não só potencializa os benefícios do BIM, como também assegura que a metodologia seja adotada de forma consistente em todos os projetos futuros.

Para desempenhar essas funções de maneira eficaz, o Consultor BIM deve possuir uma vasta experiência em diversas fases do projeto de construção. Isso inclui desde a concepção e planejamento inicial até a execução e operação dos edifícios. Essa experiência permite ao consultor entender profundamente as necessidades dos projetos e das equipes, adaptando as soluções BIM para atender da melhor forma possível as exigências do contratante.

Portanto, o papel de um Consultor BIM vai além de apenas assessorar na escolha e implementação de ferramentas. Este profissional é um agente de mudança que impulsiona a inovação dentro das empresas de construção, garantindo que cada projeto não apenas atenda, mas supere as expectativas, através de processos de trabalho mais inteligentes, integrados e eficientes.

 

Consultoria em campo para empresa Cury – SPBIM

 

Conclusão

O BIM está revolucionando a construção civil, e à medida que mais empresas adotam essa metodologia, as oportunidades no setor continuam a crescer exponencialmente. Esse avanço cria inúmeras oportunidades de crescimento, desenvolvimento e adaptação para os novos profissionais da área civil, que, ao optarem por essa tecnologia inovadora, estarão se posicionando à frente no mercado. A escolha pelo BIM não só amplia as perspectivas de carreira, mas também prepara os profissionais para um futuro onde a digitalização e a sustentabilidade serão cada vez mais essenciais. O investimento em conhecimento e especialização em BIM abrirá portas para projetos mais desafiadores, colaborativos e globais, consolidando esses profissionais como agentes da transformação no setor.

Requisitos para um Template no Revit

Quais os requisitos para um Template no Revit?

Os templates no Revit são essenciais para padronizar e agilizar o desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de engenharia. Eles proporcionam uma base sólida, incorporando configurações pré-definidas, elementos e padrões que garantem consistência e eficiência no fluxo de trabalho. É importante mencionar que os templates podem ter usos mais específicos ou mais abrangentes, dependendo das necessidades do projeto ou da empresa. Por isso, é necessário analisar as necessidades da empresa e criar uma estratégia antes de estruturar o template, garantindo assim que ele atenda as demandas de maneira eficaz.

 

1. Configurações de Projeto

O primeiro requisito para um template no Revit é a definição de configurações de projeto, como unidades de medida, configurações de nível e grids. Essas configurações estabelecem a base sobre a qual todo o projeto será desenvolvido. Inclua imagens do painel de configuração inicial do Revit para ilustrar essas opções.

Fonte: eng

2. Tipos de Vista e Padrões de Anotação

Um template deve incluir tipos de vista padrão, como plantas baixas, elevações e seções, além de padrões de anotação, como estilos de texto e dimensionamento. Esses elementos garantem que todas as vistas e anotações no projeto sigam um formato uniforme. Utilize imagens que mostram exemplos de diferentes tipos de vista e as opções de estilo de anotação no Revit.

 

Fonte: qualificad

3. Famílias e Componentes Padrão

O template deve conter um conjunto de famílias e componentes que são frequentemente usados em projetos, como famílias de sistema, incluindo paredes, pisos e forros. Além disso, é importante incluir imagens dos tipos de famílias pré-instaladas no template, evidenciando a variedade e a customização disponíveis. A SPBIM recomenda que elementos que não sejam de sistema, como famílias de mobiliário ou qualquer outro elemento, sejam mantidos em um arquivo separado, chamado “Showroom” ou “Biblioteca de Famílias”. Isso é feito para que o template não se torne pesado e contenha apenas o necessário para o desenvolvimento eficiente dos projetos.

Fonte: SPBIM

 

4. Estilos de Linha e Materiais

Defina estilos de linha e materiais que serão usados no template. Esses elementos influenciam a representação gráfica dos componentes e a aparência geral do projeto. Mostre imagens que ilustram a configuração de estilos de linha e a aplicação de materiais em um modelo no Revit.

Fonte: QualifiCad

 

5. Configurações de Impressão e Exportação

Por fim, o template deve incluir configurações de impressão e exportação, como formatos de folha e escalas, para garantir que os documentos finais estejam corretamente formatados. Imagens das configurações de impressão ajudarão na visualização dessas opções.

Além disso, o template deve definir as principais opções de exportação:

  • PDF: Para criação de documentos prontos para impressão e distribuição digital.
  • DWG: Para compatibilidade com outros softwares CAD.
  • IFC: Para troca de informações entre diferentes ferramentas BIM.
  • NWC: Para integração com o Navisworks, facilitando coordenação e visualização 3D.

Essas configurações ajudam a garantir que os arquivos estejam prontos para uso e colaborativos.

Fonte: qualificad

 

Conclusão

Ao desenvolver um template no Revit, é crucial atender a esses requisitos para garantir que ele seja funcional e eficiente. Incorporar imagens relevantes das capturas de tela das configurações e opções do Revit pode fornecer uma compreensão mais clara das práticas recomendadas e facilitar a implementação do template em projetos futuros.