PAREDE COMPOSTA vs PAREDE CEBOLA
Eficiência, produtividade e agilidade, essas palavras são constantemente encontradas quando falamos de modelagem BIM. Entre suas diversas ferramentas com suas especificidades o Revit apresenta algumas opções para modelar os mesmos elementos, mas qual seria a melhor opção? Parede composta vs parede cebola? Essa é uma discussão entre modeladores, e nesse artigo vamos apresentar cada uma delas suas vantagens e desvantagens, sugerindo a opção mais completa para os diferentes usos BIM de um projeto.
É importante compreendermos que na construção civil para cada fase de projeto são exigidos níveis de informações e níveis de detalhe, no BIM chamamos isso de LOD (Level of Development – Nível de desenvolvimento) e LOI (Level of Information – Nível de Informação). E para a escolha do método de modelagem ideal é importante entender o que se exige do modelo nesses aspectos, para que a necessidade seja perfeitamente atendida.
Sendo assim vamos compreender um pouco mais sobre esse métodos, são eles:
Método composto
Esse método de modelagem no Revit é comumente utilizado para níveis mais iniciais de projeto. Consiste na modelagem através de elementos compostos, nos quais podem ser inseridos subelementos que representam as camadas construtivas. Na parede composta por exemplo é possível atribuir a cada camada um material, uma espessura e uma função, e esta última implicará na representação gráfica do elemento.
Assim como a parede os pisos podem ser compostos, com várias camadas de diferentes espessuras e funções.
Mas esse método tem sua desvantagem, para representação e quantitativo por exemplo para revestimentos de parede que não seguem a mesma altura limite da alvenaria, se limitando no forro, por exemplo, esse método não atende, já que a parede modelada é uma elemento único, fazendo-se necessária a criação de diversos tipos de parede o que torna o gerenciamento desses elementos confuso e impreciso.
Método de peças
Essa opção de modelagem é uma acréscimo a modelagem composta, isso porque a princípio desenvolve-se o elemento no método composto, e em seguida os elementos são destrinchados em peças através da seleção deles e clicando na ferramenta peças. A partir dessa comando é possível editar os subelementos separadamente.
A desvantagem que se tem é que os quantitativos são imprecisos, como se fossem duplicados contando o material pela referência da parede somada mais uma vez à peça.
Método com parede empilhada
Com esse método é possível empilhar diferentes tipos de paredes, compostas ou não, inserindo o tipo de parede desejada e sua altura e assim sucessivamente nas que vierem acima dessa, permitindo maior agilidade de modelagem para casos de revestimentos de parede que vão até o forro e tem o entreforro somente com alvenaria, por exemplo. A desvantagem é no controle dos diversos tipos que precisam ser criados e corretamente filtrados na tabela para um quantitativo preciso.
Método cebola
Este é um dos tipos de modelagem no Revit que considera os elementos variáveis separadamente, ou seja, uma parede para alvenaria, uma para o revestimento, igualmente para pisos e seus revestimentos.
Essa modelagem requer o cuidado para associar os elementos que se movem juntos através de travamento, facilitando possíveis alterações ao longo do desenvolvimento do projeto. Seus quantitativos são precisos na medida em que a modelagem estiver corretamente realizada e representam de maneira fiel o que será de fato construído.
Conclusão
Em resumo, não existe maneira errada de se modelar elementos, mas na modelagem BIM é sempre crucial verificar o uso BIM de cada projeto, para que a agilidade não sobreponha a qualidade do modelo, suas informações e quantitativos precisos, e a verdadeira eficiência proposta nesta metodologia. Cada método pode ser útil para atender até certa fase de projeto, sendo o método cebola o que atende a todos os requisitos necessários a um desenvolvimento com representação gráfica e informações precisas.