Servidores BIM: Nuvem x Físico

Servidores BIM / Fonte: SpBIM
Servidores BIM / Fonte: SpBIM

Atualmente, diversos serviços estão sendo oferecidos na modalidade de nuvem ou streaming, podemos acessar filmes, séries, músicas, armazenar fotos, vídeos, documentos, sem utilizarmos nossos próprios hardwares de armazenamento, somente sendo necessário uma boa conexão à internet. A possibilidade de adquirir um serviço que oferta um espaço virtual para armazenamento, possibilita que a informação seja acessada remotamente de qualquer ambiente com acesso à internet, tornando o acesso aos dados mais democrático geograficamente, neste artigo iremos abordar sobre os servidores bim: Nuvem x Físico

Toda essa estrutura, presente nas chamadas Nuvens, não poderia ficar de fora do universo BIM. A sua entrada no conceito BIM permite que as informações sobre os modelos e empreendimento estejam ao alcance de todas as partes simultaneamente, facilitando a integração entre as mesmas.

AMBIENTE COMUM DE DADOS (CDE)

O surgimento de nuvens específicas para o BIM, possibilita a melhor organização dos dados e informações, a fim de melhor gerenciar os processos presentes em determinados projetos. Os Ambientes Comuns de Dados – Commom Data Environment (CDE) – como são chamadas as nuvens específicas para a metodologia BIM, oferecem a organização e as ferramentas necessárias para um gerenciamento otimizado do projeto. Além de oferecer benefícios específicos para a metodologia, a característica de nuvem, possibilita o acesso dos dados de qualquer localidade e por qualquer parte interessada do projeto.

CDE Fonte: SpBIM

GESTÃO ELETRÔNICA DE DOCUMENTOS

No cotidiano da construção civil, todo e qualquer projeto, de pequeno ou grande porte, possuem diversos documentos, projetos, boletins, entre outros documentos, sendo que quanto maior o projeto, maior a quantidade de documentos para o gerir. Sendo assim, a Gestão Eletrônica de Documentos (GDE) ou GED, surge para proporcionar aos projetos uma maior organização de seus documentos, otimizando assim determinados processos.

Muitas empresas possuem um formato de organizar seus arquivos dentro de sua própria rede, uma identidade de organização que promove uma facilidade no manejo de arquivos dentro da própria empresa. Porém, quando vamos para o âmbito da GED, que possivelmente pode estar inserido dentro de um CDE, a organização deve ser feita de forma universal, para que todas as partes/disciplinas, mesmo sendo de empresas diferentes, possam se comunicar de forma eficaz e eficiente.

GED / Fonte: Tecnoset

Dessa forma, um projeto que se utilize de uma única Gestão Eletrônica de Documentos beneficia-se com uma melhor organização de seus arquivos de modo que esta organização promove uma facilidade no processo de pesquisas de arquivos, caso esses sejam arquivados com datas ou nomenclaturas específicas. Outro benefício proporcionado é a melhoria no processo de comunicação, pois um projeto que possui arquivos documentados digitalmente, permite revisões mais rápidas e frequentes, aumentando a produtividade e diminuindo o retrabalho dentro do projeto. E por fim essa organização, otimiza as comunicações, revisões e pesquisas, permitindo a aceleração de processos e a diminuição de riscos, diminuindo os custos do projeto e aumentando a confiabilidade do cliente.

Caso queira ler mais sobre GED, escrevemos um artigo sobre o assunto: O que é um GED?

INVESTIMENTO

A maioria dos Softwares são oferecidos no mercado na modalidade de Software as a Service (SaaS), sendo assim, a empresa adquire o serviço através de uma mensalidade ou anuidade, e não executa, como era comum há alguns anos, a compra do software como um produto, tendo que renovar a compra a cada atualização. O Saas vem para proporcionar aos assinantes a atualização dos Softwares sempre que houver uma disponível. Com os Servidores BIM não seria diferente, os servidores também são oferecidos no mercado na modalidade de SaaS, juntamente com os benefícios dessa modalidade.

Fonte: SpBIM

A inserção de um Servidor BIM no cotidiano de uma empresa, por mais que proporcione um custo direto no caixa, gera um aumento no nível de organização e na otimização das atividades, proporcionando às equipes menos perda de tempo que poderiam aplicar na elaboração de mais projetos, assim aumentando a receita da empresa, ou na diminuição do número de funcionários, diminuindo os custos, balanceando o orçamento e otimizando suas atividades, independente da escolha da empresa de como adaptar-se ao novo cenário. Alguns softwares disponíveis para trabalho na nuvem são: Trimble Connect, ProjectWise 365, BIM360, BIMSync, Bimtrack.

NOVO CONCEITO DE SERVIDOR – AUTODESK FORGE

Dentro das opções entre os servidores BIM presentes no mercado, onde pode-se obter uma enorme organização dos arquivos do projeto, há um que vale ser destacado, tanto por ser um dos mais atuais como por sua proposta inovadora. O Autodesk Forge, além de proporcionar o armazenamento a seus usuários, também permite a elaboração de modelos diretamente da nuvem, não fazendo-se necessário a aquisição de um Software para a modelagem e outro para o armazenamento.

Além de oferecer esse benefício de modelar diretamente na nuvem, que evita a perda de dados, pois a modelagem através da rede garante que o modelo sempre estará salvo no servidor, o Autodesk Forge, também permite a criação de API`s, o que faz o usuário ser capaz de criar uma ferramenta ou aplicativos que o auxiliem em determinados processos, ou utilizar API`s de outros usuários. As ferramentas e novidades presentes no Autodesk Forge são mais abordadas em nosso artigo específico sobre.

CONCLUSÃO:

No mercado da construção atual, existem diversas ferramentas e softwares que vêm para otimizar, e até mesmo eliminar, alguns processos braçais e repetitivos, porém, o mercado da construção civil é uma das áreas que menos inovam no país, segundo uma pesquisa feita pelo IBGE, possuído um percentual de inovação de apenas 30%.

Para nós da SPBIM, temos ambos a utilização dos servidores físico e na nuvem em nossos trabalhos com construtoras e incorporadoras. O fato de muitas empresas e escritórios não se adaptarem à essas novas tecnologias, atrasam o avanço na área da construção, porém, com a promessa de grandes otimizações, a tecnologia as força a adaptar-se, pois, a partir do momento que uma única empresa se utiliza desses recursos, as demais acabam tornando-se menos competitivas no mercado, tendo que se atualizarem para manter seu poder em relação à concorrência.

Como aumentar a produtividade com o Dibac para SketchUp?

O Dibac é um plugin de exclusividade do SketchUp, desenvolvido para desenhos arquitetônicos que ajudara a sua modelagem a ser tornar próximo a um modelo BIM. Ideal para profissionais que tem uma grande demanda de projetos e gostariam de ter uma produtividade ampliada. O Dibac permite que você transforme a construção de desenhos 2D em 3D de forma automática sendo possível desenhar paredes, portas, janelas, armários e escadas, até mesmo componentes personalizados de forma dinâmica.

Dibac
Fonte: Dibac

COMO AUMENTAR SUA PRODUTIVIDADE COM O DIBAC PARA O SKETCHUP?

Como mencionado anteriormente o Dibac permite que o profissional possa construir um desenho de forma mais rápida. Sendo possível até mesmo fazer uma casa simples em até 5 minutos e podendo ampliar a produção de projetos.

Separamos aqui possíveis 10 funções com o Dibac:

  1. PAREDE:
    Com a ferramenta você define a parede de um ponto a outro, ao fazer o desenho em 2D você define a espessura, para isso basta digitar o valor desejado e clicar “ok”.
    Feito isso com a função ativa basta clicar onde foi o ponto inicial da parede e então definir o comprimento e desenhar.
Ferramenta Parede do DIBAC
Ferramenta Parede do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. PAREDE PARALELA:
    Esse comando permite que você copie uma parede paralela, tanto com a mesma espessura quanto com valores diferentes. Após especificar a espessura da nova parede basta posicioná-la ou digitar o valor da distância ou basta clicar em 2 pontos de referência (início e fim).
Ferramenta Parede Paralela do DIBAC
Ferramenta Parede Paralela do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. ESTENDER PAREDE:
    Semelhante ao comando “Extend” do AutoCad, com este recurso você estende ou diminui uma parede na vertical ou horizontal.
Ferramenta Estender Parede do DIBAC
Ferramenta Estender Parede do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. PORTAS:
    Após selecionar o comando basta editar as configurações da porta aplicando largura da folha e altura. Feito isso basta posicioná-la na parede desejada.
Ferramenta Porta do DIBAC
Ferramenta Porta do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. JANELAS:
    Ao selecionar o comando também é necessário que seja feito alterações nas configurações, definir comprimento, altura, peitoril e a folha da janela. Após definir as configurações basta aplicar no local desejado.
Ferramenta Janela do DIBAC
Ferramenta Janela do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. GUARDA-ROUPA:
    Com este recurso você disponibiliza as portas para aplicar em uma estrutura pré-definida e sendo assim fazer o Guarda-Roupa.
Ferramenta Guarda Roupa do DIBAC
Ferramenta Guarda Roupa do DIBAC
  1. MARCENARIA (CARPINTARIA):
    Com esta ferramenta você consegue inserir no projeto elementos nas paredes, sendo possível selecionar um elemento externo e aplicá-lo internamente, basta conferir o valor do peitoril antes de posicioná-lo.
  2. COMPONENTE:
    Serve para selecionar componentes e inserir elementos de fora do SketchUp no projeto. Lembrando que este comando não se aplica em janelas e portas.
Ferramenta Componente do DIBAC
Ferramenta Componente do DIBAC / Fonte: SpBIM
  1. STAIRS/ESCADAS:
    Com essa ferramenta, podemos inserir escadas no projeto. Ao seleciona-la você deve inserir as configurações de largura, altura, medida e espelho do piso. O mais incrível é que com ela você pode desenhar escadas livremente e o patamar é calculado automaticamente.
Ferramenta Escada do DIBAC
Ferramenta Escada do DIBAC / Fonte: SpBIM
  • CONVERTER PARA 3D:
    Com esse comando você transforma objetos 2D em 3D. Utilizado para levantar paredes, escadas e componentes do projeto, também possibilitando voltar do 3D ao 2D. Incrível não é?
Ferramenta converter D para D do DIBAC
Ferramenta converter 2D para 3D do DIBAC / Fonte: SpBIM

CURIOSIDADE: CASO TENHA INTERESSE EM SABER MAIS SOBRE PLUGINS (ADD INS) DE SKETCHUP, FIZEMOS UM ARTIGO NA ÍNTEGRA SOBRE O ASSUNTO:

TOP 5 PLUGINS [add-ins] PARA SKETCHUP

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM recomendamos na utilização do Dibac para realizar seus projetos através do SketchUp, pois o Dibac não só possibilita muitas funções como também garante mais produtividade e possibilitando o aumento na demanda dos seus serviços e projetos.

Internet das Coisas (Internet Of Things) e o BIM

Com a popularização e difusão da internet, a indústria têm se dedicado ao desenvolvimento de tecnologias interconectadas. Ou em termos técnicos, objetos com interconexão por IOT (Internet of Things) cuja tradução literal significa a Internet das Coisas, que se refere a interconexão entre os objetos e a internet. Popularmente, o IOT é a interconexão responsável por sincronizar o celular aos eletrodomésticos, carros, wearables (dispositivos tecnológicos utilizados como roupa tais como relógios, óculos, aparelhos auditivos), chaves, mesas, espelhos, entre outros.

No universo BIM tal conceito é vislumbrado no Digital Twin, um conjunto de componentes digitais (modelos, documentos e conjuntos de dados) que refletem todo o ciclo de vida do ativo, ou seja, corresponde a uma réplica digital de um elemento físico, com grande riqueza em dados.

Internet das Coisas no BIM
Internet das Coisas no BIM / Fonte: VivaDecora

BIM + IOT?

Com a automação de edifícios se tornando a solução mais eficiente em segurança, praticidade, economia e sustentabilidade, o IOT é vinculado ao Digital Twin para obter controle sobre os edifícios. De modo geral, o Digital Twin se torna um ativo capaz de receber informações, codificá-la ou até mesmo realizar funções automáticas no modelo físico, a partir da varredura de sensores, ou captura de câmera, ou através de intervenção manual no modelo digital. Outro ponto relevante é o poder do “I” do BIM, os softwares como Revit, Revit MEP, Archicad, Vectorworks e Sketchup deverão incorporar tais riqueza de informações no formato nativo e no IFC. Para elucidar melhor cada uma das soluções nós da SPBIM, separamos algumas aplicações práticas do BIM em cada uma delas.

  1. SEGURANÇA/MANUTENÇÃO:

Futuramente será comum identificar no BIM 7D (Dimensão responsável por operação e manutenção) após a execução a configuração/automatização na fase As built (LOD avançado) a possibilidade de vincula-lo ao IOT para avisar ou até mesmo desligar certos sistemas, quando existir qualquer situação atípica, como detecção de algum vazamento de gás ou hidráulico, ou acesso de pessoas não autorizadas a determinada área, ou em usos como prevenção de desastres por exemplo, através do modelo é possível ter a reflexão para tomada de decisão, uma ação preventiva antes de ocorrer situações catastróficas ou de grande perda patrimonial.

Casa Inteligente SpBIM
Fonte: SpBIM
  1. PRATICIDADE:

Após a execução e configuração/automatização do as built é possível vinculá-lo a IOT para automatizar e realizar funções como irrigação de jardins, ou no controle de qualidade de sistemas como climatização, exaustão/ventilação, ou uma pré configuração de iluminações das áreas de vivência de um edifício, ou no fechamento/abertura de determinada cobertura/abertura em função do clima. Imagine ter o controle de acessos através de biometria ou reconhecimento facial. Será possível até mesmo obter a transmissão de informações (dados) em tempo real, como a quantidade de vagas disponíveis em um estacionamento.

Internet das Coisas
Internet das Coisas / Fonte: Siemens
  1. ECONOMIA/SUSTENTABIBLIDADE:

Após a execução e configuração/automatização do As built é possível vinculá-lo ao IOT para detectar e até corrigir situações de desperdício, como desligar torneiras abertas por muito tempo, acionar responsável em caso de vazamentos ou discrepância em consumo, tais como denunciar mal funcionamento de equipamentos, ou seu uso indevido.

Internet das Coisas
Internet das Coisas / Fonte: Siemens

APLICAÇÃO PRÁTICA DO IOT VÍNCULADO AO BIM

Além das funcionalidades comuns de automatização já listadas anteriormente, o Digital Twin também poderá ser usado em treinamentos e simulações para qualificação profissional; e até mesmo operações a distância. A Petrobrás por exemplo, em seu Centro de Excelência em Análises e IA (Inteligência Artificial), inaugurado em 06 outubro de 2020, já começa o uso de tal artificio.

De acordo com Nicolas Simone, diretor-executivo de Transformação Digital da Petrobras, apresentou o projeto de capacitação e controle remoto através do uso do digital twin, que a princípio está sendo implantado como projeto piloto na plataforma P-50, que opera no campo de Albacora Leste, na Bacia Campos.

O piloto prevê o remonte de ideias e ações para reduzir custos e aumentar eficiência e segurança nas operações, pois preveem o acesso, controle e treinamento sem a necessidade de ir até a plataforma, sincronizando apenas as intervenções na plataforma através do gêmeo digital. O projeto do Digital Twin da P-50 é um desenvolvimento em parceria com a Repsol Sinopec Brasil, AVEVA, Senai RJ e Senai Cimatec.

Digital Twins
Fonte: SpBIM

Caso queira ler um conteúdo especifico sobre integração com automação e robótica no BIM, escrevemos um artigo interessante: Arduino e BIM.

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos o avanço das tecnologias IOT e entendemos a importância de implantação da sua interconexão em BIM, pois além de uma alternativa futura para o controle e desempenho de edifícios, em quadro pandêmicos, tal como a vivenciada neste ano de 2020, tal sistema pode garantir a segurança sem afetar o funcionamento de edifícios essenciais para estabilizar a economia.

Agentes como o BIM manager munidos de um Plano de Execução BIM, BIM Mandate e padrões de EAP serão essenciais para tal a continuidade do BIM e ser utilizado posteriormente no IOT e o BIM 7D por exemplo. O Decreto BIM buscara futuramente incorporar o uso do IOT através do plano de implantação nacional (democracia no BIM) para cuidados do patrimônio com operação e manutenção após o sucesso da implantação prevista do BIM3D, BIM4D e BIM5D.

 

FIBRA ÓTICA vs CABO no BIM?

Fibra Otica ou CABO
Fibra Ótica ou CABO / Fonte: SpBIM

Que a internet se tornou essencial para o cotidiano das pessoas em o todo mundo já sabemos, agora qual é o melhor sistema quanto a qualidade na troca de informações e velocidade da internet no dia a dia de um escritório de projetos ou construtoras?
Neste artigo buscamos demonstrar como as variações da internet FIBRA ÓTICA vs CABO impactam na velocidade de troca de dados no BIM?

BREVE HISTÓRIA

Antes de apresentarmos as principais variações entre a internet a cabo e fibra ótica é preciso entender um pouco porque a internet foi desenvolvida. Internet ou rede mundial de dados trata-se de uma rede que teve o desenvolvimento inicial ainda no período da Guerra Fria, em meados da década de 1960, visando a comunicação e armazenamento de dados do exército norte-americanos em caso de queda dos sistemas tradicionais de comunicação da época, além da descentralização das informações, sendo conhecida por ARPNET ou “mãe da internet contemporânea” em pleno século XX.

Os testes mais promissores foram feitos entre na Universidade da Califórnia, Instituto de Pesquisa de Stanford e na Universidade de Utah, tendo o seu primeiro grande feito marcado pelo Wide Area Network ou apenas WAN (Rede de Longa Distância), que permitiu a comunicação entre os computadores do tipo TX2 e Q-32 em diferentes cidades americanas através do cabos de rede. A partir daí a tecnologia continuou avançando de forma acelerada, tendo centenas de computadores conectados ainda na década de 1970.

Centro de Dados
Fonte: SpBIM

Até então o termo “internet” popularmente conhecido e entendido nos dias de hoje ainda não havia sido citado, sendo utilizado apenas após o desenvolvimento do TCP/IP por Vint Cerf e Bob Kahn, que trata-se de uma série de protocolos de transmissão de dados que visa facilitar a comunicação entre redes, garantindo que não fosse necessários realizar alterações de interface e que os pacotes de dados enviado chegassem na mesma ordem que foram enviados, sendo utilizado até os dias de hoje e intitulado como o principal serviço de INFRAESTRUTURA DE INFORMAÇÃO GLOBAL desde  1983 – até meado dos anos 1990 era utilizada principalmente para troca a de e-mails entre cientistas do meio acadêmico e entre o próprio governo.

TCP IP
TCP/IP / Fonte: SpBIM

Foi  a partir daí que a internet se firmou como o principal meio de comunicação mundial, surgindo então diversos sistemas que ampliam a experiência de comunicação e armazenamento de dados, como é o caso do primeiro site da internet o World Wide Web (WWW) e desde então a tecnologia da informação vem avançando cada mais, tendo novidades significativas em pouco tempo, como é o caso do armazenamento de dados via nuvem (2000) – um avanço significativo que só foi possível após tantas outras tecnologias dedicadas a ciência da comunicação que vem sendo desenvolvida ao longo dos anos, passando de uma ciência exclusiva dos governos e instituições de ensino, para um serviço  comum à empresas e usuários pessoais.

No Brasil a internet comercial e com maior acesso aos públicos começou a ser instalada apenas em 1998, após 27 anos de sua criação, como o estabelecimento da Lei Geral das Telecomunicações (LGT, Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997) e criação da agência reguladora nacional Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O objetivo da LGT associada a emenda constitucional de 1995 era a não monopolização do fornecimento de serviços de telecomunicação no Brasil, detido pela Telebrás, permitindo assim que empresas privadas de provedores de internet pudessem expandir seus negócios em todo o território nacional, tendo maior valor competitivo e possibilitando o acesso à web ao maior número de brasileiros possíveis – privilégio das universidades e do governo até então.

INTERNET NO BRASIL

A princípio a principal forma de conexão nacional era via internet discada ou Dial modem, uma conexão via linha telefônica, tendo velocidade instável e chegava 56,6kbps no máximo. Além da lentidão de conexão, ainda apresentava diversas restrições como por exemplo:  o computador precisava ficar ao alcance do fio e o telefone não poderia ser usado enquanto a internet estava conectada, além do alto custo fazendo como que os usuários optassem pelos horários com menores tarifas (madrugada e finais de semana).

Internet Discada IG
Internet Discada IG / Fonte: IG

Aos poucos a internet discada foi avançando, passando da xDSL para a tão conhecida Banda Larga. Com o desenvolvimento dessa nova forma de se conectar com a web possui diversas variações e foram sendo desenvolvidas como a internet móvel, via rádio, DSL (Digital Subscriber Line), chegando na Internet a Cabo e Internet de Fibra Ótica.

Internet de Banda Larga
Internet de Banda Larga / Fonte: Docplayer

A conexão Internet a Cabo é sem dúvidas a mais popular e é utilizada de forma muito significativa nos dias de hoje, com o aumento da velocidade de conexão podendo chegar até 128kbps – sendo 55% mais rápida que a discada, independente da linha telefônica e foi uma tecnologia importada das famosas TV a Cabo, sendo muito comum empresas do gênero também fornecerem esse tipo serviço.

Por tratar-se de informações transportadas por cabo de cobre, diversos pontos negativos são atribuídos a essa forma de conexão. Como por exemplo:

  • Alta demanda por espaços para armazenamento dos cabos
  • Fragilidade dos fios de cobre as intempéries do meio externo
  • Complexibilidade na manutenção, causando uma entrega inferior da velocidade contratada resultando em insatisfação do cliente.

A partir das necessidades de uma melhor conexão e maior velocidade no transporte de dados, foi empregado a utilização da fibra ótica/fibra de VIDRO ULTRADURO, tendo por base a sílica material mais rentável do que os metais utilizados nos cabos de cobre, pois são abundantes na natureza. A tecnologia de fibra ótica permite que os dados sejam transportados através da reflexão da luz no seu interior, assim transmitido os dados de forma mais rápida na VELOCIDADE NA LUZ.

ADSL e Fibra Otica
ADSL e Fibra Otica / Fonte: Konnet

Imaginamos que o vidro fosse um material frágil, mas não, a fibra utilizada possui a espessura de um fio de cabelo humano com resistência a altas pressões, temperatura e à tração, podendo resistir a até 42 toneladas por cm². Resultando em menos interferências eletromédicas, maior velocidade associada a maior quantidade de dados transportado.
Além de tratar-se de material de alta resistência e com alta estabilidade na conexão esse tipo de tecnologia apresenta maior SEGURANÇA E PRIVACIDADE DOS DADOS, afinal não tem como as luzes emitida para levar as informações a saírem do cabo, fazendo com que a segurança e privacidade dos dados sejam mantidas. Mesmo com tantos pontos positivos ainda não está disponível em massa para os usuários do mercado brasileiro, devido ao custo elevado e manutenção especializada, mas esse cenário tende a melhor por incentivo das empresas privadas que solicitam de forma maciça esse tipo de conexão e por ser um exigência em alguns tipos de serviços como é o caso do BIM por exemplo.

IMPACTOS DA CONEXÃO DA UTILIZAÇÃO NO BIM

Agora que entendemos um pouco de como a maior tecnologia do século XX se desenvolveu ao longo dos anos, vamos entender sua relação com os Modelos de Construção Virtual. O atraso na utilização da internet no Brasil também influenciou a difusão do BIM nas construções nacionais, prejudicando então a gestão e o resultado das obras.
Convenhamos que um dos pilares do BIM é a Tecnologia, e de fato a falta deste tipo de recurso nos prejudica.

Uma das principais vantagens do BIM está diretamente relacionada simultaneidade da utilização das informações da construção, troca de informações em tempo real seja entre os colabores da obra, entre projetistas e até mesmo entre obra e projetistas.
Toda essa comunicação só é possível a partir da utilização da internet, afinal sem ela a metodologia não estaria sendo aplicada de forma efetiva, voltado então para o método tradicional. Logo para que diversos usuários estejam conectados de forma simultânea em um mesmo arquivo, como são feitos os trabalhos colaborativos em Modelo Federado,  é necessário uma conexão estável, com alta velocidade na transferência de arquivos (download e upload) e um dos principais e mais difíceis desafios dos espaços atuais é a falta de espaço para armazenamento dos dados e fios de comunicação, viabilizando a utilização dos serviços de armazenamento via nuvem como nos softwares BIMSYNC, BIM360, usBIM.platform, BIMCOLLAB,  BIM TRACK.

Nuvem
Nuvem / Fonte: nxfacil

Os três pontos apresentados acima tornam viável a utilização metodologia BIM em todas as etapas do ciclo de vida da construção (LOD), a ausência dessas características faz com que o trabalho seja ineficiente, resultando em atrasos nos prazos, triplicando o retrabalho e incoerências entre projeto e execução em obra.

Agora nos perguntamos: qual tipo de conexão de internet escolher? Veja abaixo os prós e contras entre a Internet a Cabo e Internet de Fibra Ótica:

CABO

Prós:

  • Maior velocidade em relação a formas das conexões anteriores (internet discada)
  • Independência da linha telefônica
  • Baixo custo em relação a outras tecnologias mais avançadas
  • Serviço prestado pela maioria das empresas de internet nacionais

Contras

  • Demanda de espaço para passagem de fios
  • Alto custo de manutenção pela fragilidade do material
  • Instabilidade da velocidade da internet
  • Interferência na emissão de campos eletromagnéticos

FIBRA ÓTICA

Prós

  • Estabilidade de conexão
  • Dimensões reduzidas, demandando poucos espaços de armazenamento
  • Material mais durável e resistente
  • Maior velocidade no download e upload da dados
  • Privacidade dos dados

Contras

  • Serviço pouco difundido no Brasil
  • Manutenção por equipe especializada
  • Custo final pouco acessível para usuários domésticos

CONCLUSÃO:

Ficou claro como a internet é essencial para o bom andamento de projetos e gestão em geral na metodologia BIM, sendo essencial uma alta velocidade na transferência e recebimento de dados, portanto nós da SPBIM indicamos para nossos alunos e clientes a contratação de serviços de fibra ótica, prezando assim pela eficiência da comunicação e troca de informações juntamente com toda a equipe envolvidas nas etapas do ciclo de vida de empreendimento.

O que é Documentação BIM?

Você sabe o que é documentação BIM?

documentacao bim
Documentação / Fonte: SpBIM

Para que serve? Em qual fase de projeto é considerado documentar? Ao ler documentação muitas pessoas se assustam, afinal trata-se de uma série de informações incluídas em projetos para aprovação de quantitativos e se torna primordial para o empreendimento onde a obra deverá atender as expectativas projetuais.

3D apresentação de Documentação BIM
3D apresentação de Documentação BIM / Fonte: SpBIM

Em paralelo durante o desenvolvimento do projeto, sabemos que cada fase projetual como EV (Estudo de Viabilidade), EP (Estudo Preliminar), AP (Ante projeto), PB (Projeto Básico), PE (Projeto Executivo) e As Built exigem diferentes tipologias de grafismo e de anotações 2D, essa equivalência no BIM denominamos LOD (Level of Development) ou em português ND (Nível de Desenvolvimento). No projeto Executivo por exemplo onde investimos a maior parte do tempo na realização da documentação, geralmente este esforço no BIM equivale em 80/20 sendo 80% esforço em modelagem e 20% esforço em documentação (anotação 2D + configuração gráfica) baseado no histórico de nossos clientes aqui da SPBIM, caso você gaste um tempo superior a esta proporção pode haver algum erro no Template, na biblioteca ou no próprio desenvolvimento do projeto. A documentação é uma forma de definição e apresentação dos quantitativos e dimensões dos elementos projetados, sendo a etapa mais técnica do processo projetual e que será encaminhada para a obra através do meio digital e físico (papel).

A partir das informações geradas nesta fase de projeto, por exemplo, que órgãos de fiscalização fazem a verificação e aprovação do mesmo perante as normas e padrões de segurança, por tanto é essencial que o projeto esteja dentro os parâmetros normativos das fases de projeto e até mesmo representação gráfica técnica das informações, como consta na NBR 6492/94 de Representação de Projeto de Arquitetura por exemplo.

Documentacao pavimento tipo do Curso de Revit Avancado
Documentacao pavimento tipo do Curso de Revit Avançado / Fonte: SpBIM

De acordo com a NBR 6492/94 a documentação de projetos arquitetônicos necessita atender padrões de representação gráfica, como:

  • peso gráficos
  • norte
  • cotas
  • marcação de eixos
  • cortes
  • detalhes
  • títulos dos desenhos
  • padrões de folhas com margens, carimbo e dobras

Outros padrões como a comunicação e compreensão dos projetos são feitos de forma mais assertivas por todos os profissionais envolvidos, sejam eles arquitetos, engenheiros ou especialistas complementares.

A documentação representa cerca de 50% do esforço do profissional, levando em consideração que todo o projeto é desenvolvido com o método tradicional CAD, onde cada uma das anotações como cotas e linhas de anotação são feitas de forma manual e sem associação direta com o elemento cotado – sempre dentro dos padrões definido pela norma.

Quando analisamos a proporção de esforço para documentação em projetos em BIM, obtemos esforço de 20% em comparação com a dedicação total para o desenvolvimento do projeto. Tal comparação é muito importante do ponto de vista de qualidade e produtividade das atividades de um escritório, afinal a documentação não deveria consumir mais tempo do que a fase projetual, que de fato qualifica a necessidade de um profissional.

Aos diversos ganhos com a utilização do método BIM em projeto de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) incluem agilidade na realização da documentação, pois diferentes do método tradicional as anotações, cotar e na inserção de simbologias gráficas são feitas simultaneamente ao desenvolvendo do projeto, sendo essencial para validação e constante verificação dos modelos.

Cortes padronizados com modelos de vista
Cortes padronizados com modelos de vista / Fonte: SpBIM

Quando entendemos que ao utilizar softwares e metodologia BIM o fluxo de trabalho é totalmente diferente, assim como as prioridades e entregáveis.
A “auto compatibilização simultânea” é um dos diferenciais dessa metodologia, permitindo o profissional  projetar e verificar sua modelagem ao mesmo tempo, seja através da documentação fazendo o uso de  um template com padrões de cotas, filtros, sobreposições gráficas e até mesmo com a utilização programação  visual através de softwares BIM compatíveis com a ferramenta utilizada, como por exemplo o Dynamo para Revit e o Grasshopper  para Rhinoceros 3D e integrado no Archicad.

Tais recursos otimizam ações de baixa, média e alta complexibilidade dando ao profissional maior segurança e rapidez, ao projetar uma casa de 200m² ou um estádio de 10.000m². O template é sem dúvida o principal recurso de otimização dessas atividades, tento todos os padrões de linhas, textos, cotas, escalas e símbolos já definidos para cada etapa de projeto e pode ser desenvolvido de forma exclusiva cada do escritório ou profissional. Com o template é possível aplicar modelos de vistas previamente definidos, que de forma automática aplica padrão de textura, escala, simbologias e até mesmo impressão em diversas vistas ao mesmo tempo – suas alterações de padrões também são realizadas de forma sincronizadas e automática com apenas um clique em “aplicação de modelo de vista”.

O Template pode ser adquirido como um padrão de outros profissionais (porém funcionara somente se souber a metodologia de quem o desenvolveu com um devido treinamento direcionado), outro método é como nós da SpBIM realizamos, onde ensinamos em nossas consultorias e treinamentos para os escritórios a como criar/desenvolver o seu próprio “template”, afinal cada empresa existe as sua forma de apresentar o projeto. Recomendamos após um processo mais consolidado o suporte de profissionais internos como no caso do BIM Manager (Gerente BIM) para integrar os processos digitais no Plano de Execução BIM das empresas e nos Manuais de BIM.

Documentacao do Curso de Archicad
Documentação do Curso de Archicad / Fonte: SpBIM

Outra diferença da anotação realização em BIM para CAD é a facilidade em alteração da escala de projeto, sem a necessidade de réguas de cotas, alteração de peso gráfico, textos, tabelas e até mesmo símbolos, pois tais elementos são automaticamente ajustados de acordo com a variação da escala gráfica escolhida, eliminando retrabalho do fluxo de atividades caso seja necessário realizar tais alterações.

camadas documentacao bim
Fonte: SpBIM
viewport
Viewport / Fonte: SpBIM

Ao projetar e documentar projetos em softwares tradicional, como é o caso do Autocad, é comum encontrar fundo escuro como área de trabalho dentro da ferramenta, fazendo com que o profissional necessite pensar como aquelas serie de linhas em cor cores variadas serão representada quando forem para impressão em papel com fundo branco (mais conhecido como CTB), sendo então uma preocupação para o projetista que acaba ocupando uma fração do tempo, pouco relevante para o projeto mas que necessita ser dedicada para apresentação e compreensão do conteúdo projetado. Isto não acontece ao realizar a modelagem e documentação de projetos em Archicad, Revit, Revit MEP, Vectorworks e Sketchup por exemplo, pois o mesmo padrão visível na tela do computador corresponde ao que será impresso, fazendo com que possíveis erros e até mesmo tempo gasto com esse tipo de preocupação sejam eliminadas.

Curso de Revit e Archicad
Curso de Revit e Archicad / Fonte: SpBIM

Mais uma vez percebemos como o BIM apresenta uma serie de benefícios, seja na agilidade de processos, melhor desempenho na modelagem e até mesmo nas atividades que muitas pessoas não associam ao projeto, mas que fazem parte primordial do processo e apresentação dos elementos projetados, como é o caso da documentação e anotação.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM acreditamos que a produtividade e qualidades são essenciais para profissionais e escritório, tendo em vista que o BIM como o seu principal aliado na otimização das diversas atividades seja elas projetuais BIM3D, planejamento BIM4D, orçamentarias BIM 5D, e até mesmo na documentação dos modelos desenvolvidos em softwares de modelagem da construção.

BIM para Interiores

INTERIORES EM BIM?

Quando pensamos em  BIM logo associamos a complexos projetos de engenharia e arquitetura, mas com o BIM podemos otimizar e melhorar projetos em diversas escalas, incluindo projeto de interiores.

3D apresentação de Documentação BIM
3D apresentação de Documentação BIM / Fonte: SpBIM

O que a maioria das pessoas não entendem é a complexidade que projetos de interiores chegam e que não se resumem somente a uma seleção de mobiliários assinados, revestimentos conceituados e paleta de cores, bons projetos de interiores estão diretamente ligados a diversas soluções de infraestrutura, analises de conforto térmico, lumínico, sonoro e entre outras competências. Não correspondem a nichos exclusivos como casas e apartamentos, o projeto de interiores busca atender desde grandes espaços de exposições, pavimentos coorporativos, shoppings centers e entre outros espaços habitados pelo homem.

Compreendendo as demandas necessárias para este tipo de projeto é imprescindível a utilização do BIM como forma de aumentar a precisão das soluções propostas, compatibilização projetos complementares (elétrica, hidráulica, ar condicionado entre outros), agilidade nas fases de projeto de acordo com o nível de desenvolvimento (LOD) – resultando em menos gastos com o homem-hora por projeto (BIM3D), maior confiabilidades e mais assertividade nas estimativas de custos (BIM5D) e uma melhor eficiência no planejamento da obra em questão (BIM4D).

Para entender os benefícios da utilização da metodologia em projetos de interiores é necessário compreender a disparidade entre projetos produzidos em software BIM (Modelagem com Informação da Construção) e CAD (Desenho Assistido por Computador), que está baseada na principalmente na utilização da informação.

Ao produzir um desenho no AUTOCAD, por exemplo, temos por resultado uma serie de linhas e anotações que juntos resultam em gráficos em 2D ou 3D. Ao analisar esses gráficos é possível obter poucas informações sobre a construção, materiais e sistemas de instalações, afinal a única representação identificada que está sendo apresentada é a intenção do projetista através de linhas e cores. Já no por exemplo ARCHICAD, REVIT, VECTOWORKS e SKETCHUP principais softwares BIM utilizados para projeto de interiores, não é produzido um desenho mas sim um modelo do projeto a ser executado, onde cada um dos elementos apresentado possuem parâmetros capaz de informar: custo, dimensões, características físicas do material, seus sistemas construtivos e entre outras informações competentes.

Curso de BIM para Interiores
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM

COMO PROJETAR INTERIORES EM BIM?

A elaboração de projetos deve estar pautada em metodologia e em constante abastecimento das informações do modelo, diferente do que a maioria das pessoas acreditam produzir cortes, plantas e elevações automáticas não são os principais ganhos das ferramentas BIM mas sim a possibilidade de gerenciar informações reais de acordo com a necessidade da fase projetual. Nesta metodologia a organização projetual e compreender a real necessidade das informações é de suma importância, é por isso que padrões de nomenclatura influenciam diretamente em como essas informações vão ser filtradas e demonstradas.

Na imagem abaixo apresentamos um gráfico que indica o tempo de dedicação em cada fase do projeto em relação com o esforço e custo desempenhado nas duas modalidades de projeto, INFORMAÇÃO BIM x DESENHO CAD.

A partir disso é possível compreender que é necessário maior esforço no abastecimento da modelagem BIM nas fases iniciais, Estudo Preliminar e Anteprojeto, diferente do método tradicional CAD, onde o esforço é maior na fase final de projeto, Projeto Executivo.

Livro Manual de BIM
Livro Manual de BIM / Fonte: Eastman

Com maior dedicação nas fases de estudo preliminar e anteprojeto no BIM é possível prevenir e resolver conflitos que só seriam encontrados na fase de executivo no método tradicional ou até mesmo em obra, gerando um maior gasto com homem-hora na compatibilização e revisões de projeto e a necessidade de lidar com diversos conflitos na fase execução. A utilização do 2D e 3D simultaneamente colabora com redução de tempo de compatibilização de projeto, além da utilização do CLASH DETECTION que identifica conflitos com poucos cliques, sendo mais uma vez uma forma de reduzir tempo nas atividades de conformação projetual, sendo muito utilizado softwares destinados a compatibilização, como por exemplo o Navisworks e o Solibri, facilitando a coordenação de projetos tanto para novas construções como para reformas, recebendo arquivos de todas as disciplinas do projeto.

Durante a modelagem é essencial que o projetista compreenda a forma com que o projeto será executado e orçado, pois a partir dessa compreensão será definido quais ferramentas serão utilizadas na modelagem. Diferente do que as pessoas imaginam o nome da ferramenta não define o produto da modelagem, por exemplo, ao modelarmos uma soleira é utilizado a ferramenta viga, pois o que é levado em consideração não é o nome da ferramenta de trabalho, mas sim quais informações serão possíveis extrair. Nesta situação, a ferramenta carrega informações de ESPESSURA (ALTURA) X COMPRIMENTO X LARGURA, exatamente o que deverá ser passado para o fornecedor durante o orçamento.

Bancada revit
Bancada Revit / Fonte: SpBIM
  1. Família: Componente de Gabinete (Casework)
  2. Classificação Omniclass: 23.40.35.00
  3. Nome: Bancada retangular
  4. Dimensões:
    Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
  5. Acessórios: Texto
  6. Fabricante: XXXXX
  7. Modelo: XXXXX
  8. Valor: $$$
  9. Classificação IFC: Furnishing Element
  10. LOD: 300
Bancada Archicad
Bancada Archicad / Fonte: SpBIM
  1. Objeto GDL: Hidrosanitário
  2. Classificação Omniclass: 23.40.35.00
  3. Nome: Bancada retangular
  4. Dimensões: Comprimento (m) x Profundidade (m) x Altura instalação (m)
  5. Acessórios: Texto
  6. Fabricante: XXXXX
  7. Modelo: XXXXX
  8. Valor: $$$
  9. Classificação IFC: IFC Flow Terminal
  10. LOD: 300

Na etapa orçamentaria é extraído dados de quantitativos de forma automatizada, definindo de forma precisa a área do material, acrescentar a porcentagem de perda e valor de mão de obra, tornando os orçamentos mais reais.

Ao explorar as informações inseridas no modelo, quantitativos, é possível ainda nas fases iniciais quantificar as despesas de obra, possibilitando a interferência do cliente no valor final da obra ainda na fase de criação. Por exemplo, prever o valor médio de gastos com mão de obra, suprimentos base (pedra, cimento, areia), acabamentos, mobiliário e entre outros.

COMO IMPLANTAR O BIM EM INTERIORES?

Treinamento de Archicad no Escritorio Pita Arquitetura
Treinamento de Archicad no Escritório Pitá Arquitetura / Fonte: SpBIM

Antes da realização da implantação de qualquer software BIM e necessário entender o próprio negócio (escritório), seu fluxo de trabalho, necessidades da equipe, segmento de atuação e quais são os pontos a serem melhorados nos processos interno. É feita por um consultor/empresa de BIM (SpBIM), que irá analisar, entender a rotina e necessidades do escritório, além de realizar uma investigação aprofundada nos projetos já desenvolvidos e quais ganhos deveram ser explorados com a metodologia. Somente a partir dessa compreensão será discutido quais ferramentas atendem melhor as necessidades reais da empresa, afinal existem uma gama de software BIM a serem explorados, como VECTORWORKS, ARCHICAD, SKETCHUP , REVIT e  entre outros.

Ao escolher um software é necessário compreender os custos para o investimento em licença, treinamento, suporte técnico, interface e entre outros fatores que estão diretamente ligados a ferramenta de trabalho, mas que na maioria das vezes as pessoas acabam esquecendo de incluir mensurar o tempo investido, nós aconselhamos o apoio de profissionais que trabalham com projetos e que possuem experiência com diversas ferramentas para orientar da melhor forma.

Curso de BIM para Interiores
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM

Além dos custos é necessário definir estratégias de implantação, que irão definir quem serão os profissionais capacitados, a utilização ou não de um projeto piloto, quanto tempo será dedicado em cada etapa de capacitação e definição dos ganhos e metas em cada fase da implantação. Além disso tudo, é necessário após a implantação a contração de um Bim manager ou Equipe BIM para garantir a continuidade da implantação continua através de Manuais de BIM, Plano de Execução BIM, Templates e Bibliotecas BIM, automação de rotinas diárias como o uso do Grasshopper e Dynamo já implementadas pelas empresas de consultoria BIM.

Curso de BIM para Interiores
Curso de BIM para Interiores / Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Por fim é possível concluir como o BIM garante uma maior produtividade, qualidade e assertividade no desenvolvimento de projetos de interiores, possibilitando aos profissionais maior credibilidade em seus serviços, otimização de equipe e a capacidade de desenvolver mais projetos. Nos dá SpBIM acreditamos no potencial desta metodologia, em como está presente-futuro nos escritórios e para profissionais de interiores no mercado da construção civil.
A SpBIM ficará à disposição para colaboração no desenvolvimento efetivo do BIM desde a criação até a entrega da obra.

O que são Smart Cities?

SMART CITIES (CIDADES INTELIGENTES)

Você já parou para pensar como as cidades estão cada vez mais sobrecarregadas e que não atendem as necessidades dos moradores de forma efetiva? O déficit habitacional, sucateamento da educação, problemas com ambientes, defasagem dos sistemas público de transporte, espaços públicos pouco atrativos logo subutilizados e entre tantos outros pontos negativos que envolvem nossas cidades e que devem solucionar cujo objetivo é melhorar a economia e a qualidade de vida dos moradores.

Smart Cities SpBIM
Fonte: SpBIM

Tento em vista esses objetivos um novo conceito de cidade vem sendo desenvolvido e aplicado em diversas cidades do mundo, Smart City, ou Cidade Inteligente, trata-se de uma nova forma de olhar os ambientes urbanos.
Mas afinal, o que são Cidades Inteligentes? Trata-se de um termo utilizado para designar cidades mais sustentáveis e tecnológicas, cujo inovações do mercado direcionam suas ações de melhoria, como, por exemplo, monitoramento em tempo real de vias de trânsito, possibilitando o redirecionamento dos fluxos, revitalização de espaços urbanos e entre outras soluções.

O conceito de cidade inteligente (Smart City) é a essência no planejamento urbanos contemporâneo, estando presentes tanto nas novas cidades que veem sendo projetadas no mundo todo, como foi o caso de Dubai nos Emirados Árabes, como por cidades já consolidadas que passam por modernização, assim como aconteceu na cidade de Copenhagen na Dinamarca. Existem cidades no qual o BIM está avançando com as metodologias e necessidades sendo obrigatórias, desde manuais bim a planos de execução bim. Essas cidades recebem o título de Smart Cities por fazerem uso das novas tecnologias tanto para entender as necessidades dos habitantes, como para desenvolver estratégias de melhorias, aplicação de soluções, manutenção de infraestruturas e ainda a constante troca de feedbacks com a população.

As melhorias são obtidas a partir da integração de informações e o trabalho colaborativo entre as diversas empresas responsáveis pelo planejamento, construção e manutenção da cidade, fazendo com que muitos teóricos rotulem essa nova forma de pensar o urbanismo como Cidades Conectadas, afinal trata-se de uma série de soluções que devem estar sendo constantemente atualizadas, discutidas e verificadas pelos responsáveis técnicos, poder públicos e a própria população de forma conjunta.

Os avanços de aperfeiçoamento do ambiente urbano são desenvolvidos a partir de uma série de estudos desenvolvidos em parcerias com os próprios habitantes, através de coleta de informações do cotidiano, obtidas através do TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), fazendo a ponte de comunicação entre os habitantes com a rede gestora da cidade, viabilizando a implantação e promoção de práticas mais sustentáveis e rentáveis para os meios urbanos.

Cidade Inteligente
Cidade Inteligente / Fonte: SpBIM

5 CARACTERISTICAS DAS CIDADES INTELIGENTES

Algumas características são essenciais para se definir uma cidade como Smart City, quanto melhores tais características forem trabalhadas e geridas nos meios urbanos mais inteligentes será considerado o município e mais benefícios estarão disponíveis a população. Entenda as 5 características das cidades inteligentes a seguir:

POPULAÇÃO

Promover uma cidade pensada para a necessidade de seus habitantes é primordial para uma cidade inteligente. Somente com a participação da população é possível realizar discussões e decisões sobre como melhorar problemas urbanos.

QUALIDADE DE VIDA

Trata-se do objetivo esperado com a aplicação do novo conceito de cidade, fazer com que o município seja pensado para trazer melhorias no dia a dia das pessoas e na economia local, como por exemplo a requalificação de espaços livres subutilizados.

SUSTENTABILIDADE

Garantir a existência de recursos para próximas gerações sem impactar de forma negativa na qualidade de vida dos atuais moradores, é uma das principais preocupações das cidades inteligentes. Fazendo uso de iniciativas que estimulam tais práticas, como educação da importância da natureza, preservação da cultura e entre outros. No interior do Ceará foram realizados iniciativas de conscientização com os moradores da Smart City Laguna, fazendo com que a comunidade fosse incentivada a plantar árvores com seu nome nos espaços livres, gerando assim uma conscientização através do sentimento de pertencimento da população com a vegetação ali plantada.

GOVERNO

O poder público é o principal organizador da cidade e gestor de todas as atividades, sendo necessário aproximar a população, facilitando a comunicação entre gestores públicos e moradores, equilibrando necessidades e a forma com que as soluções serão feitas e vistas por todos. É por isso que a utilização das tecnologias como aplicativos gratuitos para smartphone vem sendo empregadas por muitos municípios, como é caso da cidade de Barcelona que desenvolveu o Bústia Ciutadana, uma forma dos moradores comunicarem aos órgãos públicos os incidentes que ocorrem em toda a cidade pelo próprio celular.

MOBILIDADE

O planejamento e gestão da mobilidade urbana é feita a partir de uma série de informações em tempo real, obtidas através de sensores de trânsito indicando a intensidade do tráfego pelas vias ou aplicativos onde os próprios moradores podem indicar problemas nas vias, possibilitando o direcionamento dos fluxos e manutenção.

O novo conceito de cidade vem sendo aplicada em todo o mundo, inclusive no Brasil. Por tratar-se de uma noção contemporânea de urbanismo e que as cidades estão em constante mudanças não é possível definir uma cidade que atenda 100% as diretrizes de uma Smart City, mas é possível identificar diversos municípios que se destacam ao fazer uma boa gestão com base nos seus critérios. O Ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas) é uma forma de classificar as cidades que melhor utilizam os critérios de Cidades Inteligentes, sendo desenvolvido pela parceria da Urban Systems + Necta, que visa compartilhar conhecido sobre o tema no Brasil e ainda desenvolve o ranking a partir de uma série de parâmetros analisados por técnicos da área, sendo possível acessar aos resultados CLICANDO AQUI.

Nos último Ranking CSC 20, São Paulo – SP é considerado o município mais inteligente do Brasil, assim como a cidade de Ipojuca – PE leva o título de principal cidade inteligente quando o assunto é segurança pública.

O BIM É UTILIZADO NA SMART CITIES?

O Building Information Modeling (BIM) está pautado principalmente na elaboração de projeto de forma colaborativa, ou seja, manter todos os projetistas conectados e em constante comunicação do modelo bim desenvolvido a partir da modelagem BIM3D. Logo, esse modelo federado, vem sendo utilizado de forma essencial no projeto, planejamento BIM4D, orçamento BIM5D, construção, manutenção BIM7D e adequação dos ambientes construídos para realização dos famosos Gêmeos Digitais BIM das cidades inteligentes.

A utilização de tecnologias na construção civil vem revolucionando a forma como fazemos construção e reforma, evitando desperdício, otimizando tempo e custo final das construções além de viabilizar soluções que antes não eram empregadas, pois possuíam muitas complicações que ainda não eram possíveis serem executadas.

Ao fazer uso de softwares de projeto em BIM é possível utilizar outras inovações disponíveis no mercado, como é o caso da Nuvem De Pontos da Matterport, por exemplo, para escaneamento de edificações, bairros e até mesmo cidades inteiras, permitindo maior precisão e agilidade aos projetistas ao desenvolverem projetos de infraestrutura, como a construção de uma estação de trem ou até mesmo a revitalização de prédios históricos, facilitando a elaboração de vistas e corte de qualquer parte do levantamento escaneado.

No BIM e nas Smart Cities nada deve ser analisado de forma isolada, devemos observar como um todo, seja na relação de um prédio ao seu entorno ou até mesmo disciplinas como abastecimento de água e a mobilidade urbana, mesmo tratando-se de disciplinas diferentes é de suma importância analisar as interferências e a relação das mesmas com o objetivo de evitar falhas e desperdícios, reduzindo o tempo de projeto e de obra ao final do projeto, é possível atualizar de acordo com o que foi construído, fazendo com o que o As Builts (LOD) seja sempre atualizado conforme as necessidades de manutenção e operação dos empreendimentos.

Ativo
Fonte: SpBIM

CONCLUSÃO:

Por tanto é possível concluir como a utilização de novos conceitos, como o Smart Cities, podem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento das cidades e melhoria da qualidade de vida população, tendo o BIM como principal aliado para as obras de melhoria das infraestruturas públicas. Não será uma novidade no futuro quando o Decreto BIM estiver consolidado no Brasil.
Nós da SPBIM acreditamos que o uso das tecnologias devem estar cada vez mais presente no planejamento das cidades, resultando em ganhos positivos tanto para a economia local como ao uso diário dos habitantes que residem naquele espaço.

O que é um GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos)?

GED
Fonte: SpBIM

Do inglês ECM (Enterprise Content Management) ou Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) ou Gestão Eletrônica de Documentos (GED) trata-se de softwares de administração, que foram potencializados com o avanço da tecnologia de armazenamento de dados via nuvem, tendo por objetivo gerar, processar, armazenar, compartilhas e recuperar informações a partir de um banco digital de dados. A partir desses objetivos é assegurado o acesso aos documentos de forma mais prática e com menor custo, através de ações automatizadas mitigando falhas.

Ao realizar uma atividade diversos documentos são emitidos, sejam através de e-mails, contratos, recibos, análises, listas e entre outros.
Você já parou para pensar em como o armazenamento busca e valida as informações que impactam diretamente nos resultados obtidos pelas empresas? Como os prazos são afetados diretamente pela organização dessas informações?

Seja na construção civil ou em qualquer outra área, a má gestão de informações geradas todos os dias impactam diretamente nos ganhos finais, gerando depreciação do fluxo de trabalho e até mesmo altos custos não previstos. Administrar a forma com que tais informações devem ser armazenadas, categorizadas, filtradas e até mesmo priorizadas não é tarefas fácil, representando um dos principais desafios enfrentados por gestores de departamentos de baixa, média e alta complexidade.

GED
Fonte: SpBIM

Diversas estratégias são traçadas com o objetivo de amenizar e até mesmo sanar tais dificuldades, é por isso que grandes feitos vêm sendo realizados através da utilização da tecnologia realizando o processamento e gerenciamento dos documentos emitidos em diversas fases do ciclo de vida de uma construção e na própria gestão da empresa.

Todas as informações passam a estar disponíveis a um clique, ou seja, passam do meio físico para o meio digital, resultando em maior economia de papel, espaço de armazenamento e tempo. Para que o GED seja implantado de forma eficiente, é necessário a que os softwares sejam compatíveis com os mais variados formatos digitais, tais como áudios, imagem, PDF e tantos outros. Desta forma será possível realizar consultas e controles de dados garantindo agilidade nos processos, nas informações passadas e na verificação de dados.

Com isso torna-se essencial a utilização deste tipo de gestão em todas esferas da AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações), principalmente considerando a dinâmica de atualizações de dados envolvendo um empreendimento perante a construtora, por exemplo.

A adoração de processos bem definidos e práticas controladas para o desenvolvimento, verificação, liberação e acessos as informações fazem com que se obtenha total controle dos documentos da construção, logo da construção como um todo.

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA

Antes de achar que a tecnologia da informação irá resolver todos os problemas na gestão de documentos é necessário compreender que antes dos novos processos e práticas será essencial entender de forma crítica as necessidades e prioridades  a serem resolvidas, pois trata-se de uma transição que demanda alto conhecidos do fluxo de trabalho atual  para chegar a um fluxo de trabalha ideal, com padrões eficientes e eficazes sendo aplicados em todas as fases do fluxo de trabalho e áreas da empresa com seus respectivos parceiros, fazendo uso de processos automatizados, reduzindo demandas manuais e tornando as ações mais precisas.

Todas essas ações devem ser assistidas e entendidas juntamente com a equipe contratada para o desenvolvimento do sistema. Nesta integração entre a empresa contratada para implantação e entre a contratante são discutidas novas metodologias de organização, nova forma de realizar o planejamento interno, planejamento de projetos e gestão de todas as demandas externas, resultando em um Plano de Implantação que delineará todas as etapas de transição, respondendo perguntas como essas: “como e quando o sistema piloto será implantado”, “quais áreas iniciaram o processo e quais seram incluidas em cada nova fase de implantação” e “ quais serão os resultados obtidos em cada fase”. Após a estruturação do plano a implantação é iniciada.

GED
Fonte: SpBIM

É por isso é necessário realizar constantes adequações dos processos, sendo essencial a participação da equipe como um todo e ainda a presença de um responsável pelo GED na empresa, que ficará encarregado por realizar a gestão dos processos, atualização e melhoria das atividades de gerenciamento.

POR QUE UTILIZAR O GED?

Ao final desse processo a empresa passará a ter:

  • Rotinas administrativas facilitadas: recebimento automatizados através da nomenclatura padronizada até o compartilhamento de dados;
  • Otimização dos processos: tornando-os mais práticos, precisos e seguros (mitigando falhas manuais);
  • Controle de processos: maior domínio sobre as ações em desenvolvimentos, seus respectivos responsáveis e controle de acesso, assegurando a proteção de informações sigilosas – além de manter as versões de cada documento e projeto registradas de forma automatizada;
  • Diminuição de gastos: ao reduzir a utilização de papel, espaço e esforço manual;
  • Redução de retrabalho e ganho de produtividade: ao realizar processos bem definidos a equipe passa a ter mais tempo para atividades mais lucrativas;
  • Mais responsabilidade ambiental: com a redução de papel, a quantidade de lixo produzido em decorrência de seus processos internos também será reduzida.
Gerenciamento Eletronico de Dados
Gerenciamento Eletronico de Dados / Fonte: SpBIM

GED + BIM?

O GED (Gerenciamento Eletrônico de Dados) está diretamente relacionado na forma com que as empresas realizam seus processos internos, sua forma de contratação de mão de obra, materiais e tanto outros serviços e ações que envolvem a gestão empresarial. A realização de projetos em BIM está diretamente relacionada com esse tipo de sistema, mesmo que não sejam desenvolvidos para fins projetais e de compatibilização, pois será a partir dele que os padrões BIM serão desenvolvidos e aplicados desde o Plano de Execução BIM (PEB) como o uso do BIM Mandate e EAP da construtora, sendo seguidos tanto para o desenvolvimento de projetos  complementares como os desenvolvidos pela própria equipe interna.

Para gestão de projeto em BIM é utilizado sistemas CDE (Commom Data Environment – Ambiente Comum De Dados) onde os arquivos são hospedados e gerenciados os modelos desenvolvidos no BIM3D, BIM4D, BIM5D, BIM6D  e BIM7D nos softwares de modelagem BIM Revit, Archicad, Vectorworks e Sketchup por exemplo de maneira nativa ou até mesmo através do IFC (Formato BIM). Existem diversas plataformas para utilização como ou parte de um CDE como é o caso do Trimble Connect, BIMSync, BIM 360, Navisworks, Solibri entre diversos outros.

CONCLUSÃO:

Nós da SPBIM entendemos que a utilização softwares de gestão de Gerenciamento Eletrônico de Dados é de suma importância para o desenvolvimento e credibilidade de uma empresa, tendo interferências diretas no relacionamento entre parceiros e resultado finais de projetos em BIM.
A partir deste ano será importante devido ao incentivo do Decreto BIM onde serão fomentados o BIM e pensar em sistemas de Gerenciamento Eletrônicos de Dados será relevante na democracia do BIM para o nosso país.

GeoSampa e o BIM

GeoSampa
GeoSampa / Fonte: Gestão Urbana SP

O GeoSampa é um portal digital, aberto e gratuito, que contém uma enorme quantidade de informações urbanas georreferenciadas da cidade de São Paulo, foi implantado em dezembro de 2014, para uso da Prefeitura, mas que posteriormente, abriu seu uso para toda a população.

A plataforma nasceu com base no Mapa Digital da Cidade (MDC), que é o suporte cartográfico do Sistema de Informações Geográficas do Município de São Paulo (SIG-SP). O Mapa Digital da Cidade (MDC) foi criado a partir do levantamento aerofotogramétrico realizado em 2004 no município de São Paulo, produzindo uma base cartográfica digital na escala de 1:1.000 nas regiões urbanas e de 1:5.000 nas regiões rurais.

Após os levantamentos realizados em 2004, o MDC contou com uma série de atualizações através de uma nova cobertura aerofotogramétrica colorida, apoio de campo planialtimétrico, aerotriangulação, modelo digital do terreno, ortofotos digitais, construção de uma base de dados cadastrais de imóveis e logradouros, entre outras melhorias e atualizações.

Com todas as informações coletadas para a criação e atualização do Mapa Digital da Cidade (MDC), juntamente com a base de dados de imóveis e logradouros, a conexão desses dados proporcionou a criação de um grande banco de dados georreferenciado, que além de fornecer dados, fornece mapas com esses dados linkados. Dessa forma, com o cruzamento desses dados, surgiu o GeoSampa, que proporciona à população o acesso a todas as informações produzidas por esses levantamentos.

O QUE O GEOSAMPA OFERECE

A plataforma do GeoSampa oferece, a partir do mapa do Município de São Paulo, a possibilidade de realizar medições de distâncias, exportação de imagens e download dos arquivos georreferenciados que estão organizados por temas, e contam com mais de 200 camadas de dados, todos esses dados podem ser obtidos nos formatos SHP (utilizado em softwares Gis), KMZ (utilizado por exemplo no Google Earth), DXF (utilizado em softwares CAD) e também em PDF, esses arquivos podem ser utilizados no BIM em softwares como Revit, Archicad e Sketchup.

Essas camadas incluem dados como a localização de cerca de 650.000 árvores que fazem parte do sistema viário de São Paulo, os perímetros do Zoneamento da Cidade, a localização dos equipamentos públicos, localização e situação de áreas de riscos, entre muitos outros dados.

Abaixo podemos ver a interface da plataforma e como são as divisões dos dados em suas temáticas.

Interface do GeoSampa

Interface GeoSampa
Interface GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

Divisões das Dados e Suas Temáticas

Tematicas GeoSampa
Tematicas GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

BENEFÍCIOS GERADOS PELO GEOSAMPA

Ao ofertar essa grande quantidade de dados à população, o GeoSampa proporciona uma fonte de informação confiável e que pode ser utilizada para pesquisas científicas, órgãos públicos, empresas, ONG’s e para o mercado imobiliário. Imagine o potencial para Estudos de Viabilidade no BIM por exemplo para arquitetura e engenheiros. Atualmente, levando os benefícios apresentados pelo GeoSampa para o mundo BIM, os modelos executados na cidade de São Paulo podem possuir uma maior fidelidade ao real, por exemplo, caso seja necessário as dimensões de seu lote, para um estudo de viabilidade, ou saber a qual zoneamento o lote pertence, essa informação pode ser facilmente obtida pelo GeoSampa, o que fortalece o “I” dentro BIM.

NOVIDADES NO GEOSAMPA

Em 2017, a prefeitura realizou um aerolevantamento que produziu, além de ortofotos e um mapeamento detalhado da vegetação, a cobertura de toda cidade por dados a laser, através da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), que, ao produzir uma nuvem de pontos, não apresenta somente uma imagem de satélite, mas sim uma representação geométrica de toda a cidade. Exemplos semelhantes é a utilização de Drones para Geração de Nuvem de Pontos.

Todos os dados da nuvem, foram disponibilizados a partir do fim de 2019, e podem ser facilmente acessados pela funcionalidade LiDAR 3D, localizada na plataforma, e após selecionar a área de interesse, seleciona-se a opção desejada, entre visualizar o Modelo Digital da Cidade (MDC) ou o Modelo Digital do Terreno (MDT), sendo esse último a funcionalidade que exclui do MDC os automóveis, edificações, entre outros elementos que não fazem parte do terreno.

MDC – Modelo Digital da Cidade

MDC Modelo Digital da Cidade do GeoSampa
MDC – Modelo Digital da Cidade do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

 

MDT Modelo Digital do Terreno do GeoSampa
MDT – Modelo Digital do Terreno do GeoSampa / Fonte: Portal GeoSampa

CONCLUSÃO:

Dessa forma, ao conhecer e se aprofundar nos dados fornecidos pelo GeoSampa, nós da SpBIM reconhecermos as possibilidades que a ferramenta da plataforma que o GeoSampa permite, é possível identificarmos e enxergamos um grande avanço em poucos anos, a plataforma pode proporcionar uma conexão direta com o BIM, através da exportação de arquivos em IFC permitindo atender o Decreto BIM e a Democracia no BIM para todos os arquitetos e engenheiros.

O que é o “Omniclass”?

OMNICLASS
OMNICLASS / Fonte: SpBIM

Com o decreto de implantação BIM sancionado, o uso da metodologia BIM tende a virar linguagem comum na realidade projetual de todos os envolvidos na construção civil. Contudo, está difusão inicial trará alguns desencontros na padronização de informações e na sincronização de dados em trabalhos colaborativos. Existem normas que utilizam a ISO como base como é possível identificar no ABNT NBR 15.965, uma norma brasileira de padronização informacional para metodologia BIM.

Entretanto já existe uma padronização instituída na Organização Internacional de Padrão (ISO), a ISO 12006-2:2015 cujo escopo apresenta um quadro para classificações de tipologias e diretrizes organizacional de informações sobre obras e seus componentes. Podendo ser uma alternativa brasileira inicial, para evitar-se conflitos de informação.

COMO O OMNICLASS ENTRA NESSE PANORAMA?

O Omniclass é um sistema de classificação e padronização voltado para indústria civil, com foco na estruturação e nomenclatura para bancos de dados eletrônicos e softwares. Tendo por base, a ISO 12006-2:2015 e os princípios de organização das tabelas MasterFormat e UniFormat. Essa ferramenta foi mantida e desenvolvido com um foco norte-americano, mas pode ser implementado para classificar construções e seus componentes em qualquer outro país, assim como no Brasil. O “catálogo” do sistema Omniclass inclui intencionalmente conteúdo de todos os tipos de construções, em suas diferentes culturas construtivas. Desde os prédios comerciais, aos institucionais; passando por construções horizontais tais como as estradas e ferrovias, até chegar nos processos construtivos industriais; sem esquecer, os projetos civis pesados como barragens e pontes; e catalogando até mesmo os componentes de tipologia residenciais.

Além do seu uso para preparar e marcar informações do projeto, essa amplitude de cobertura também permite ao Omniclass: organizar, filtrar, classificar, recuperar ou até mesmo trocar informações, de acordo com as exigências da COBie (Troca de Informações de Construção-Operação) e normaliza outros possíveis padrões de informações gerados durante o ciclo de vida do projeto, tais como as nomenclaturas dos objetos nos diferentes LOD. Com a Democratização do BIM, essa classificação deverá ser atendida no formato IFC exportados dos softwares BIM como o Revit, Archicad e Sketchup por exemplo.

Omniclass
Fonte: Omniclass

COMO O OMNICLASS FUNCIONA?

O Omniclass é composto por 15 tipologias de tabelas categorizadas, cada uma delas representa uma faceta diferente de informações de construção. Cada coluna pode ser usada independentemente, ou intercambiadas para classificar um determinado tipo de informação, refinando ainda mais a classificação, e adicionando mais pontos de acesso às informações, ou classificações mais complexas.

O Ominiclass foi desenvolvido pela primeira vez em setembro de 2000, com base nos princípios orientados no Comitê de Desenvolvimento do OCCS e funciona a partir da troca completa e aberta de informações dos participantes do desenvolvimento Omniclass. As tabelas do Omniclass são organizadas sob três perspectivas:

  • Descrição de resultados da construção; (Tabelas de 11 a 22)
  • Informações sobre recursos construtivos; (tabelas 23-33-34-35, e parcialmente a 36 e 42)
  • Organizador de processos construtivos, inclusive as fases do ciclo de vida da construção. (Tabelas 31 e 32)
ESTRUTURAÇÃO DAS TABELAS OMNICLASS
CÓDIGO DA TABELA DESCRIÇÃO TIPOLOGIA
 OmniClass Table 11 ISO A.8

Construções Complexas

Residencial, comercial, centros de convenções, terminais de transporte público, autoestradas etc.
 OmniClass Table 12 ISO A.9

Construção de Entidades

Edifícios Híbrido, arranha-céus, pontes, pistas de aterragem etc.
OmniClass Table 13 ISO A.10

Espaços Construídos

Quartos, escritórios, academias, autoestradas etc.
 OmniClass Table 14 ISO A.10

Espaços Construídos

Jardins e pátios, nichos, caixas de ar etc.
 OmniClass Table 21 ISO A.11

Construção de Elementos

Paredes externas, escalas, rampas, coberturas, mobiliários etc.
 OmniClass Table 22 ISO A.12

Resultado de Trabalhos

Marcenaria, lançamento do concreto, cerâmica de revestimento, luminotécnica, instalações hidráulicas, trilhos das vias-férreas etc.
 OmniClass Table 23 ISO A.3

Construção de Produtos

Concreto, tijolos, argamassa, janelas, portas, soleiras, sarjetas etc.
 OmniClass Table 31 ISO A.7

Processos Construtivos

Elaboração do projeto, documentação, fases construtivas, tratamento dos materiais das demolições etc.
OmniClass Table 32 ISO A.6

Serviços

O projeto, a oferta, a estimativa de custos, o levantamento topográfico etc.
 OmniClass Table 33 ISO A.4

Disciplina

Arquitetura, engenharia estrutural, engenharia predial etc.
OmniClass Table 34 ISO A.4

Organização Funcional

A direção da obra, o projetista, o instalador, o BIM Manager, o agente imobiliário, o responsável do processo etc.
 OmniClass Table 35 ISO A.5

Ferramentas

Os andaimes, os softwares para projeto arquitetônico e orçamento, as cercas do canteiro de obras, os veículos automóveis etc.
 OmniClass Table 36 ISO A.2

Informação

Os arquivos de projeto, as normas de referências, os títulos de propriedades, os manuais para manutenção e gerenciamento, o diário de obras etc.
 OmniClass Table 41 ISO A.13

Materiais

Aço, madeira, concreto, plástico etc.
 OmniClass Table 49 ISO A.13

Propriedades

Cor, dimensões, custos, resistência ao fogo, etc.

O OMNICLASS NO USO BIM

O Omniclass é utilizado como sistema de classificação padrão de alguns softwares da Autodesk, tais como o Revit e o Inventor. A utilizada no Revit refere-se à Tabela 23 “Produtos” no sistema OmniClass. O arquivo da lista OmniClass pode ser encontrado em: C:Users<rent name user>AppDataRoamingAutodeskREVIT<product name and release>.

A Tabela 23 dos critérios de classificação do OmniClass lista componentes ou conjuntos de componentes, incorporando permanente entidades de construção, focando detalhar e desenvolver etapas de um projeto.

Tabela de Classificacao Omniclass no Revit
Tabela de Classificacao Omniclass no Revit / Fonte: SpBIM

 

Para tal finalidade descreve-se três parâmetros de tipo, também chamado de “classificação facetada”, que significa classificar o elemento sob diferentes pontos de vista. No Omniclass esse sistema é transformado em um código numérico com a matriz em três informações: Função, Tipo e Material.

CONCLUSÃO:

Nós da SpBIM compreendemos a importância em unificar o sistema de classificação para parâmetros informativos, pois reconhecemos o ganho de tempo, e a facilidade que essa unificação traria na interoperabilidade de arquivos com metodologia BIM. E por isso, nós além de usarmos, incentivamos à adoção do sistema Omniclass como diretrizes de nomenclatura de todos os projetos e elementos pertinentes a criação do Ominiclass, mesmo com a difusão do BIM em andamento no Brasil e com o incentivo do decreto de implantação BIM, sabemos que a utilização efetiva dependerá da disseminação do BIM 3D, BIM 4D e BIM 5D além do uso efetivo do Plano de Execução BIM e o Manual de BIM com o apoio de consultores e gerentes BIM.