O CDE (Commom Data Enviroment), conhecido no Brasil como Ambiente Comum de Dados, é um repositório digital onde as informações de um projeto como modelos, relatórios, planilhas e cronogramas, são concentradas e gerenciadas, permitindo que todos que compõem o projeto possam acessá-las.
Dessa forma, ao concentrar os dados, os membros da equipe acessam todas as informações necessárias em uma mesma fonte, fazendo com que a comunicação e colaboração entre todas as partes interessadas no projeto seja melhorada e erros/duplicações sejam reduzidos.
COMPONENTES DE UM CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)
Como mencionado anteriormente, um CDE (Commom Data Enviroment), é caracterizado pelo armazenamento de informações (dados), então o que o diferencia das demais de ferramentas de armazenamento, como por exemplo o Google Drive, Dropbox, Mega ou Onedrive é o seu gerenciamento de processos, que permite uma otimização na análise rápida dedos.
– ACESSIBILIDADE: Cada projeto possui uma hierarquia entre seus participantes (colaboradores, diretores, projetistas, etc), portanto, a gestão de dados no CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), deve permitir que essa hierarquia se mantenha dentro do controle de dados, para que pessoas que não façam parte de tal processo, área ou empresa, não altere os dados que não lhe são pertinentes, esse controle é pré-estabelecido no início do projeto e é determinado pelo PEB. Esta medida, além de proporcionar uma segurança ao projeto, permite a restrição de dados entre membros de uma mesma empresa, para que não haja espionagem empresarial.
– RASTREABILIDADE: Por ser um ambiente em que se acompanha um projeto em todo seu desenvolvimento, o CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) deve ser capaz de elencar todas as alterações que ocorreram durante os processos e informar quais pessoas foram responsáveis por essas mudanças, para que não ocorram processos de retrabalho, perda de dados e dados desatualizados.
– FORMATO DE DADOS: O CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) por ser um ambiente colaborativo, permite que diferentes empresas trabalhem em um mesmo projeto, porém, essas empresas podem possuir fluxos de trabalho distintos, o que pode acarretar na utilização de diferentes ferramentas. Sendo assim, o CDE deve suportar e vincular (linkar) os dados dessas diferentes ferramentas, portanto deve ser capaz de ler e armazenar diferentes tipos e formatos de arquivo. Um dos tipos de arquivo relevante de se conhecer e que também é aceito pelo CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados), é o BCF, um formato de arquivo aberto que facilita a comunicação entre seus usuários, pois caso haja alguma inconsistência em dados, informações e modelos, o BCF (BIM Collaboration Format) permite a criação de um comentário associado à posição do elem00ento, sendo assim, sempre acompanhando o objeto/dado hospedeiro até a sua solução. Outro formato de arquivo que é obrigatório um CDE (Commom Data Enviroment – Ambiente Comum de Dados) é a capacidade de suportar o IFC, um formato de arquivo que permite o intercâmbio de informações entre diferentes plataformas BIM, como por exemplo, um mesmo modelo ser lido tanto em Revit, Archicad, Vectorworks e Sketchup graças ao formato IFC (Industry Foundation Classes). Algumas dessas plataformas permitem visualizar e realizar uma detecção de colisão (Clash Detection).
FASES DE UM PROJETO DENTRO DO CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT)
Como o ambiente de um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) condensa muitos dados sobre determinado projeto, faz-se necessário uma organização de fases para que os arquivos possam ser filtrados. Conhecimentos em gerenciamento ou EAP são relevantes, portanto iremos abordar as quatro fases de um dado ao ser inserido em um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT).
- FASE – WORK IN PROGRESS (WIP) | TRABALHO EM ANDAMENTO
Essa é a fase de entrada de todos os dados. Simboliza que determinado dado ainda está sendo modificado/elaborado, sendo assim, futuramente haverá uma versão mais completa, portanto um arquivo nessa fase demonstra às demais partes que está em seu processo de criação mas não deve-se ser utilizado para as próximas fases. - FASE – COMPARTILHADO
Após sair da fase de WIP (Work In Progress), o dado entra na fase de compartilhamento, que informa aos demais usuários do CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) que o arquivo ainda pode sofrer alterações, porém, já contém dados confiáveis o suficiente para ser utilizado em fases posteriores. - FASE – PUBLICADO
Fase que pode ser comparada como a fase de “projeto executivo”, pois todos os dados presentes são definitivos e podem ser encaminhados para a próximas etapas, porém, podem ainda sofrer alterações, mas alterações nessa fase não são vistas com bons olhos. - FASE – ARQUIVADO
Quando um arquivo já deixou de ser utilizado, porém deve ser mantido por quesitos legais, como por exemplo um projeto em fase de AsBuilt, ele é elencado como “Arquivado’ no CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT). Esta fase pode ser subdividida em 2 partes, o “Arquivado Válido” que identifica que um determinado arquivo está arquivado, porém atualizado e pode ser utilizado para consulta e a fase do “Arquivado Desatualizado”, onde o arquivo já não condiz com a etapa que o projeto se apresenta.
CDE’s MAIS UTILIZADOS NO MERCADO
Como podemos observar, um CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT) é uma ferramenta poderosa para a elaboração de projetos, sendo assim muitas empresas enxergam seu potencial e criam plataformas para fornecer esse serviço, portanto abaixo seguem exemplos de algumas plataformas:
Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: O que é o BIM 360?
Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: que é o Trimble Connect?
Caso queira saber mais sobre o assunto, escrevemos um artigo sobre: O que é o BIMSync?
CONCLUSÃO:
Nós da SPBIM entendemos e utilizamos o CDE (COMMOM DATA ENVIRONMENT – AMBIENTE COMUM DE DADOS), compreendemos a necessidade de uso do CDE em um determinado projeto, pois promove a maior otimização possível em seus processos, pois todas as áreas em conjunto podem construí-lo, o que possibilita evitar retrabalhos, decisões que influenciam outras áreas negativamente e também perda de informações entre versões/arquivos, tornando o projeto em algo orgânico e contínuo.