Com a chegada da indústria 4.0 na construção civil, muitos profissionais do mercado estão querendo adotar a metodologia BIM como fonte de economia e ponto de partida para implementação da revolução 4.0, segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) a aderência ao processo pode gerar uma economia de até R$73 BILHÕES AO ANO dentro do setor.
Essa economia está prevista em cima do aumento da produtividade, melhor controle do processo/ ciclo de vida do ativo, e um maior controle informacional preciso que pode facilitar comparações orçamentárias ou análises de desempenho, além da diminuição de custos com erros e imprevistos (aditivos) de obra.
Visando esse cenário diversos profissionais da área estão querendo implementar o BIM e migrar dos softwares CAD para os softwares BIM, e desse desejo surge a pergunta: QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM? E pensando nisso, nós da SpBIM desenvolvemos esse artigo para orientar e informar para melhor decisão na escolha das ferramentas BIM disponíveis no mercado.
QUAL É O MELHOR SOFTWARE BIM?
Dentro do setor da construção civil existe uma briga tentando titular somente um único e melhor software BIM, entretanto nós da SpBIM acreditamos quando o assunto é modelagem BIM não existe uma verdade absoluta, ou um único software que seja capaz de fazer tudo de maneira absoluta e com excelência sem problemas ou dificuldades durante a jornada BIM.
A SpBIM acredita que exista diversas realidades e contextos, e devemos saber identificar nossa necessidade a partir disso, para só então escolher os softwares que melhor atendam os desejos e requisitos. Afinal cada segmento sabe o seu limite financeiro, profissional interno e tecnológico.
Por exemplo, quando falamos em uma grande construtora, com diversos segmentos de produção e que tem por nicho principal o orçamento para obras, com setores de render (3D Max) e concepção (Formit), consolidados por exemplo com uma cultura Autodesk. O caminho mais comum seria implementar o Revit, pois além da empresa conseguir baratear as licenças no combo de softwares profissionais, os usuários já estariam habituados com a lógica de interface e não possuiria erros de transcrição na alteração de setor, tornaria o processo menos complexo.
Isso sem falar das qualidades do Revit, quando utilizado como base para criação de quantitativos e orçamentos BIM 5D é um dos mais precisos e organizados. Além de trabalhar com Objetos Paramétricos e Parametrização no BIM, o Revit agrupa e os classifica por categoria > família > tipo, diferente do seu concorrente por exemplo, o Archicad além de não possuir tipo, trabalha com instância e possui os seus dados (I do BIM) para orçamento obtidos de forma mais manuais comparado ao Revit.
Agora se compararmos o Archicad com o Revit, numa implementação de um escritório de interiores ou residencial de pequeno porte, que tem por demanda ganhar tempo e facilitar modelagem para vender/compor ideias, o Archicad passa a ser uma ótima opção para implantação do BIM, além de possuir uma licença mais acessível (Parceria com o CAU BR), o Archicad também apresenta uma curva de aprendizado mais benéfica a curto prazo, com relação a benefícios de um refinamento gráfico similar ao CAD, mais prático do que comparado ao Revit. Evidente que esta comparação foi realizada em relação a ferramenta sem Template e Biblioteca BIM personalizadas desenvolvidas.
E ainda sobre entendimento de escopos, cabe ressaltar que todos os softwares possuem limitações, mesmo o Revit e Archicad sendo os softwares BIM mais em alta nas implementações/implantações de BIM no Brasil, cabe ressaltar que tanto o Revit quanto o Archicad não são os únicos softwares BIM e em nichos como análise e simulações de sistemas prediais (MEP) ou estruturais, por exemplo, eles já não são considerados tão aptos quanto Softwares como o Eberick, Tekla Structures, ou o QIBuilder.
Portanto, nenhum software sem um contexto de inserção e escala, pode ser titulado como “o melhor software BIM”, é necessário realizar mais perguntas para o seu cenário/nicho no setor, entendendo seu escopo de trabalho, sua demanda de entrega, porte da equipe/empresa, prazo, produtividade, tecnologia de pc e notebook atual, rede e infraestrutura, quanto está disposto a pagar (investir), qual a capacidade funcional e técnica dos seus equipamentos, quanto a entregáveis, entre outras “N” questões.
COMO SABER QUAL O MELHOR SOFTWARE BIM PARA A MINHA DEMANDA?
Como dito anteriormente o primeiro passo é entender seu escopo de trabalho e qual resultado você quer chegar, entretanto, só saber sua necessidade não é suficiente é preciso entender como cada um dos softwares funcionam e como essa funcionalidade poderia ser aplicada dentro do contexto da sua empresa. Então é necessário aprender todos os softwares para escolher um? Em um mundo ideal, sim. Porém isso requer tempo, investimento e paciência. Afinal, escolher um software BIM é muito relevante e importante para uma empresa, impactará na cultura da empresa e no cotidiano. Se compararmos as ferramentas que existiam na época que era desenhado a mão, muitos profissionais investiam os seus recursos nas melhores lapiseiras, réguas, borrachas e pranchetas do mercado, e no BIM não deve ser diferente.
Entretanto, como os gestores de empresas querem obter essa resposta de forma mais rápida e prática, é recomendável uma orientação de profissionais como BIM Managers ou empresas especializadas como a SPBIM onde já realizaram projetos e possuem experiências aplicadas e de preferência com diversas ferramentas, muitos fornecedores irão defender a ferramenta que comercializam e não demonstram os principais pontos relevantes e dificuldades para o futuro usuário de BIM. E como esse suporte é realizado? Na SpBIM por exemplo, é disponibilizado um questionário com uma série de questões que ajudam um profissional BIM a compreender a demanda da empresa, e gerar um perfil, que é analisado e a partir dessa análise, o consultor lista os softwares necessários e explica todos os prós e contras de cada cenário de implementação.
Nós da SPBIM temos uma visão muito ampla e democrática com relação as diversas possibilidades para as empresas e profissionais, não temos a intenção de orientar uma ferramenta para ganho próprio como muitos concorrentes (infelizmente) direcionam ou difamam outras ferramentas para beneficio próprio, a SPBIM acredita que a tecnologia deve servir o profissional e não o contrário.
E SE VOCÊ NÃO FOR UMA EMPRESA, COMO SABER SUA DEMANDA?
O primeiro passo é descobrir suas maiores afinidades e quais softwares são específicos para os nichos que atuam, por exemplo, se você é um estudante do setor e tem maior afinidade com modelagem de projetos de arquitetura, dentro desse perfil existem algumas opções como: o Revit, o Archicad, o Sketchup, o VectorWorks, o Rhinoceros.
E saber qual como escolher dentre um deles? Você poderia ler cada um dos softwares e ver qual software mais atende 4 perguntas: facilidade, preço, biblioteca, template, vídeos na internet e Treinamentos disponíveis. Observe qual dos softwares BIM as empresas mais utilizam. Caso não tenha nenhuma empresa em mente, você poderá verificar os softwares que mais são mencionados como pré-requisitos das vagas do setor que quer ingressar.
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CONCLUSÃO:
Nós da SpBIM compreendemos o desejo do mercado em rotular o “MELHOR SOFTWARE BIM”, entretanto, entendemos que mesmo os softwares demonstrarem serem perfeitos, você observará com o uso no cotidiano, que essas ferramentas possuem limitações e pontos negativos sob determinado aspectos se analisado a um concorrente, por isso não defendemos apenas uma solução no mercado, afinal cada empresa e pessoa possuí uma realidade onde acreditamos ser perigoso não buscar informações ou orientações profissionais, neste ponto, o test drive de software se torna importante/relevante.
Nós utilizamos o melhor que cada ferramenta, defendemos a interoperabilidade e democracia no BIM entre todos os softwares, para que possamos nos tornar mais rápidos na execução, sem maiores dores de cabeça ou limitações dessas ferramentas, sempre reconhecendo a utilidade de cada um dos softwares dentro do seu escopo de trabalho e desenhando cada workflow (fluxo de trabalho) por empreendimento ou complexidade.