Tudo que você precisa saber sobre modelo de vista no REVIT

Tudo que você precisa saber sobre modelo de vista no REVIT

O Revit é uma das ferramentas mais poderosas utilizadas na modelagem da informação da construção (BIM), permitindo a criação e gestão de projetos de forma integrada e precisa. Dentre seus inúmeros recursos, os modelos de vista se destacam como elementos fundamentais para garantir consistência visual, produtividade e organização na apresentação de desenhos técnicos. Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre modelos de vista no Revit: como funcionam, suas vantagens e como aplicá-los de forma estratégica nos seus projetos.

Fonte:BIMblaster

O que é um modelo de vista no Revit?

Um modelo de vista (ou View Template, em inglês) é um conjunto de configurações pré-definidas que controla a aparência de uma vista no Revit, como cortes, plantas, elevações ou vistas 3D. Ele permite aplicar de forma padronizada elementos como escalas, estilos de linha, visibilidade de categorias, filtros gráficos, disciplinas e muito mais. Isso garante que todas as vistas de um mesmo tipo mantenham coerência visual ao longo do projeto, reduzindo erros e retrabalho.

O uso de modelos de vista é altamente recomendado em projetos colaborativos ou em equipes grandes, pois estabelece um padrão claro de representação gráfica. Assim, independentemente de quem esteja trabalhando na vista, ela manterá o mesmo estilo e critérios definidos previamente. Além disso, facilita a alteração em massa de múltiplas vistas ao mesmo tempo, bastando atualizar o modelo de vista correspondente.

Outra vantagem é a flexibilidade que os modelos oferecem. Você pode ter diferentes templates para diferentes fases do projeto (estudo preliminar, executivo, detalhamento, etc.) ou para diferentes disciplinas (arquitetura, estrutura, instalações). Isso torna o fluxo de trabalho mais eficiente e organizado, especialmente em projetos complexos ou multidisciplinares.

Fonte: QualifiCAD

Como criar e aplicar um modelo de vista

Criar um modelo de vista no Revit é um processo simples. Basta configurar uma vista com todas as propriedades desejadas (escala, estilo visual, visibilidade de elementos, etc.) e, em seguida, salvar essas configurações como um novo modelo de vista. Isso pode ser feito pelo painel “Propriedades”, clicando em “Modelo de Vista” e escolhendo “Criar a partir da Vista Atual”. A partir daí, o template pode ser nomeado e salvo para uso em outras vistas.

Para aplicar um modelo de vista, basta selecionar uma ou várias vistas no navegador de projeto, clicar com o botão direito e escolher “Aplicar modelo de vista”. Isso ajustará instantaneamente todas as configurações gráficas conforme o template selecionado. Essa funcionalidade é particularmente útil quando se está ajustando a apresentação gráfica de diversas pranchas ao mesmo tempo.

Fonte: QualifiCAD

Boas práticas no uso de modelos de vista

Uma boa prática ao usar modelos de vista é nomeá-los de forma clara e padronizada, indicando o tipo de vista e seu propósito (por exemplo: “Planta Arquitetônica – Estudo Preliminar”, “Corte Estrutural – Executivo”, etc.). Isso evita confusão e facilita a identificação dos templates corretos durante o uso.

Outra dica importante é revisar e atualizar periodicamente os modelos de vista à medida que o projeto evolui. Às vezes, certas representações gráficas que funcionam em uma fase do projeto podem não ser adequadas para outra. Manter os templates atualizados garante que as vistas estejam sempre em conformidade com os objetivos do projeto e com as exigências do cliente ou da norma técnica.

Fonte: autodesk

Conclusão

Os modelos de vista no Revit são ferramentas essenciais para quem busca produtividade, padronização e qualidade na representação dos projetos. Dominar sua criação e aplicação não apenas otimiza o tempo de trabalho, mas também contribui para uma comunicação mais clara entre as equipes envolvidas. Incorporar essa prática ao seu fluxo de trabalho é um passo importante rumo a um uso mais profissional e eficiente do Revit.

Guia Prático da ISO 19650: O Que Você Precisa Saber para Projetar com BIM

Guia Prático da ISO 19650: O Que Você Precisa Saber para Projetar com BIM

A ISO 19650 é uma norma internacional que estabelece diretrizes para a gestão da informação ao longo do ciclo de vida de uma construção, baseada na metodologia BIM (Building Information Modeling). Com a crescente adoção do BIM em projetos de arquitetura, engenharia e construção, entender a ISO 19650 torna-se essencial para garantir eficiência, colaboração e conformidade nos processos. Este guia prático oferece uma visão clara dos principais pontos da norma, ajudando profissionais a aplicarem corretamente seus conceitos em projetos reais.

 

Fonte: BuildEXT

Entendendo a Estrutura da ISO 19650

A ISO 19650 é composta por várias partes, sendo as principais a Parte 1 (Conceitos e Princípios) e a Parte 2 (Entrega de Ativos). A Parte 1 apresenta os fundamentos da gestão da informação com BIM, estabelecendo os princípios de colaboração, fluxo de dados e responsabilidades entre os envolvidos. Já a Parte 2 é voltada para a aplicação prática durante a fase de projeto e construção, detalhando processos como o planejamento da informação, requisitos do empregador (EIR) e o plano de execução BIM (BEP).

Uma das principais inovações da norma é a padronização dos fluxos de trabalho e das responsabilidades em todo o ciclo de vida do ativo. Isso inclui desde a definição dos papéis dos participantes até a estruturação de entregas digitais, o que melhora significativamente a comunicação entre as equipes. A norma também introduz o conceito de “ambiente comum de dados” (CDE), que permite o armazenamento, compartilhamento e gerenciamento centralizado das informações do projeto.

Além disso, a ISO 19650 promove uma abordagem orientada por dados, o que é fundamental para a tomada de decisões baseada em informações confiáveis. Isso implica na necessidade de processos bem definidos de validação e aprovação de dados ao longo das etapas do projeto. Assim, o uso da norma não apenas eleva a qualidade técnica do projeto, como também reduz riscos e retrabalhos, contribuindo para a eficiência geral da obra.

Fonte: BibLus

A Implementação do CDE (Ambiente Comum de Dados)

O CDE é uma peça central da ISO 19650, sendo o local onde todas as informações do projeto são armazenadas, compartilhadas e gerenciadas. Ele garante que todos os envolvidos tenham acesso à versão mais atualizada dos dados, evitando inconsistências e falhas de comunicação. O uso adequado do CDE permite um controle mais eficaz sobre as revisões, aprovações e distribuição de documentos.

Para implementar um CDE de forma eficaz, é necessário definir claramente os fluxos de trabalho e os níveis de acesso de cada participante. A norma estabelece quatro estados principais para os dados dentro do CDE: Trabalho em andamento, Compartilhado, Publicado e Arquivado. Essa estrutura ajuda a garantir que as informações estejam disponíveis na forma certa, no momento certo e para as pessoas certas.

Fonte: BibLus

Desafios e Boas Práticas na Adoção da ISO 19650

Adotar a ISO 19650 pode representar um desafio inicial, especialmente para equipes que ainda estão se familiarizando com a metodologia BIM. A principal dificuldade está na mudança cultural e na necessidade de capacitação técnica dos profissionais. Além disso, é preciso alinhar os processos internos das empresas com os requisitos da norma, o que pode demandar ajustes em ferramentas, contratos e políticas de governança da informação.

Entre as boas práticas recomendadas, destacam-se o investimento em treinamento contínuo, a elaboração de um BEP robusto e o uso de plataformas tecnológicas que suportem os processos definidos na norma. A colaboração entre as partes envolvidas e a clareza nos requisitos informacionais são fundamentais para o sucesso da adoção da ISO 19650, promovendo projetos mais integrados, previsíveis e eficientes.

Fonte: Blog Blocks RVT

Conclusão

A ISO 19650 representa um marco na padronização da gestão da informação em projetos que utilizam BIM, trazendo clareza, organização e eficiência aos processos. Ao compreender sua estrutura, aplicar corretamente o CDE e superar os desafios iniciais com boas práticas, profissionais e empresas podem alcançar melhores resultados em termos de qualidade, prazo e custo. Adotar essa norma é um passo essencial para quem deseja se destacar no cenário da construção digital.

Modelagem Estrutural com Tekla: Estratégias para Projetos Eficientes

Modelagem Estrutural com Tekla: Estratégias para Projetos Eficientes

A modelagem estrutural é um dos pilares da engenharia moderna, e o uso de ferramentas avançadas como o Tekla Structures tem revolucionado o desenvolvimento de projetos. Essa plataforma permite criar modelos digitais altamente detalhados e precisos de estruturas metálicas e de concreto, integrando todas as fases do projeto – da concepção à execução. Neste artigo, exploraremos estratégias eficazes para otimizar projetos estruturais com Tekla, abordando boas práticas de modelagem, integração entre disciplinas e automação de processos.

Fonte: Tekla

Boas Práticas na Modelagem com Tekla

Para garantir eficiência na modelagem estrutural com Tekla, é fundamental adotar uma organização adequada do modelo desde o início do projeto. Isso inclui definir corretamente os níveis, eixos e sistemas de coordenadas, além de nomear elementos e componentes de forma padronizada. Uma estrutura bem organizada facilita a navegação no modelo, reduz erros e melhora a comunicação entre os envolvidos no projeto.

Além disso, a escolha criteriosa de templates e configurações pré-definidas pode acelerar significativamente o trabalho. O Tekla permite a criação de configurações personalizadas para tipos de conexão, perfis estruturais e materiais, o que evita retrabalho e assegura conformidade com normas e especificações. Utilizar bibliotecas previamente desenvolvidas e adaptadas à realidade do escritório também é uma estratégia valiosa para padronizar e agilizar a modelagem.

Outro ponto essencial é a verificação constante da integridade do modelo. Ferramentas internas do Tekla permitem checagens automáticas de interferência entre elementos, conflitos de conexão e consistência entre vistas e detalhes. Manter uma rotina de revisão periódica do modelo ajuda a detectar e corrigir problemas antes que eles afetem a produção de documentação ou a execução da obra.

Fonte: Tekla

Integração Multidisciplinar e Colaboração

O Tekla Structures destaca-se pela sua capacidade de integração com outras plataformas BIM, como Revit, AutoCAD e softwares de análise estrutural. Essa interoperabilidade permite uma troca eficiente de informações entre engenheiros, arquitetos e projetistas, promovendo uma abordagem colaborativa desde o início do projeto. Ao centralizar dados em um modelo único e compartilhado, é possível evitar retrabalhos e conflitos entre disciplinas.

A colaboração em nuvem, por meio do Trimble Connect, também facilita a comunicação entre equipes geograficamente dispersas. Com acesso remoto ao modelo, os envolvidos podem acompanhar atualizações em tempo real, comentar elementos específicos e manter um histórico das revisões. Essa dinâmica promove um fluxo de trabalho mais integrado, com maior controle e rastreabilidade das decisões de projeto.

Fonte: Tekla

Automação e Geração de Documentação

A automação é uma das maiores vantagens do Tekla para projetos estruturais. Através de macros, scripts e ferramentas nativas, é possível automatizar tarefas repetitivas como criação de conexões, geração de listas de materiais (quantitativos) e desenhos de fabricação. Isso economiza tempo, reduz falhas humanas e permite que os profissionais se concentrem em atividades mais estratégicas.

A geração automática de desenhos detalhados e relatórios também contribui para a eficiência do projeto. O Tekla produz documentação com alto nível de precisão, diretamente a partir do modelo 3D, garantindo consistência entre o que é modelado e o que será construído. Essa abordagem reduz significativamente o tempo entre a modelagem e a liberação para fabricação ou obra, agilizando cronogramas e minimizando riscos.

Fonte: Tekla

Conclusão

A utilização estratégica do Tekla Structures transforma a modelagem estrutural em um processo mais inteligente, colaborativo e produtivo. Adotar boas práticas de modelagem, promover a integração entre disciplinas e explorar o potencial da automação são caminhos seguros para alcançar projetos mais eficientes, com menor incidência de erros e maior valor agregado para todas as partes envolvidas.