Gerenciamento de Projetos na Construção Civil: Melhores Práticas e Ferramentas

Gerenciamento de Projetos na Construção Civil: Melhores Práticas e Ferramentas

O gerenciamento de projetos na construção civil é um dos aspectos mais desafiadores e essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento. A complexidade dos projetos, que envolvem múltiplos stakeholders, recursos limitados, prazos rigorosos e orçamentos bem definidos, exige uma abordagem organizada, eficiente e colaborativa. Com a constante evolução do setor, novas ferramentas e práticas de gestão têm sido desenvolvidas para aprimorar o controle e a execução dos projetos.

Fonte: Mais Controle

Planejamento Detalhado e Análise de Viabilidade

O planejamento é o alicerce de qualquer projeto bem-sucedido, especialmente na construção civil, onde o risco de imprevistos pode ser alto. Um planejamento detalhado, com cronograma, orçamento e escopo bem definidos, é essencial para a execução bem-sucedida do projeto.

Antes mesmo de iniciar a construção, é fundamental realizar uma análise de viabilidade, que considere todos os aspectos técnicos, financeiros e legais do projeto. Avaliando a viabilidade do projeto em termos de recursos, tempo e custo, posteriormente identificar e mitigar riscos que possam surgir durante a execução do projeto, na sequência, estabelecer processos para gerenciar alterações no projeto, que podem afetar prazos e orçamentos.

Fonte: Esagjr

O ClickUp é uma ótima ferramenta no que se refere ao planejamento detalhado, consiste em uma plataforma de gestão de tarefas e produtividade que centraliza projetos, equipes e processos em um único lugar. Ela permite criar e gerenciar tarefas com prazos, prioridades e comentários, além de oferecer diferentes visões como listas, Kanban, calendário e Gantt. A ferramenta também conta com recursos de automatização, integrações com outras plataformas e alta personalização, permitindo adaptar-se às necessidades específicas de cada equipe. O ClickUp facilita a colaboração, melhora a organização e aumenta a eficiência nos fluxos de trabalho.

Fonte: ClickUp

Por sua vez, o SoliBri engloba a análise de viabilidade, oferecendo ferramentas para otimizar processos como controle financeiro, vendas, estoque e relacionamento com clientes. A plataforma permite a integração entre diferentes áreas da empresa, facilitando o acompanhamento de indicadores e o gerenciamento de tarefas, além de automatizar processos como emissão de notas fiscais e controle de fluxo de caixa. Com uma interface simples e intuitiva, o SoliBri ajuda na tomada de decisões estratégicas e na melhoria da eficiência operacional.

Fonte: SoliBri

Gestão de Equipes e Comunicação Eficiente

A coordenação entre engenheiros, arquitetos, operários e fornecedores deve ser feita de maneira fluida e eficiente. A comunicação inadequada pode levar a erros, retrabalho e atrasos, afetando diretamente o andamento do projeto.

Realizar reuniões regulares com as equipes permite discutir o progresso, identificar desafios e ajustar o planejamento quando necessário. Além disso, manter todos os envolvidos no projeto, como clientes, fornecedores, equipe técnica e órgãos reguladores, bem informados e engajados é essencial para alinhar expectativas e garantir que todos estejam cientes das atualizações. O uso de ferramentas colaborativas, como plataformas digitais de comunicação e compartilhamento de documentos, ajuda a manter a equipe atualizada em tempo real, facilitando a troca de informações e evitando falhas na comunicação.

Fonte: SPBIM

O BIM é uma das tecnologias mais inovadoras, que permite a criação de modelos 3D digitais do projeto, facilitando o planejamento, a execução e a manutenção da obra. Ele possibilita a integração de diferentes disciplinas (arquitetura, engenharia, estrutura) em um único modelo, proporcionando um ambiente colaborativo para as equipes.

Um software da Autodesk que auxilia muito na comunicação da equipe é o Construction Cloud Design Collaboration, voltada para a colaboração e gestão de projetos de construção, facilitando a comunicação e o trabalho em equipe entre profissionais de diferentes áreas. Ele permite a visualização, edição e compartilhamento de documentos e modelos de design em tempo real, garantindo que todas as partes envolvidas no projeto estejam alinhadas. A plataforma também oferece recursos para gerenciar revisões de projetos, garantir a conformidade com padrões e melhorar a eficiência na execução das obras, reduzindo erros e retrabalhos.

Fonte: Autodesk

Controle de Custos e Orçamento

A gestão financeira é um dos maiores desafios no gerenciamento de projetos de construção. O controle de custos eficaz permite que o projeto seja entregue dentro do orçamento, sem comprometer a qualidade do trabalho.

Para garantir que o projeto se mantenha dentro dos limites orçamentários, requer monitorar todas as fases da obra, acompanhando de perto os gastos para assegurar que estejam dentro do esperado. Além disso, é importante realizar uma análise constante do fluxo de caixa do projeto, garantindo que pagamentos e recebimentos sejam feitos conforme o cronograma estabelecido. O uso de sistemas de gestão financeira, como softwares especializados, permite controlar orçamentos, pagamentos e custos em tempo real, oferecendo uma visão clara e precisa das finanças do projeto.

Fonte: SPBIM

O Navisworks é uma plataforma de revisão de projetos e simulação 3D da Autodesk, que oferece diversas funcionalidades para o controle de custos na construção. Através de sua ferramenta de quantificação, é possível extrair automaticamente as quantidades de materiais e componentes do modelo 3D, facilitando as estimativas de custos. Ele também permite a integração com softwares de planejamento, como o Microsoft Project e o Primavera, para associar cronogramas a custos e recursos, ajudando a prever despesas ao longo do projeto. Além disso, o Navisworks possibilita a realização de simulações de custo e a análise de conflitos, identificando possíveis problemas antes da execução e evitando custos adicionais com retrabalhos e mudanças no projeto.

Fonte: SPBIM

Software que atendem todos os requisitos

No que se refere softwares que atendem todos os tópicos mencionados acima (Planejamento Detalhado, Análise de Viabilidade, Gestão de Equipes e Comunicação Eficiente, Controle de Custos e Orçamento), podemos citar o Autodesk Construction Cloud que é uma plataforma integrada de software, a plataforma oferece ferramentas para gerenciamento de documentos, coordenação de projetos, controle de custos, planejamento de cronogramas e monitoramento de qualidade e segurança. Com soluções como BIM 360, PlanGrid e BuildingConnected, o Autodesk Construction Cloud melhora a eficiência.

Fonte: Solo Network

O ACCA (ou ACCA Software) também é uma plataforma de gestão e software voltada para a construção civil. Ela oferece uma série de ferramentas que cobrem diversas áreas, como gestão de projetos, controle de custos, orçamento, planejamento e coordenação de equipes. O ACCA também facilita o uso de BIM (Building Information Modeling), integrando informações de diferentes partes do projeto para melhorar a visualização e a colaboração entre os envolvidos.

Fonte: ACCA Software

Conclusão

O gerenciamento de projetos na construção civil exige uma combinação de boas práticas, tecnologias avançadas e uma gestão eficiente de recursos. A utilização de ferramentas como software de gestão de projetos e BIM, tem mostrado resultados positivos na melhoria do controle sobre prazos, custos e qualidade. Além disso, uma comunicação clara e eficaz entre as equipes é fundamental para o sucesso do projeto.

Navisworks para Análise de Custo e Orçamento: A relação entre a modelagem 3D e o controle financeiro

Navisworks para Análise de Custo e Orçamento: A relação entre a modelagem 3D e o controle financeiro

 

A gestão de custos e orçamentos em projetos de construção sempre foi um desafio, pois envolve uma série de variáveis que podem ser difíceis de controlar, como mudanças no projeto, atrasos, imprevistos e falhas na comunicação entre as equipes envolvidas. No entanto, com o avanço das tecnologias, ferramentas de modelagem 3D e sistemas de informações, como o Navisworks, têm revolucionado a maneira como os profissionais lidam com o planejamento financeiro de obras. Este artigo explora como o Navisworks pode ser usado para integrar a modelagem 3D com o controle financeiro, proporcionando uma análise de custo mais precisa e eficiente.

Fonte: SPBIM

O que é o Navisworks e sua Importância no Contexto da Construção Civil

O Navisworks é uma plataforma de software amplamente utilizada na indústria da construção para a visualização, coordenação e simulação de projetos. Ele permite que profissionais de arquitetura, engenharia e construção (AEC) integrem modelos 3D de diferentes disciplinas em um único modelo coordenado. Além disso, o Navisworks é eficaz na detecção de conflitos (clash detection), permitindo que os problemas sejam identificados antes de se tornarem um grande problema durante a execução da obra.

Em relação ao controle financeiro, o Navisworks vai além da visualização, pois também pode ser integrado a sistemas de quantificação de materiais, estimativas de custos e gestão de cronogramas. Esse potencial de integração é fundamental para a análise de custos, pois permite que todas as partes do projeto sejam monitoradas e avaliadas em tempo real, com base no modelo 3D.

Fonte: Autodesk

Quantificação de Materiais e Recursos no Navisworks

A quantificação de materiais é um dos processos mais críticos em qualquer projeto de construção. No passado, essa tarefa exigia a análise manual de desenhos técnicos e planilhas extensas, o que frequentemente levava a erros e inconsistências. O Navisworks facilita essa tarefa ao extrair automaticamente as quantidades de materiais diretamente do modelo 3D. Isso inclui a quantidade de concreto, aço, tijolos e outros materiais utilizados, além das dimensões específicas de cada componente.

A partir dessa quantificação, é possível calcular com maior precisão os custos diretos do projeto, como a compra de materiais, mão de obra necessária para a execução e prazos de entrega. Além disso, essa integração de dados reduz o risco de surpresas no orçamento durante a execução da obra, pois oferece uma visão antecipada de qualquer ajuste necessário nas estimativas iniciais.

Fonte: Autodesk

A Conexão Entre Modelagem 3D e Controle de Custos

A modelagem 3D, por si só, é uma poderosa ferramenta para aprimorar a precisão e a eficiência em projetos de construção. Porém, quando combinada com o controle financeiro, ela se torna um aliado indispensável no processo de orçamentação.

Ao integrar dados orçamentários diretamente no modelo 3D, o Navisworks permite que os profissionais visualizem, em tempo real, o impacto financeiro de cada elemento do projeto. Por exemplo, o modelo 3D pode ser configurado para incluir informações sobre quantidade de materiais, custos unitários e previsão de mão de obra, possibilitando uma visão clara de como as mudanças no projeto afetam o orçamento.

Fonte: Ehvert

A visualização direta das quantidades de materiais no modelo 3D ajuda a evitar estimativas errôneas e garante que o orçamento seja ajustado conforme as modificações no projeto. Com isso, o Navisworks proporciona uma forma mais intuitiva e precisa de análise de custos, tornando os processos de orçamento mais ágeis e menos suscetíveis a erros.

Vale ressaltar que para correta extração das quantidades para as composições de custos, é necessário que a modelagem seja direcionada por um profissional qualificado, através de padrões de desenvolvimento, que irão garantir esse uso específico do modelo, esses padrões são estabelecidos no BIM Mandate do projetista, e no BEP do projeto em questão. 

Fonte: Bicalho BIM / extração de quantitativo acabamento externo

 

Detecção de Conflitos e Sua Relação com o Controle de Custos

A detecção de conflitos (clash detection) no Navisworks é outra funcionalidade que tem um impacto direto na análise de custos. Conflitos surgem quando elementos do projeto, como tubulações, instalações elétricas ou estruturas, se sobrepõem ou interferem entre si. Esses conflitos podem ser identificados no modelo 3D antes da execução física da obra, evitando a necessidade de retrabalho e modificações durante a construção.

O retrabalho é um dos maiores responsáveis pelo aumento de custos imprevistos em um projeto. Portanto, ao identificar e corrigir esses conflitos de forma antecipada, o Navisworks ajuda a reduzir os custos associados a erros no projeto, assegurando que a obra seja realizada dentro do orçamento estipulado.

Fonte: SPBIM

A Integração de Dados de Orçamento e Gestão Financeira

Uma das grandes vantagens do Navisworks é sua capacidade de se integrar a outros sistemas de gestão, como software de orçamentação e planejamento financeiro. Essa integração permite que os dados de custo sejam atualizados em tempo real conforme o modelo 3D é alterado.

Além disso, o uso de plugins e extensões pode automatizar a transferência de informações entre o Navisworks e sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) ou outras plataformas de gestão financeira. Isso garante que todos os departamentos envolvidos no projeto, como engenharia, compras e finanças, estejam trabalhando com as informações mais atualizadas e consistentes, facilitando o controle e o acompanhamento do orçamento.

Ademais, a qualificação do profissional que utiliza o Navisworks é essencial para tirar o máximo proveito dessas funcionalidades e garantir uma integração eficiente com outros sistemas de gestão. Contudo, a formação de qualidade na plataforma ainda é uma dificuldade no mercado, uma vez que são poucos os cursos especializados que realmente atendem às necessidades dos profissionais. Muitos dos cursos disponíveis não abordam de forma aprofundada as funcionalidades avançadas do software. A escassez de programas de capacitação bem estruturados e atualizados dificulta a preparação dos profissionais, o que impacta diretamente na eficiência dos projetos e na correta utilização das ferramentas que o Navisworks oferece. Sendo assim, a SPBIM proporciona treinamento de qualidade, com profissionais especialistas no mercado em aulas ao vivo, presencial ou remoto. 

Fonte: SPBIM

Conclusão

A integração entre a modelagem 3D e o controle financeiro proporcionada pelo Navisworks transforma a maneira como os projetos de construção são orçados, executados e gerenciados. Ao permitir uma visualização detalhada e precisa de todos os aspectos do projeto, incluindo quantificação de materiais, cronograma e conflitos, o Navisworks facilita a tomada de decisões informadas, ajudando as equipes a manter os custos sob controle e a cumprir os prazos estabelecidos.

Portanto, o uso de Navisworks para análise de custo e orçamento não é apenas uma questão de otimização de processos, mas também uma estratégia essencial para garantir a viabilidade financeira e o sucesso de projetos de construção. O futuro da construção civil está cada vez mais ligado à integração de tecnologias como o BIM e a modelagem 3D, e ferramentas como o Navisworks são fundamentais para maximizar os benefícios dessas inovações.

 

LOI vs. LOIN: Entenda as Diferenças Essenciais e Como Aplicá-las no BIM

LOI vs. LOIN: Entenda as Diferenças Essenciais e Como Aplicá-las no BIM

 

No contexto da modelagem da informação da construção (BIM), a gestão eficaz das informações ao longo de todo o ciclo de vida do projeto é fundamental para o sucesso. Dentro desse processo, os conceitos de LOI (Level of Information) e LOIN (Level of Information Need) desempenham um papel crucial na definição e no compartilhamento de dados. Embora ambos os termos se referem à informação, cada um aborda um aspecto distinto dessa gestão: o LOI foca no nível de detalhamento das informações no modelo, enquanto o LOIN se concentra nas necessidades específicas de informação de cada stakeholder. Compreender as diferenças entre esses dois conceitos é essencial para garantir uma comunicação eficiente, uma coordenação precisa e uma tomada de decisão fundamentada no BIM.

O uso adequado do LOI e LOIN não só melhora a qualidade da informação gerada e compartilhada, mas também otimiza os processos de construção, reduzindo erros e retrabalhos. A aplicação desses conceitos no BIM exige uma compreensão clara das necessidades de cada fase do projeto, além da capacidade de determinar que tipo de dado deve ser coletado, como deve ser apresentado e quando deve ser disponibilizado. Este artigo explora as diferenças essenciais entre LOI e LOIN, destacando como cada um pode ser aplicado de maneira eficaz no BIM, ajudando equipes de projeto a atender às exigências de informação de maneira eficiente e alinhada às necessidades de todos os envolvidos.

Fonte: SPBIM

 

O Conceito de LOI (Level of Information)

O conceito de LOI (Level of Information) no contexto do Building Information Modeling (BIM) refere-se ao nível de detalhamento e informações que devem ser atribuídos aos elementos do modelo ao longo de seu ciclo de vida. O LOI define a profundidade e a qualidade da informação que cada componente do projeto precisa ter para atender às exigências dos stakeholders. Seu principal objetivo é garantir que o modelo de informações esteja adequado para a tomada de decisões em cada fase do projeto, fornecendo dados úteis e precisos sem sobrecarregar o modelo com informações excessivas ou irrelevantes. Dessa forma, o LOI assegura que as partes envolvidas no processo de construção, como arquitetos, engenheiros e construtores, tenham acesso às informações essenciais para suas atividades.

O LOI estabelece o nível de detalhamento das informações de maneira escalonada, com base nas necessidades do projeto em cada etapa. Por exemplo, em um estágio inicial de planejamento, o modelo pode conter informações gerais, como dimensões e localização dos elementos, enquanto, em fases posteriores de execução, o modelo requer detalhes mais específicos, como materiais, quantidades e propriedades técnicas dos componentes. Essa abordagem permite que o modelo BIM seja progressivamente enriquecido com dados à medida que o projeto avança, garantindo que as informações sejam úteis e aplicáveis conforme as demandas de cada fase. A definição clara do LOI ajuda a evitar a inclusão de dados desnecessários que podem gerar sobrecarga no modelo e dificultar o fluxo de trabalho.

 

Fonte:  BIM Barcelona

 

 

O LOI pode ser aplicado de diferentes maneiras em cada fase do ciclo de vida de um projeto. Durante o planejamento, por exemplo, o LOI pode ser mais genérico, com informações voltadas para o escopo do projeto e os principais requisitos. À medida que o projeto avança para a execução, o LOI se torna mais detalhado, com especificações de materiais, sistemas construtivos e métodos de instalação. Já na fase de manutenção, o LOI precisa fornecer dados completos sobre a operação e manutenção dos sistemas, incluindo informações sobre desempenho, ciclos de vida dos materiais e orientações para intervenções futuras. A aplicação do LOI em cada uma dessas fases garante que as equipes possuam as informações adequadas para suas funções, reduzindo falhas e melhorando a precisão no processo de construção e operação.

Fonte: BuildEXT / Informações sobre um elemento HVAC no modelo da piscina Sárospatak

 

O que é LOIN (Level of Information Need)

O conceito de LOIN (Level of Information Need) no contexto do Building Information Modeling (BIM) refere-se à necessidade de informações específicas para diferentes stakeholders ao longo do ciclo de vida de um projeto. Enquanto o LOI determina o nível de detalhamento das informações de um modelo, o LOIN se concentra nas necessidades de cada parte envolvida no projeto, como arquitetos, engenheiros, construtores e operadores. O LOIN é um critério essencial para garantir que as informações que são geradas, compartilhadas e utilizadas sejam as mais relevantes para cada usuário em cada fase do projeto, ajudando a evitar a criação de dados desnecessários ou o compartilhamento de informações irrelevantes.

A principal diferença entre LOIN e LOI é que, enquanto o LOI lida com o detalhamento da informação no modelo, o LOIN aborda as necessidades de informação específicas de cada stakeholder. O LOI está focado em como as informações são representadas no modelo, especificando o nível de detalhamento necessário para cada elemento, enquanto o LOIN determina que tipo de informação cada parte do projeto precisa em momentos específicos. Por exemplo, um engenheiro pode precisar de detalhes técnicos e dimensionais de um componente, enquanto um gerente de projeto pode se concentrar mais em dados relacionados a cronogramas e orçamentos. A distinção entre essas duas abordagens é fundamental para evitar a sobrecarga de dados e garantir que o modelo seja útil de maneira eficaz para todos os envolvidos. O papel do LOIN é garantir que a informação certa seja fornecida para a pessoa certa, no momento certo, de acordo com suas necessidades específicas.

Fontes: BibLuz

 

Diferenças Entre LOI e LOIN

Em um projeto de construção, o LOI pode ser exemplificado nas diferentes fases de desenvolvimento. No início, o LOI é mais geral, contendo informações básicas, como as dimensões do edifício e sua localização no terreno, o que permite à equipe começar a planejar o layout e a obtenção das licenças necessárias. À medida que o projeto avança para a execução, o LOI se torna mais detalhado, incluindo dados sobre os materiais a serem usados, os métodos construtivos e as propriedades técnicas dos componentes, como a resistência dos materiais e as especificações de desempenho. Por outro lado, o LOIN no mesmo projeto assegura que as informações sejam compartilhadas adequadamente entre as equipes. No começo, o arquiteto tem acesso a informações detalhadas sobre o layout e o design, possibilitando o desenvolvimento do projeto visual e funcional. Nas fases subsequentes, o engenheiro estrutural recebe as informações técnicas necessárias, como cálculos estruturais e características específicas dos materiais. Assim, o LOI garante que o modelo contenha a precisão e os dados adequados a cada fase, enquanto o LOIN assegura que as informações sejam distribuídas de forma eficiente entre os profissionais envolvidos, otimizando a colaboração e o fluxo de trabalho no projeto.

Fontes: SPBIM

Conclusão 

A integração eficaz de LOI (Level of Information) e LOIN (Level of Information Need) é fundamental para garantir uma gestão de informações eficiente em projetos BIM. Enquanto o LOI define o nível de detalhamento das informações no modelo, o LOIN determina as necessidades específicas de cada stakeholder, assegurando que a informação certa seja disponibilizada no momento certo. A combinação de ambos permite otimizar o fluxo de dados, evitando sobrecarga de informações e garantindo que todos os envolvidos no projeto tenham acesso às informações relevantes de maneira precisa e no momento adequado. Essa integração não apenas melhora a qualidade e a precisão das informações, mas também reforça a colaboração entre os stakeholders, criando um ambiente de trabalho mais ágil e eficiente. Com uma comunicação bem estruturada e o uso adequado de LOI e LOIN, os projetos BIM têm mais chances de ser bem-sucedidos, com menos erros, custos e atrasos, promovendo uma gestão de informações integrada e eficaz ao longo de todo o ciclo de vida do projeto.

COMO USAR O SEARCH SET NO NAVISWORKS

COMO USAR O SEARCH SET NO NAVISWORKS

A ferramenta “search sets” pode ser usada para salvar um grupo de elementos, permitindo facilitar o acesso à visualização desses elementos no Navisworks.

obs: os arquivos que aparecerão neste tutorial foram inseridos a fim de exemplificar o processo. 

1-Para criar esse “Set” usaremos a própria ferramenta “Search Sets” e o auxílio da ferramenta “Find Items”, ambas se encontram na aba “Home”.

Dessa forma, acione as duas ferramentas. 

Acione as ferramentas, com apenas um clique em “Find items” e clicando em “Manage Sets…” depois de clicar em “Sets”.

2 -Cada uma dessas ferramentas trará uma janela:

A de “sets”, que será utilizada para incluir as regras desejadas.

E a de “Find Items”, será utilizada para criar as regras.

Do lado esquerdo da janela, você verá os arquivos que foram carregados no navisworks. Já o espaço do lado direito, será utilizado para a criação das regras. 

3- Dessa forma, em “Category”, Property”, “Condition” e “Value”, selecione a regra que deseja. No exemplo, escolhemos a categoria “Element”, a propriedade “ Category”, a condição de “igual” e o valor “Pisos”. Crie quantas regras desejar. 

4- Tendo criado a regra, clique em “Find All”.

5- Você verá que uma regra será criada na aba “Sets”.

6- Para salvar a regra, clique no botão com binóculos logo acima.

7- Pronto, você acabou de criar um “Search Set” no Navisworks que poderá ser usado novamente sem necessidade de repetir o processo. 

Softwares essenciais para arquitetos e engenheiros em 2025

Softwares essenciais para arquitetos e engenheiros em 2025

Em 2025, a tecnologia continua a transformar a arquitetura e a engenharia, trazendo novas ferramentas e soluções para otimizar o trabalho desses profissionais. Softwares especializados são cada vez mais indispensáveis para garantir precisão, eficiência e inovação nos projetos. Desde o planejamento até a execução, os arquitetos e engenheiros dependem de ferramentas que integram dados, simulam ambientes e melhoram a gestão de processos, garantindo que os projetos sejam entregues no prazo e dentro do orçamento. A crescente adoção de metodologias como o BIM (Building Information Modeling) e o uso de inteligência artificial estão revolucionando a forma como essas áreas operam, criando um cenário altamente competitivo e colaborativo.

Neste artigo, exploraremos os softwares essenciais que arquitetos e engenheiros precisarão dominar em 2025 para se manterem à frente das demandas do mercado. A evolução dessas ferramentas não só facilita o processo de criação e execução de projetos, mas também proporciona novos horizontes em termos de sustentabilidade, desempenho e digitalização. Com o avanço da automação, modelagem 3D e integração de sistemas, os profissionais dessas áreas têm agora à disposição um conjunto robusto de ferramentas que prometem melhorar a qualidade e a inovação nas construções. Vamos analisar as principais soluções e como elas estão moldando o futuro da construção civil.

Além dos softwares tradicionais como Revit, Archicad, SketchUp e AutoCAD, há diversas outras ferramentas essenciais para arquitetos e engenheiros em 2025, abrangendo desde modelagem BIM até simulação, análise estrutural e gestão de projetos. São eles:

Modelagem e Coordenação BIM

BricsCAD BIM

É um software de modelagem de informações da construção (BIM) que integra modelagem 3D e fluxo de trabalho BIM, permitindo a criação de projetos arquitetônicos e de engenharia com precisão. Ele oferece modelagem paramétrica, permitindo ajustes e personalizações nos componentes do projeto. Com total compatibilidade com arquivos DWG, facilita a colaboração entre equipes que utilizam outras ferramentas. Além disso, gera automaticamente documentação, como plantas e cortes, a partir do modelo 3D, mantendo a atualização dinâmica. O software também oferece funcionalidades para identificação e resolução de conflitos no modelo, além de gestão eficiente dos dados, como materiais, custos e cronogramas, tornando-se uma ferramenta robusta e escalável para projetos BIM.

Fonte: Bricsys

Vectorworks Architect

O Vectorworks Architect é uma solução completa de software para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos, combinando recursos de modelagem 2D e 3D com poderosas funcionalidades de BIM. Ele permite criar projetos detalhados e visualizações realistas, utilizando ferramentas intuitivas para desenho, modelagem e documentação. O software facilita o fluxo de trabalho colaborativo, permitindo que equipes multidisciplinares trabalhem de forma integrada, e oferece suporte para a criação de modelos paramétricos e a geração automática de plantas, cortes e elevações. Além disso, o Vectorworks Architect é conhecido por suas capacidades avançadas de renderização, personalização de objetos e integração com outras plataformas, o que torna a ferramenta altamente flexível e adaptável a diferentes tipos de projetos arquitetônicos.

Fonte: Vectorworks

Levantamento e Captura da Realidade

Leica Cyclone / Trimble RealWork.

O Leica Cyclone e o Trimble RealWorks são softwares especializados em processamento e análise de dados de nuvem de pontos, usados principalmente em projetos de digitalização 3D e modelagem de ambientes físicos. Ambos oferecem ferramentas avançadas para capturar, processar e visualizar nuvens de pontos, geradas por scanners a laser. O Leica Cyclone é conhecido pela sua interface intuitiva e funcionalidades robustas para editar, classificar e realizar medições precisas em grandes volumes de dados. Já o Trimble RealWorks permite um processamento eficiente das nuvens de pontos e facilita a criação de modelos 3D e a análise de dados, com forte ênfase em soluções de escaneamento para a engenharia civil, arquitetura e construção. Ambos os softwares permitem gerar modelos digitais detalhados e realizar análises complexas para planejamento, design e verificação de projetos, otimizando o fluxo de trabalho no uso de tecnologias de digitalização 3D.

Fonte: Portcoast

RealityCapture

O RealityCapture é um software avançado de fotogrametria e captura 3D, utilizado para transformar imagens e dados de laser scanning em modelos digitais tridimensionais altamente detalhados. Ele combina imagens tiradas de diferentes ângulos e/ou nuvens de pontos para criar modelos 3D precisos, que podem ser usados em diversas aplicações, como engenharia, arquitetura, preservação do patrimônio e jogos digitais. Com alta capacidade de processamento, o RealityCapture permite a criação de modelos texturizados e georreferenciados de forma rápida e eficiente. O software é conhecido pela sua precisão e pela capacidade de lidar com grandes volumes de dados, além de oferecer integração com outras plataformas de software e uma interface intuitiva para facilitar o trabalho dos profissionais que lidam com modelagem e análise 3D.

Fonte: RealityCapture

Cálculo Estrutural e Simulação

TQS

O TQS é um software especializado em projeto e análise de estruturas de concreto e armaduras, amplamente utilizado na engenharia civil. Ele oferece ferramentas para o desenvolvimento de projetos estruturais, com ênfase no dimensionamento de lajes, vigas, pilares e fundações, seguindo as normas técnicas vigentes. O TQS permite a modelagem tridimensional das estruturas, a análise de esforços e a geração automática de plantas e detalhamentos. Além disso, o software realiza cálculos de dimensionamento de forma precisa e gera relatórios completos, garantindo maior eficiência e confiabilidade nos projetos. Sua interface intuitiva e integração com outras ferramentas de CAD e BIM tornam o TQS uma solução completa e poderosa para profissionais da área de engenharia estrutural.

Fonte: TQS

TEKLA

O Tekla é um software de modelagem de informações da construção (BIM) voltado para o design, detalhamento e gerenciamento de projetos estruturais em aço e concreto. Ele permite a criação de modelos 3D altamente detalhados, com recursos avançados para o dimensionamento de componentes estruturais, como vigas, colunas, lajes e fundações. O Tekla oferece ferramentas poderosas para o gerenciamento de dados e a coordenação entre diferentes disciplinas, facilitando a colaboração em projetos de grande escala. Além disso, o software gera documentação automatizada, como planos de fabricação, listas de materiais e desenhos detalhados, otimizando o processo de construção e melhorando a precisão e a eficiência do projeto. A integração com outras plataformas BIM e seu suporte a fluxos de trabalho colaborativos tornam o Tekla uma escolha popular para profissionais de engenharia estrutural e construção.

Fonte: Tekla

CYPECAD

O CYPECAD é um software especializado em análise e dimensionamento de estruturas de concreto armado, aço e alvenaria. Muito utilizado na engenharia civil, ele oferece ferramentas para o projeto de edifícios, lajes, vigas, pilares e fundações, respeitando as normas técnicas e requisitos específicos de cada tipo de estrutura. O CYPECAD permite a modelagem tridimensional das construções, com análise estrutural avançada para calcular os esforços e dimensionar os elementos de forma precisa e eficiente. O software também gera automaticamente a documentação do projeto, como plantas, cortes, detalhamentos e relatórios de cálculo. Sua interface intuitiva e a capacidade de integrar com outras ferramentas do CYPE, além de sua compatibilidade com o fluxo de trabalho BIM, fazem do CYPECAD uma solução essencial para engenheiros estruturais que buscam agilidade e qualidade nos projetos.

Fonte: CYPE

Gestão e Planejamento de Obras

Navisworks

O Navisworks é um software de coordenação, visualização e análise de projetos 3D, amplamente utilizado no gerenciamento de construção e no fluxo de trabalho BIM. Ele permite a integração de modelos de diferentes disciplinas, como arquitetura, estrutura e instalações, facilitando a detecção de conflitos e a coordenação entre as equipes de projeto. Com o Navisworks, é possível realizar simulações de construção, visualizar o cronograma do projeto e realizar a análise de viabilidade, além de gerar relatórios e animações para apresentações e revisões de projeto. O software também oferece ferramentas para revisar modelos em 3D com alta precisão, o que ajuda na identificação de problemas e na melhoria da colaboração entre as equipes, resultando em uma construção mais eficiente e com menos retrabalho.

Fonte: Autodesk

Synchro 4D

O Synchro 4D é um software de gerenciamento de construção que integra modelos 3D com o cronograma de execução do projeto, permitindo a criação de simulações 4D para visualizar a progressão da obra ao longo do tempo. Ele permite a coordenação entre diferentes equipes e disciplinas, facilitando a identificação de conflitos, otimização de recursos e melhor planejamento das atividades. Com o Synchro 4D, é possível gerar animações realistas que mostram o impacto de cada fase da construção, ajudando a visualizar possíveis problemas antes de sua ocorrência. O software também oferece ferramentas para o controle de custos, gestão de riscos e acompanhamento do progresso, o que torna a execução do projeto mais eficiente e com maior controle sobre os prazos e recursos.

Fonte:SPBIM

Realidade Virtual e Renderização

Twinmotion

O Twinmotion é um software de visualização e renderização em tempo real, utilizado principalmente para criar apresentações e imagens de alta qualidade de projetos arquitetônicos e urbanos. Ele permite importar modelos 3D de diversas plataformas, como o SketchUp, Revit, ArchiCAD e outros softwares BIM, e transformá-los em visualizações interativas e realistas. Com uma interface intuitiva, o Twinmotion permite que os usuários criem facilmente animações, imagens e vídeos renderizados, ajustando iluminação, texturas e ambientes de forma dinâmica. Além disso, o software é altamente eficiente, proporcionando resultados rápidos, o que o torna ideal para apresentações de projetos, simulações de impacto urbano e marketing visual. Sua integração com realidade virtual e realidade aumentada também expande as possibilidades de visualização imersiva.

Fonte: Twinmotion

Lumion

O Lumion é um software de renderização em tempo real voltado para a criação de visualizações 3D de alta qualidade para projetos arquitetônicos. Ele permite transformar modelos 3D criados em softwares como SketchUp, Revit, ArchiCAD e outros, em imagens, vídeos e apresentações interativas realistas. O Lumion oferece uma vasta biblioteca de materiais, objetos e efeitos de iluminação que ajudam a criar cenários dinâmicos e detalhados. Além disso, sua interface intuitiva permite que profissionais da arquitetura e urbanismo criem visualizações impressionantes de maneira rápida, com foco em resultados visuais de alta qualidade. O software também possui recursos para animações, panoramas e integração com realidade virtual, oferecendo uma experiência imersiva e facilitando a comunicação de ideias para clientes e equipes de projeto.

Fonte: Lumion

Interoperabilidade e Colaboração

BIM 360 / Autodesk Construction Cloud

O BIM 360 e o Autodesk Construction Cloud são plataformas integradas de gerenciamento de construção baseadas em nuvem, desenvolvidas pela Autodesk, que facilitam a colaboração entre equipes de projeto e construção durante todas as fases de um projeto. O BIM 360 permite a visualização, gerenciamento e compartilhamento de modelos BIM em tempo real, ajudando a melhorar a comunicação, reduzir erros e otimizar o planejamento. Ele oferece ferramentas para gestão de documentos, controle de qualidade, planejamento de obra e acompanhamento de progresso. O Autodesk Construction Cloud expande esses recursos, incorporando funcionalidades avançadas de gerenciamento de custos, controle de riscos e análise de dados, proporcionando uma visão abrangente de todo o ciclo de vida do projeto. Com ambas as plataformas, as equipes conseguem coordenar projetos de forma mais eficiente, realizar inspeções, gerenciar alterações e garantir a entrega de projetos dentro do prazo e do orçamento.

Fonte: Autodesk

Trimble Connect

O Trimble Connect é uma plataforma de colaboração baseada em nuvem que facilita o compartilhamento e a gestão de dados de projetos de construção e engenharia. Ela permite que equipes de diferentes disciplinas, como arquitetura, engenharia e construção, acessem e trabalhem em modelos 3D, documentos e informações do projeto em tempo real, de qualquer lugar. O Trimble Connect oferece ferramentas para visualização de modelos, detecção de conflitos, revisão de documentos e comunicação entre as equipes, ajudando a garantir que todos estejam alinhados durante o desenvolvimento do projeto. Além disso, a plataforma se integra com outros softwares e soluções da Trimble, permitindo um fluxo de trabalho eficiente e a centralização das informações do projeto, o que resulta em maior precisão, redução de erros e economia de tempo e custos.

Fonte: Mundogeo

Conclusão

Em 2025, a transformação digital nas áreas de arquitetura e engenharia continua a impulsionar mudanças significativas na forma como os profissionais dessas áreas projetam, gerenciam e executam obras. O uso de softwares especializados permite maior precisão, colaboração e eficiência, desde o planejamento até a entrega final dos projetos. A integração de novas tecnologias como o BIM e a inteligência artificial está tornando as soluções mais completas. Dessa forma, arquitetos e engenheiros têm à disposição ferramentas que não apenas facilitam o processo de construção, mas também abrem novos caminhos para um futuro mais inteligente e sustentável no setor.

BIM FÓRUM BRASIL: Quais são os focos para os próximos anos?

BIM FÓRUM BRASIL: Quais são os focos para os próximos anos?

 

O BIM Fórum Brasil (BFB) tem desempenhado um papel fundamental na implementação do BIM no Brasil, promovendo a digitalização do setor da construção civil e aumentando a eficiência de processos em projetos, execução e gestão de obras. Nos últimos anos, o país tem vivenciado um crescimento considerável na adoção de BIM, e o BFB tem sido uma das principais entidades responsáveis por essa transformação. Além disso, o fórum busca fornecer um espaço para debates, troca de conhecimentos e boas práticas, além de estreitar a colaboração entre empresas, governo e profissionais do setor, visando uma construção mais inteligente e sustentável.

Fonte: BIM FÓRUM

Para os próximos anos, o BIM Fórum Brasil tem como foco continuar o avanço da implementação do BIM, com ênfase na educação, padronização e no desenvolvimento de tecnologias e ferramentas que facilitem a adoção dessa metodologia em todos os segmentos da construção civil. Isso inclui promover eventos como o BIM Fórum Conference Brasil, fortalecer as parcerias com entidades nacionais e internacionais, além de apoiar iniciativas de pesquisa e capacitação que atendam às demandas do mercado. Ao trabalhar em conjunto com stakeholders de diferentes áreas, o BFB visa consolidar a digitalização como uma prática comum na indústria, garantindo que o Brasil se alinhe às tendências globais e se torne um dos líderes na transformação digital da construção civil.

Fonte: BIM FÓRUM

Avanços na Implementação do BIM nas Construções Públicas e Privadas

O BIM Fórum Brasil tem sido fundamental ao incentivar a padronização de processos e a troca de experiências entre profissionais do setor. Por meio de eventos, seminários e publicações, o fórum contribui para a disseminação de boas práticas e tecnologias inovadoras, impulsionando a adoção do BIM no país. Além disso, oferece diretrizes que ajudam na integração entre diferentes áreas da construção, melhorando a eficiência e a sustentabilidade dos projetos. 

Fonte: BIM FÓRUM

Nos últimos anos, o Brasil tem avançado consideravelmente na implementação do BIM, tanto no setor público quanto no privado, com o governo brasileiro adotando políticas estratégicas para integrar a tecnologia à construção civil. A Agenda BIM, criada pelo Ministério da Infraestrutura, define um cronograma para a implementação progressiva do BIM em projetos de obras públicas até 2028, com metas que visam melhorar a eficiência, transparência e reduzir custos. Além disso, órgãos como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) têm estabelecido normas que padronizam o uso do BIM, criando um ambiente mais favorável à sua adoção em diferentes esferas do setor público. O incentivo à digitalização das obras públicas reflete um esforço para modernizar a gestão das construções no país, colocando o BIM como ferramenta essencial no planejamento e execução de projetos governamentais.

No setor privado, a adoção do BIM também tem sido acelerada, especialmente entre as grandes construtoras que buscam melhorar a qualidade, a gestão de custos e prazos nos projetos. O uso do BIM tem se expandido de grandes obras para projetos de médio e pequeno porte, à medida que mais empresas percebem as vantagens da metodologia para aumentar a competitividade e a sustentabilidade. No que tange às licitações públicas, muitas exigem o uso do BIM como parte do processo, tornando-se uma obrigatoriedade crescente em diversas regiões do Brasil. Essas exigências têm incentivado o setor privado a investir em tecnologias e capacitação, alinhando-se às novas diretrizes governamentais. Com o apoio de políticas públicas e regulamentações específicas, o BIM está se consolidando como uma ferramenta chave para transformar a construção civil no Brasil, impulsionando a inovação e a eficiência tanto nas obras públicas quanto privadas.

Fonte: Archdaily

Digital Twin: A Próxima Fronteira do BIM

A integração do BIM com modelos digitais em tempo real, conceito conhecido como Digital Twin (Gêmeo Digital), está se consolidando como uma das principais inovações tecnológicas no setor da construção. O Digital Twin é uma representação virtual dinâmica e contínua de um ativo físico, que integra dados em tempo real por meio de sensores, IoT (Internet das Coisas) e outras tecnologias. Ao combinar o modelo estático do BIM com a atualização constante de dados, o Digital Twin permite um monitoramento preciso do desempenho de uma construção ao longo de sua vida útil, proporcionando insights valiosos sobre sua operação, manutenção e eficiência. Isso permite não apenas otimizar o uso de recursos durante a operação do edifício, mas também antecipar falhas e melhorar a tomada de decisões, resultando em uma gestão muito mais inteligente e econômica.

Fonte: Synergy

 Automação e Inteligência Artificial no BIM

Ferramentas de automação simplificam tarefas, como a atualização de modelos e o acompanhamento de cronogramas, minimizando erros humanos e garantindo projetos mais precisos e dentro do prazo, com custos reduzidos, deste modo o BIM combinado com a Inteligência Artificial (IA) se mostra a chave para os avanços na construção civil no decorrer dos anos  . Ela analisa dados para prever falhas, otimizar recursos e sugerir melhorias no projeto decorrente da visão lógica e clara que a mesma proporciona para visualizar os projetos  . Na manutenção, monitora o desempenho do edifício em tempo real, antecipando reparos e melhorando a gestão dos ativos. 

Fonte: Arcos Engenharia

O Papel do BIM na Gestão de Infraestruturas e Cidades Inteligentes

O BIM está sendo adotado em infraestruturas urbanas, como transporte, energia e saneamento, ao criar modelos digitais que facilitam o planejamento, construção e manutenção. Na criação de cidades inteligentes, o BIM contribui para a sustentabilidade, otimizando o uso de recursos como água e energia, e integrando sistemas urbanos como transporte e gestão de resíduos. Essa abordagem torna as cidades mais eficientes e conectadas, promovendo soluções ecológicas e de baixo custo.

No Brasil, a integração do BIM com o planejamento urbano está crescendo, especialmente em iniciativas voltadas à mobilidade e à sustentabilidade. O futuro aponta para uma maior aplicação do BIM no planejamento de cidades mais resilientes, eficientes e preparadas para enfrentar desafios urbanos.

Fonte: Inovação Sebrae Minas

Programação 2025 

O BIM Fórum Conference Brasil 2025 acontecerá nos dias 21 e 22 de maio, em São Paulo. O evento discutirá os impactos do BIM na Nova Estratégia BIM BR. 

Temas do evento BIM e inteligência artificial, Uso da metodologia em projetos de infraestrutura, Licenciamento digital, OpenBIM.

Conclusão

Em conclusão, o BIM Fórum Brasil tem sido um pilar essencial na aceleração da adoção do BIM no país, promovendo a digitalização e a inovação no setor da construção civil. Suas iniciativas, como eventos e parcerias, têm fortalecido a integração entre governo, empresas e profissionais, resultando em processos mais eficientes e sustentáveis em obras públicas e privadas. O avanço da implementação do BIM, aliado à adoção de novas tecnologias como Digital Twin e Inteligência Artificial, aponta para um futuro promissor, com cidades mais inteligentes e uma construção civil mais moderna e otimizada no Brasil.

BIM no Brasil em 2025: Como o Decreto 11.888/2024 está progredindo com a disseminação do BIM?

BIM no Brasil em 2025: Como o Decreto 11.888/2024 está progredindo com a disseminação do BIM?

 

O Decreto 11.888/2024 é uma legislação recente que estabelece as diretrizes para a implementação do Building Information Modeling (BIM) no Brasil, com o objetivo de modernizar a indústria da construção civil. O Decreto torna obrigatória a utilização do BIM em projetos de obras públicas, promovendo um avanço significativo em relação às técnicas tradicionais de gestão de construção. Ele define prazos para que órgãos públicos adotem a tecnologia em diferentes fases de seus projetos, abrangendo desde o planejamento até a execução e operação de obras. O Decreto também fomenta a capacitação de profissionais e incentiva a adoção de novas metodologias no setor privado, contribuindo para uma revolução digital no país.

No contexto da política pública do governo, o Decreto 11.888/2024 é parte de um esforço maior para modernizar e tornar mais eficientes os processos de construção no Brasil. A adoção do BIM está alinhada com os objetivos do governo de impulsionar a inovação, aumentar a produtividade e reduzir custos no setor, que tradicionalmente enfrenta desafios de gestão e fiscalização. Além disso, a política visa a melhoria na qualidade dos projetos, por meio de uma abordagem mais colaborativa e integrada, na qual todos os envolvidos no ciclo de vida da obra, desde arquitetos até engenheiros e gestores públicos, trabalham com informações mais precisas e atualizadas.

Fonte: SPBIM

A importância do Decreto para a transição do Brasil para um modelo de construção mais digital e colaborativo não pode ser subestimada. O BIM oferece uma plataforma de gestão de informações que facilita a troca de dados entre os diferentes atores de um projeto, minimizando erros, retrabalhos e desperdícios. Esse novo paradigma representa um passo crucial para a transformação do setor, promovendo a sustentabilidade, eficiência e transparência. A implementação dessa tecnologia no Brasil, por meio do Decreto 11.888/2024, não apenas coloca o país em linha com as melhores práticas globais, mas também prepara o mercado de construção para os desafios do futuro, onde a digitalização será a chave para a competitividade e a inovação.

Fonte: Archdaily

Objetivos do Decreto 11.888/2024 para o BIM

  • Adoção do BIM obrigatória para todos os projetos de obras públicas federais, estaduais e municipais, incentivando a sua utilização em etapas como planejamento, execução e manutenção.
  • No setor privado, o Decreto também busca criar um ambiente favorável para que empresas adotem essa metodologia, oferecendo incentivos fiscais e programas de capacitação. 
  • Almeja não apenas modernizar a gestão da construção pública, mas também transformar o setor privado, promovendo uma integração digital mais eficiente entre todos os envolvidos nos projetos.
  • A implementação do BIM no Brasil deve seguir uma série de prazos e exigências definidos pelo Decreto, com o objetivo de garantir uma adoção gradual, mas consistente, da tecnologia. Para obras públicas, o Decreto estipula prazos progressivos até 2025, para adotar o BIM. 
  • Prevê uma série de medidas para a capacitação de profissionais, com foco em treinamentos e certificações, buscando acelerar a disseminação do conhecimento sobre BIM em todo o território nacional. 
  • Proponha resultados visíveis no aumento da eficiência e na redução de custos no setor da construção.
  • Integrar o BIM nos processos de licenciamento e gestão de projetos no Brasil. O Decreto visa transformar a forma como as licenças de construção são concedidas e fiscalizadas, com a integração de dados e modelos 3D, permitirá aos órgãos que responsáveis aprovem projetos com acesso direto e detalhado às informações, o que não só acelera o tempo de análise, mas também melhora a qualidade das inspeções. 
  • Controle mais eficiente durante a execução das obras, permitindo a monitoração em tempo real e a detecção precoce de problemas.
  • Contribui para a criação de uma gestão pública mais transparente e moderna, alinhada com as melhores práticas internacionais de construção digital.
Fonte: SPBIM

Capacitação e Treinamento no BIM

O Decreto desempenha um papel fundamental na promoção da capacitação e treinamento em BIM no Brasil, incentivando a criação de programas de formação direcionados tanto para estudantes quanto para profissionais do setor da construção. O Decreto reconhece a necessidade de uma base sólida de conhecimentos, estimulando o desenvolvimento de cursos e treinamentos que atendam à demanda crescente por profissionais qualificados. O governo, em parceria com instituições de ensino e empresas especializadas, tem incentivado a criação de programas educativos que ofereçam desde cursos técnicos até especializações e pós-graduações, preparando a força de trabalho para os novos desafios do mercado.

Fonte: SPBIM / Turma ARCHICAD Básico

Além disso, o mesmo tem fomentado parcerias estratégicas com universidades, escolas técnicas e empresas de software para promover a educação contínua e a disseminação do BIM em todo o país. As universidades têm ampliado em suas grades curriculares disciplinas específicas sobre BIM, implantado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), usando do Programa Construa Brasil, com o foco de melhorias no setor da construção civil, de modo que os universitários, o futuro da área,  estejam situados sobre o BIM,  ademais a professora Regina Ruschel participou e acompanhou o desenvolvimento desse projeto, para aprofundar sobre o assunto, a SPBIM gravou um podcast mega interessante e rico no que se refere aos desdobramento desse tema. Enquanto as escolas técnicas oferecem treinamentos práticos para capacitar profissionais de diferentes níveis. As empresas de software, por sua vez, desempenham um papel crucial ao fornecer ferramentas e plataformas de treinamento, além de certificações que ajudam a garantir a qualidade e a adequação dos conhecimentos adquiridos. A colaboração entre o setor público, acadêmico e privado tem sido essencial para criar uma rede de aprendizado que suporte a transformação digital no setor da construção e prepare o Brasil para a plena implementação do BIM até o final de 2025.

Fonte: SPBIM / Turma REVIT Básico e Intermediário

Conclusão 

A adoção do BIM no Brasil requer políticas públicas contínuas e investimentos em capacitação para superar desafios e garantir sua implementação até 2025. O Decreto 11.888/2024 é um passo importante, mas o sucesso depende da educação contínua de engenheiros, arquitetos e gestores de obras, assegurando que as futuras gerações estejam preparadas para essa transição e para os benefícios do BIM no setor da construção.

Como o uso de Laser Scanner auxilia na restauração para retrofit de prédios antigos

Como o uso de Laser Scanner auxilia na restauração para retrofit de prédios antigos

 

O retrofit é um processo de modernização e adaptação de edifícios existentes para atender às exigências contemporâneas de funcionalidade, segurança e sustentabilidade, sem perder as características arquitetônicas originais. Esse procedimento envolve a atualização de sistemas estruturais, elétricos e hidráulicos, além de melhorias no conforto térmico e acústico. O retrofit é especialmente relevante para a preservação do patrimônio histórico, pois permite que os prédios antigos sejam mantidos em uso, evitando sua degradação ou demolição, ao mesmo tempo em que se adequam às necessidades urbanas atuais. Além disso, o retrofit contribui para a sustentabilidade, ao aproveitar a infraestrutura existente e reduzir a necessidade de novos materiais e recursos.

No entanto, a restauração de prédios antigos apresenta uma série de desafios técnicos e operacionais. A falta de documentação precisa sobre a construção original é um dos principais obstáculos, pois muitos edifícios antigos não possuem registros detalhados ou projetos arquitetônicos. Isso dificulta a avaliação de sua estrutura e a realização de modificações seguras. Outro desafio significativo é o desgaste estrutural, que pode ser acentuado pelo tempo, pela ação do clima ou por intervenções anteriores mal planejadas. Além disso, a necessidade de preservação histórica exige um equilíbrio entre modernização e respeito à autenticidade do edifício, muitas vezes exigindo o uso de técnicas específicas e materiais compatíveis com os originais, o que pode aumentar a complexidade e o custo do projeto

Fonte: Sindiconet

O que é Laser Scanner e como funciona?

O Laser Scanner é uma tecnologia de captura tridimensional que utiliza um feixe de laser para digitalizar e mapear superfícies e objetos de maneira extremamente precisa. O funcionamento do dispositivo é baseado no princípio de emissão de um laser que incide sobre as superfícies a serem escaneadas. Quando o laser atinge um ponto no objeto ou ambiente, parte desse feixe é refletido de volta para o scanner, que mede o tempo que o feixe leva para retornar. Com base nesse tempo de retorno, o scanner calcula a distância até o ponto refletido. Esse processo é repetido milhares de vezes por segundo, permitindo a criação de um modelo tridimensional detalhado do ambiente ou estrutura, representado por uma nuvem de pontos.

Fonte: SPBIM

Uma das principais características do Laser Scanner é sua alta precisão. O aparelho é capaz de medir distâncias com uma precisão que pode chegar a milímetros, o que o torna ideal para aplicações que exigem detalhes minuciosos, como a restauração de prédios antigos ou a construção de modelos digitais para o retrofit. A tecnologia consegue capturar até mesmo as formas mais complexas de um edifício, incluindo superfícies irregulares e texturizadas, com uma grande fidelidade aos detalhes. Isso facilita o trabalho de engenheiros e arquitetos, que podem ter uma visão exata da estrutura antes de realizar qualquer intervenção, minimizando o risco de erros durante a execução do projeto.

Além da precisão, outra vantagem significativa do Laser Scanner é sua capacidade de capturar grandes volumes de dados rapidamente. Enquanto métodos tradicionais de levantamento topográfico e medição podem ser demorados e limitados em termos de cobertura, os scanners a laser conseguem escanear grandes áreas de uma só vez e gerar milhões de pontos em segundos. Isso torna o processo de digitalização de um edifício, por exemplo, muito mais eficiente, reduzindo o tempo necessário para coletar as informações e permitindo que os profissionais visualizem todo o ambiente de forma integrada e em alta resolução. Com essa velocidade e capacidade de coleta de dados, o Laser Scanner se torna uma ferramenta indispensável para projetos que demandam agilidade e precisão.

 

Benefícios do Uso do Laser Scanner na Restauração de Prédios Antigos

-Acuracidade e Precisão: Como o laser scanner pode captar medidas detalhadas de cada elemento estrutural.

-Documentação Completa e Digital: A criação de modelos 3D digitais que podem ser usados para estudar e planejar a restauração.

-Minimização de Erros: A precisão ajuda a evitar falhas no planejamento e na execução da restauração.

-Eficiência no Tempo de Execução: A coleta de dados de forma rápida permite otimizar o cronograma do projeto.

-Segurança no trabalho: levantamento de dados de forma remota, sem a necessidade de os profissionais estarem fisicamente expostos a riscos em áreas perigosas. 

Fonte: SPBIM / Nuvem de pontos do Liceu, realizado pela SPBIM
Fonte: SPBIM / Nuvem de pontos do Liceu, realizado pela SPBIM

Processo de Coleta de Dados com Laser Scanner

O processo de coleta de dados com Laser Scanner começa com o levantamento inicial, onde o objetivo é entender o ambiente a ser digitalizado, identificar pontos-chave de interesse e planejar as áreas de escaneamento. Nessa etapa, os profissionais realizam uma análise preliminar do edifício ou espaço, verificando aspectos como o tamanho, a complexidade e as condições de acesso. Em seguida, passa-se para o escaneamento do edifício, onde o laser scanner é posicionado em diversos pontos estratégicos para capturar a geometria do ambiente. O dispositivo emite feixes de laser em todas as direções, criando uma nuvem de pontos densa que representa com precisão as superfícies e estruturas presentes no local. Após o escaneamento, os dados são processados e combinados em um modelo tridimensional, que pode ser detalhado para análise e visualização.

A tecnologia do Laser Scanner permite a captura de informações com grande nível de detalhe, incluindo texturas, formas e dimensões precisas de elementos arquitetônicos. Cada ponto digitalizado pode conter informações não apenas sobre a geometria, mas também sobre as características da superfície, como cores e materiais. Isso é essencial, especialmente em projetos de restauração e retrofit de prédios antigos, pois garante que todos os elementos, desde as paredes até os ornamentos, sejam representados com exatidão. Com essa precisão, o modelo 3D resultante é uma réplica fiel do ambiente físico, facilitando o planejamento e a tomada de decisões no processo de reforma ou adaptação do edifício.

Fonte: SPBIM

Conclusão 

Em conclusão, o uso do Laser Scanner representa uma revolução na forma como os projetos de retrofit e restauração de prédios antigos são realizados. A precisão e a rapidez com que a tecnologia captura dados permitem uma representação digital extremamente detalhada e fiel das estruturas, facilitando o planejamento e execução de reformas. A digitalização em 3D garante que todos os aspectos arquitetônicos sejam preservados e analisados com exatidão, minimizando erros e riscos durante o processo de adaptação. Além disso, a segurança no trabalho é significativamente aumentada, pois os profissionais podem realizar o levantamento de dados remotamente, evitando exposições desnecessárias a áreas de risco. Dessa forma, o Laser Scanner não só melhora a eficiência e qualidade das intervenções em edifícios históricos, mas também contribui para a preservação do patrimônio.

Como trabalhar o BIM junto ao urbanismo

Como trabalhar o BIM junto ao urbanismo

 

O BIM (Building Information Modeling) é uma metodologia que utiliza modelos digitais tridimensionais para representar, projetar, construir e gerenciar edificações e infraestruturas. Ao contrário das práticas tradicionais, que se baseiam em desenhos 2D, o BIM permite a criação de um modelo virtual integrado, no qual é possível simular todas as etapas de um projeto, desde o seu planejamento até a execução e manutenção. Essa abordagem facilita a comunicação entre os profissionais envolvidos, otimiza o uso de recursos e reduz erros, tornando os processos mais eficientes e sustentáveis. O BIM tem se consolidado como uma ferramenta essencial na construção e na arquitetura, trazendo inovação no gerenciamento e visualização dos projetos.

Fonte: CAU/BR

O urbanismo é o campo do conhecimento responsável pelo planejamento e desenvolvimento das cidades, focando na organização do espaço urbano de maneira a promover a qualidade de vida dos cidadãos. Ele abrange diversas áreas, como transporte, habitação, saneamento básico, e uso do solo, além de integrar aspectos sociais, econômicos e ambientais no planejamento das cidades. O urbanismo tem como objetivo criar espaços funcionais, acessíveis e sustentáveis, promovendo a harmonia entre os diferentes usos urbanos, como áreas residenciais, comerciais e de lazer. O papel do urbanista é garantir que as cidades cresçam de maneira organizada e que as infraestruturas e serviços urbanos atendam às necessidades de sua população.

Fonte: G1

A conexão entre BIM e urbanismo surge como uma forma de integrar a modelagem digital ao planejamento urbano, criando um vínculo estreito entre as duas áreas. O BIM, ao proporcionar um modelo 3D detalhado e rico em informações, permite que os urbanistas visualizem e simulem de maneira mais eficaz os impactos de diferentes soluções urbanísticas, como a infraestrutura de transporte, o uso do solo e o fornecimento de serviços. Além disso, o BIM facilita a colaboração entre profissionais de diversas áreas, como arquitetos, engenheiros e planejadores urbanos, garantindo que as decisões tomadas no planejamento urbano sejam mais informadas e precisas. Dessa forma, o BIM se torna uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de cidades mais eficientes, sustentáveis e bem planejadas.

Benefícios do BIM no Urbanismo

O BIM traz uma série de benefícios ao planejamento urbano, começando pela sua capacidade de proporcionar uma visão clara e detalhada dos projetos. Ao criar modelos tridimensionais que simulam o comportamento do ambiente urbano, o BIM facilita a análise de diferentes cenários e soluções antes da execução. Isso permite uma melhor coordenação entre os diversos profissionais envolvidos, evitando erros e retrabalhos, e resultando em um planejamento mais eficiente e assertivo. Além disso, o BIM permite a integração de diferentes aspectos do planejamento urbano, como infraestrutura, mobilidade e serviços públicos, oferecendo uma visão holística do projeto e ajudando os urbanistas a otimizar recursos e espaços urbanos.

Com o BIM, é possível visualizar como o projeto vai reagir no que se refere à ventilação e insolação, por exemplo, proporcionando uma análise mais precisa do desempenho do edifício em relação a esses fatores. Através da modelagem 3D, é possível simular o fluxo de ar e a incidência solar, permitindo ajustar o posicionamento de janelas, fachadas e aberturas para otimizar a ventilação natural e maximizar a eficiência energética. Isso contribui para a criação de espaços mais confortáveis, sustentáveis ​​e eficientes, reduzindo a necessidade de sistemas artificiais de climatização e promovendo um ambiente interno mais saudável e agradável. Além disso, esta análise antecipada ajuda a evitar problemas futuros, como superexposição ao sol ou ventilação atmosférica, que poderiam comprometer o conforto dos ocupantes.

Fonte: Kaarwan

Outro ponto crucial do BIM no urbanismo é a sua capacidade de gestão de dados urbanos. O uso dessa tecnologia permite organizar e gerenciar grandes volumes de informações relacionadas às redes de transporte, energia, saneamento e outras infraestruturas essenciais para o funcionamento da cidade. Com a centralização desses dados em um único modelo digital, o BIM facilita o monitoramento em tempo real e a realização de análises para otimizar o uso de recursos. Além disso, ao fornecer informações precisas sobre os impactos das intervenções urbanas, o BIM desempenha um papel fundamental na tomada de decisões mais sustentáveis, ajudando a prever e reduzir o impacto ambiental das obras, como consumo de energia e emissão de poluentes, e garantindo que o crescimento urbano seja mais responsável e ambientalmente amigável.

Fonte: Portal Connected Smart Cities

Estudos de Caso de Implementação do BIM no Urbanismo

Diversos exemplos de cidades e projetos urbanos ao redor do mundo têm demonstrado como a implementação do BIM no planejamento urbano pode gerar resultados positivos. Um exemplo notável é o uso do BIM em Singapura, que é considerada uma das cidades mais avançadas no uso de tecnologias digitais para o planejamento urbano. O governo de Singapura adotou o BIM no projeto “Virtual Singapore”, que utiliza modelos 3D para simular e analisar o crescimento da cidade, além de otimizar a gestão de infraestrutura e serviços públicos. A aplicação do BIM em Singapura permitiu melhorar a eficiência no uso de recursos, facilitar a colaboração entre diferentes departamentos governamentais e minimizar o impacto ambiental das construções urbanas.

Fonte: Geospatial World

 

Outro exemplo é o uso do BIM em Dubai, onde a cidade incorporou a modelagem digital para criar uma “cidade inteligente”, com foco em sistemas de transporte e gestão de energia, promovendo uma maior conectividade e sustentabilidade.

Fonte: Zigurat

 

Em comparação, cidades que não adotaram o BIM ou que estão em estágios iniciais de implementação enfrentam desafios em termos de eficiência e qualidade dos projetos urbanos. Cidades tradicionais, onde o planejamento urbano ainda depende principalmente de métodos convencionais, como desenhos 2D e processos desconectados, frequentemente apresentam dificuldades em gerenciar dados complexos de infraestrutura e em prever problemas no desenvolvimento urbano. Como resultado, essas cidades podem enfrentar maiores custos e prazos mais longos, além de um planejamento menos integrado, o que pode comprometer a qualidade dos espaços urbanos e a utilização de recursos. Em contraste, as cidades que adotaram o BIM têm mostrado um desenvolvimento urbano mais ágil, eficiente e sustentável, com melhor coordenação entre os profissionais e uma gestão mais eficaz dos impactos urbanos. O impacto dessas escolhas se reflete na capacidade de antecipar e resolver problemas de forma proativa, garantindo um crescimento urbano mais inteligente e organizado.

Conclusão 

A integração do BIM com o urbanismo transforma o planejamento das cidades ao proporcionar uma modelagem digital detalhada e interativa, que facilita a colaboração entre diferentes profissionais e promove soluções mais eficientes e sustentáveis. Essa tecnologia permite a antecipação de problemas, a otimização de recursos e a redução de impactos ambientais, resultando em um desenvolvimento urbano mais inteligente e adaptado às necessidades da população. Cidades pioneiras, como Singapura e Dubai, demonstram que a adoção do BIM no planejamento urbano acelera a inovação e melhora a qualidade de vida, servindo de modelo para outras cidades que buscam modernizar suas práticas urbanísticas e atender aos desafios do futuro.

 

Fórmulas no Revit: Como utilizar as condicionais para aumentar a eficiência de Projeto

Fórmulas no Revit: Como utilizar as condicionais para aumentar a eficiência de Projeto

 

A revolução trazida pelo BIM nos seus mais diversos aspectos na construção civil está gradualmente transformando a indústria, com a finalidade de tornar os processos mais eficientes e assertivos tem como uma característica basilar a parametria.

 

Aplicado a modelagem de objetos e modelos esse conceito, quando usado de maneira equilibrada, automatiza processos repetitivos e garante a confiabilidade de informações.

O Revit, um dos principais e mais abrangentes softwares BIM, permite desenvolver combinações de fórmulas de níveis que vão da aritmética simples a operações de função avançadas, permitindo alcançar resultados impressionantes. Mas como e em que casos utilizar essas fórmulas? Esse artigo tem como objetivo demonstrar o uso da ferramenta neste aspecto.

A capacidade de personalizar e automatizar tarefas se torna cada vez mais um diferencial competitivo, visto que as fórmulas condicionais oferecem  flexibilidade para que os profissionais possam adaptar o modelo conforme as necessidades de cada situação, sejam elas relacionadas ao dimensionamento de elementos, em configurações de materiais ou até mesmo à criação de componentes paramétricos inteligentes. Ao usar essas fórmulas, é possível não apenas acelerar o processo de dominar o projeto, mas também garantir uma maior solução nas soluções propostas. 

Fonte: Matemática é Fácil

 

OPERAÇÕES ARITMÉTICAS 

As operações aritméticas são os cálculos básicos da matemática, que relacionam os algoritmos da maneira mais simples. Adição, subtração, multiplicação, divisão e exponenciação, através dela é possível realizar operações no Revit, através das seguintes regras:

 

  • As operações podem ser feitas relacionando parâmetros e/ou números utilizando os símbolos de operação;
  • Os parâmetros relacionados devem ser do tipo ‘número’ para o funcionamento da operação.

 

Tabela de Operações Aritméticas

 

Família Reforço Drywall / Fonte SPBIM

 

DECLARAÇÃO CONDICIONAL

A declaração condicional é uma instrução em que permite executar uma atividade seguindo a regra de determinada condição. Dividindo o resultado em verdadeiro ou falso, assim os resultados promovem caminhos objetivos para os elementos programados. 

FÓRMULA CONDICIONAL 

A fórmula condicional é a maneira de relacionar parâmetros e/ou valores que dependem de uma entrada específica, indicando uma saída para um resultado verdadeiro e/ou falso. A estrutura simples de uma declaração condicional está explicada na imagem abaixo.

 

Levando em consideração que em um projeto elétrico há inúmeras tomadas, otimizamos o tempo de posicionamento das mesmas aplicando a regra que as caixas de sobrepor com menos de duas tomadas, vão ter altura de  30 cm do chão, e as caixas de sobrepor com mais de duas tomadas, vão ter altura de 1,30 m do cão. 

IF – Se, na hipótese de.

CONDIÇÃO – número de tomadas na caixa de sobrepor maiores que duas

VERDADEIRO – resultado caso tenha mais de duas tomadas na caixa 

FALSO – resultado caso tenha menos de duas tomadas na caixa 

 

FÓRMULA CONDICIONAL COM OPERADORES BOOLEANOS 

A fórmula condicional com operadores booleanos também segue a proposta de relacionar parâmetros e/ou valores que dependem de uma entrada específica, indicando uma saída para um resultado verdadeiro e/ou falso, permitindo criar condições mais complexas em múltiplas situações. São eles: AND, OR e NOT (E, OU e NÃO).

 

Seguindo com a temática das tomadas de um projeto elétrico, quero classificar as tomadas em 110v e 220v com base na informação de largura e altura da caixa de sobrepor. Pensando que as caixas maiores que 11,5 cm de largura, 7 cm de altura são 220v, deste modo o parâmetro “220v” como sim se ambos, “largura” for maior que 11,5 e “altura” for maior que 7. Fugindo dessa regra “220v” deve ser “não”. 

 

IF – Se, na hipótese de.

CONDIÇÃO 1 – “Largura > 11,5” – Verifica se o valor de largura é maior do que 11,5.

CONDIÇÃO 2 – “Altura > 7,0” – Verifica se o valor de altura é maior do que 7,0.

VERDADEIRO – “1” – Retorna o valor “1” sem ambos os valores forem verdadeiros, que representa “sim”

FALSO-  “0” – Retorna o valor “0” sem um ou ambos os valores forem falsos, que representa “não”.

 

Família Mesa Retangular / Fonte SPBIM

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Uma função trigonométrica é uma função matemática que relaciona os ângulos de um triângulo com as proporções entre seus lados. As principais funções trigonométricas são o seno, cosseno e tangente, é com elas que possibilita achar valores desconhecidos de um triângulo.

 

É fundamental destacar também as funções trigonométricas inversas (ou funções arcos), que permitem determinar os ângulos correspondentes a partir dos valores de seno, cosseno ou tangente, ademais é possível utilizar a raiz quadrada (sqrt) para a fórmula de pitágoras. Essas funções desempenham um papel crucial na resolução de problemas onde se conhece o valor dessas razões trigonométricas, mas se deseja calcular o ângulo associado. 

Família Folha Porta Camarão/ Fonte SPBIM

ARREDONDAMENTO 

O arredondamento de números é o processo de ajustar um número para um valor mais próximo, como a quantidade de casas decimais desejadas. Esse procedimento é amplamente utilizado para simplificar cálculos e apresentar resultados de maneira mais prática, evitando números muito longos ou complexos. O arredondamento pode seguir regras distintas, como arredondar para o número inteiro mais próximo, para cima (arredondamento para cima), ou para baixo (arredondamento para baixo). Neste contexto o revit usa do inglês, round, para abreviar arredondamento. 

 

 

O Revit por sua vez não aplica arredondamento em ÁREAS e COMPRIMENTO  de uma forma direta, é necessário o uso de fórmulas, são elas:

  • ÁREAS: round(Area / 1 m²) X (1 m² / 1)  
  • COMPRIMENTO: round(Length / 1000 mm) * (1000 mm /1)

Dito isso, “1m² ” e “1000 mm” representam o decimal e são ajustáveis às necessidades. 

 

PI (π)

O número π (pi) é uma constante matemática que representa a razão entre a circunferência de um círculo e seu diâmetro, sendo aproximadamente 3.14159265…. Ele é um número irracional, ou seja, tem infinitas casas decimais sem padrão de repetição, e também é transcendental, não podendo ser raiz de nenhuma equação polinomial com coeficientes inteiros. 

LOGARITMOS E FUNÇÕES

Logaritmos são operações matemáticas que funcionam como o inverso da exponenciação. Por exemplo, no logaritmo de base 10 de 1000, a questão seria: “10 aumentou a qual potência resultado em 1000?” A resposta é 3, pois 10³ = 1000. O logaritmo é geralmente representado como log_b(x), onde “b” é a base e “x” é o número em questão.

 

O exponencial natural é uma função matemática definida como e^x, onde e é a constante de Euler, aproximadamente igual a 2,718. Essa função é fundamental no cálculo e aparece em diversos contextos, como no crescimento populacional, decaimento radioativo e modelagem de processos contínuos. Sua principal característica é que sua taxa de variação é sempre igual ao próprio valor da função, ou seja, a derivada de e^x é e^x, tornando-a essencial em equações diferenciais. 

 

O logaritmo natural, denotado como ln⁡(x), é a função logarítmica de base e, onde e é a constante de Euler (aproximadamente 2,718). Ele é definido como o inverso da função exponencial natural e^x, ou seja, ln⁡(x) responde à pergunta: “A que potência devo elevar e para obter x?”. Essa função é amplamente utilizada em matemática, física e engenharia especialmente em modelagens de crescimento exponencial, decaimento, escalas logarítmicas e no cálculo de integrais e derivadas de funções exponenciais.

 

Já um valor absoluto de um número é sua distância até zero na reta numérica

BOAS PRÁTICAS PARA GARANTIR O FUNCIONAMENTO

 

Atenção às Unidades

 

  • O Revit é sensível a unidades. Algumas operações podem exigir conversões.
  • Se um parâmetro é de comprimento e outro é área, multiplicá-los pode gerar um erro.
  • Para evitar problemas, use unidades coerentes ou crie parâmetros auxiliares.

 

Respeite a Ordem das Operações

 

O Revit segue a ordem matemática padrão:

  • Parênteses: ()
  • Potência: ^
  • Multiplicação e divisão: * /
  • Adição e subtração: + –

Exemplo:

(Largura + Altura) * 2

Se você escrever Largura + Altura * 2, o Revit multiplicará primeiro.

 

Verifique a Compatibilidade dos Parâmetros

  • O Revit não permite misturar tipos de parâmetros diferentes (exemplo: comprimento com área).
  • Se precisar converter um valor, crie um parâmetro intermediário.

 

Teste as Fórmulas Antes de Aplicá-las

  • Insira valores simples para testar se o resultado está correto.
  • Se a fórmula der erro, tente simplificá-la e testar por partes.

 

Use Parênteses para Evitar Ambiguidades

Sempre use parênteses para deixar claro o que deve ser calculado primeiro.

Exemplo:

(Largura + Altura) / 2

 

Evite Dependências Circulares

Se um parâmetro depende de outro que depende do primeiro, o Revit gerará erro.

Exemplo de erro:

A = B * 2

B = A / 2

Aqui, A e B dependem um do outro.

 

Utilize Parâmetros Compartilhados com Cuidado

Se estiver usando Parâmetros Compartilhados, garanta que eles estão bem configurados para evitar problemas na fórmula.

 

Nome dos parâmetros

 

Defina nomes para os parâmetros que não contenham números e/ou símbolos de operações para evitar erros de interpretação do software.

 

CONCLUSÃO

 

Há uma variedade imensa de possibilidades de parametria disponível para uso dentro do Revit e compreender seu funcionamento e condicionantes permite criar objetos e projetos de maneira mais eficiente, garantindo assertividade e mitigando erros humanos.